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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 22, 2011

Japão, um país estranho

“Japan, the Strange Country” é um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Kenishi Tanaka, estudante japonês de design. Começou sua pesquisa no final de 2009 e finalizou o seu trabalho em 2010. O vídeo fala sobre as peculiaridades do arquipélago, curiosidades e fatos estranhos divididos em: caráter, Tokyo, comida, tecnologia, água, sushi, amor e suicídio.
Esta versão foi legendada pelo o programa Urbano, do MultiShow e foi exibido em 18.08.2010.


*comtextolivre

A "guerra ao terror", 10 anos depois

Por Emir Sader

“Os EUA, como o mundo sabe, nunca começam uma guerra”, dizia John Kennedy em 1963. Vinte anos depois, Ronald Reagan reiterava: “A politica de defesa dos EUA está baseada numa única premissa: os EUA nunca começam um enfrentamento. Nós nunca seremos um agressor.”

A reação aos atentados de setembro de 2001 fizeram com que os EUA mudassem formalmente sua doutrina. Richard Armitage, Secretário de Estado naquele momento, anunciou o que mudava: “A História começa hoje. Decretava-se o fim da doutrina da contenção, enunciada quando os EUA anunciavam o começo da “guerra fria”, recém terminados os armistícios da Segunda Guerra. O Secretario de Defesa, Donald Rumsfeld dizia: “a melhor, e em alguns casos, a única defesa, é uma boa ofensiva”. Indo mais longe na sua nova doutrina de guerra, os EUA passaram a reivindicar o direito ao ataque preventivo, alegando o caráter da guerra informal, contra um inimigo sem território definido.

No marco de um mundo unipolar, com o triunfo absoluto na “guerra fria” e a desaparição da outra super-potência, a Pax Americana já reinava uma década antes. A primeira guerra do Iraque, a guerra da Iugoslávia e outras ações militares – como a fracassada na Somália - prenunciavam que a inquestionável superioridade militar norteamericana reordenaria o mundo conforme seus desígnios.

Dez anos depois, os EUA demonstram que não estão em condições de desenvolver duas guerras simultaneamente, mesmo com uma brutal superioridade militar, contra países virtualmente ocupados. Tanto no Iraque quanto no Afeganistão, a retirada das tropas não dá garantias de controle militar da situação, mesmo ainda com a presença dos EUA, fazendo prever novos adiamentos da retirada do Iraque.

O mundo sob hegemonia imperial norteamericana não é um mundo mais seguro do que antes. A superioridade militar não é garantia de ordem política, como já indicava o velho preceito: Se pode fazer tudo com as baionetas, menos sentar em cima. Essa ilusão tiveram os Estados Unidos. Acreditavam que poderiam envolver o mundo inteiro na sua lógica de represálias contra “o terror” e que a ideologia de militarização dos conflitos seria hegemônica, a ponto de permitir um tranquilo bloco político de apoio.

Se isso se deu no impacto imediato das ações, ainda em 2001, com a invasão do Afeganistão - mesmo sem provas alguma de que dali tinham sido articuladas as ações nos EUA -, a coalizão não resistiu à invasão do Iraque, sem provas e sem a aprovação do Conselho de Segurança. Mas o enfraquecimento das alianças foi efetivamente se dando conforme a guerra se prolongava e os desgastes – financeiros e de baixas – foram se avolumando, incluindo Abu Graieb e Guantanamo.

A estratégia da “guerra ao terror” teve seus ganhos, serviu de álibi para que os EUA consolidassem sua liderança no mundo, ao privilegiar a esfera em que é mais forte – a militar. Mas chegam aos 10 anos desgastados militarmente, enfraquecidos na sua capacidade de liderança política e fragilizados economicamente.

Um balanço duro para quem se erigia como senhor do mundo há uma década. A hegemonia norteamericana entrou em crise, sem que apareça outra força que possa substituí-la. O que se pode vislumbrar no horizonte é um mundo multipolar, que possibilite resolver os conflitos não pelo predomínio militar, mas pelas negociações politicas, em que a “guerra ao terror” possa ser substituída pelo terror à guerra.

*umpoucodetudodetudoumpouco

Venezuelanos raspam a cabeça em homenagem a Hugo Chávez

Presidente perdeu os cabelos devido ao tratamento de um câncer.

Em solidariedade ao presidente venezuelano Hugo Chávez, que passa por tratamento para se recuperar de um câncer, venezuelanos rasparam a cabeça. Neste domingo (21) eles participaram junto com Chávez de um culto ecumênico em Caracas.
Em Caracas, vários moradores prestaram homenagem ao presidente raspando a cabeça. Houve até mutirão para cortar o cabelo.
Cidadãos da República Dominicana também aderiram à homenagem ao presidente venezuelano. Eles participaram do culto ecumênico em Caracas (Fotos: Jorge Silva/Reuters)

*Esquerdopata

Após massacre, imperialismo conquista petróleo líbio

 

http://operamundi.uol.com.br/arquivos/upload/OTAN%20e%20a%20Libia.gif

Quem salvará a Líbia dos seus salvadores ocidentais?

Apresentadora de TV Líbia promete resistir aos terroristas da OTAN de arma na mão


Uma âncora da TV líbia apareceu neste domingo com uma arma na mão durante um telejornal local. A apresentadora diz que está "pronta para matar ou morrer". Aviões da Otan bombardearam neste domingo (21) o quartel-general do líder líbio Muammar Gaddafi, em Trípoli, e o aeroporto de Maitika, também na capital do país.

Por Jean Bricmont, Diana Johnstone, em Resistir.info

A 17 de Março, o Conselho de Segurança da ONU adotou a resolução 1973 que dava a esta "coligação de voluntários" um tanto particular o sinal verde para começar a sua pequena grega, controlando primeiro o espaço aéreo líbio, o que permitiu a seguir bombardear o que a OTAN quis bombardear.

Os dirigentes da coligação esperavam manifestamente que os cidadãos líbios reconhecidos aproveitariam a ocasião fornecida por esta "proteção" vigorosa para derrubar Muamar Kadafi o qual, pretendia-se, queria "matar o seu próprio povo". Baseando-se na ideia de que a Líbia estava dividida de modo claro entre "o povo" de um lado e "o mau ditador" do outro, esperava-se que este derrube ocorresse em alguns dias.

Ao olhos ocidentais, Kadafi era um ditador pior que Ben Ali na Tunísia ou Mubarak no Egipto, que caíram sem intervenção da OTAN. Kadafi deveria portanto cair muito mais rapidamente. 



Cinco meses mais tarde, tornou-se evidente que todas as suposições nas quais se fundamentava esta guerra eram mais ou menos falsas. As organizações de defesa dos direitos do homem não conseguiram encontrar provas dos ditos "crimes contra a humanidade" cometidos por Kadafi contra "o seu próprio povo".

O reconhecimento do Conselho Nacional de Transição (CNT) como "único representante legítimo do povo líbio" por parte dos governos ocidentais, que era no mínimo prematuro, tornou-se grotesco. A OTAN empenhou-se numa guerra civil, exacerbando-a, e sem fazê-la sair do impasse. 



Mas por mais absurda e destituída de justificação que esta guerra possa ser, ela continua. E quem é que pode travá-la? 



Um dos melhores livros para ler neste Verão foi a excelente nova obra de Adam Hochschild, To End All Wars , sobre a Primeira Guerra Mundial e os movimentos pacifistas daquela época. Há muitas lições de atualidade que se podem encontrar neste livro, mas a mais pertinente é sem dúvida o fato de que uma vez começada uma guerra é muito difícil pará-la. 



Os homens que começaram a primeira guerra mundial também pensavam que ela seria curta. Mas mesmo quando milhões de pessoas foram lançadas na tormenta assassina e quando o caráter absurdo do empreendimento tornou-se claro como água límpida, a guerra continuou durante quatro anos trágicos. A própria guerra engendra o ódio e uma vontade de retaliação. Quando uma grande potência começa uma guerra, ela "deve" ganhá-la, qualquer que seja o custo – para ela própria e sobretudo para os outros. 



Até o presente, para os agressores da OTAN o custo da guerra contra a Líbia é puramente financeiro e isso é compensado pela esperança de um pilhagem do país, quando ele for "libertado" e de que ele pagará para reembolsar aqueles que o bombardearam. Não é senão o povo líbio que perde vidas, bem como a sua infraestrutura. 



Durante a primeira guerra mundial existia um corajoso movimento de oposição à guerra que enfrentou a histeria e o chauvinismo deste período e que advogava em favor da paz. Seus membros arriscavam-se a ataques físicos, assim como à prisão. O modo como Hochchild conta a luta pela paz destes homens e destas mulheres na Grã-Bretanha deveria servir de inspiração – mas para quem? Os riscos implicados pela oposição à guerra na Líbia são mínimos em comparação com os que existiam aquando a guerra de 1914-1918. Mas no momento, uma oposição ativa é apenas visível. 

Isto é particularmente verdadeiro em França, país cujo presidente, Nicolas Sarkozy, teve a iniciativa de começar esta guerra. 



Acumulam-se os testemunhos das mortes de civis líbios, inclusive crianças, provocadas pelos bombardeios da OTAN. Ver por exemplo o vídeo.
   
Estes bombardeios visam a infraestrutura civil, a fim de privar a maioria da população que vive na parte do país leal a Kadafi dos bens de primeira necessidade, da alimentação e da água, a fim privar a maioria da população que vive na parte do país leal a Kadafi dos bens de primeira necessidade, da alimentação e da água, a fim de pressionar o povo a derrubar Kadafi. A guerra para "proteger os civis" já se tornou uma guerra para aterrorizá-los e atormentá-los de modo a que o CNT apoiado pela OTAN possa tomar o poder. 



Esta pequena guerra na Líbia mostra que a OTAN é ao mesmo tempo criminosa e incompetente. 

Mas ela mostra igualmente que as organizações de esquerda nos países da OTAN são totalmente inúteis. 

Provavelmente jamais houve uma guerra à qual fosse mais fácil opor-se. Mas a esquerda na Europa não se opõe. 



Há três meses, quando a histeria mediática a propósito da Líbia foi lançada pela televisão do Qatar, Al-Jazeera, a esquerda não hesitou em tomar posição. Algumas dezenas de organizações de esquerda francesas e norte-africanas assinaram um apelo por "uma marcha de solidariedade com o povo líbio" em Partis, a 26 de Março.

Mostrando a sua total ausência de coerência, estas organizações exigiram, simultaneamente, por um lado "o reconhecimento do CNT, único representante legítimo do povo líbio" e, por outro, "a proteção dos residentes estrangeiros e dos migrantes" que, na realidade, deviam precisamente ser protegidos dos rebeldes representados por este conselho. Apoiando implicitamente operações militares de ajuda ao CNT, estes grupos apelavam também à "vigilância" a propósito da "duplicidade dos governos ocidentais e da Liga Árabe", bem como a uma "escalada" possível das operações militares. 



As organizações que assinavam este apelo incluíam grupos de oposições no exílio da Líbia, Síria, Tunísia, Marrocos e Argélia, assim como os Verdes franceses, o NPA, o Partido Comunista Francês, o Partido de Esquerda, o movimento anti-racista MRAP, o partido dos Indígenas da República e o ATTAC. Estes grupos representavam praticamente tudo o que há de organizado à esquerda do Partido Socialista – que, pelo seu lado, (com excepção de Emmanueli) apoiava a guerra sem sequer fazer apelo à "vigilância". 



Agora que aumenta o número de vítimas civis dos bombardeios da OTAN, não há nenhuma manifestação da vigilância prometida "a propósito da escalada da guerra" que saísse do quadro das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. 



Os militantes que, em Março, insistiam em dizer que "devemos fazer alguma coisa" para travar um massacre hipotético hoje nada fazem para travar um massacre que não é hipotético mas sim muito real e visível, e perpetrado exatamente porque aqueles "fizeram alguma coisa". 



O erro fundamental daqueles que, à esquerda, dizem "nós devemos fazer alguma coisa" reside na ambiguidade da palavra "nós". Se eles querem dizer "nós" literalmente, então a única coisa que poderiam fazer seria por de pé espécies de brigadas internacionais para combater com os rebeldes. Mas naturalmente, apesar das grandes declarações segundo as quais "nós" devemos fazer "tudo" para apoiar o "povo líbio", esta possibilidade nunca foi seriamente considerada. 



Portanto o "nós" significa na prática as potências ocidentais, a OTAN e, sobretudo, os Estados Unidos, pois só eles possuem as "capacidades únicas" necessárias para travar uma tal guerra. 



As pessoas que gritam "devemos fazer alguma coisa" geralmente misturam duas espécies de exigências: uma que podem esperar de modo realista ser aceite pelas potências ocidentais – apoio aos rebeldes, reconhecimento do CNT como único representante legítimo do povo líbio – e outra que não podem absolutamente esperar de modo realista que seja aceite pelas grandes potências e que são elas próprias totalmente incapazes de executar: limitar os bombardeios a alvos militares e à proteção dos civis, assim como permanecer escrupulosamente no quadro das resoluções da ONU. 



Estes dois tipos de exigências contradizem-se uma à outra. Numa guerra civil, nenhuma das duas partes está preocupada principalmente com as sutilezas das resoluções da ONU ou com a proteção dos civis. Cada parte quer muito simplesmente ganhar e a vontade de retaliação leva muitas vezes a atrocidades. Se se "apoia" os rebeldes, dá-se-lhes na prática um cheque em branco para fazer o que eles considerarem necessário a fim de ganhar a guerra. 



Mas dá-se igualmente um cheque em branco aos aliados ocidentais e à OTAN, que talvez estejam menos ávidos de sangue que os rebeldes mas que têm à sua disposição meios de destruição muito maiores. E a OTAN é uma imensa burocracia – um dos fins essenciais da mesma é sobreviver. Ela deve absolutamente ganhar, senão terá um problema de "credibilidade", assim como os políticos que apoiaram esta guerra. E este problema poderia levar a uma perda de financiamento e de recursos. Uma vez que a guerra começou não há simplesmente nenhuma força no Ocidente, na ausência de movimentos anti-guerra determinados, que possa obrigar a OTAN a limitar-se ao que é autorizado pelas resoluções da ONU.

Em consequência, a segunda espécie de exigências da esquerda cai na orelha de um surdo. Estas exigências servem simplesmente para provar que a esquerda pró intervenção tem intenções puras. 

Ao "apoiar" os rebeldes, esta esquerda matou de facto o movimento anti-guerra. Com efeito, não tem sentido apoiar numa guerra civil um campo que quer desesperadamente ser ajudados por intervenções externas e, ao mesmo tempo, opor-se a tais intervenções. A direita pró intervenção é bem mais coerente. 



O que a esquerda e a direita pró intervenção têm em comum é a convicção de que "nós" (isto é, "o ocidente democrático civilizado") temos o direito e a capacidade de impor nossa vontade a outros países. Certos movimentos franceses (como o MRAP) que vivem literalmente da exploração da culpabilidade a propósito do racismo e do colonialismo, parecem ter esquecido que muitas das conquistas coloniais foram feitas contra sátrapas, príncipes indianos e reis africanos que eram denunciados como autocratas (o que de fato eram) e não parecem dar-se conta de que há alguma coisa de um tanto incongruente, para organizações francesas, em decidir quem são os "representantes legítimos" do povo líbio. 



Apesar dos esforços de alguns indivíduos isolados, nenhum movimento popular na Europa é capaz de travar ou mesmo enfraquecer o ataque da OTAN. A única esperança poderia ser um colapso dos rebeldes, ou uma oposição nos Estados Unidos, ou uma decisão da parte das oligarquias dominantes de limitar as despesas. Enquanto isso, a esquerda europeia perdeu uma ocasião de renascer opondo-se a uma das guerra manifestamente mais injustificáveis da história. A Europa inteira sofrerá com esta derrota moral.

*esquerdopata

Charles Moore foi o único fotógrafo a registrar a prisão de Martin Luther King

© Foto de Charles Moore. Martin Luther King é preso em um bar de Montgomery. EUA, 1958.
Charles Moore (1931-2010) foi o único fotógrafo a registrar a prisão do líder negro Martin Luther King por dois policiais, que o algemaram e o acusaram de vadiagem, quando aguardava o julgamento de um amigo em um bar nas proximidades de um tribunal. Charles Moore é um lendário fotojornalista de Montgomery, cuja cobertura do movimento dos Direitos Civis nos EUA produziu algumas das fotos mais famosas do mundo. O historiador Arthur Schlesinger Jr observou que as fotografias de Moore ajudaram a mudar a opinião pública norte-americana sobre o movimento dos Direitos Civis.
*Image&Visions

Lula em BH - avanços e perspectivas do Brasil

Por Cléber Sérgio de Seixas

No dia 18 de agosto último, Lula esteve em Belo Horizonte participando de um evento promovido pelo PT mineiro e realizado no ginásio poliesportivo do Colégio Pio XII. Na ocasião, falou sobre os avanços do Brasil sob seu governo e do atual contexto político e econômico nacional. Estiveram presentes autoridades como o Deputado Federal Miguel Corrêa Júnior, o ex-secretário geral da Presidência da República Luiz Dulci, a prefeita de Contagem Marília Campos, os deputados estaduais Durval Ângelo e Rogério Correia e o vice-prefeito de Belo Horizonte Roberto Carvalho.

Reproduzo abaixo dois vídeos com a íntegra da fala do ex-presidente no evento.

1ª Parte:



*observadoressociais

Militante comunista, 23 anos, Camila Vallejo Dowling lidera o movimento estudantil no Chile em torna da causa da retomada da educação pública no país.

Camila é estudante do curso de Geografia, atuando há cinco anos na Juventude Comunista, foi eleita presidente da Federação Estudantil da Universidade do Chile (Fech). Ela comanda as grandes mobilizações que há dois meses mantém em xeque o governo do presidente Sebastián Piñera, mostrando-se capaz de movimentar milhares de pessoas em protestos pelo centro de Santiago.


Prestes a ressurgir

O jingle da campanha de Jânio Quadros à presidência é um dos mais famosos da história. Até hoje muitos de lembram dele. Certamente foi decisivo para sua esmagadora vitória.
O apelo da vassoura varrendo a "bandalheira", como se vê, é antigo - e funciona.
 
Nesses últimos tempos, a oposição neoudenista usou e abusou do moralismo para ganhar votos suficientes para tirar o poder do PT, já que não tem outra bandeira.
O problema todo é que, embora tenham acusado o governo Lula de, no mínimo, ser conivente com a corrupção, nunca fizeram nada, na prática para baní-la de suas próprias administrações.
É tudo papo furado. Quem vai acreditar que um sujeito como, por exemplo, o senador Álvaro Dias, passe incólume por um detector de mentiras? Ou que tantos outros aprendizes de Lacerda tenham coragem de abrir as suas contas bancárias - ou a de seus familiares?
O esforço que o governo Dilma está fazendo, extirpando da máquina administrativa os tumores que irradiam as células malignas para todos os cantos, recebe aplausos gerais da população e um tímido apoio dos políticos - incluindo os do PT.
É que, neste exato instante, todos eles estão se perguntando até onde a higienização irá. E, enquanto a resposta a essa pergunta não vem, todos correm riscos.
Outra coisa que intriga os nossos castos e puros políticos é sobre quem é, na verdade, essa mulher chamada Dilma Rousseff. Poucos sabem a resposta, mas a maioria já deve ter percebido que ela não é um Jânio Quadros de saias que precisa de uma marchinha para enganar o povo.
Nem de uma vassoura.
Pois com uma caneta ela pode fazer muito mais para livrar o país desse câncer chamado corrupção.
 
By: Crônicas do Motta / Com texto Livre

A ANISTIA INTERNACIONAL DENUNCIA PARA O MUNDO A FARSA NA LÍBIA


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 http://silentmajority09.com/wp-content/uploads/2011/04/France-Bombs-Gaddafi-Libya-Benghazi.jpg

Mário Augusto Jakobskind

O jornal britânico The Independent publicou relatório da Anistia Internacional inocentando regime de Muammar Khadafi e incriminando os rebeldes que têm o apoio da Otan, responsável pelo bombardeio diário na Líbia. Ou seja, todas as denúncias de violências supostamente cometidas pelas forças do governo Khadafi, amplamente divulgadas pela mídia de mercado, não se sustentam. Entraram no rol do esquema que antecedeu a invasão do Iraque com as tais armas de destruição em massa, que nunca existiram. Serviram para justificar a invasão e posterior ocupação.
http://digitaljournal.com/img/9/2/1/3/9/6/i/5/4/2/o/us_soldiers_in_afghanistan.jpg
E imaginar que as denúncias sobre estupros em massa ordenados pelo regime de Khadafi, emprego de helicópteros e armas proibidas contra a população civil não foram comprovadas pela Anistia Internacional, que já denunciou prisões arbitrárias em vários países, inclusive quando na Líbia, o país norte africano estava sendo aceito pelos países que hoje bombardeiam e matam civis, dá para imaginar como mentem os “justiceiros” do mundo.

Na verdade, a Anistia encontrou indícios de que em várias ocasiões, os rebeldes em Benghazi fizeram deliberadamente declarações falsas e distribuíram versões mentirosas sobre crimes cometidos pelo governo líbio.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, que visivelmente faz o jogo do complexo militar baseou todas as suas acusações a Khadafi em “informes” inventados pelos rebeldes, segundo a Anistia Internacional.
http://21stcenturywire.files.wordpress.com/2011/04/hamilton-obama-dancing-lower-res-1024x791.png
 Obama, num momento de grande preocupação com o futuro da Líbia,demonstra aqui um visível desespero com o futuro deste povo
A mídia de mercado de todos os quadrantes ajudou, como de outras vezes, a dourar a pílula. Quer dizer, a farsa do Iraque se repete na Líbia. Os bombardeios diários da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que alguns canais de televisão denominam erradamente, por ignorância ou opção ideológica, de Aliança Ocidental, inventaram pretextos para intervir no país norte africano.

É inconcebível que esta prática se repita em todas as áreas do planeta onde há riquezas cobiçadas pelos Estados Unidos e demais países industrializados. E ainda pior: bombardeios inteligentes atingem alvos civis em nome de “intervenção humanitária”.
http://rootsaction.org/storage/libya-war.jpg
Espera-se que depois disso, a Organização das Nações Unidas, que deu o sinal verde para as ações contra a Líbia leve em conta o relatório da Anistia Internacional, ao menos o investigue de forma isenta, e mesmo reveja a posição adotada. Se não fizer isso e seguir dando pretexto para os bombardeios, a credibilidade da entidade vai à zero.

Que Barack Obama, Hillary Clinton, David Cameron e Nicolas Sarkozy, entre outros, façam isso, pode-se concluir que estão na verdade defendendo interesses econômicos, mas a ONU dando o aval é realmente desesperador.
http://anticap.files.wordpress.com/2011/03/libyan-democracy-83600.jpg?w=614&h=833
A maquina de propaganda nazi-euro-yankke funciona azeitada

O que teriam a dizer neste contexto a Presidenta Dilma Rousseff e seu Ministro do Exterior, Antonio Patriota? Afinal de contas, a Otan, com a chancela da ONU comete sérias violações dos direitos humanos. Ficar calado ou apoiar é na prática aprovar. Até porque, a própria Presidenta brasileira já deixou claro inúmeras vezes que se posicionaria onde se cometam violações dos direitos humanos.
http://exame.abril.com.br/assets/pictures/24189/size_590_dilma.jpg?1297961347
Mas é preciso tomar cuidado para não cair na armadilha estadunidense que bota a boca no trombone apenas contra países que não fazem o jogo da Casa Branca. A Arábia Saudita, governada por uma família real aliada de Washington, que viola diuturnamente os direitos humanos, não é condenada ou sequer citada pelos Estados Unidos, da mesma forma que a entrada de tropas sauditas no Bahrein para reprimir manifestantes é aceita como um fato normal.



Fonte: http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=274:anistia-internacional-denuncia-farsa-na-l%C3%ADbia

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Prefeito de cidade de SP é acusado de fraude em licitação




O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública contra o prefeito de Santa Clara D'Oeste, interior de São Paulo. Gabriel dos Santos Fernandes Molina (PR)é acusado de improbidade administrativa por descumprir um convênio com o Ministério da Saúde e comprar uma van ao invés de uma ambulância equipada para o transporte de pacientes. Segundo a Procuradoria da República em São Paulo, a suspeita é de que a compra do veículo foi superfaturada, já que a aquisição custou 10,66% a mais do que o valor de mercado.

Além do prefeito, um advogado e três membros da Comissão de Licitação serão responsabilizados. Para o autor da ação, o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, o processo licitatório foi realizado por meio de fraude. "Eles fraudaram o procedimento licitatório através de superfaturamento e desvio do objeto da licitação", disse.....

Kassab transforma ‘não’ em sua marca

 

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEior4uLO_7HxZ8GJ2BvLoZfqpXjd523xhEppqs8iyPSsHCn40C83KPVcLqMKZaFOFu7O8SA9KUvPsdVULtncQhlh8PVm9-i6uPQyDL_zicUHnqruAVr2v_kVHTb9YechwCBduRtc6A9Omc/s1600/01.jpg

Para os motoqueiros, “não pode andar na pista expressa da Marginal do Tietê”.Para os caminhoneiros, “não pode andar na Marginal do Pinheiros. E nem tente escapar pelo Morumbi, porque também não pode”. Já para os moradores da Grande São Paulo, “não pode vir para o centro da capital de fretado”. E, para anunciantes e publicitários, a mais famosa: “Não pode colar cartaz na rua”.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) entra no quinto ano de mandato e, segundo levantamento feito pelo Jornal da Tarde, impôs até agora ao menos dez proibições à rotina da cidade – a maior parte relacionada ao trânsito. Como um pai preocupado em educar o filho, ele justifica seus “nãos” argumentando que uma cidade do tamanho de São Paulo “precisa de regras”.

É injusto dizer, no entanto, que a lista é feita apenas de proibições. Exceto a portaria que proíbe a circulação de cavalos e a lei que bane os cartazes explícitos dos cinemas eróticos do centro, todo “não” de Kassab tem brechas. “Proibição é um termo muito forte porque existem as exceções. São restrições”, argumenta o prefeito. A permissão para exploração de publicidade em prédios tombados, para tornar viáveis obras de revitalização (decreto assinado na quinta-feira), é um exemplo das exceções.
*osmigosdopresidentelula

O mundo chega e sai de Natal. Que horror !

Daqui para o mundo. E do mundo para o Brasil
Saiu na Folha:

Consórcio Inframerica vence leilão de aeroporto no RN


MARIANA BARBOSA

DE SÃO PAULO


O leilão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal (RN), terminou na manhã desta segunda-feira depois de 87 lances. O vencedor foi o consórcio Inframerica, encabeçado pela Engevix, do Brasil, e a Corporacion América, da Argentina.


O lance foi de R$ 170 milhões, ágio de 228,82%. O mínimo era de R$ 51,7 milhões.


Inicialmente, o leilão estava marcado para o dia 19, mas foi adiado.


O modelo jurídico dessa concessão deverá ser usado para a cessão a investidores de outras unidades já anunciadas pelo governo, entre as quais Guarulhos e Viracopos (SP), Galeão (RJ), Confins (MG) e Brasília (DF).


Mas cada aeroporto terá de ter seu próprio estudo de viabilidade.


O novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante vai substituir o atual aeroporto de Natal, que voltará a ser uma base aérea.


A Infraero e o Exército estão fazendo desde 2008 as obras da pista e do pátio (80% estão realizados e com previsão de término em novembro de 2011), ao custo de R$ 250 milhões.


O valor mínimo da outorga pagaria apenas 20% do investimento público já feito.


O vencedor da concessão construirá o terminal de passageiros e vai administrá-lo inteiramente por 25 anos após a obra, prevista para três anos.

Navalha
Este aeroporto de São Gonçalo do Amarante tem uma função importante para o Nordeste.
Não é à toa que Pernambuco e o Ceará o queriam.
Ele será, sobretudo, uma zona de exportação e importação, já que se trata do ponto mais próximo da Europa e da África no território brasileiro.
Ele terá capacidade para receber aviões cargueiros de grande porte.
Ele pode ser hub, o ponto de convergência, para receber a produção do país inteiro e distribuir para o país inteiro.
Além de ser um terminal de passageiros que tem que ficar pronto antes da Copa.
A pista de pouso já está pronta.
Este ansioso blogueiro acaba de chegar a Natal e se vê diante de um conjunto de prédios em construção.
Até 2014 também, na BR-101, entre Natal e Parnamirim, serão construídas 10 mil unidades residenciais.
Aqui estão a Cyrella, Rossi, Lopes, MD e Ecosil – o primeiro time brasileiro.




Paulo Henrique Amorim