Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 11, 2010

Mauro Santayana nos lembra: “Roma não era tão forte assim”








O mundo, depois de Julian Assange

“Todos os que sabem escrever e manipular um computador são cidadãos, que são mais que jornalistas.”
O presidente Lula e o primeiro-ministro Putin tiveram o mesmo discurso, ontem [9/12], em defesa de Julian Assange, embora com argumentos diferentes. Lula foi ao ponto: Assange está apenas usando do velho direito da liberdade de imprensa, de informação. Não cabe acusá-lo de causar danos à maior potência da História, uma vez que divulga documentos cuja autenticidade não está sendo contestada. Todos sabem que as acusações de má conduta em relacionamento consentido com duas mulheres de origem cubana, na Suécia, são apenas um pretexto para imobilizá-lo, a fim de que outras acusações venham a ser montadas, e ele possa ser extraditado para os Estados Unidos.
O que cabe analisar são as consequências políticas da divulgação dos segredos da diplomacia ianque, alguns deles risíveis, outros extremamente graves. Ontem [9/12], em Bruxelas, o chanceler russo Sergei Lavrov comentava revelações do WikiLeaks sobre as atitudes da Otan com relação a seu país: enquanto a organização, sob o domínio de Washington, convidava a Rússia a participar da aliança, atualizava seus planos de ação militar contra o Kremlin, na presumida defesa da Polônia e dos países bálticos. Lavrov indagou da Otan qual é a sua posição real, já que o que ela publicamente assume é o contrário do que dizem seus documentos secretos. Moscou foi além, ao propor o nome de Assange como candidato ao próximo Prêmio Nobel da Paz.
O exame da história mostra que todas as vezes que os suportes da palavra escrita mudaram, houve correspondente revolução social e política. Sem Guttenberg não teria havido o Renascimento; sem a multiplicação dos prelos, na França dos Luíses, seria impensável o Iluminismo e sua consequência política imediata, a Revolução Francesa.
A constatação do imenso poder dos papéis impressos levou a Assembleia Constituinte aprovar o artigo XI da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, logo no início da Revolução, em agosto de 1789. O dispositivo do núcleo pétreo da Constituição determina que todo cidadão tem o direito de falar, escrever e imprimir com toda liberdade. As leis punem os que, mentindo, atingem a honra alheia. A liberdade de imprensa, sendo dos cidadãos, é da sociedade. Das sociedades nacionais e, em nossa época de comunicações eletrônicas e livres, da sociedade planetária dos homens.
É surpreendente que, diante dessa realidade irrefutável, jornalistas de ofício queiram reivindicar a liberdade de imprensa (vocábulo que abarca, do ponto de vista político, todos os meios de comunicação) como monopólio corporativo. A internet confirma a intenção dos legisladores franceses de há 221 anos: a liberdade de expressão é de todos, e todos nós somos jornalistas. Basta ter um endereço eletrônico. As pesadas e, relativamente caras, máquinas gráficas do passado são hoje leves e baratíssimos notebooks, e de alcance universal.
É sempre citável a observação de Isidoro de Sevilha, sábio que marcou o sétimo século, a de que “Roma não era tão forte assim”. Bradley Manning e Julian Assange estão mostrando que Washington – cujo medo é transparente em seus papéis diplomáticos – não é tão poderosa assim. É interessante registrar que o nome de Santo Isidoro de Sevilha está sendo sugerido, por blogueiros católicos, como o padroeiro da internet.
Os jornalistas devem acostumar-se à ideia de renunciar a seus presumidos privilégios. Todos os que sabem escrever e manipular um computador são cidadãos, e ser cidadão é muito mais do que ser jornalista. São esses cidadãos que, na mesma linha de Putin e Lula, se mobilizam, na ágora virtual, para defender Assange, da mesma forma que se mobilizaram em defesa da mulher condenada à morte por adultério. O mundo mudou, mas nem todos perceberam essa mudança
*viomundo

Mais vexame da diplomacia do EUA: fazem relatório tendo a revista Veja como fonte

O WiliLeaks vazou telegrama de 2005 do embaixador estadunidense no Brasil. Nele repete um boato falso propagado pela revista Veja em "reporcagem" de 2003: acusa a então ministra Dilma de ser "o cérebro" do "assalto do cofre do Adhemar".

É mais um vexame da diplomacia estadunidense. Se consultassem no google, comprovariam que até mesmo sites de extrema-direita (como o Ternuma) contam outra versão muito diferente da revista Veja, sem o envolvimento de Dilma. Aliás, a própria revista Veja da época, de 1969, quando não era tão ruim como é hoje, fez reportagem sobre a ação, sem qualquer menção à Dilma.

Detalhes: Mesmo que tivesse participado, no contexto da época, o cofre do Adhemar foi, na prática, uma operação de busca e apreensão feita por guerrilheiros (para financiar a resistência à ditadura).

Adhemar de Barros foi governador e prefeito de São Paulo, ficando conhecido pela frase "rouba, mas faz". O cofre era dinheiro ilegal, supostamente oriundo da corrupção.

Nesta época era ilegal ter esse monte de dólares clandestinos, em espécie, no Brasil.

Era dinheiro sem origem lícita (leia-se: oriundo de corrupção).

Ficava na casa de uma amante (Anna Capriglione), no Rio de Janeiro. Diziam que Adhemar tinha alguns cofres destes, espalhados em endereços diferentes.

Adhemar, além de político, era industrial, e empresários como ele financiavam a famigerada operação OBAN, com dinheiro sujo ou da corrupção ou surrupiado dos salários dos trabalhadores (que eram arrochados e não podiam nem protestar por reajustes, e muito menos fazer greve).

Acreditavam que havia documentos incriminadores no cofre, que poderia desmoralizar Adhemar, um dos articuladores do golpe de 1964. Mas a própria existência do cofre clandestinho, com uma fortuna em dólares, vir ao conhecimento do público, já desmoralizava o político golpista e deixava o próprio governo ditatorial em saia justa.

O Brasil não tinha um governo legitimamente constituído. O regime perseguia e vasculhava a vida dos adversários, mas não investigava a corrupção de aliados como faz a Polícia Federal hoje, legalmente, em plena democracia. O regime protegia e "não incomodava" aliados como Adhemar, mesmo com todos indícios.

Quem passou as informações do cofre foi o próprio sobrinho da Anna Capriglione, que ficou sabendo e também militava contra a ditadura.
*amigosdopresidentelula

Charge do Dia

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRNmIZFo52e627S9qaNAKSf5uSkIIaDFBqNsxd2TyK_tCQTFq2BXlXtFUehC9jXV8MqihWk2nqLcrLrT05lTL6XLbA9qgszjxIzJODpCU7GNGd8p21mqPw3tQd_k3CIO1sToARyyLHBpsz/s1600/bessinha+especial.jpg

É MUITA IMPUNIDADE PRA UM PAÍS SÓ

Vejo na tv um criminosos ataca cidadão a coronhadas, ataca outros, atraca-se com policial que tenta desarma-lo e o mata. Tres hora depois apresenta-se na delegacia alega legítima defesa , é liberado e vai responder em  liberdade.
O adulto que participou das agressões na Av. Paulista está em liberdade.
O médico estuprador condenado a 278 anos, está respondendo em liberdade.
Paulo Maluf procurado pela Interpol no mundo inteiro está em liberdade no Brasil, e ainda foi eleito deputado.
São apenas alguns exemplos dos fatos.
Eu queria entender que país e este:
O País da Impunidade?
*Bemvindosequeira

e a dona da daslú?!? 94 anos de prisão
e o editor do Estadão matou pelas costas?!?
*Chebola

Direitos humanos: Vanunu ganha mas não leva




Ex-técnico nuclear israelense é impedido de receber prêmio de direitos humanos na Alemanha

Crítico de Israel, o ex-técnico nuclear Mordechai Vanunu ganhou o prêmio da Liga Internacional Alemã de Direitos Humanos, mas foi proibido de viajar a Berlim para receber a medalha Carl von Ossietzky.
O judeu marroquino Vanunu trabalhou como técnico da central nuclear de Dimona, no sul de Israel, até que, em 1986, deu declarações ao jornal britânico The Sunday Times em que mencionava detalhes do programa nuclear israelense. Logo depois, foi detido em Roma por agentes do Mossad, serviço secreto israelense, e levado de volta a Israel, onde foi julgado e condenado por traição.
Leia mais:
Opinião: Escalada de sanções é atalho para ação militar contra Irã
Ex-técnico nuclear israelense é libertado após três meses de prisão
Documentos revelam que Israel possui armas nucleares, afirma jornal britânico
"Israel está fazendo muito dinheiro com a ocupação da Palestina", diz economista israelense
Vanunu foi libertado em abril de 2004, após passar 18 anos na prisão, 11 deles em uma cela solitária. Desde então, é impedido de mudar de residência, entrar em contato com estrangeiros sem autorização prévia e de deixar o país, segundo a ONG Anistia Internacional.
O prêmio é dado pela Liga Internacional para grupos de defesa de direitos humanos e leva o nome do pacifista alemão Carl von Ossietzky, que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1936. Ele não pôde ir a Oslo para receber a recompensa por estar preso em um campo de concentração nazista, onde morreu em 1938.
Diante da impossibilidade de entregar pessoalmente a medalha 2010, a Liga, que é contra a premiação na ausência do homenageado, decidiu cancelar a cerimônia de entrega do prêmio e substitui-la por uma manifestação para protestar contra a proibição, segundo a agência de notícias AFP. A ONG Anistia Internacional está fazendo uma campanha para pedir que as autoridades israelenses “retirem as restrições impostas a Vanunu”.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Lula deu duro nas teles e Bernardo começa a trabalhar



Paulo Bernardo conduzirá a mesa de negociações

O Conversa Afiada republica texto da Teletime:

Lula impõe condições para negociar novas metas com as teles


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu entrar na briga em torno do novo Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU III). Lula convocou as principais autoridades públicas envolvidas no processo de fixação das novas metas para passar um recado: o governo só negociará com as teles se elas retirarem as ações judiciais contra a Anatel, a União e a Telebrás, abertas no mês passado no calor das discussões em torno do PGMU. Feito isso, a discussão do PGMU deve ganhar mais pelo menos quatro meses e o plano só seria editado em abril.


O encaminhamento dado hoje pelo presidente confirma a posição adotada pelo coordenador do Comitê Gestor das Políticas de Inclusão Digital (CGPID), Cezar Alvarez, de que o governo não estava disposto a conversar com as empresas sob a ameaça de ações na Justiça. Segundo fontes, o presidente Lula mostrou-se muito irritado com o comportamento das concessionárias de telefonia fixa nos últimos meses e ameaçou com uma medida radical caso o assunto continue sendo tratado no âmbito judicial.


Sem rodeios, Lula disse aos participantes da reunião que, se as ações não forem retiradas, ele assinará o decreto do PGMU III exatamente como está proposto pela Anatel, pior desfecho possível para as teles. O mérito do novo plano de metas não chegou a ser discutido no encontro. Ou seja, por ora, a proposta construída pela Anatel tem sido considerada “válida”. Mas isso não significa que o governo não está disposto a mudar o texto.


As concessionárias não participaram da reunião, mas o BNDES, maior acionista individual da Oi, estava presente. Também participaram o Minicom, a Telebrás, a Anatel e o Ministério do Planejamento.


Mais quatro meses


Se as teles toparem a condição imposta por Lula receberão como compensação o adiamento de todo o processo de revisão contratual. A proposta é adiar por quatro meses a assinatura dos contratos e a publicação do PGMU III. Assim, a atualização contratual ficará para abril de 2011. Até lá, o governo abrirá uma mesa de negociações com as teles, quando então será discutido o mérito de cada uma das metas sugeridas pela Anatel.


Sem contrato


Um detalhe importante do encaminhamento acertado hoje é que sem PGMU, não haverá novo contrato. Há um consenso no Planalto de que não é possível conceder um bônus às empresas (uma atualização contratual) sem nenhum ônus (novas metas de universalização). Assim, enquanto o PGMU III estiver em negociação com o governo, a Anatel não deverá assinar qualquer atualização contratual com as teles. Tudo será adiado para o próximo ano se as teles agirem conforme planejado pelo governo.


Quem conduzirá essa negociação será o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Confirmado hoje pela equipe da presidenta eleita Dilma Rousseff como o futuro ministro das Comunicações, Bernardo já participou da reunião com Lula como representante do Planejamento e terá como sua primeira missão no comando da pasta conciliar as metas de universalização da telefonia.


Ultimato


As teles terão apenas quatro dias para decidir se aceitam ou não a condição do presidente para abrir as negociações. Isso porque já está marcada uma reunião na próxima segunda-feira, 13, no Ministério das Comunicações sobre o PGMU onde os presidentes das teles serão chamados para apresentar suas ponderações sobre o novo plano de metas. A expectativa evidente do governo é que, até lá, as ações já tenham sido devidamente retiradas da Justiça.


Este encontro contará com a presença de ministros de outras pastas, mas o destaque novamente é a presença de Paulo Bernardo, que conduzirá desde já a mesa de negociações. Fontes do governo ouvidas por este noticiário acreditam que as teles concordarão com a retirada das ações. A confiança está no entendimento de que as ações foram movidas exatamente para forçar o governo a negociar, até porque não houve pedido de liminar em nenhuma delas, o que demonstraria que as teles ainda não estariam tão dispostas a avançar na briga jurídica.


A ação que mais incomodou a presidência da República foi a movida contra a Telebrás. Pilar do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), a estatal foi revitalizada pelo governo Lula como uma forma de promover uma regulação “pelo mercado” da oferta de Internet em alta velocidade no país. As concessionárias posicionaram-se desde o início contrariamente à reativação da estatal, mas a ação foi entendida como uma provocação deliberada pelo Palácio do Planalto. Assim, tudo indica que o alvo da ameaça de Lula é proteger o PNBL mais do que o próprio PGMU III.


Por enquanto, o PGMU traçado pela Anatel estaria “firme e forte”, segundo definiram fontes ministeriais. Mas a sensação geral é que o plano da agência perderá força tão logo a negociação seja iniciada na segunda-feira. “Segunda, o PGMU talvez não esteja nem tão firme nem tão forte”, brincou uma fonte. Ainda assim, a intervenção de Lula na briga entre teles e Anatel foi considerada positiva por diversos participantes da reunião por estabelecer ao menos um encaminhamento em favor de um desfecho pacífico do impasse.

*PHA

Campanha ateísta em ônibus... no Brasil!


 A Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) finalmente conseguiu fazer a campanha das propagandas em ônibus no Brasil. A partir de semana que vem, dia 13 de dezembro, aparecerão nas cidades de Salvador e Porto Alegre ônibus com propagandas com frases como “Religião não define caráter” e “A fé não dá respostas. Ela só impede perguntas.” As propagandas ficarão nos ônibus por cerca de um mês.
O mote da campanha é o slogan "Diga não ao preconceito contra ateus", que aparece em quatro peças diferentes acompanhando imagens e frases polêmicas. Uma delas afirma "A fé não dá respostas. Ela só impede perguntas". Em outra aparecem Adolf Hitler e Charles Chaplin ilustrando o texto "religião não define caráter".
A campanha traz ainda a foto de um avião atingindo o World Trade Center com os dizeres "Se Deus existe, tudo é permitido" - em referência à famosa citação em contrario do romance "Irmãos Karamazov", de Dostoievski. Outra peça afirma "Somos todos ateus com os deuses dos outros", mostrando imagens de um deusa hindu, um deus egípcio e um deus palestino - Jesus.
“O prazo pode se estender, se tivermos doações”, diz Daniel Sottomaior.
Somos cerca de 2% dos brasileiros, ou 4 milhões de ateus. Mas muitos têm medo de se expor devido ao preconceito de amigos, chefes e familiares. Isso tem que acabar.
O site da Atea diz: “A campanha dos ônibus não procura fazer desconversões em massa. Nossos objetivos são conseguir um espaço na sociedade que seja proporcional aos nossos números, diminuindo o enorme preconceito que existe contra ateus, e caminhar rumo à igualdade plena entre ateus e teístas, que só existe quando o Estado é verdadeiramente laico — o que está muito, muito longe de acontecer.”
Esse tipo de campanha começou em 2009 no Reino Unido, terra de Richard Dawkins, e se espalhou por inúmeros países com resultados distintos. A campanha deu certo nos Estados Unidos e na Espanha, causando polêmica, mas a veiculação foi proibida na Itália e a veiculação foi recusada na Austrália pela empresa que seria responsável.
A campanha era para ocorrer na cidade de Sâo Paulo mas, depois de conhecer o conteúdo dos anúncios já após a assinatura do contrato, a empresa que os veicularia se negou a fazê-lo alegando legislação que proíbe temas religiosos. Bom, contanto que nenhum religioso possa fazer propaganda nesses ônibus, pra mim tá bom. Senão, é processo neles.
Foram gastos cerca de 10 mil reais na campanha. Metade vieram de pequenas doações no site da Atea e a outra metade veio de um mecenas paulista que quis permanecer anônimo.
O legal mesmo é que pegou bem na época do Natal, uma época onde as pessoas tendem a ficar mais chatas com esse negócio de religião. Mas acho que, além de ônibus, deviam fazer outdoors também.
*comtextolivre
http://passapalavra.info/wp-content/uploads/2010/12/o_anzol-029b.jpghttp://1.bp.blogspot.com/_F607SuO_4iA/TQJw-N5jMaI/AAAAAAAAFrQ/31brxBHH_xc/s1600/LatuffWikileaks.jpg

Balanço de 4 anos do PAC

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Fiat deve anunciar sua segunda fábrica de automóveis no Brasil


Pernambuco é o estado escolhido pela montadora que é líder no mercado brasileiro de automóveis
De janeiro a novembro deste ano, a Fiat acumulou uma participação de 22,95% no mercado brasileiro
São Paulo - A italiana Fiat, líder no mercado brasileiro de automóveis, está em fase final de negociação para a abertura de uma nova fábrica no Brasil. A unidade deverá ser erguida em Pernambuco, nas proximidades do porto de Suape, onde vem sendo construído um dos maiores complexos industriais do Brasil.
Caso as negociações com o governo pernambucano sejam concluídas nos próximos dias, o anúncio oficial da construção da nova fábrica deverá ser feito em 29 de dezembro, dois dias antes do final do governo Luiz Inácio Lula da Silva e do início da gestão da presidente eleita Dilma Rousseff.
De janeiro a novembro deste ano, a Fiat acumulou uma participação de 22,95% no mercado brasileiro de automóveis. A montadora italiana chegou ao Brasil em 1976. Foi a grande empresa do setor a não se instalar no ABC Paulista, na época, a capital da indústria automobilística brasileira.
Betim, nos arredores de Belo Horizonte, foi o local escolhido para a construção de sua primeira fábrica. Desde então, toda a produção dos carros da Fiat no Brasil se concentra em Minas Gerais.
*comtextolivre

PAC é uma “confraria bem intencionada” de governos, trabalhadores e empresários


Presidente Lula no evento em que foi apresentado o balanço dos quatro anos do PAC, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Foto: Ricardo Stuckert/PR
O Brasil do Pré-sal, do Luz para Todos, das grandes obras em infraestrutura, das maiores refinarias e hidrelétricas em construção no mundo, do Minha Casa, Minha Vida, da geração recorde de emprego e renda e da inclusão social é a grande conquista do povo brasileiro, afirmou o presidente Lula nesta quinta-feira (9/12), em Brasília (DF), durante a cerimônia de apresentação do balanço de quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). E o País que hoje “anda a 120 km por hora”, disse Lula, tem razões de sobra para comemorar: com o Brasil em condições “excepcionais”, a presidenta eleita, Dilma Rousseff, irá pisar um pouco mais no acelerador rumo a um desenvolvimento jamais visto.
O milagre do PAC, como definiu Lula, só foi possível porque a mesma importância de uma grande rodovia, como a BR-101, ou do Rodoanel de São Paulo, foi dada a toda pessoa que morava de forma inadequada em uma palafita. Para Lula, o PAC foi uma “confraria bem intencionada” dos governos federal, estaduais e municipais, empresários e trabalhadores, que resultou em uma cumplicidade em defesa do Brasil e nos resultados “nunca antes vistos” do programa.
Essa grandeza é que fez o PAC dar certo e tenho certeza que é essa grandeza que vai fazer com que esse país continue dando certo e continue avançando.
Ouça aqui a íntegra do discurso do presidente no evento: