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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 17, 2011

MILHÕES DE BRASILEIROS LESADOS POR “FRAUDE OFICIAL”


Laerte Braga



MILHÕES DE BRASILEIROS LESADOS POR “FRAUDE OFICIAL”

Laerte Braga

A verdadeira extensão dos danos causados ao Brasil e aos brasileiros pelos dois governos – mandatos – de Fernando Henrique Cardoso só poderá ser medida em sua totalidade numa perspectiva histórica, numa linha de observação e percepção do projeto tucano, um cínico e repulsivo tentáculo do neoliberalismo na versão Nova Ordem.

FHC em sua perversidade, seu governo abjeto, se estende para além dos seus oito anos e milhões de brasileiros foram e continuam sendo lesados por algo que poderíamos chamar de “fraude oficial”.

Um exemplo?

Consenso de Washington
As transformações ditadas pelo que se convencionou chamar de CONSENSO DE WASHINGTON nos serviços públicos sucateados, desmontados e nas aposentadorias e pensões. As tais reformas que, na prática, tinham e continuam a ter o propósito de promover uma deliberada e constante exclusão social, tanto quanto privatização do Estado como instituição.

Se o governo Sarney foi um exercício de delírios de vaidade de um tirano político corrupto, um oligarca, Collor de Mello foi a primeira aposta da Nova Ordem no Brasil. Fabricado e montado nos laboratórios da GLOBO por encomenda dos donos.

Seu fracasso levou a opção por um canalha mais consistente, melhor preparado; exatamente FHC, velho amigo dos norte-americanos desde os tempos de exílio, uma espécie de “general” Anselmo.
FHC

Um ser amoral. Sem qualquer escrúpulo.

A verdadeira extensão dos danos causados ao Brasil e aos brasileiros pelos dois governos – mandatos – de Fernando Henrique Cardoso só poderá ser medida em sua totalidade numa perspectiva histórica, numa linha de observação e percepção do projeto tucano, um cínico e repulsivo tentáculo do neoliberalismo na versão Nova Ordem.

FHC em sua perversidade, seu governo abjeto, se estende para além dos seus oito anos e milhões de brasileiros foram e continuam sendo lesados por algo que poderíamos chamar de “fraude oficial”.

Um exemplo?

Governo FHC - Saúde sucateada
As transformações ditadas pelo que se convencionou chamar de CONSENSO DE WASHINGTON nos serviços públicos sucateados, desmontados e nas aposentadorias e pensões. As tais reformas que, na prática, tinham e continuam a ter o propósito de promover uma deliberada e constante exclusão social, tanto quanto, privatização do Estado como instituição.

Se o governo Sarney foi um exercício de delírios de vaidade de um tirano político corrupto, um oligarca, Collor de Mello foi a primeira aposta da Nova Ordem no Brasil. Fabricado e montado nos laboratórios da GLOBO por encomenda dos donos.

Seu fracasso levou a opção por um canalha mais consistente, melhor preparado; exatamente FHC, velho amigo dos norte-americanos desde os tempos de exílio, uma espécie de “general” Anselmo.

Um ser amoral. Sem qualquer escrúpulo.

Todo o projeto neoliberal despejado na certeza que o Parlamento seria facilmente domesticável com milho atirado ao seu redor (a maioria correu a comer). O Judiciário (STF) transformado em bancada governista por uma figura repulsiva que hoje ocupa o Ministério da Defesa e a mídia a vender idéia de um Brasil próspero e feliz, até o dia que se percebeu que estávamos falidos e presos às teias de FMI – Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e outras “agências” colonizadoras.

Hoje, a despeito de alguns avanços obtidos no governo Lula, estamos nos transformando num Brasil da primeira metade do século XX, agrícola e pastoril, com todo o desenvolvimento industrial que alardeiam, mas que é privilégio dos grupos econômicos que servem ao conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Presidente Lula malabarista
Os malabarismos que o ex-presidente Lula teve que fazer ao longo de seus oito anos para escapar de parte da teia e criar perspectivas mínimas para avanços reais e efetivos, retomada de posse da soberania e da integridade do território nacional ainda estão por exigir ações concretas e efetivas que não vão se materializar no chamado mundo institucional.

Esse está podre e a não ser que Dilma queira transformar-se em outra equilibrista não vamos a lugar nenhum ainda que os números possam indicar o contrário. É preciso perceber que os números são produtos dos critérios e fórmulas definidos pelos donos.

Uma nova Idade Média, com requintes de tecnologia de ponta.

O que se esvai nos efeitos do governo FHC é a cultura (como um todo) e bem mais que transformar seres em objetos, em mercadorias. Liquida a nação brasileira e suas dimensões continentais.

Uma forma refinada de capitanias hereditárias subordinadas à Corte.

Nem mesmo as políticas sociais do governo Lula e agora reafirmadas por Dilma. É necessário transformá-las em alavancas de mudanças estruturais para que possam ter sentido diverso do assistencialismo.

A destruição dos serviços públicos no Brasil teve a chancela da opinião pública.

Nos oito anos de governo FHC a mídia vendeu a idéia que servidores públicos eram privilegiados num País onde a fome grassava em várias regiões.

Em momento algum se pensou que os serviços públicos são aqueles que dizem respeito à saúde, educação, justiça, que constroem estradas, que mantêm o Estado cumprindo o seu papel político, econômico e social e que diz respeito a todos os brasileiros e não a poucos.

Temos agora o milagre – o deus mercado é pródigo em milagres – da terceirização. A privatização de áreas estratégicas de serviços públicos e a consequente qualidade negativa desses serviços.

Saúde e educação são para dar lucros a grandes grupos. O subsolo brasileiro privatizado e entregue à sanha de grupos internacionais (VALE) sob o disfarce de nacionais, ou pseudonacionais na invenção de Lula para escapar das armadilhas deixadas por FHC. O “capitalismo a brasileira”, definição perfeita de Ivan Pinheiro.

Saúde em Minas Gerais
No efeito cascata desse processo, estados e municípios seguem a risca o receituário, seja porque as verbas em sua maior parte, saem dos cofres federais, seja porque governadores e prefeitos se integram ao modelo.

O deputado federal Marcus Pestana (eleito com mais de 150 mil votos) montou um dos mais prósperos negócios no mundo dos governos neoliberais nos oito anos que ocupou a Secretaria de Saúde do desgoverno Aécio Neves em MG. Desviou verbas para montar base política (não se elege síndico sem isso, perdeu várias eleições, antes de descobrir o filão). Em Minas, a despeito da política de ooutdorscom charme do ex-governador, a saúde pública é precária e o governo de Antônio Anastasia (seu sucessor, parceiro e inventor do fator previdenciário) já se prepara para abandonar a educação fundamental transferindo responsabilidades aos municípios. Um professor estadual não ganha mil reais.

A questão das aposentadorias é bem mais grave. Os cálculos feitos pela Previdência, além do achatamento gerado pelo fator previdenciário (que desvinculou pensões e aposentadorias do salário mínimo) a Previdência erra tais cálculos e o faz de forma deliberada.

O resultado disso, dessa “fraude oficial”?

Justiça claudicante
Milhões de brasileiros recebem menos em relação a seus direitos, são obrigados a buscar na Justiça esses direitos e a Justiça, dominada nas instâncias superiores pela visão de mercado ditada pelo Banco Mundial, não resolve e nem deixa de resolver, ou quando resolve raramente atende ao direito básico, previsto em lei, o do cidadão.

É o neoliberalismo, são as conseqüências do governo FHC e sua “era de modernidade”, onde o ser humano vale menos que as contas e ajustes do governo. O que não significa que contas e ajustes devam ser descontas e desajustes. Não.

É que o dinheiro público sustenta a iniciativa privada, presta-se a ser doado aos altares do deus mercado. É esse o pulo do gato.

Servidores públicos, aposentados e pensionistas são os demônios do neoliberalismo. Foram e são e serão sempre transformados nesse tipo de figura por uma mídia podre e corrupta, sustentada pelo modelo, concentrada em mãos de poucos e preocupada com a “livre expressão”. A bolinha de papel em Serra, por exemplo, mas silenciosa sobre as falcatruas do governador Sérgio Cabral doando dinheiro de obras de contenção de encostas e saneamento à Fundação Roberto Marinho, ou legalizando mansão de Luciano Hulk em área ambiental não permitida a esse tipo de construção, a pedido do escritório de advocacia da primeira dama do estado.

Pior ainda, sobre estupros cometidos por um filho de um diretor do grupo RBS – GLOBO da Região Sul – e extremosa quanto a denúncias de crimes sexuais fabricados contra Julian Assange, na tentativa de fazer calar o site WikiLeaks sobre ações bem piores que essas relatadas aqui, mas que sustentam toda essa vergonha.

Servidores públicos (médicos, professores, enfermeiros, etc.) e aposentados e pensionistas são danos causados ao modelo, como peste bubônica, ou algo assim, mas que geram os grandes negócios do deus mercado em áreas onde o Estado tem deveres fundamentais. Dão lugar a iniciativa privada.

Não há solução para toda essa perversidade no mundo dito institucional.

Só um jogo de empurra e exibições de equilibrismo com nenhuma ou alguma sensibilidade social, mesmo assim, esse alguma, quando existe, voltado para o estilo assistencialista sem resultados transformadores que em si garantem direitos básicos e fundamentais do cidadão.

Bandeira do conglomerado EUA - Israel
Deve ser por isso que os médicos cubanos, segundo levantamentos divulgados nesta última semana, são os heróis do povo haitiano. São servidores públicos de um país solidário a outro e a seu povo, nunca exploradores e torturadores.

Milhões de brasileiros foram e são lesados pela “fraude oficial”. Chamam de modernidade.

No conglomerado EUA/Israel Terrorismo S/A já terceirizaram até parte das forças armadas. Aqui não há necessidade, o general Zelito quer olhar para o “futuro”.

Qual? Será que existe nesse modelo?

Essa luta só vai ser ganha nas ruas.
*BrasilMobilizado

Classe mérdia tem solução para tudo: ' Basta tirá-los dali'



Classe mérdia tem uma solução para tudo: 'Basta tirá-los dali'
Mendigos nas ruas? - Basta tirá-los dali. Menores consumindo crack? - Basta tirá-los dali. Prostitutas na calçada? - Basta tirá-las dali. Excesso de carros nas ruas? - Basta tirá-los dali. Sem terra invadindo terras improdutivas? - Basta tirá-los dali. Sem teto invadindo prédios desocupados? - Basta tirá-los dali. Moradores em áreas de risco? - Basta tirá-los dali. Favelas? - Basta tirá-los dali.

E colocar onde?

Isso não querem saber: acham que políticos foram eleitos para isso. Querem que eles façam o serviço sujo.

Os últimos acontecimentos no Rio e em SP mostram que à direita e à esquerda muitos querem a solução simplista da classe mérdia: - Basta tirá-los dali. Mesmo que para isso seja necessário chamar a polícia.

Ou seja: mendigos, sem-teto, sem terra, prostitutas, drogados, todos são caso de polícia.

Não são não. Polícia é para quem precisa de polícia. Eles precisam é de política com P maiúsculo: política social, inclusão. Cidadania. Não temos que tirá-los dali. Temos que incluí-los aqui.

Somos humanos; isso, em suma, é o que somos.
*umpoucodetudodetudoumpouco

É Proibido



É Proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender os que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Pablo Neruda

Quatro cenário para o fim dos Estados Unidos - Parte I



Para os Estados Unidos começou o declínio?
Pode ser.

É um assunto importante, pois os EUA foram, no bem o no mal, protagonistas da cena mundial desde 1945 e única super-potência desde a queda do Muro de Berlim. É preciso reflectir bem pouco para perceber a influência que os Americanos tiveram e continuam a ter em todo o planeta.

Uma eventual queda, o um significativo redimensionamento, implicaria uma repensamento de muitos aspectos da nossa sociedade. Aspectos importantes (pensamos, por exemplo, na estratégia de defesa), aspectos fúteis também (cinema, televisão).

Seja como for, uma mudança fundamental.

Por isso, com a ajuda de Alfred W.McCoy, vamos ver quais as previsões que nesta altura é possível fazer acerca do futuro dos Estados Unidos. Que é, em boa parte,o nosso futuro também.

McCoy é professor de História da Universidade Wisconsin-Madison. É autor do recente Policing America's Empire: The United States, The Philippines, and the Rise of Survelliance State (2009) e presidente do projecto Empires in Transition, grupo de trabalho mundial de 140 historiadores.


2003: o início do fim

Apesar da aura de omnipotência que a maior parte das potências projectam, observar a história delas deveria lembrar que são organismos frágeis.

Tão delicada é a ecologia do poder que, quando as coisas começam a ir mal, os impérios desintegram-se regularmente com implacável velocidade: pouco mais de um ano no caso de Portugal, dois anos a União Soviética, oito anos a França, 11 anos a Turquia, 17 anos a Grã-Bretanha.

E os Estados Unidos? Difícil avançar com uma previsão exacta. No entanto, McCoy fixa o inicio do declínio no ano 2003. O que faz sentido.

Os futuros historiadores provavelmente irão identificar a invasão irresponsável do Iraque, por parte da administração Bush, como o início da queda da América.

No entanto, em vez do banho de sangue que marcou o fim de muitos impérios do passado, com cidades em chamas e civis massacrados, neste século XXI o colapso imperial poderia acontecer de forma tranquila, através dos tentáculos invisíveis dum colapso económico ou duma guerra cibernética.

Mas quando finalmente a dominação do mundo estar acabada, haverá uma dolorosa lembrança diária do que isso significa para os Americanos em todas as áreas da vida.

Como uma meia dúzia de Países europeus descobriram, o declínio imperial tende a ter um impacto deprimente na sociedade, arrastando tal situação ao longo de pelo menos uma geração de privação económica.

E se a economia esfria, a temperatura política sobe, muitas vezes provocando graves problemas internos.


O Século Americano

McCoy afirma que os dados económicos, educacionais e militares sugerem que, quando se trata de poder mundial dos Estados Unidos, as tendências negativas irão unir-se em 2020 para alcançar rapidamente uma massa crítica por volta de 2030.

O Século Americano, declarado de forma triunfante no início da II Guerra Mundial, estará em pedaços e em dissolvência em 2025, sua oitava década, e pode tornar-se história em 2030.

Significativamente, em 2008, o National Intelligence Council dos Estados Unidos admitiu pela primeira vez que o poder mundial dos Eua encontra-se numa trajectória declinante.

Num dos seus relatórios periódicos acerca do futuro, Global Trends 2025, o Conselho cita a "transferência da riqueza e do poder económico em curso na economia global, mais ou menos de oeste para leste" e "sem precedentes na história moderna", como o principal factor de declínio da relativa força americana, até mesmo nas forças armadas."

Tal como muitos em Washington, no entanto, o Conselho dos analistas prevê uma "aterragem" (isso é, um declínio) longa e suave da supremacia mundial dos EUA, com a esperança que, de alguma forma, os Estados Unidos conseguiriam ao longo de muito tempo "preservar únicas capacidades militares [...] de projectar o poder militar à nível mundial" nas próximas décadas.

Mas McCoy não pensa isso.
Nada a fazer. De acordo com as projecções actuais, os Estados Unidos vão encontrar-se em segundo lugar, atrás da China (já a segunda maior economia do mundo), na produção económica em torno de 2026, e atrás da Índia até 2050.

Da mesma forma, a inovação chinesa estará numa trajectória rumo à liderança mundial na ciência aplicada e na tecnologia militar entre 2020 e 2030, justamente quando actual reserva americana de brilhantes cientistas e engenheiros irá encolher, sem substituição adequada.


A Passagem da Ave-Maria

Em 2020, de acordo com os planos actuais, o Pentágono irá lançar uma passagem militar da Ave-Maria [no futebol americano indica uma tentativa desesperada de mudar o curso do jogo, NDT] para um império moribundo.

Será lançado um conjunto letal de robótica aeroespacial que representará a última esperança para Washington de manter o poder no mundo, apesar da própria decrescente influência económica.

Naquele ano, porém, a rede mundial de satélites de comunicações da China, apoiada pelos supercomputadores mais poderosos do mundo, estará plenamente operacional em Pequim, fornecendo uma plataforma para a militarização do espaço e um sistema de comunicação poderoso para mísseis ou ataques informáticos em cada quadrante do planeta.

Envolvida na arrogância imperial que já foi de Whitehall ou Quai d'Orsay, a Casa Branca ainda parece imaginar que o declínio americano será gradual e parcial.

No Discurso acerca do Estado da União no passado Janeiro, o presidente Barack Obama ofereceu a garantia de que ele não aceita o segundo lugar para os Estados Unidos da América.

Poucos dias depois, o vice-presidente Biden ridicularizou a ideia pela qual os EUA possam tornar-se uma grande nação que falhou por ter perdido o controle da economia.

Da mesma forma, ao escrever na edição de Novembro da revista governativa Foreing Affairs, o "guru" liberal da política externa Joseph Nye afastou o discurso do crescimento económico e militar da China, rejeitando a "metáfora enganosa do declínio orgânico" e negou que uma já iminente deterioração do poder global dos Estados Unidos.

Os Americanos comuns, observando os seus lugares de trabalho no estrangeiro, têm uma visão mais realista. Uma pesquisa em Agosto 2010 revelou que 65% dos Americanos acham que o País está "em estado de declínio".

Austrália e Turquia , tradicionais aliados militares dos Estados Unidos, já estão a usar armas de fabricação americana nas manobras conjuntas aéreas e navais com a China.
Os parceiros económicos mais próximos da América já estão a fazer marcha atrás acerca da oposição de Washington à taxa de câmbio "domesticada" da China.
Quando o presidente regressou da sua viagem pela Ásia, um título agressivo do New York Times resumiu o momento: "A visão económica de Obama é rejeitada no mundo, China, Grã-Bretanha e Alemanha desafiam os EUA, mesmo as negociações comerciais com Seul falham".


Os Quatro Cenários

Do ponto de vista histórico, a questão não é se os Estados Unidos irão perder o poder incontestado em todo o mundo, mas quanto doloroso e precipitado será o declínio.

Em vez da visão esperançosa de Washington, McCoy utiliza a metodologia do National Intelligence Council para sugerir quatro cenários realistas e determinar como, se com um estrondo ou um soluço, o poder mundial dos Estados Unidos pode chegar ao fim por volta de 2020; juntamente com quatro avaliações do presente.

Os cenários futuros incluem:
  1. o declínio económico
  2. a crise do petróleo
  3. a desventura militar
  4. a Terceira Guerra Mundial.
Embora estes não sejam certamente as únicas possibilidades quando se trata de declínio americano ou até mesmo de colapso, oferecem uma janela para o futuro próximo.

Em breve a segunda parte deste artigo, com o primeiro dos Quatro Cenários.


Fonte: TomDispatch


Quatro cenário para o fim dos Estados Unidos - Parte II




Segunda parte do artigo dedicado aos possíveis cenários para o futuro dos Estados Unidos.

Lembramos: possíveis cenários.



Boa leitura!


Declínio Económico: situação actual

Hoje existem três principais ameaças para a posição dominante dos Estados Unidos na economia global: a perda do poder económico, causa a contracção do comércio mundial, o declínio da inovação tecnológica americana e o fim do status privilegiado do Dólar como moeda reserva global.

Em 2008, os Estados Unidos tinham já caído para o terceiro lugar na exportação de mercadorias em todo o mundo, com apenas 11% contra 12% da China e 16% da União Europeia.
Não há nenhuma razão para acreditar que esta tendência possa inverter-se.

Da mesma forma, a liderança americana no campo da inovação tecnológica está em declínio.

Em 2008, os Estados Unidos ocupavam a segunda posição, atrás do Japão, na área dos pedidos de patente no mundo, com 232.000; mas a China já estava perigosamente perto, com 195 mil, graças a um forte aumento de 400% desde o ano 2000.

Uma antevisto duma nova redução: em 2009 os Estados Unidos tocaram o fundo do ranking entre as 40 nações analisadas pela Information Technology and Innovation Foundation em matéria de "mudança" na "competitividade global com base na inovação", analises feita com base nos dados da década anterior.

Acrescentando substâncias a estas estatísticas, em Outubro, o Ministério da Defesa da China apresentou o supercomputador mais rápido do mundo, o Tianhe-1A, tão poderoso, disse um especialista americano, que "apaga o actual número um".
Que fica nos Estados Unidos..

Sem esquecer a clara evidencia de que o sistema educacional dos Estados Unidos, a real fonte dos futuros cientistas e inovadores, está a enfraquecer-se perante os directos concorrentes.

Depois de ter sido o líder mundial ao longo de décadas em termos homens e mulheres entre 25 e 34 anos de idade com formação universitária, o País caiu para o 12 º lugar em 2010. Em 2010, o World Economic Forum classificou os Estados Unidos a um pobre 52 º lugar entre 139 nações em tema de qualidade da formação universitária em ciências e matemática.

Quase metade de todos os alunos graduados em ciência nos Estados Unidos são cidadãos estrangeiros, a maioria dos quais voltará para os Países de origem sem ficar aqui, como acontecia antes.

Em 2025, em outras palavras, é provável que os EUA terão de enfrentar uma grave escassez de cientistas talentosos.

Essas tendências negativas encorajam cada vez mais uma dura crítica ao papel do Dólar como moeda de reserva mundial. Observa Kenneth Rogoff, ex economista chefe do Fundo Monetário Internacional:
Outros Países já não estão dispostos a comprar a ideia de que os EUA têm a melhor política económica
Em meados de 2009, com os bancos centrais do mundo na posse duns astronómicos 4.000 biliões de Dólares em Títulos do Tesouro dos Estados Unidos, o Presidente russo, Dimitri Medvedev , insistiu que tinha chegado a hora de acabar com o "sistema unipolar mantido artificialmente" com base numa "moeda de reserva forte apenas no passado."

Ao mesmo tempo, o governador do banco central chinês sugeriu que o futuro pode ser feito duma moeda de reserva mundial "desconectada dos Países individuais" (isto é, o Dólar dos EUA).

Indicações, como sugeriu o economista Michael Hudson, dum mundo futuro multipolar e uma possível tentativa "para acelerar o fracasso da ordem financeira e militares dos EUA".


Declínio económico: Cenário 2020

Depois de anos de crescentes deficits alimentado por intermináveis guerras em terras distantes, em 2020, como esperado, o Dólar finalmente perde o seu estatuto especial como moeda de reserva mundial.

De repente, o custo das importações aumenta de maneira rápida.

Incapaz de pagar o crescente deficit através da venda dos Títulos do Tesouro, Washington é obrigada a cortar o enorme orçamento militar.

Sob a pressão interna e externa, Washington lentamente retira as forças das centenas de bases no estrangeiro para um perímetro continental. Agora, porém, é tarde demais.

Diante de uma super-potência que cai aos pedaços, incapaz de pagar as contas, China, Índia, Irão, Rússia e outras potências, grandes e regionais, desafiam o domínio dos EUA sobre os oceanos, no espaço e no ciberespaço.

Entretanto, com preços altos, o desemprego em constante aumento e uma queda do salário real, as divisões internas amplificam-se em violentos confrontos e debates que dividem muitas vezes acerca de temas irrelevantes.

Cavalgando uma onda de desilusão e desespero político, um patriota da extrema-direita ganha a presidência com uma retórica enfática, apelando ao respeito das autoridade e ameaçando represálias militares ou económica.

O mundo quase não presta atenção nenhuma enquanto o Século Americano acaba em silêncio.


Quatro cenário para o fim dos Estados Unidos - Parte III



Terceira parte do artigo que analisa possíveis cenários futuros para o fim do Século Americano.

Realçamos: possíveis.
Estes não são previsões, mas cenários que poderiam, eventualmente, tornar-se realidade, na integra ou em parte.



Boa leitura!


Crise do Petróleo: situação actual

Uma vítima da queda do poder económico norte-americano foi o bloqueio de fornecimento do petróleo mundial. A China tornou-se o maior consumidor mundial de energia no passado Verão, uma posição que os Estados Unidos haviam alcançado e mantido ao longo de mais de um século.

Michael Klare, especialista em energia, tem argumentado que esta mudança significa que a China vai "conduzir o caminho para moldar o nosso futuro global."

Em 2025, Irão e Rússia controlarão quase metade da oferta mundial de gás natural, o que poderia dar-lhes uma enorme influência sobre a Europa que tem fome de energia. Acrescentamos as reservas de petróleo e, como o National Intelligence Council tem advertido, em apenas 15 anos os dois Países podem "emergir como fulcros da energia".

Apesar do engenho, as potências do petróleo estão agora a drenar as reservas de petróleo mais fáceis de serem exploradas.

A verdadeira lição do desastre de petróleo da Deepwater Horizon, no Golfo do México, não foram as normas de segurança malfeita da BP, mas o simples facto que toda a gente viu: um gigante da energia que não tinha outra escolha a não ser recuperar o que Klare chama "duro petróleo", quilómetros abaixo da superfície do oceano, para manter os próprios lucros.

Para agravar o problema, Chineses e Indianos de repente tornaram-se grandes consumidores de energia. Mesmo que as reservas de combustível fóssil permanecessem constantes (o que não acontecerá), a procura e os custos irão aumentar, e fortemente.

Outros Países desenvolvidos estão a enfrentar essa ameaça de forma agressiva, mergulhando em programas experimentais de desenvolvimento de fontes alternativas de energia.
Os Estados Unidos têm tomado um caminho diferente, fazendo muito pouco para desenvolver fontes alternativas, enquanto que nas últimas três décadas, duplicaram a dependência das importações estrangeiras de petróleo.

Entre 1973 e 2007, as importações de petróleo aumentaram de 36% da energia consumida nos Estados Unidos até 66% .


Crise do Petróleo: Cenário 2025

Os Estados Unidos continuam tão dependente do petróleo estrangeiro que alguns desenvolvimentos negativos no mercado mundial de energia em 2025 irão provocar um choque do petróleo. Em comparação, isso faz parecer trivial a crise do petróleo de 1973 (quando os preços quadruplicaram em poucos meses).

Irritados com o colapso do Dólar, os ministros da Opep reunidos em Riad, pedem os pagamentos futuros de energia em Iene, Yuan e Euro. Esta medida aumenta ainda mais o custo das importações de petróleo nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, durante a assinatura duma nova série de contratos de fornecimento de longo prazo com a China, a Arábia Saudita estabilizam as próprias reservas monetárias ao passar para o Yuan. Entretanto, a China investe incontáveis biliões na construção dum grande gasoduto trans-asiático e no financiamento para a exploração dos campos do Irão, nomeadamente South Pars, a maior reserva natural de gás natural no mundo.

Preocupados com a ideia de que a Marinha dos EUA possa já não ser capaz de proteger os petroleiros no Golfo Pérsico, Teheran, Riad e Abu Dhabi formam uma inesperada aliança no Golfo, e anunciam que a nova frota de aviões rápidos da China ficará encarregue de patrulhar as águas do Golfo Pérsico a partir de uma base no Golfo de Omã.

Sob fortes pressões económicas, Londres aceita revogar o contrato de leasing da base americana na ilha de Diego Garcia, no Oceano Índico, enquanto Canberra, pressionada pelos Chineses, informa Washington de que a Sétima Frota já não tem a autorização de usar Fremantle como um porto de partida: a Marinha dos Estados Unidos fica assim fora do Oceano Índico.

Com poucos traços de caneta e alguns anúncios lacónicos, a "Doutrina Carter", pela qual o poder militar dos Estados Unidos quis proteger "eternamente" o Golfo Pérsico, em 2025 é colocado em repouso.

Todos os elementos que têm garantido o abastecimento ilimitado de petróleo barato aos Estados Unidos a partir dessa região, logística, câmbio e poder naval, evaporam.

Nesta altura, os Estados Unidos só podem cobrir um insignificante de 12% das próprias necessidades energéticas a partir da nascente indústria da energia alternativa, e ficam dependentes do petróleo importado para a metade do consumo.

A seguinte crise do petróleo atinge o País como um furacão, aumentando os preços até níveis surpreendentes, tornando as viagens extremamente caras, colocando os salários reais (que tinham-se mantido por muito tempo em declínio) em queda livre e tornando não-competitivo tudo o que resta da exportação norte-americana.

Os preços do gás dispararam e os Dólares fogem dos EUA em troca de petróleo barato: a economia dos EUA está paralisada. Com as antigas alianças chegadas ao fim e a carga tributária crescente, as forças militares dos EUA finalmente começam uma retirada organizada para o interior do País.

Em poucos anos, os Estados Unidos atingem a bancarrota e o relógio corre em direcção à meia-noite do Século Americano.


Infortúnios Militares: a situação actual

Inesperadamente, quando diminui o poder, os impérios muitas vezes mergulham em aventuras militares mal-aconselhadas.
Este fenómeno é conhecido entre os historiadores como "micro-militarismo" e parece envolver esforços psicologicamente compensatórios para silenciar a dor da retirada ou da derrota, ocupando novos territórios, mesmo que brevemente e de forma catastrófica.

Essas operações irracional também do ponto de vista imperial, frequentemente produzem grandes despesas ou derrotas humilhantes que só aceleram a perda de poder.

Impérios em dificuldade, com a idade sofrem de uma arrogância que motiva a mergulhar em desventuras militares.

Em 413 a.C., uma Atenas enfraquecida enviou 200 navios ao massacre na Sicília.
Em 1921, uma Espanha imperial em desaparecimento enviou 20.000 soldados a ser dizimados por guerrilheiros berberes em Marrocos.
Em 1956, um decadente Império Britânico destruiu a própria reputação ao atacar Suez.
E em 2001 e 2003, os EUA ocuparam o Afeganistão e invadiram o Iraque. Com a arrogância que caracterizou os impérios durante milhares de anos, Washington tem vindo a aumentar as tropas no Afeganistão, ampliou a guerra no Paquistão e estendeu o seu compromisso até 2014; criou grandes e pequenos desastres nestes cemitérios de armas nucleares imperiais infestados com a guerrilha.


Infortúnios Militares: Cenário 2014

Irracional e imprevisível é o "micro-militarismo", cujos cenários aparentemente imaginativos são logo ultrapassados pelos acontecimentos reais.

Com as forças dos EUA que se estendem desde a Somália até as Filipinas, com as crescentes tensões em Israel, Irão e Coreia, as possíveis combinações para uma desastrosa crise militar no estrangeiro são muitas.

Meados de Verão de 2014: uma guarnição dos EUA na cercada Kandahar, no sul do Afeganistão, é de repente e inesperadamente invadida por combatentes Talibães, enquanto os aviões americanos são obrigados a ficar em terra por causa de uma tempestade de areia.

Há pesadas baixas e, na retaliação, um comandante dos EUA perde bombardeiros B-1 e caças F-16 para destruir inteiros bairros que acredita-se estar sob o controle dos talibãs, enquanto os artilheiros AC-130U Spooky percorrem os destroços com o fogo devastador do canhão.

Logo, os mullah invocam a jihad nas mesquitas de toda a região, e as unidades do exército afegão, treinadas pelas forças dos EUA na tentativa de mudar o rumo da guerra, começam a desertar em massa. Combatentes talibãs lançam uma série de ataques sofisticados em todo o País, elevando o número de baixas dos EUA.
Numa reminiscência das cenas que lembram Saigon em 1975, helicópteros salvam militares e civis americanos nos telhados de Cabul e Kandahar.

Enquanto isso, irritados com as décadas sem fim de impasse sobre o assunto palestiniano, os líderes do Opec definem um novo embargo petrolífero contra os Estados Unidos, para protestar contra o apoio a Israel, bem como a morte dum número desconhecido de civis muçulmanos nas guerras em curso no Médio Oriente.

Com a escalada dos preços, Washington tenta um golpe a surpresa e envia forças de operações especiais para tomar posse dos portos petrolíferos no Golfo Pérsico.

Isso, por sua vez, desencadeia uma avalanche de ataques suicidas e sabotagem de oleodutos e poços de petróleo.

Como nuvens negras que sobem no céu e diplomatas nas Nações Unidas que denunciam as acções dos EUA, os jornalistas de todo o mundo retrocedem na história para marcar a situação como o "Suez da América", uma referência que conta o fracasso de 1956 e que marcou o fim do Império Britânico.


Acaba aqui a terceira parte.


Quatro cenários para o fim dos Estados Unidos - Parte IV




Quarta parte do artigo dedicado aos quatro possíveis cenários para o fim da potência americana.

Boa leitura!
Terceira Guerra Mundial: situação actual

No verão de 2010, as tensões militares entre os EUA e a China começaram a subir no Oeste do Pacífico, uma vez considerado um "lago americano".
Até um ano atrás, ninguém poderia ter previsto esse desenvolvimento.

Da mesma forma em que Washington jogou a aliança com Londres para a posse da grande parte do poder mundial da Grã-Bretanha após a Segunda Guerra Mundial, assim a China está a usar os lucros do próprio comércio de exportação com os Estados Unidos para financiar um desafio militar para o domínio sobre o interior da Ásia e no Pacífico.

Com o crescimento dos seus recursos, Pequim reclama uma ampla faixa marítima, desde a Coreia até a Indonésia, zonas há muito dominadas pela Marinha dos Estados Unidos.

Em Agosto, depois de Washington ter exprimido um "interesse nacional" no Mar da China do Sul e ter realizado exercícios navais na mesma área com o fim de reforçar a própria presencia, o Global Times de Pequim reagiu furiosamente, dizendo: "o desafio de wrestling EUA-China acerca da questão do Mar do Sul da China tem aumentado o nível do desafio para decidir quem será o verdadeiro dominador do planeta".

No meio destes tensões crescentes, o Pentágono informou que Pequim tem agora "a capacidade de atacar os porta-aviões [dos EUA] no Pacífico Ocidental" e atingir "as forças nucleares em todos os Estados Unidos continentais".
Ao desenvolver "capacidades ofensivas nucleares, espaciais e informáticas" a China parece determinada a competir pelo domínio do que o Pentágono chama de "o espectro informativo em todas as dimensões da moderna batalha espacial".
Com o continuo desenvolvimento dos poderosos foguetes booster Longa Marcha V, bem como com o lançamento de dois satélites em Janeiro de 2010 e outra em Julho , para um total de cinco, Pequim informou que o País está progredindo de forma rápida para uma rede "independente" de 35 satélites de posicionamento global e comunicações até 2020.

Para controlar a China e alargar a própria posição militar no mundo, Washington está disposta a construir uma nova rede de robótica espacial, capacidades avançadas de vigilância electrónica e guerra cibernética.

Os organizadores militares esperam que este sistema integrado para envolver a Terra numa rede cibernética capaz de cegar os exércitos no campo de batalha ou encontrar um único terrorista num campo ou favela.

Em 2020, se tudo correr conforme os planos, o Pentágono vai lançar um escudo com três níveis de drones no espaço, que desde a estratosfera alcance a exosfera, armados com mísseis ligados à um sistema modular flexível de satélites, e geridos através da monitorização telescópica.

No Abril passado, o Pentágono fez história: ampliou as operações com drones na exosfera, ao lançar a nave espacial não-tripulada X-37B numa órbita baixa de 255 quilómetros acima do planeta.
O X-37B é o primeiro duma nova geração de veículos não tripulados que marcará a militarização total do espaço, criando uma futura arena de guerra, diferente de tudo que a precedeu.


Terceira Guerra Mundial: Cenário 2025

A tecnologia de guerra espacial e da cibernética é tão nova e não testada que até mesmo os cenários mais bizarros em breve poderão ser substituídos por uma realidade que ainda é difícil de conceber.

Se simplesmente utilizarmos os mesmos tipos de cenários que a Força Aérea utilizou para o seu Future Capabilities Game de 2009, no entanto, podemos conseguir "uma melhor compreensão de como o ar, o espaço e o ciberespaço ficam sobrepostos em guerra" e assim começar a imaginar como poderia realmente ser combatida a próxima guerra mundial.

23,59 de Quinta-feira, dia de Ação de Graças em 2025. Enquanto os compradores de computadores batem os portais dos hipermercados para os grandes descontos dos electrodomésticos mais recente fabricados na China, os técnicos da Air Force no Space Vigilância Telescope (SST) de Maui fica em alerta quando os grandes ecrãs de repente mostram o preto.
Milhares de quilómetros de distância e no centro de operações CyberCommand, no Texas, os soldados imediatamente identificam os códigos maliciosos nos computador: códigos anónimos mas ainda com as impressões digitais distintas do Exército de Libertação do Povo Chinês.

O primeiro tiro é o que ninguém havia previsto. Um malware chinês assume o controle da robótica a bordo dum desconhecido drone Vulture americano , alimentado por energia solar, enquanto voa a 70.000 metros sobre o estreito de Tsushima entre Japão e Coreia. De repente, dispara todos os carregadores de misseis que precipitam sem danos no Mar Amarelo: uma arma formidável desarmada.

Determinada a combater o fogo com fogo, a Casa Branca autoriza um ataque de retaliação.
Confiantes de que o próprio sistema de satélites F-6 seja impenetrável, os comandantes da Força Aérea na Califórnia transmitem os códigos para a frota de drones espaciais X-37B em órbita 250 milhas acima da Terra, ordenando o lançamento dos mísseis Triple Terminator contra os 35 satélites chineses.
Nenhuma resposta dos drones, o ataque falhou.

Quase em pânico, a Força Aérea lança o seu Falcon Hypersonic Cruise Vehicle 100 quilómetros acima do Oceano Pacífico e, em seguida, mas apenas 20 minutos depois, envia os códigos para disparar mísseis contra sete satélites chineses em órbitas não distantes.
Os códigos de lançamento são subitamente inoperantes.

Enquanto o vírus chinês se espalha de forma descontrolada através da arquitectura dos satélites F-6 e os supercomputadores de segunda classe norte-americanos não conseguem quebrar o código do malware diabolicamente complexo, os fundamentais sinais GPS para a navegação de navios e aviões dos EUA em todo o mundo estão comprometidos.

Frotas de porta-aviões começando a virar sem rumo no meio do Pacífico.
Esquadrões de caça ficam no chão.
Aeronaves Reaper Drones voam sem destino em direcção ao horizonte, caem quando o combustível esgota.

De repente, os Estados Unidos perdem o que a Força Aérea longamente definiu como "elevado fundamento último": o espaço. No prazo de poucas horas, o poder militar que dominou o mundo durante quase um século foi derrotado na Terceira Guerra Mundial, sem uma única vítima humana.


Acaba aqui a quarta parte.
Muito em breve e quinta e última.
*InformaçãoIncorreta

Grécia inicia construção de muro para barrar a entrada de imigrantes, a meta é isolar todo o continente europeu




"Fortaleza Europa" vai começar pela Grécia

O governo grego anunciou que vai construir um muro com cerca de 13 quilómetros de extensão e três metros de altura na fronteira com a Turquia para evitar a entrada de “imigrantes ilegais”. As posições da União Europeia são ambíguas sobre este assunto.
Bruxelas mantém um silêncio quase absoluto sobre a estratégia fortificadora grega
Bruxelas mantém um silêncio quase absoluto sobre a estratégia fortificadora grega
Atenas diz que a cooperação com Estados-membros da EU “vai bem” nesta matéria e a Turquia já manifestou o seu incómodo. O modelo invocado pelas autoridades gregas é o muro entre a Califórnia e o México.
O muro de Berlim caiu há mais de 20 anos mas a metodologia não morreu e tem vindo a ser cada vez mais adoptada no mundo. Ao muro da Coreia, ao muro que Marrocos impõe ao Sara Ocidental, ao muro Estados Unidos-México, ao muro da Cisjordânia, ao muro que Israel constrói na fronteira com o Egipto, ao muro erguido entre o Paquistão e o Afeganistão virá juntar-se agora o muro grego na fronteira com a Turquia. Será o segundo a separar zonas de influência dos dois países, contando com o que sobrevive em Chipre.
A chamada “fortaleza Europa” vai começar a ter forma física na zona fronteiriça de Orestidada, segundo as autoridades gregas. De acordo com dados de Atenas e da agência europeia Frontex, cerca de 200 imigrantes “ilegais” entram diariamente na Grécia por aquele ponto de passagem, apesar da presença de tropas no terreno. “É uma realidade dura e temos uma obrigação para com os cidadãos gregos de lidar com ela”, declarou o ministro grego da tutela, Christos Papoutsis, ao apresentar o projecto.
Diz a agência Frontex que nove em cada dez estrangeiros entram na Europa através da fronteira entre a Turquia e a Grécia e que 75 por cento desse movimento se regista na zona de Orestidada ao longo de cerca de 13 quilómetros.
A maioria dos “imigrantes ilegais”, ainda segundo as mesmas fontes, são originários de países como o Afeganistão, o Paquistão, a Somália, alguns do Médio Oriente, como o Iraque, e Norte de África, na sua maioria regiões onde as guerras conduzidas pelos Estados Unidos e a NATO, com envolvimento da União Europeia, não resolveram e têm agravado os problemas sociais, humanitários e políticos.
Ao mesmo tempo existe algum paralelismo entre as situações grega e californiana para lá dos muros: ambas se caracterizam por elevadas dívidas públicas, mais grave do lado norte-americano.
Bruxelas mantém um silêncio quase absoluto sobre a estratégia fortificadora grega. Apenas Michele Cercone, porta-voz da comissária Cecilia Malstrom, comentou que “vedações e muros já provaram no passado que são medidas de curto prazo” pelo que é “importante que as fronteiras sejam geridas de modo a desencorajar e interromper o tráfico”.
A esta declaração de aceitação do muro, desde que “a curto prazo”, junta-se a declaração grega segundo a qual a cooperação com Estados-membros no âmbito da solução encontrada “vai bem”.
A oposição grega de esquerda considera desde já a medida “desumana e ineficaz”.
Oficialmente, a Turquia afirma que necessita de ter mais informação mas que sendo o problema de âmbito internacional deverá ter uma abordagem internacional. Um autarca turco da região fronteiriça afirmou que o muro não resolverá o problema porque há outros meios de passagem, designadamente o rio Evros – de barco no Inverno e a pé no Verão.
Um diplomata europeu citado pelo jornal britânico Daily Telegraph transportou entretanto o problema da fortificação europeia para outros terrenos de debate que estão sobre a mesa. “É fácil imaginar como uma estrutura permanente sinalizará o campo anti-turco ou dará a impressão de uma fortaleza cristã europeia para manter os islâmicos do lado de fora”, disse. O mesmo diplomata, citado em condição de anonimato por estar em funções oficiais, acrescentou que “construir muros não ajuda neste tempo em que o importante é construir pontes”.
*Cappacete

A dor carioca encobre os crimes paulistas

As tragédias das enchentes que assistimos todos os anos e que se tornam cada vez mais dramáticas, são, antes de mais nada, as respostas que a natureza nos dá pela devastação que praticamos há mais de um século. Estamos cansados de saber disso. Mas São Paulo e Rio são afetados pela fúria das chuvas de formas bem diferentes.
O que acontece no Rio são deslisamentos de terra – fenômenos naturais causados pela chuva e pela erosão do solo em áreas de topografia irregular. A moradia imprópria no pé destes morros é a tragédia desse povo. O maior problema do Rio de Janeiro é habitacional. E este déficit, que só começou a ser enfrentado de verdade no fim do governo Lula com o “Minha Casa, Minha Vida” (e continuará com Dilma), só vai amenizar a situação a médio e longo prazos.
Já em São Paulo, são os alagamentos – causados pela mão e omissão de seus governos. O orçamento anual do estado é de R$ 140 bilhões, mas as dezenas de piscinões prometidos há 4 campanhas eleitorais jamais foram construídos (e nem serão pelo banana atual). A Sabesp é uma Torre de Babel boiando sobre o esgoto paulista. As calhas dos rios Tietê e Pinheiros não são limpas há décadas e qualquer chuvinha faz com que transbordem, lançando esgoto e resíduos tóxicos para todo lado. Principalmente para a Zona Leste. O prefeito (reeleito!) diminui as verbas do recolhimento do lixo e varreção das ruas todo ano. As empresas contratadas, por sua vez, diminuem os serviços proporcionalmente. E tudo isso resulta na porcaria de uma cidade imunda. Repare: faça um passeio a pé. Em qualquer bairro, Sampa é uma cidade coberta de lixo. Os serviços de limpeza urbana já funcionam a meio vapor há dois mandatos de prefeito. A maior cidade da América Latina e a sexta maior do mundo, que tem um orçamento anual de R$ 34,6 bilhões – não tem dinheiro para sua própria limpeza! Somando-se a tudo isso, ainda tem o fato de amanhecer cada vez mais impermeabilizada pelo cimento e asfalto – que prevalecem sobre soluções de transporte coletivo. Ano após ano, as inundações, que antes atingiam somente os bairros mais pobres e abandonados, começam a alcançar “outras alturas”. Físicas e sociais.
E o paulista sonha que é europeu, enquanto respira o perfume das marginais!
Segundo o PiG e os governantes de SP, a culpa dos alagamentos paulistas é de Deus, de São Pedro etc. Kassab reprisa o mesmo discurso – “podia ser bem pior, blá blá blá…” -, Alckmin promete verbas que serão engolidas por um esquema viciado em superfaturamento de obras licitadas na base da fraude de carta marcada. Esquema ao qual o PiG fecha os olhos, e pelo qual os sucessivos governos do PSDB entopem gavetas de CPIs. E o paulista queimador de gasolina em recordes de congestionamentos e que perde em média 3 horas diárias ao volante, não tem tempo para refletir sobre as administrações que elege e reelege. Engole o blefe ano após ano do mesmo modo em que engole os postos de assalto fantasiados de pedágio. E nas enchentes, é sempre a mesma coisa: o PiG livrando a cara dos fracassados governos do PSDB e DEM que, a meu ver, são os criminosos que já faziam o serviço na periferia habitada por nordestinos, muito antes de Mayara Petruso convocá-los pelo Twitter.
E o paulista sonha que é esperto, ao marcar o xis da questão na cabine eleitoral de dois em dois anos!
O Jornal Nacional, abarrotado de imagens impactantes e com textos repletos de fatalismos novelescos, deita e rola no drama carioca. Mesmo não sendo o padrão idiotizante habitual de suas novelas “brancas”, catalisa a emoção do telespectador pela dor alheia e empurra-lhe a idéia de que por trás de todos os males está o Lula – ops, a Dilma.
O que o PiG mais AMA é transmitir as tragédias brasileiras. Porque filmar e editar o sofrimento das perdas de entes queridos, abre a defesa racional do cidadão que assiste. E é através dessa fresta que incute o ódio e o equívoco. Fizeram o mesmo em diversas oportunidades. Como no caso do acidente da TAM. Na época, tentaram construir argumentos culpando Lula pela morte dos passageiros daquele avião. Mas só conseguiram o ódio da classe média alta que, ao contrário de hoje, era dona exclusiva dos aeroportos e dos horários dos vôos.
Depois de uma edição inteira mostrando o drama destas famílias – intercalando com os insuportáveis comerciais das Casas Bahia – a próxima atração é a droga da novela. Aquela mesma novela que regravam há 40 anos. Mas relaxa, que agora é tudo de mentirinha, todos são bonitos e perfumados. Depois do Jornal Nacional sempre tem outro “faz de conta”…
*oqueseraqmedá

Já é um começo de golpe


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Rui Martins*

Se você faz parte dos 87% que apoiavam o governo Lula, fique alerta – no mais escondido covil de serpentes e escorpiões trama-se um golpe institucional contra o governo de Dilma, mesmo se esse governo começou com 62% de aprovação popular.

Desta vez, ao contrário do golpe de 1964 não se trama nos quartéis com o apoio declarado dos Estados Unidos. A trama é bem mais sutil – não se acena com a paranóia do perigo vermelho, mas com base em pretensos arrazoados jurídicos se quer desmoralizar e desautorizar o ex-presidente Lula e se colocar no ridículo a presidenta Dilma, que será destituída do poder de decisão.

O golpe não parece financiado só por dólares americanos, como no passado, mas igualmente por euros vindos da Itália. Aparentemente trata-se da extradição ou não extradição de um antigo militante italiano, Cesare Battisti, condenado num processo italiano fajuto à prisão perpétua, mas a verdade submersa do iceberg é bem outra.
Quem leu as revelações do Wikileaks quanto as opiniões dos EUA sobre Lula, considerado suspeito, e Celso Amorim, considerado antiamericano, e que acompanhou a campanha contra a eleição de Dilma, sabe muito bem haver interesses de grupos internacionais em provocar uma crise institucional no Brasil.

Será também a maneira de grupos econômicos estrangeiros impedirem a atual emergência do país como potência mundial. A Itália neofascista de Berlusconi com seu desejo de recuperar um antigo militante esquerdista é apenas uma providencial pretexto para os grupos políticos e econômicos internacionais incomodados com o Brasil líder do G-20 e vitorioso contra os EUA na OMC.

O que se quer agora, com o caso Battisti, é subverter as instituições brasileiras, mergulhar-se o país numa confusão entre o poder do Executivo e o poder do Judiciário, anular-se uma decisão do ex-presidente Lula para se abrir o caminho a que governança do Brasil seja sujeita à aprovação do STF. Para isso conta-se, como em 1964, com os vendilhões da nossa soberania e com os golpistas da grande imprensa.

Simples e prático, para se evitar que a presidente Dilma governe, vai se tentar lhe por um cabresto e toda decisão sua que desagrade grupos internacionais deverá ser anulada pelo STF. Por exemplo, a questão da exploração petrolífera do pré-sal poderá ser uma das próximas ações confiadas ao STF.

Se Dilma quiser renacionalizar as comunicações, já que a telefonia é questão estratégica, o STF poderá dizer Não e também optar pela privatização da Petrobras. Delírio ? Não, os neoliberais inimigos de Lula e da política nacionalista, derrotados nas eleições, poderão subrepticiamente retirar, pouco a pouco, os poderes da presidenta e do Legislativo, para que fique apenas com o STF o governo ou o desgoverno do Brasil.

O próprio advogado de Cesare Battisti, acostumado com leis e recursos, nunca viu uma decisão presidencial ser posta em dúvida por um ministro do STF, e por isso falou em « golpe » tal como havíamos alertado.

Por sua vez, o atual governador do Rio Grande do Sul, que aceitou o pedido de refúgio de Battisti quando ministro da Justiça, não aguentou a decisão do ministro Cezar Peluso do STF de colocar em, questão a validade da decisão do presidente Lula e declarou como « ilegal » e « ditatorial » o ato do ministro Peluso, do qual decorre um « prejuízo institucional grave » para o país e um « abalo à soberania nacional ».

Faz dois anos, Tarso Genro concedeu refúgio a Battisti, que deveria estar em liberdade desde essa época. Mas o ato liberatório foi sustado pelo ministro Gilmar Mendes, que submeteu a questão ao STF, o que já consistia um ato arbitrario. Embora os ministros tenham decidido por 5 a 4 pela extradição, competia ao presidente a decisão final, o que foi reconhecido, depois de uma tentativa de reabertura do julgamento.

O presidente Lula justificando seu ato, dentro do permitido pelo Tratado mútuo de Extradição entre Brasil e Itália, com base num documento da Advocacía Geral da União, negou a extradição e a própria Itália entendeu o ato como definitivo. Ora, a decisão do ministro Cezar Peluso de pôr em dúvida a decisão do presidente Lula e reabrir a questão vai além de sua competência e fere uma decisão soberana.
É tentativa ou já é golpe, no entender do advogado Luiz Roberto Barroso, é ilegal e ditatorial segundo o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, opiniões que vão no mesmo sentido de Dalmo Dallari e de outros juristas.

O que iremos viver, quando o ministro Gilmar Mendes se dignar a colocar na agenda do STF o « julgamento da decisão do presidente Lula », se a maioria, por um voto que seja, decidir anular a decisão de Lula ? Será que a presidenta Dilma aceitará essa intromissão do STF no poder do Executivo ? Em todo caso, será o caos.

É hora de reagir, antes que seja tarde demais. 
*assazatroz

Do lado do crime?

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, não apreciou nenhum pedido de habeas corpus no atual recesso do judiciário. Entre 20 de dezembro e a última sexta-feira, foram encaminhados 28 pedidos ao STF, entre eles o do médico Roger Abdelmassih, contra quem foi expedida ordem de prisão por tentar renovar o passaporte. Como Peluso dá sinais de que não quer chamar confusão para si, os advogados estão na expectativa de que o vice-presidente, ministro Ayres Britto, assuma agora na segunda quinzena do recesso. O revezamento de praxe, no entanto, não está confirmado.

Lembra?

Foi em um recesso que Gilmar Mendes mandou soltar Abdelmassih. O ex-presidente Marco Aurélio Mello também concedeu habeas corpus ao ex-banqueiro Salvatore Cacciola durante o período de férias forenses. 
*osamigosdopresidentelula