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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 23, 2011

Discurso do ministro Antonio Patriota na ONU

PT manifesta apoio ao reconhecimento do Estado da Palestina

Direção nacional do Partido divulga nota de apoio aos palestinos


Nota de apoio ao reconhecimento do Estado da Palestina pela ONU
Na semana de abertura da 66a. Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o Partido dos Trabalhadores manifesta seu apoio ao reconhecimento do Estado da Palestina perante esta organização.
Ao longo de sua história, o PT tem se manifestado em defesa de uma solução negociada para o conflito e de uma saída justa para palestinos e israelenses, expressa na coexistência de dois Estados e no reconhecimento do Estado da Palestina dentro das fronteiras de 1967, como já feito pelo governo brasileiro no final de 2010 e enfatizado pela Presidenta Dilma em seu discurso de abertura da Assembleia Geral.
Em sua Carta constitutiva, a ONU clama pela igualdade entre as nações e pela autodeterminação dos povos. Em consonância com seus princípios, urge que as Nações Unidas finalmente reconheçam o direito palestino à autodeterminação e incorporem o Estado da Palestina como membro pleno da organização.
A permanência do conflito tem impacto direto na vida de milhares de palestinas e palestinos, cujos direitos e liberdades fundamentais são cerceados cotidianamente. Esperamos que este momento de visibilidade da causa palestina se converta numa ocasião privilegiada para a retomada das negociações e para a construção de uma paz justa e duradoura na região.
Rui Falcão
Presidente Nacional
Iole Ilíada
Secretária de Relações Internacionais
*Blogdamilitância

A imprensa brasileira não acha o Brasil interessante e não gosta de ser brasileira , sonha em ser estadunidense ou européia

The American Dream - O sonho americano

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQXqYU9RaIlGzbwmvSX7XsHL0Kxp7KMVT4Kdfjk4YGATHOjn3hPFEp88nU7zjnQHBYwxCRy5BgtD02jNvtB0U3TyA8JNHt38BcmycEGQsO72YuI010TvauShVkikta2gu8Gs54n8zX7ag/s1600/The+American+Dream.png(EUA, 2011, 30 min. - Direção:Tad Lumpkin e Harold Uhl)
Apesar de ser uma animação que utiliza-se da piada e irreverência, aborda um dos assuntos mais sérios da Economia Global: Os donos do dinheiro. Fatos que foram escondidos da população mundial durante gerações e gerações, e que agora, com o advento da Internet estão sendo pouco a pouco revelados. Descubra quem são os Rothschilds, como eles conseguiram enganar toda a Inglaterra, obrigando-a posteriormente a adotar o sistema monetário do débito; surpreenda-se em saber que o FED americano (semelhante à Casa da Moeda) não é uma instituição pública, mas sim um banco privado e o que ele custa aos contribuintes norte-americanos. (docverdade)

Para mais profundidade no assunto, veja também os documentários "The Money Masters" e "Money as Debt".
*DocVerdade

Alemanha coloca na ilegalidade principal grupo neonazista


nazista





A Alemanha baniu a principal associação neonazista do país, a Organização de Ajuda para Prisioneiros Políticos Nacionais (HNG), que apoia extremistas de direita presos e suas famílias, informou o Ministério do Interior nesta quarta-feira, na mais recente ação do governo para coibir a influência de grupos radicais. As autoridades alemãs dizem que o HNG é uma ameaça à sociedade e atua contra a constituição do país.
Sob o slogan “uma frente dentro e fora”, o grupo busca reforçar o ponto de vista dos prisioneiros de extrema direita e motivá-los a continuar sua luta contra o sistema, diz o ministro.
“Não é mais aceitável que extremistas de direita presos sejam fortalecidos pelo HNG em sua posição agressiva contra a ordem livre e democrática”, disse o ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, em um comunicado.
“Ao rejeitar o estado constitucional democrático e glorificar o Nacional Socialismo, o HNG tenta manter os criminosos radicais de direita em seu ambiente”, diz a nota do ministério.
O grupo foi fundado em 1979 e tem cerca de 600 membros. A decisão de torná-lo ilegal ocorreu depois de algumas ações policiais nas quais foi apreendido material de dirigentes do HNG em toda a Alemanha. Embora organizações de extrema direita tenham mais apoio nos Estados alemães do leste, onde o desemprego é elevado e há menos perspectivas de vida, as incursões da polícia foram feitas na parte ocidental do país, incluindo a Baviera e Renânia do Norte Vestefália.
O serviço interno de inteligência da Alemanha diz que os grupos extremistas de direita vêm procurando se aproveitar nos últimos anos da crise financeira e da dívida na zona do euro para provar que o sistema capitalista fracassou.
A proscrição do HNG se dá duas semanas depois de o Partido Democrático Nacional (PDN), de direita, que defende o fim da democracia parlamentar, ter novamente obtido assentos na Assembleia do Estado de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental. A legenda também tem representação no Legislativo da Saxônia.
O órgão alemão de proteção da Constituição descreve o PND como racista, anti-semita e revisionista, e diz que sua inspiração vem do nazismo.



Assembleia Geral faz reunião sobre combate ao racismo




As Nações Unidas marcam, nesta quinta-feira (22), em Nova York, o décimo aniversário da Declaração e do Plano de Ação de Durban. O evento que conta com a presença de líderes mundiais coincide com o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.
O objetivo do encontro é reforçar o compromisso dos países-membros da ONU com o combate ao racismo e à desigualdade racial.
Devem participar da conferência a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o próprio Secretário-Geral, Ban Ki-moon. Os discursos serão realizados por regiões.
Vários representantes da sociedade civil e especialistas em combate ao racismo irão liderar discussões sobre temas como xenofobia, intolerância e desenvolvimento.
O encontro dever durar todo o dia, e será concluído na sala da Assembleia Geral com um resumo dos debates.
Espera-se uma declaração final para elaboração de medidas e ações eficientes de combate à discriminação e ao racismo.

Intelectuais israelenses apoiam reconhecimento do Estado Palestino

BBC


Líder do movimento estudantil francês em 1968, Daniel Cohn-Bendit, elogiou decisão de Abbas
Dezenas intelectuais de Israel participaram nesta quinta-feira, em Tel Aviv, de uma manifestação pedindo o reconhecimento do Estado Palestino e advertindo de que o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu "está levando os cidadãos do país a uma catástrofe".
O grupo - composto por escritores, cientistas e artistas - se reuniu em frente ao prédio onde foi assinada, em 1948, a declaração da independência de Israel, na Boulevard Rotschild, no centro de Tel Aviv.
O protesto ocorreu um dia antes do discurso do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na ONU, no qual deverá pedir o reconhecimento do Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.
Os manifestantes divulgaram um abaixo-assinado apoiando o reconhecimento da Palestina e criticaram Netanyahu. “Dante de nossos olhos estarrecidos ocorre uma cena inacreditável – o premiê de Israel conduz os cidadãos para Massada", afirmaram, em referência ao suicido coletivo cometido em 1973 por guerreiros judeus que lutavam contra o Império Romano.

Maio de 68

Um dos participantes mais famosos no protesto era o líder do movimento estudantil na França em 1968, Daniel Cohn-Bendit.

Este governo está nos levando para um desastre. Acredito na igualdade entre os seres humanos e fico indignado com o fato de que nosso governo ignora a necessidade dos palestinos de ter um Estado independente".


Em entrevista à BBC Brasil, ele elogiou a decisão de Abbas de recorrer à ONU, pois com essa medida o presidente palestino "está obrigando a comunidade internacional a se mexer".
"Depois do pedido de Abbas algo terá que acontecer e tudo é possível, tanto o mal como para o bem. Pode haver violência, mas também pode haver uma retomada das negociações", disse.
Cohn-Bendit disse ainda que "os palestinos têm direito de ter o Estado deles exatamente como os israelenses têm direito a seu Estado".
Na opinião do político, que hoje é membro do Parlamento Europeu, não são os palestinos que apresentam um entrave às negociações de paz, e sim o governo de Netanyahu.

Salvar vidas

Durante o protesto, o astrofisico da Universidade de Tel Aviv, Elia Leibowitz, disse à BBC Brasil que resolveu participar "para poupar vidas".
"Se você colocar uma pluma na nascente de um rio ela vai acabar chegando até o mar. Não é mais simples colocar a pluma diretamente no mar?", questionou Leibowitz, acrescentando que "o Estado Palestino vai ser fundado, a única questão é quantos mortos ainda haverá até que isso aconteça".
"Quando são seres humanos e não plumas que fluem no rio, muitos morrem no caminho", disse.
Já o artista gráfico David Tartakover - ganhador do Prêmio Israel, a láurea mais importante outorgada pelo Estado - se mostrou mais pessimista.
Alex Levac (centro) e David Tartakover (esq.) são otimistas quanto ao futuro de Israel
"Estes deveriam ser dias de festa para nós os israelenses, com a declaração do Estado Palestino, mas infelizmente, por causa dos interesses eleitorais de Obama, estamos em uma situação sombria", afirmou o artista, em referência ao discurso proferido pelo presidente americano na ONU, em que se opôs à aceitação do pedido de reconhecimento ao Estado Palestino.
O fotógrafo Alex Levac, também ganhador do Premio Israel, se mostrou ainda mais pessimista..
"Este governo está nos levando para um desastre. Nasci na Palestina, na época do Mandato Britânico, mas a sede territorial e messiânica que vigora aqui mudou completamente a realidade. Acredito na igualdade entre os seres humanos e fico indignado com o fato de que nosso governo ignora a necessidade dos palestinos de ter um Estado independente".

Tensões

Em seu discurso, o ex-diretor geral do ministério das Relações Exteriores, Alon Liel, se dirigiu ao presidente Abbas.
"Vá em frente, Abu Mazen (apelido do presidente palestino), não perca a esperança por causa do discurso eleitoreiro de Obama, vá direto à Assembleia Geral da ONU e vocês, os palestinos, poderão obter 150 votos em seu favor".
"Não desista, Abu Mazen, a História vai julgar os países que votarem contra o reconhecimento do Estado Palestino, inclusive Israel", acrescentou Liel.
O governo israelense afirma que o reconhecimento do Estado Palestino aumentaria as tensões regionais e não resolveria as questões bilaterais pendentes.


"É imperativo ter no horizonte previsível a eliminação completa e irreversível das armas nucleares. A ONU deve se preocupar com isso...


*osamigosdopresidentelula

Execução só é crime para os “outros”?

Nas últimas 24 horas, foram excutadas três pessoas, por sentença judicial
Uma no Irã: um jovem de 17 anos condenado por homicídio . Outra na China: um paquistanês condenado por tráfico de drogas.
Ambos os países merecem, por conta destas execuções, condenações internacionais por atentarem contra os direitos humanos.
A terceira pessoa foi executada nos Estados Unidos.
Troy Davis, um homem negro de 42 anos,  foi condenado à morte em 1991 pelo homicídio do policial Mark Allen Macphail em Savannah, no estado da Geórgia. Sete das nove testemunhas-chave  do julgamento de Davis retiraram ou alteraram o seu testemunho, algumas alegando coerção policial.
As dúvidas fizeram um milhão de americanos, entre eles o ex-presidente Jimmy Carter, e o próprio Papa Bento XVI pedirem a suspensão da excução. Inutilmente: Davis foi executado esta madrugada.
Direitos humanos e valores da civilização, para que se exija seu respeito universal, devem ser, também, universais.
Não podem valer só “contra” os países que destoam do coro ocidental e não valer contra o mais poderoso deles. E ainda mais quando este se arroga o direito de “polícia do mundo” a pretexto de defendê-los
*Tijolaço