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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 06, 2011

ONU que dá na Líbia não dá em Israel

 

Em 1967 – há mais de 40 anos, portanto – o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução – a de número 242 -  que determinava a retirada de Israel dos territórios tomados à Síria e ao Egito na Guerra dos Seis Dias, ocorrida em junho daquele ano.
Hoje, milhares de palestinos tentaram cruzar a fronteira de volta naquele território, ilegalmente ocupado por forças israelenses.
Não tiveram apoio aéreo da Otan, nem mísseis ocidentais para protegê-los, como outros áreabes, os rebeldes líbios, têm.
Não tinham nada, nem mesmo armas precárias.
Foram recebidos a bala pelos soldados israelenses, que dispararam rajadas de metralhadoras sobre a multidão.
23 palestinos  morreram e 350 estão feridos.
Teremos alguns discursos na ONU, lamentando a perda de vidas. E o debate logo irá para como dividir o butim do petróleo líbio.
*tijolaço

Brizola e a COMISSÃO DA VERDADE


*esquerdopata

Charge do Dia

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Ultima entrevista de Paulo Freire




*historiavermelha

domingo, junho 05, 2011

Charge do Dia

Os segredos do poder Imperial


*Manuel Freytas
MUITO ALÉM DE OBAMA: Alguém se perguntou por quê os Estados Unidos dominam o Mundo?
(IAR Noticias) - 04-Junho-2011
Los secretos del poder imperial: Más allá de Obama: ¿Alguien se preguntó porqué EEUU domina el mundo?
Traduzido por Vera Vassouras

Barack Hussein Obama
Os EEUU não dominam o mundo por formulações doutrinárias político-diplomáticas ou eventuais discursos “democráticos” ou “militaristas” de seus presidentes, senão porque impõe ao resto dos países a lógica de seu poder militar e econômico, indestrutível, salvo por um explosão nuclear do planeta.
Por *Manuel Freytas
manuelfreytas@iarnoticias.com
Informação especial
1) O discurso imposto como realidade
A imprensa mundial e os analistas do sistema têm colocado em “moda” a análise dos processos econômicos militares e políticos dos EEUU partindo dos discursos do empregado (o presidente de turno na Casa Branca) e não da dinâmica funcional do patrão (os interesses da estrutura capitalista sionista que controla o presidente dos EEUU).
Obama e o juramento
Nos meios de comunicação do sistema de interpretação do rol do presidente dos EEUU está geralmente dissociado dos interesses estratégicos (planetários) do poder capitalista que representa a Casa Branca.
O costume midiático de analisar os discursos do gerente USA despojados da realidade estrutural totalizada da empresa capitalista imperial que controla a Casa Branca, deu como resultante que as maiorias planetárias acreditam que os EEUU são manejados exclusivamente pela vontade e a decisão de seus presidentes de turno.
Esta falsa percepção (induzida pelo próprio poder imperial) se traslada às maiorias que falam e “comentam familiarmente” sobre os presidentes americanos como se fossem personagens da farândula, ignorando por completo a realidade estrutural e funcional do poder estratégico de dominação imperial dos EEUU que os controla.
Esta dissociação conceitual entre o poder imperial central e os discursos de seu presidente de turno, possibilitou recriar a mística do “novo sonho americano” e gerar uma expectativa de “reciclagem democrática” do império USA na figura e nos discursos de Barack Obama.
Evitando a realidade estratégica do domínio hegemônico geopolítico-militar-nuclear dos EEUU (cuja dinâmica se nutre e se retroalimenta com a conquista militar permanente de países e a depredação de recursos estratégicos em escala global) a imprensa mundial e seus analistas edificaram na figura e nos discursos de Obama uma “nova alternativa mundial” com os EEUU renunciando a seu status de potência imperial dominante.
Com a ascensão de Barack Obama à presidência dos EEUU se desenvolveu uma campanha midiática destinada a fazer acreditar às maiorias mundiais que a primeira potência capitalista imperial, atolada no Iraque e no Afeganistão, com seu sistema financeiro pulverizado pela crise e por uma recessão econômica de efeitos imprevisíveis, poderia recriar a si mesma gerando novas expectativa e mudanças “democráticas” de política a nível mundial.
Como sustenta Henry Kissinger, Barack Obama proclamou desde seu discurso “uma espécie de ordem mundial sem uma potência dominante na qual a potência que pode dominar dirige através da automoderação”.
De acordo com o histórico guru do sionismo imperial, no discurso de Obama “a liderança estadunidense deriva da disposição de escutar e de afirmações inspiradoras”. A ação comum surge de convicções compartilhadas. O poder emerge de um sentido de comunidade, não da ação unilateral, e se exerce mediante a atribuição de responsabilidades segundo os recursos de um país.
Desde o ponto de vista da realidade estratégica imperial, a nova ordem mundial “multilateral” proclamada por Obama só se trata de ilusionismo fabricado para incautos.
A construção conceitual e discursiva de um EEUU “automoderado” que rompe com a “unilateralidade militarista” da era Bush, já choca com a realidade da gestão de Obama na Casa Branca.
Durante seus primeiros 90 dias de governo, e enquanto reafirmava em seus discursos a “renúncia dos EEUU a sua representação de potência imperial dominante”, Barack Obama decidiu aprofundar a ocupação militar, enviando mais tropas ao Afeganistão, elevar os gastos militares a níveis recordes e impor (através do G-20 e do FMI) um novo plano de endividamento para fazer pagar a crise financeira imperial aos povos da Ásia, África e América Latina.
No mês de março passado, o gerente imperial ordenou o primeiro bombardeio à Líbia que hoje se encontra despedaçada e balcanizada sob os ataques aéreos da OTAN que, junto com o Pentágono, ensaia um novo tipo de invasão contra um país petroleiro.
Esta é a melhor prova de que as políticas estratégicas de sobrevivência imperial dos Estados Unidos estão acima da vontade pessoal (ou do discurso eleitoral “democrático”) do eventual gerente que ocupe a Casa Branca.
Como já está provado na forma histórica e estatística. Nos Estados Unidos a potência locomotora do capitalismo sionista em escala global, não governa os presidentes ou os partidos, senão a elite econômico-financeira (o poder real) que controla a Reserva Federal, o Tesouro, Wall Street, o Complexo Militar Industrial e o Silicon Valley.
Terminada as luzes artificiais da campanha eleitoral, democratas e republicanos deixam de se agredir e se complementam em um desenho de política estratégica de Estado na defesa dos interesses das grandes corporações econômicas que acionam as políticas internas e da conquista de mercados encoberta nas “guerras preventivas contra o terrorismo”.
Na prática, essas políticas imperiais (e sua continuidade no tempo) não têm nada que ver com o discurso e os novos preceitos "doutrinários" expressos pelo gerente de turno na Casa Branca, neste caso, Obama.
Poder nuclear
2) O poder militar imperial
Como primeiro conceito estratégico, é necessário esclarecer que os EEUU não dominam o mundo nem se constituem em primeira potência imperial capitalista com os discursos de seus presidentes eventuais, senão com o aparato nuclear-militar mais poderoso do mundo, sete frotas com poder atômico sulcando os oceanos e cerca de mil bases militares ao redor dos pontos estratégicos do planeta.
Como primeiro conceito estratégico, é necessário esclarecer que os EEUU não dominam o mundo nem se constituem em primeira potência imperial capitalista com os discursos de seus presidentes eventuais, senão com o aparato nuclear-militar mais poderoso do mundo, sete frotas com poder atômico sulcando os oceanos e cerca de mil bases militares ao redor dos pontos estratégicos do planeta.
No momento de controlar o mundo do capitalismo transnacionalizado, os EEUU não utilizam discursos presidenciais, senão estratégias de dominação marcada na supremacia mundial de seu poder militar e econômico.
A atual projeção global do poder militar dos EEUU se divide em cinco comandos regionais distribuídos nos cinco continentes: o Joint Forces Command (USJFCOMN) para a região da América do Norte, o Southern Command (USSOUTHCOM) para a América do Sul, o Pacific Command (USPACOM) para a Ásia e a Oceania, o European Command (USEUCOM) para a Europa e a África, e o Central Command (USEUCOM) para as regiões do noroeste e do corno africano, Península Arábica, Golfo Pérsico e Ásia Central.
Em 1° de outubro de 2007 entrou em operações o USAFRICOM, ou AFRICOM, um Comando Combatente Unificado do Pentágono, responsável pelas operações militares dos EEUU em relação com as 53 nações africanas (exceto o Egito). Passou a ser totalmente autônomo e operativo em 30 de setembro de 2008.
Os Estados Unidos possuem o maior arsenal de armas de destruição em massa do mundo, e é este o único que tem utilizado essas armas nucleares na prática, contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki (6 a 9 de agosto de 1945). Na atualidade o arsenal nuclear dos USA conta com 534 mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) dos modelos Minuteman III e Peacekeeper, 432 mísseis balísticos de lançamento submarino (SLBM) Trident C4 e D5 (distribuídos nos 17 submarinos classe Onio) e aproximadamente duas centenas de bombardeiros nucleares de longo alcance, entre os que se contam 16 "invisíveis" do tipo B-2. O total de cabeças nucleares distribuídas poderia oscilar, segundo fontes militares, entre 5.000 e 10.000.
Excetuando-se a Rússia, o poder nuclear-militar dos EEUU supera o de todas as superpotências capitalistas juntas.
Com um investimento que já supera os U$800.bilhões, as forças armadas combinadas do Pentágono superam os dois milhões de efetivos, espalhados nos cinco continentes, equipados com a melhor tecnologia do mundo, com o melhor treinamento e com o melhor salário profissional de todo o planeta.
Os EEUU contam com cerca de 1000 bases militares distribuídas em todo o mundo e com uma estratégia de operação de suas forças armadas que abarca mais de 180 países da Europa, Ásia, África e América Latina.
Sua estrutura de poder naval cobre todos os oceanos e mares do mundo com sete frotas operativas cujas unidades de combate (buques, submarinos e aviões) estão equipadas com poder nuclear.
Esse poder hoje não está a serviço dos discursos “democráticos” de Obama, senão (como sempre esteve) a serviço da expansão dos bancos e corporações imperiais que extraem sua maior taxa de rentabilidade capitalista das políticas de conquista militar que sustentam o edifício da primeira potência mundial
.
3) A linha de continuidade histórica
Há uma linha de continuidade histórica que rege a política militar do império reitor (mais além do discurso de seus presidentes)
Obama e Bush - faces da mesma moeda
Com a administração do democrata James Carter na década de setenta, se estabeleceu a chamada “Doutrina Carter” que estipulou que qualquer movimento por parte de um poder “hostil” que pretendesse ganhar o controle da região do Golfo Pérsico, - e consequentemente, sobre os enormes recursos energéticos da mesma “deverá ser considerado como um ataque contra os interesses vitais dos EEUU justificando o uso da força militar para rechaçá-lo”.
Durante a administração do republicano Ronald Reagan, em janeiro de 1983, as Rapid Deployment Joint Task Forces (RDJTF) se converteram na US Central Command (USCENTCOM), cuja missão abarca a projeção estratégica do poder militar dos EEUU sobre os recursos energéticos gasíferos do Golfo Pérsico, do Cáucaso e da Ásia Central que contêm mais de 70% das reservas mundiais.
O republicano George Bush (pai de W) em 1991 lançou a primeira guerra contra o Iraque que teve como missão reposicionar estrategicamente as forças militares dos EEUU no Golfo Pérsico com projeção às regiões petroleiras do Cáucaso e da Ásia Central.
Com o democrata Bill Clinton, o aparato militar dos EEUU aprofundou seu avanço e estendeu sua cadeia de bases na Ásia Central e no Cáucaso, se posicionou no território do ex-império soviético da Europa do Leste com o bombardeio e posterior controle da Iugoslávia, e iniciou as bases da invasão do Iraque com os bombardeios preventivos a esse país.
Com o republicano George W Bush, e sob o preceito doutrinário da “guerra contra-terrorismo”, os EEUU invadiram militarmente dois enclaves estratégicos para seu projeto de apropriação dos recursos energético do Golfo Pérsico e da Ásia Central: Iraque e Afeganistão.
Ao democrata Barack Obama, cabe-lhe a missão de ampliar e estender o dispositivo de controle geopolítico militar sobre os corredores energéticos euro-asiáticos com a ocupação militar do Paquistão, o reposicionamento do poder dos EEUU no Cáucaso, e a o aprofundamento do controle sobre a “chave petroleira” do Golfo Pérsico destruindo o poder militar do Iran.
Como se pode apreciar, esta realidade emergente das necessidades estratégicas (reais) de sobrevivência do império militar norte-americano não tem nada que ver com o discurso “democrático” (irreal) de Obama que compram e vendem diariamente a imprensa de mercado e os analistas do sistema.
4) O poder econômico Imperial
O poder militar dos EEUU como modelo de coluna vertebral, sustenta e garante, por sua vez (em caráter de “polícia mundial”), a supremacia global e a ordem vigente de seu poder econômico imperial expandido em escala planetária.
Poder corruptor das elites civis e militares
Há de se precisar que os EEUU não cifram seu poder de potência econômica hegemônica nos discursos de seus administradores (presidentes) de turno na Casa Branca, senão na imposição imperial vigente do dólar como moeda de transação e de reserva em escala mundial que permite a Washington (o emissor do dólar) controlar os processos tanto dos mercados internos como dos mercados internacionais do sistema capitalista em escala planetária.
Uns 80 % das transações internacionais, uns 70% das importações mundiais e a quase totalidade do comércio petroleiro se realizam em dólares, segundo o Banco Mundial e o departamento de Comércio estadunidense.
Segundo o Banco Internacional de Pagamentos (BIS – sigla em inglês_ na Suiça), o banco central dos bancos centrais, o dólar continua sendo a “moeda favorita dos bancos centrais” e representa uns 55% de seus ativos e passivos em moeda estrangeira.
Os EEUU, a primeira econômia mundial, a Europa, a segunda economia mundial, a China, a terceira economia mundial, e o Japão, a quarta economia mundial, realizam a maioria de seu comércio em dólares (além de ienes e euros).
Se a divisa estadunidense se colapsa, colapsariam EEUU, a União Européia, a China, a Índia, o Japão e a Coréia do Sul (os maiores vendedores e compradores do mundo) que juntos somam mais de 70% da economia mundial.
E há um terceiro fator que fecha o círculo geométrico do poder imperial dos EEUU. As primeiras 200 corporações comerciais, industriais, financeiras e tecnológicas do planeta (que dominam os processos econômicos produtivos e os comércios exteriores dos países a nível mundial) têm cotas em Wall Street, valorizam seus ativos financeiros em dólares e depredam o planeta protegidos sob os “guarda-chuvas lobistas” das embaixadas dos EEUU espalhadas no mundo inteiro.
Ademais, as mais poderosas corporações econômicas imperiais adquirem bônus do Tesouro dos EEUU como “refúgio” diante da crise global, e a maioria considerável dos países subdesenvolvidos ou emergentes da Ásia, África ou América Latina têm suas reservas em dólares e também adquirem papéis do banco central norte-americano para escapar do colapso econômico.
Esta realidade, estatística e verificável, e não o discurso dos presidentes de um turno em Washington é o que determina as bases estratégicas do poder imperial dos EEUU assentado sobre o poder nuclear-militar e a supremacia econômica global com o dólar como moeda padrão.
Em resumo, os EEUU não dominam o mundo por meio de eventuais formulações doutrinárias político-diplomáticas de “unilateralidade” ou “multipolaridade”, ou pelos eventuais discursos “democráticos” ou “militaristas” de seus presidentes, senão porque impõem ao resto dos países a lógica de seu poder militar e econômico, indestrutível, salvo por uma explosão nuclear do planeta.
Nesse cenário, quem pode pensar logicamente que os EEUU vão se resignar “mansamente” ao seu papel de potência dominante, a desaparecer como Império regente do sistema capitalista, sem utilizar antes o poder militar destrutivo mais poderoso do planeta?
E quem poderá pensar, sem pecar por insanidade mental, que os EEUU vão renunciar ao seu domínio militar, a sua condição de potência econômica capitalista dominante, para converter-se em um Estado “democrático” que respeita o direito dos demais pela simples vontade do duplo discurso de Obama?
Somente a ignorância generalizada sobre quem é o empregado (Obama) e quem é o patrão (a estrutura de poder imperial que controla a Casa Branca) permite à imprensa do sistema colocar Obama e seus discursos marqueteiros como se fosse o centro decisivo do poder imperial.
*Manuel Freytas é jornalista, investigador e analista, especializado em Inteligência e Comunicação Estratégica. É um dos autores mais difundidos e referenciados da Internet. Procurem seus trabalhos no GOOGLE.
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Nota de tradução
Inobstante o artigo tenha interesse acadêmico, no sentido de destituir de autoridade todos aqueles que ainda pregam sermões econômicos e doutrinas hipócritas de Estados de Direitos e Direitos Internacionais, Comércios Exteriores e “crescimento econômico” nas academias, em especial as militares, todas, em todos os cinco continentes; a resposta ao artigo é evidente. Esse poder destrutivo só é exercido devido à submissão dos parlamentos, apoiando acordos secretos com esses bárbaros trogloditas, vergonha para a espécie humana. Ademais, caberia análise do papel (pois são atores) dos Tribunais, autores especializados da legislação que depreda homens, animais, plantas e as consciências. Os donos da “demo-cracia”. Os arquitetos do universo eleitoral no qual a farsa se impõe como autoridade de lei e cuja competência é extra-constitucional.

O fracasso do euro


 

Luis Carlos Bresser-Pereira, 
Países com altas dívidas privadas estão em uma armadilha; a única solução racional é abandonar o euro
A CRISE financeira europeia se agrava dia a dia. Agora é a Espanha que está sendo desafiada pelos especuladores, e são os jovens espanhóis desempregados que se reúnem nas praças públicas para protestar.

Eles não apresentam soluções para o problema, mas as oferecidas pelo Banco Central Europeu, a Comunidade Europeia, o FMI, e a Alemanha tampouco estão logrando acalmar o mercado financeiro.

A única ideia que fazia algum sentido para o país mais atingido do bloco -a Grécia- era a reestruturação de sua dívida, como sugeriu a Alemanha, mas as burocracias conservadoras do BCE e do FMI não a aceitaram.

Agora, com a crise da Espanha, que é uma crise da dívida privada, o que está em questão não é mais saber se a Grécia ou qualquer outro dos países ameaçados poderá sair desta crise sem impor aos credores do respectivo Estado um desconto substancial.

Como não é tão simples impor prejuízos aos credores de dívida privada, a questão é saber se é possível salvar o euro.

Foram duas as causas da crise europeia: a política fiscal expansiva que os países foram obrigados a praticar diante da crise bancária de 2008, e a sobreapreciação implícita do euro ocorrida no transcorrer dos últimos dez anos nos países do Sul da Europa mais a Irlanda, e que estão hoje em crise.

A primeira causa deu origem a uma grande dívida pública, a segunda, a uma grande dívida privada. O caso mais grave de dívida pública -o da Grécia- poderia ser resolvido pela reestruturação.

DÍVIDA PRIVADA

Já quando a dívida é privada, como a situação da Espanha, só há duas soluções: ou uma profunda recessão que reduza os salários reais, ou a saída do euro e a depreciação direta da moeda.

A solução proposta pelos credores foi a do ajuste fiscal, da recessão, do desemprego, da diminuição dos salários. Depreciar-se-ia, assim, a taxa de câmbio implícita e o equilíbrio da conta corrente dos países endividados poderia ser restaurado.

Como a origem da dívida privada foi a apreciação do euro causada pelo aumento da produtividade dos países do Norte da Europa sem que aumentassem os salários, enquanto nos países do Sul a produtividade aumentava menos e os salários mais, a solução pode parecer razoável para os credores.

E os devedores a acusarão de injusta. A questão, entretanto, não é de razoabilidade nem de justiça; é de viabilidade econômica.

O desequilíbrio da conta corrente e a dívida já acumulada dos países do Sul são altos demais para serem resolvidos por política de austeridade, desemprego e diminuição de salários. Os países com altas dívidas privadas, a começar pela Espanha, estão em uma armadilha.

A única solução racional para eles é depreciar sua moeda, e, portanto, sair do euro.

Terão eles coragem e determinação para fazê-lo? Restabelecer a autoridade de seus bancos centrais e enfrentar os riscos da inflação? É a solução menos custosa para eles, mas exige coragem.

O próprio euro sobreviverá? Creio que sim. Mas está claro que o euro fracassou, não obstante seja uma moeda forte. Fracassou porque criou mais problemas do que soluções para a União Europeia.
*esquerdopata

A águia de bico atômico tem asas de barro

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Amigo, não se engane!
O verdadeiro mar de lama é o capitalismo.
Não pode haver honestidade enquanto houver patrão e empregado.
Não pode haver felicidade enquanto uns comem, outros não.
Não pode haver civilização enquanto houver fronteiras.
Nesta hora em que o navio abandona seus ratos, em que sonhos e esperanças são surrupiados, entenda meu amigo que isso é o capitalismo.
Sangue e violência são o combustível do capitalismo.
Dê uma olhada ao redor e mira o que acontece no planeta.
O capitalismo é perverso, seja qual for a coloração.
O capitalismo é racista! Veja o que acontece em Israel. Muros são erguidos para segregar semitas.
E para você que crê, o capitalismo é inimigo de Deus! Se a César o que é de César, o que Deus faz na moeda que rege o mundo?
O capitalismo representa todas as misérias que os humanos tem a baixeza de ambicionar.
No capitalismo a miséria entra pela porta, a virtude sai pela janela.
Amigo, não perca a esperança!
O capitalismo está agonizante!
Ele é como o fogo que devora a si próprio quando nada mais encontra para devorar.
Pergunte aos excluídos.
Amigo! Você nada tem a temer, a não ser o estado letárgico em que se encontra. Lembre-se: a águia de bico atômico tem asas de barro!
É preciso salvar a humanidade!
*comtextolivre

sábado, junho 04, 2011

Agenda positiva para Dilma é essa: falar o que pensa


*tijolaçpo


Bombeiros têm razão. Mas não em tomar o quartel

Os bombeiros têm toda a razão em exigir melhores salários. Têm todo o direito de se manifestarem. Pacificamente, todos o têm.
As suas reivindicações salariais são justíssimas.
Mas seus líderes erraram grosseiramente em invadir o Quartel Central da corporação. Nenhum deles pode deixar de saber que um ato assim teria consequências.
Até ali, tudo era em seu favor. Ao invadir, insuflados ou não, cruzaram uma linha perigosa.
O Corpo de Bombeiros, ainda que não o devesse ser, é uma instituição militar. Não pode haver “tomada” de quartel sem que se caracterize uma infração militar.
Muito menos cabe a nós, políticos, querer tirar “casquinha” em movimentos assim. O que temos de fazer é pedir que os ânimos serenem, que se evitem excessos e não se criem situações irreversíveis.
Pode ser que alguém, por paixão política, ache diferente. Mas não é bom que a gente misture apetite eleitoral com reivindicações – legítimas – de profissionais militares.
Uma pena que se tenha cometido este erro político, até porque o movimento dos bombeiros tinha total simpatia da população. E o meu próprio, que tenho pela corporação a lembrança da importância que ela teve no governo Brizola, quando teve sua autonomia elevada ao nível de Secretaria de Estado.
Vamos apelar e torcer para que a calma volte.  O Rio de Janeiro precisa demais tanto de policiais quanto dos nossos valentes bombeiros para que eles fiquem brigando entre si.
É hora de ser “bombeiro”, não de “colocar lenha na fogueira”. Porque quem quiser se aproveitar desta situação lamentável não pode estar seriamente preocupado com a situação daqueles chefes de família. Que precisam de melhores salários, sim, e que pior ainda ficarão se o confronto – o desta madrugada e manhã e o verbal, que se segue -  tornar inevitável sua exclusão da corporação.
E se aborreço alguém com essa posição, lamento. É que não sou valente com a vida dos outros.