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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 07, 2011

Não negociaremos, nem tergivesaremos com a questão do desmatamento diz DILMA


*esquerdopata

Tucano (botox) Alvaro Dias chama de PREGUIÇOSOS os beneficiários do Bolsa-Família



Assista o vídeo no blog "Os amigos do Brasil"

O senador tucano Alvaro Dias (PSDB/PR) foi escolhido a dedo para "estrelar" uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, sob comando do governo tucano de São Paulo.

O objetivo era tocar o bumbo contra o governo Dilma, explorando o caso Palocci. Mas o tucano foi um desastre tão grande, que a apresentadora Marília Gabriela teve que intervir e interromper uma resposta dele, quando "soou o alarme" do tucanês das zelite preconceituosa.

Em uma resposta, o tucano, do alto de seu polpudo salário de R$ 26 mil no Senado (para não fazer nada além, de ficar atrapalhando o Brasil, e fazendo dossiês para com documentos roubados), disse que... o Bolsa-Família "estimulava a PREGUIÇA".

A apresentadora Marília Gabriela entrou em pânico e, exasperada na voz e nos braços agitados, interrompeu imediatamente a resposta, dizendo que precisava fazer uma pergunta "urgente" antes de chamar os comerciais... a pergunta "urgente" era para mudar o assunto, ao que interessava aos tucanos.

Palomas para la Paz



Quatro anos e três meses depois de determinar a prisão do italiano Cesare Battisti para fins de extradição, o Supremo Tribunal Federal (STF) finalmente deverá definir amanhã o destino do ex-ativista

A expectativa da defesa de Battisti é de que um ou mais ministros que se posicionaram pela extradição entendam no julgamento da reclamação que a decisão de Lula foi um ato soberano do país.
*osamigosdopresidentelula

Dilma e Chavez queremos Paz e crescimento na AL

http://www.flickr.com//photos/blogplanalto/sets/72157626776115059/show/

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    Dilma a Chávez: queremos paz e crescimento na AL

Posto aí em cima o discurso de 12 minutos* de Dilma Rousseff na visita de Hugo Chávez ao Brasil.
“O tempo em que nós vivemos colocam desafios fortes, desafios em todas as áreas, na economia, política,na cooperação internacional, desafio cientifico e tecnológico e, sobretudo, no plano social. Nós queremos promover as condições de vidas de nossos países”, disse Dilma, antes de falar no intercâmbio comercial crescente entre os dois países, que teve  um crescimento, em 2010, de 43%. A presidenta destacou que a relação comercial só tem importância quando “ambos ganham”, ou seja, o comércio somente tem força quando os países se beneficiam.
-Durante séculos o nosso olhar esteve voltado para centros distantes da nossa realidade. Nossos portos e nossas cidades litorâneas cresceram, enquanto o interior da América do Sul permaneceu adormecido, disse Dilma, para acrescentar, logo depois: “nossos países estão ligados não só pela geografia e pela convivência harmoniosa e pacífica. Também nos une a determinação de fazer do espaço sul-americano uma zona de paz, de democracia, cooperação e crescimento econômico, com inclusão social e respeito aos direitos humanos.”
* De novo, faço questão de incluir a duração do vídeo, como forma de deixar registrada a insatisfação com o que a assessoria do Planalto faz, colocando na internet apenas a gravação bruta dos eventos nos quais Dilma participa. O resultados são vídeos longuíssimos – o original deste tem 50 minutos -, cheios de introdução que vão do primeiro ao último “excelentíssimo” que acabam não sendo assistidos por quase ninguém. O original deste aí, depois de quatro horas, não tem nem 100 visualizações. Daí, sem meios técnicos, nós, blogueiros, temos de baixar um vídeo pesadíssimo, editar de forma mambembe e disponibilizar na rede.
*tijolaço

Uma obra prima sobre como São Paulo se tornou inviável.


ENTRE RIOS from Santa Madeira on Vimeo.

*comtextolivre

segunda-feira, junho 06, 2011

Eleições no Perú (humor) e notícia

Lugar de peru é à esquerda

A vitória de Ollanta

Blog do Emir

Quando se estrepou o Peru?”, pergunta um personagem ao amigo, no notável novela de Vargas Llosa, Conversas na Catedral. Os dois dão por estabelecido que o Peru tinha se estrepado. Se tratava somente de saber quando. Embora escrito há mais de quatro décadas (1969), na fase melhor da obra do Nobel peruano, poderia incluir o que o país viveu até agora.

A vitória de Ollanta Humalla para a presidência do Peru fecha um longo ciclo de governos neoliberais e abre novas perspectivas para o país, ao mesmo tempo que fortalece o campo dos processos de integração regional e enfraquece a precipitada operação de construção de um eixo neoliberal, com o México, a Colômbia e o Chile, em contraposição aos governos posneoliberais.

O governo nacionalista de Velasco Alvarado (1968-1975) foi seguido de uma serie de governos que buscaram desarticular os avanços do governo de Velasco, tanto no plano da reforma agrária, quanto na construção de um projeto nacional no Peru. Foi derrubado por um golpe militar dado por um ministro seu , Morales Bermudez, que governou até 1980.

Foi sucedido por Alan Garcia (1985-1990), do partido mais estruturado do Peru, o Apra, que tentou uma moratória da divida externa peruana, não recebeu sequer apoio de governos da região, não conseguiu controlar a inflação e caiu, sem apoio interno. Na sua sucessão se degladiaram Vargas Llosa, com um programa claramente neoliberal, e o desconhecido Alberto Fujimori, que se valeu da rejeição do estilo aristocrático do escritor, para triunfar.

No governo, Alberto Fujimori (1990-2000) assumiu um projeto de contrainsurgencia que, ao mesmo tempo que combatia a guerrilha do Sendero Luminoso, destruía a espinha dorsal do forte movimento popular peruano, tanto no campo, quanto na cidade. Entre as ações do Sendero – que atacaram também as forças populares que não se submetiam à sua ação - e as ações do Exercito, o movimento popular peruano sofreu, sob um fogo cruzado, ações demolidoras, que o reduziu à uma expressão mínima. Fujimori deu um golpe, fechou o Congresso e interveio na Justiça (para o que recebeu, vergonhosamente para nós, o apoio de FHC), estendeu seu mandato, mas terminou caindo por processos de corrupção e violência, pelo que, depois de fugir para o Japão, foi condenado a 23 anos de prisão, cumprindo atualmente a pena.

Foi a partir dessa destruição da capacidade de defesa e resistência do movimento popular que se erigiu o projeto neoliberal no Peru, mediante os governos de Fujimori, Toledo (2001-2006) e Alan Garcia (2006-2011) cobrindo um período de mais de 20 anos, em que a economia peruana voltou a crescer, em base a uma extensa exploração extrativista exportadora das riquezas do pais, centrada no ingresso maciço de empresas estrangeiras. As condições não poderiam ser melhores para essas empresas, dado que a tributação geral no país gira em torno de 15% do PIB, sem recursos para que os governos fizessem políticas sociais.

Repetiu-se assim com Fujimori, Toledo e Alan Garcia, o mesmo padrão de governo: continuidade do alto crescimento do PIB, centrado na exportação de minerais – ouro, zinco, cobre, gás, basicamente -, sem políticas sociais, com governos que, eleitos, perdiam popularidade de forma estrepitosa, seja pela corrupção que os envolveu a todos, seja pela falta de políticas sociais redistributivas.

Na eleição anterior se enfrentaram o projeto nacionalista de Ollanta Humala e Alan Garcia. Valendo-se de forte campanha de medo, depois que Ollanta havia triunfado no primeiro turno, com o apoio explícito de Hugo Chávez, Garcia triunfou por pequena margem e voltou ao governo, desta vez para dar continuidade aos programas neoliberais de seus antecessores e sofrer o mesmo tipo de desgaste. No final do seu governo, já com menos de 10% de apoio, Toledo havia assinado um Tratado de Livre Comércio com os EUA. Apesar de não se comprometer explicitamente em mantê-lo durante a campanha, Garcia assumiu o TLC e consolidou a abertura neoliberal da economia peruana. Com a recessão norteamericana, no entanto, o Peru passou a ter na China o seu principal parceiro e no Brasil um sócio muito importante, ambos com crescentes investimentos no país.

A invasão de terras indígenas na região amazônica por empresas transnacionais para explorar suas riquezas minerais levou ao despertar de importantes movimentos indígenas, o que ocasionou, entre outros conflitos, um massacre chamado de Baguazo, em junho de 2009, que teve 34 mortos, pela resistência indígena a ocupação de terras para exploração mineral. O Congresso peruano aprovou nesse momento uma legislação que contemplava a consulta aos movimentos indígenas sobre os investimentos.

Essa legislação passou a se constituir em um obstáculo a investimentos já existentes e a outros programados, mas o governo nunca a regulamentou, promovendo situações de incerteza, tanto para os investimentos, como para os movimentos indígenas. Dias antes do segundo turno das eleições desta semana, um movimento parou a região de Cuzco, só aceitando suspendê-lo pela intervenção de Ollanta, mas com a perspectiva de retomá-lo em seguida, se não houver solução para suas reivindicações.

Movimentos deste tipo fizeram com que o país tivesse que reconhecer a região amazônica como região importante para o Peru e despertaram movimentos antes pouco conhecidos no país, promovendo os conflitos sociais mais importantes, que devem se prolongar no novo governo.

O desprestigio de Garcia fez com que seu partido praticamente desaparecesse – elegeu apenas 4 parlamentares -, deixando aberta a sucessão, para a qual se apresentaram vários candidatos neoliberais – entre eles Toledo, um ex-ministro de economia de Garcia, um ex-prefeito de Lima, a filha de Fujimori, diante do único candidato que criticava o modelo, Ollanta Humala. O Apra nem sequer conseguiu apresentar um candidato próprio, com Garcia apoiando ao candidato neoliberal que chegasse ao segundo turno.

Humala reciclou suas posições para um modelo de continuidade do desenvolvimento, mas com redistribuição de renda mediante elevação da taxação dos investimentos mineiros e políticas sociais, modelo próximo ao de Lula. Conseguiu, com base de apoio popular, especialmente no interior do país, chegar de novo em primeiro lugar no segundo turno, desta vez contra Keiko, a filha de Fujimori, que gozava também de apoio popular, baseado nas políticas assistencialistas do seu pai na luta contra o Sendero Luminoso. Em viagem oficial ao Peru, quando se encontrou com Garcia, Lula recebeu publicamente também a Ollanta, com quem trocou opiniões sobre experiências brasileiras na construção de alternativas ao neoliberalismo. Desde então Ollanta veio ao Brasil, tanto na eleição de Dilma, quanto na sua posse, consolidando laços com Lula, Dilma e o PT, o que se traduziu, inclusive, em apoio politico à campanha de Ollanta. (enquanto os tucanos, envergonhados, torciam por Keiko, filha do amigo de FHC.)

O segundo turno foi muito acirrado, tanto na disputa de votos, quanto nas acusações. O apoio da velha mídia peruana, fortemente alinhada com Keiko e as campanhas, conhecidas por nós, de calunias e terror contra Ollanta – a ponto de chegar a revoltar a Vargas Llosa, que rompeu com o jornal tradicional, El Comercio, no qual historicamente publicava suas colunas -, incluindo falsas declarações e telefonemas de Ollanta e, horas antes da abertura da votação, uma suspeita ação, atribuída ao Sendero Luminoso.

Na fase final da campanha, os movimentos de rua e pela internet de rejeição a Keiko, pelos riscos de retorno da camarilha do governo do seu pai – governo de que ela participou como primeira dama -, contribuíram para a vitória apertada de Ollanta. Isso, apesar do apoio maciço da classe média e da oligarquia peruanas em Lima e em regiões do norte do país, além do apoio do governo de Garcia e dos 2 candidatos neoliberais derrotados – Toledo, que havia se elegido no bojo das mobilizações populares que derrubaram a Fujimori, ficou em quarto lugar e apoiou Ollanta.

Ollanta soube, no segundo turno, estabelecer as alianças para conseguir triunfar, renunciando a algumas propostas do seu programa inicial, como nacionalizações de empresas e convocação de Assembleia Constituinte.

Seu triunfo fecha o ciclo de 20 anos de governos neoliberais no Peru, e o mesmo se dá no marco de compromissos já estabelecidos, como o TLC com os EUA. Mas mesmo nesse marco, haverá uma clara aproximação com o Mercosul e, em particular com o Brasil, seja por afinidades políticas, seja pelos interesses econômicos mútuos entre os dois países e distanciamento do pólo neoliberal em que o México, a Colômbia e o Chile pretendiam construir, como alternativo aos processos de integração regional que envolvem a grande maioria dos países da região.

Abre-se para o Peru o caminho de colocar em prática políticas sociais redistributivas – apelo forte da campanha de Humala e, de alguma forma, também de Keiko – e nova inserção internacional do país, que passa a se somar aos governos posneoliberais da região. Não se pode definir precisamente quando o Peru se havia estrepado, mas certamente seguiu por esse caminho nas duas últimas décadas e 2011 marca o momento em que o país, sob a liderança de Ollanta e com forte respaldo popular, começa a ser resgatado para um projeto de ampla democratização econômica, social, política e cultural.

Emir Sader



OS SEM TERRA MAIS BEM SUCEDIDOS DO MUNDO


FILME PARA DOWNLOAD: RED'S - SOBRE A REVOLUÇÃO RUSSA

Este filme é americano, baseado no clássico livro  de John Reed Os Des Dias que Abalaram o Mundo". Reed foi um jornalista e ativista norte-americano que fez a cobertura da revolução bolchevique. Esta cobertura resultou no livro citado, uma verdadeira obra de arte, elogiada por Émile Zola, que a definiu como
 "parte da verdade, vista através do temperamento. Nós que vivemos a época da guerra mundial, das revoluções vitoriosas e das insurreições reprimidas, não podemos ficar satifeitos com essa definição. Para nós a arte é uma parte da verdade vista por um temperamento revolucionário".  
 O prefácio da edição norte -americana do livro foi do próprio Lenin:
Com imenso interesse e igual atenção li, até o fim, o livro "Os Dez Dias que Abalaram o Mundo", de John Reed. Recomendo-o, sem reservas, aos trabalhadores de todos os países. É uma obra que eu gostaria de ver publicada aos milhões de exemplares e traduzida para todas as línguas, pois traça um quadro exato, extraordináriamente vivo dos acontecimentos que tão grande importância tiveram para a compreensão da Revolução Proletária e da Ditadura do Proletariado. Em nossos dias, essas questões são objeto de discussões generalizadas, mas, antes de se aceitarem ou de se repelirem as idéias que representam, torna-se necessário que se saiba a real signifcação do partido que se vai tomar.O livro de John Reed, indubitavelmente, ajudará a esclarecer o problema do movimento operário internacional".
Com certeza, este livro é importante para se conhecer melhor a revolução que tantas mudanças trouxe para os povos inseridos no contexto da URSS, cuja influência se faz sentir até hoje, após tantos anos depois de seu colapso.
O filme aborda, não apenas a revolução, como também o envolvimento de Reed com Louise Bryant , mulher casada, que abandona o marido para segui-lo. Juntos foram para a rússia, a tempo de serem testemunhas oculares de todo o processo revolucionário.
O papel de Reed foi vivido por Warren Beaty, que também atuou como diretor do filme.
Formato  avi

obs: Reed está enterrado nos muros do Kremlin, ao lado de membros da cúpula comunista, ao lado do mauzoléu de Lenin. As palavras de inscrição são dele próprio:

"Aqui neste lugar sagrado, o mais sagrado de toda a Rússia, descansam nossos melhores camaradas".

REDIRECIONANDO DOWNLOAD




*russiashow