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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 23, 2011

The American Dream - O sonho americano

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQXqYU9RaIlGzbwmvSX7XsHL0Kxp7KMVT4Kdfjk4YGATHOjn3hPFEp88nU7zjnQHBYwxCRy5BgtD02jNvtB0U3TyA8JNHt38BcmycEGQsO72YuI010TvauShVkikta2gu8Gs54n8zX7ag/s1600/The+American+Dream.png(EUA, 2011, 30 min. - Direção:Tad Lumpkin e Harold Uhl)
Apesar de ser uma animação que utiliza-se da piada e irreverência, aborda um dos assuntos mais sérios da Economia Global: Os donos do dinheiro. Fatos que foram escondidos da população mundial durante gerações e gerações, e que agora, com o advento da Internet estão sendo pouco a pouco revelados. Descubra quem são os Rothschilds, como eles conseguiram enganar toda a Inglaterra, obrigando-a posteriormente a adotar o sistema monetário do débito; surpreenda-se em saber que o FED americano (semelhante à Casa da Moeda) não é uma instituição pública, mas sim um banco privado e o que ele custa aos contribuintes norte-americanos. (docverdade)

Para mais profundidade no assunto, veja também os documentários "The Money Masters" e "Money as Debt".
*DocVerdade

Alemanha coloca na ilegalidade principal grupo neonazista


nazista





A Alemanha baniu a principal associação neonazista do país, a Organização de Ajuda para Prisioneiros Políticos Nacionais (HNG), que apoia extremistas de direita presos e suas famílias, informou o Ministério do Interior nesta quarta-feira, na mais recente ação do governo para coibir a influência de grupos radicais. As autoridades alemãs dizem que o HNG é uma ameaça à sociedade e atua contra a constituição do país.
Sob o slogan “uma frente dentro e fora”, o grupo busca reforçar o ponto de vista dos prisioneiros de extrema direita e motivá-los a continuar sua luta contra o sistema, diz o ministro.
“Não é mais aceitável que extremistas de direita presos sejam fortalecidos pelo HNG em sua posição agressiva contra a ordem livre e democrática”, disse o ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, em um comunicado.
“Ao rejeitar o estado constitucional democrático e glorificar o Nacional Socialismo, o HNG tenta manter os criminosos radicais de direita em seu ambiente”, diz a nota do ministério.
O grupo foi fundado em 1979 e tem cerca de 600 membros. A decisão de torná-lo ilegal ocorreu depois de algumas ações policiais nas quais foi apreendido material de dirigentes do HNG em toda a Alemanha. Embora organizações de extrema direita tenham mais apoio nos Estados alemães do leste, onde o desemprego é elevado e há menos perspectivas de vida, as incursões da polícia foram feitas na parte ocidental do país, incluindo a Baviera e Renânia do Norte Vestefália.
O serviço interno de inteligência da Alemanha diz que os grupos extremistas de direita vêm procurando se aproveitar nos últimos anos da crise financeira e da dívida na zona do euro para provar que o sistema capitalista fracassou.
A proscrição do HNG se dá duas semanas depois de o Partido Democrático Nacional (PDN), de direita, que defende o fim da democracia parlamentar, ter novamente obtido assentos na Assembleia do Estado de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental. A legenda também tem representação no Legislativo da Saxônia.
O órgão alemão de proteção da Constituição descreve o PND como racista, anti-semita e revisionista, e diz que sua inspiração vem do nazismo.



Assembleia Geral faz reunião sobre combate ao racismo




As Nações Unidas marcam, nesta quinta-feira (22), em Nova York, o décimo aniversário da Declaração e do Plano de Ação de Durban. O evento que conta com a presença de líderes mundiais coincide com o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.
O objetivo do encontro é reforçar o compromisso dos países-membros da ONU com o combate ao racismo e à desigualdade racial.
Devem participar da conferência a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o próprio Secretário-Geral, Ban Ki-moon. Os discursos serão realizados por regiões.
Vários representantes da sociedade civil e especialistas em combate ao racismo irão liderar discussões sobre temas como xenofobia, intolerância e desenvolvimento.
O encontro dever durar todo o dia, e será concluído na sala da Assembleia Geral com um resumo dos debates.
Espera-se uma declaração final para elaboração de medidas e ações eficientes de combate à discriminação e ao racismo.

Intelectuais israelenses apoiam reconhecimento do Estado Palestino

BBC


Líder do movimento estudantil francês em 1968, Daniel Cohn-Bendit, elogiou decisão de Abbas
Dezenas intelectuais de Israel participaram nesta quinta-feira, em Tel Aviv, de uma manifestação pedindo o reconhecimento do Estado Palestino e advertindo de que o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu "está levando os cidadãos do país a uma catástrofe".
O grupo - composto por escritores, cientistas e artistas - se reuniu em frente ao prédio onde foi assinada, em 1948, a declaração da independência de Israel, na Boulevard Rotschild, no centro de Tel Aviv.
O protesto ocorreu um dia antes do discurso do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na ONU, no qual deverá pedir o reconhecimento do Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.
Os manifestantes divulgaram um abaixo-assinado apoiando o reconhecimento da Palestina e criticaram Netanyahu. “Dante de nossos olhos estarrecidos ocorre uma cena inacreditável – o premiê de Israel conduz os cidadãos para Massada", afirmaram, em referência ao suicido coletivo cometido em 1973 por guerreiros judeus que lutavam contra o Império Romano.

Maio de 68

Um dos participantes mais famosos no protesto era o líder do movimento estudantil na França em 1968, Daniel Cohn-Bendit.

Este governo está nos levando para um desastre. Acredito na igualdade entre os seres humanos e fico indignado com o fato de que nosso governo ignora a necessidade dos palestinos de ter um Estado independente".


Em entrevista à BBC Brasil, ele elogiou a decisão de Abbas de recorrer à ONU, pois com essa medida o presidente palestino "está obrigando a comunidade internacional a se mexer".
"Depois do pedido de Abbas algo terá que acontecer e tudo é possível, tanto o mal como para o bem. Pode haver violência, mas também pode haver uma retomada das negociações", disse.
Cohn-Bendit disse ainda que "os palestinos têm direito de ter o Estado deles exatamente como os israelenses têm direito a seu Estado".
Na opinião do político, que hoje é membro do Parlamento Europeu, não são os palestinos que apresentam um entrave às negociações de paz, e sim o governo de Netanyahu.

Salvar vidas

Durante o protesto, o astrofisico da Universidade de Tel Aviv, Elia Leibowitz, disse à BBC Brasil que resolveu participar "para poupar vidas".
"Se você colocar uma pluma na nascente de um rio ela vai acabar chegando até o mar. Não é mais simples colocar a pluma diretamente no mar?", questionou Leibowitz, acrescentando que "o Estado Palestino vai ser fundado, a única questão é quantos mortos ainda haverá até que isso aconteça".
"Quando são seres humanos e não plumas que fluem no rio, muitos morrem no caminho", disse.
Já o artista gráfico David Tartakover - ganhador do Prêmio Israel, a láurea mais importante outorgada pelo Estado - se mostrou mais pessimista.
Alex Levac (centro) e David Tartakover (esq.) são otimistas quanto ao futuro de Israel
"Estes deveriam ser dias de festa para nós os israelenses, com a declaração do Estado Palestino, mas infelizmente, por causa dos interesses eleitorais de Obama, estamos em uma situação sombria", afirmou o artista, em referência ao discurso proferido pelo presidente americano na ONU, em que se opôs à aceitação do pedido de reconhecimento ao Estado Palestino.
O fotógrafo Alex Levac, também ganhador do Premio Israel, se mostrou ainda mais pessimista..
"Este governo está nos levando para um desastre. Nasci na Palestina, na época do Mandato Britânico, mas a sede territorial e messiânica que vigora aqui mudou completamente a realidade. Acredito na igualdade entre os seres humanos e fico indignado com o fato de que nosso governo ignora a necessidade dos palestinos de ter um Estado independente".

Tensões

Em seu discurso, o ex-diretor geral do ministério das Relações Exteriores, Alon Liel, se dirigiu ao presidente Abbas.
"Vá em frente, Abu Mazen (apelido do presidente palestino), não perca a esperança por causa do discurso eleitoreiro de Obama, vá direto à Assembleia Geral da ONU e vocês, os palestinos, poderão obter 150 votos em seu favor".
"Não desista, Abu Mazen, a História vai julgar os países que votarem contra o reconhecimento do Estado Palestino, inclusive Israel", acrescentou Liel.
O governo israelense afirma que o reconhecimento do Estado Palestino aumentaria as tensões regionais e não resolveria as questões bilaterais pendentes.


"É imperativo ter no horizonte previsível a eliminação completa e irreversível das armas nucleares. A ONU deve se preocupar com isso...


*osamigosdopresidentelula

Execução só é crime para os “outros”?

Nas últimas 24 horas, foram excutadas três pessoas, por sentença judicial
Uma no Irã: um jovem de 17 anos condenado por homicídio . Outra na China: um paquistanês condenado por tráfico de drogas.
Ambos os países merecem, por conta destas execuções, condenações internacionais por atentarem contra os direitos humanos.
A terceira pessoa foi executada nos Estados Unidos.
Troy Davis, um homem negro de 42 anos,  foi condenado à morte em 1991 pelo homicídio do policial Mark Allen Macphail em Savannah, no estado da Geórgia. Sete das nove testemunhas-chave  do julgamento de Davis retiraram ou alteraram o seu testemunho, algumas alegando coerção policial.
As dúvidas fizeram um milhão de americanos, entre eles o ex-presidente Jimmy Carter, e o próprio Papa Bento XVI pedirem a suspensão da excução. Inutilmente: Davis foi executado esta madrugada.
Direitos humanos e valores da civilização, para que se exija seu respeito universal, devem ser, também, universais.
Não podem valer só “contra” os países que destoam do coro ocidental e não valer contra o mais poderoso deles. E ainda mais quando este se arroga o direito de “polícia do mundo” a pretexto de defendê-los
*Tijolaço

Entrevista da presidenta Dilma em NY

Presidenta Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa no Hotel Waldorf Astoria. 

*comtextolivre

quinta-feira, setembro 22, 2011

"É imperativo ter no horizonte previsível a eliminação completa e irreversível das armas nucleares. A ONU deve se preocupar com isso... ... Todo o estoque de material nuclear voltado para uso militar escapa dos mecanismos multilaterais de controle, mas o desarmamento nuclear é fundamental para a segurança".

Filósofos e a Educação - Gramsci


Segundo Antonio Gramsci, a educação tem participação fundamental na elaboração, sistematização e irradiação da concepção de mundo que estabelece a ordem social tal como ela é, pois prepara os intelectuais, que são os agentes dos aparelhos de hegemonia. A educação tem, assim, papel importante na configuração, na disseminação e na reprodução da ideologia e, consequentemente, na preservação do poder das classes dominantes. Mas ela atua também como força de transformação social, mediante a elaboração, sistematização e disseminação de concepções de mundo contraideológicas. É nessa tensão constante que o educador exerce sua atividades, ora de preservação da ordem já constituída, ora de transformação da realidade.