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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 13, 2011

Mais uma montadora chinesa anuncia plano de instalar fábrica no Brasil

A Great Wall informou que a capacidade de produção será de 100 mil unidades anuais, a mesma que terá a fábrica da Jac, também chinesa

Cláudia Trevisan, de O Estado de S. Paulo
PEQUIM - Beijing

A Great Wall é a mais nova montadora chinesa a decidir fincar sua bandeira em solo brasileiro. A empresa pretende instalar no País uma fábrica com capacidade de produção de 100 mil veículos ao ano, disse ao Estado seu diretor de marketing, Gao Dongxu.

Gao não revelou detalhes como investimento, local e quando será construída a planta. Ele disse que a empresa está a procura de um parceiro local para tocar o projeto, mas, segundo fontes revelaram ao Jornal do Carro, o Grupo Caoa, que representa a sul-coreana Hyundai e a japonesa Subaru no País, já teria assinado um acordo com a companhia chinesa.

A produção anual de 100 mil veículos prevista pela Great Wall é a mesma que outra montadora chinesa, a JAC, planeja fabricar na unidade que terá na Bahia, na qual serão investidos R$ 900 milhões.

"O Brasil é um enorme mercado potencial para a indústria automotiva", afirmou Gao. Segundo ele, a empresa ainda está em busca de um parceiro local para realizar o empreendimento.

A Great Wall é a terceira montadora chinesa a anunciar investimentos no Brasil, depois da JAC e da Chery, que lançou em julho a pedra fundamental de sua planta de R$ 700 milhões na cidade de Jacareí (SP).

*esquerdopata

Policiais chilenos humilham fotojornalista

O fotojornalista Francisco Maturana teve um lançador de gás lacrimogêneo apontado para dentro da sua calça. Valparaíso, Chile. 06 de outubro de 2011.
*Imagens&Visions

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Charge do Dia

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Comédia

Ajude Leiliane Rebouças

Ela luta contra a corrupção, mas é censurada pelo congresso. Se alguém tiver uma caixa de Haldol sobrando...

*esquerdopata

Armação dos EUA ou loucura do Irã?

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na CartaCapital:

Ontem, 11 de outubro, o governo de Barack Obama anunciou ruidosamente a desarticulação de uma suposta conspiração de uma facção do governo iraniano para assassinar o embaixador da Arábia Saudita nos EUA e cometer outros atentados contra embaixadas sauditas e israelenses. Em represália, anunciou novas sanções contra Teerã.

Pobreza pior nos EUA que na China?

Eu sei que é difícil de acreditar, mas a pesquisa, o texto e o gráfico são do Instituto Gallup, um dos mais respeitados órgãos de pesquisas nos EUA. Foram publicados ontem e você pode conferir aqui.
“Pesquisas Gallup na China e os EUA revelam que os chineses estão se esforçando menos do que os americanos para colocar comida em suas mesas. Em 2011, seis por cento dos chineses  dizem que houve momentos nos últimos 12 meses em que  eles não tinham dinheiro suficiente para comprar alimentos   necessários para si ou para  seus familiares, uma queda  significativa ante o índice de  16% em 2008. No mesmo período, o percentual dos americanos dizendo que não tinha dinheiro para comprar comida nos últimos 12 meses mais do que duplicou, passando de 9% em 2008 para 19% em 2011.
*Tijolaço

Murdoch, rei do PiG, marreta circulação do jornal. É o jornalismo declaratório

Saiu no Globo:

Diretor ligado a Murdoch cai por escândalo no ‘Wall Street Journal’


LONDRES – Andrew Langhoff, um dos principais executivos europeus do grupo News Corp., do empresário de mídia Rupert Murdoch, pediu demissão na quarta-feira. A decisão ocorre após uma série de reportagens do jornal britânico “The Guardian”, que revela um esquema fraudulento para elevar o volume de circulação do principal jornal do grupo, o “Wall Street Journal”.

E no inglês Guardian, que denunciou o escândalo no império Murdoch, desde os grampos do News of  the World:

Wall Street Journal circulation scam claims senior Murdoch executive


Andrew Langhoff resigns as European publishing chief after exposure of secret channels of cash to help boost sales figures

Navalha
Um diretor do Murdoch na Europa fazia a seguinte trapaça.
Oferecia “matérias-púlpito” a empresas na Europa.
(Matérias-púlpito são em geral do gênero declaratório – clique aqui para ler aula magna do Caco Barcellos sobre o preconceito de classe do PiG e da Justiça brasileira.)
Em troca, as empresas compravam assinaturas do Wall Street Journal.
A circulação do jornal do Murdoch subia.
Com isso, Murdoch cobrava mais caro pelos anúncios.
E as empresas e seus presidentes ficavam mais famosos (e tinham bônus mais altos ), ao descer do púlpito.
É assim que funciona o PiG (*).
Quer dizer, o Rei do PiG (*).




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

No Brasil, governadores do PSDB e do DEM inflam a circulação de jornais e revistas com dinheiro público.

Encalhe da revista Veja em abril de 2010

Corrupção na imprensa: fraude na tiragem do Wall Street Journal. Alckmin e Arruda fizeram algo parecido.

O tradicional The Wall Street Journal montou uma fraude para inflar sua circulação (exemplares vendidos), segundo reportagem do diário inglês The Guardian.

De acordo com documentos, o diário estadunidense teria comprado seus próprios jornais para movimentar as cifras de circulação, com o objetivo de cobrar mais dos anunciantes. O jornal enviava dinheiro à firma Executive Learning Partnership (ELP), com sede na Holanda, para que ela comprasse milhares de exemplares diariamente a preços rebaixados.

O escândalo provocou a renúncia do editor do The Wall Street Journal para a Europa Andrew Langhoff, um dos mais antigos executivos europeus do império midiático do magnata Rupert Murdoch. (a notícia vem do Portal Terra)

No Brasil, governadores do PSDB e do DEM inflam a circulação de jornais e revistas com dinheiro público.
Encalhe da revista Veja em abril de 2010
Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) comprou, sem licitação, milhares de assinaturas dos jornais "Folha de São Paulo" e "O Estado de Sâo Paulo", além da Revista Veja  (confira aqui).

Além do pagamento de R$ 9 milhões pelas assinaturas com dinheiro público, isto segura a decadência na circulação aferida pelo IVC (Instituto de Verificação de Circulação), evitando a queda no preço da propaganda nas páginas dos jornais e revistas.

Em retribuição ao governador, o que se observa é um noticiário extremamente favorável ao governo tucano, e a perseguição sistemática aos adversários políticos do governador.

O ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF) também fez o mesmo: assinou em massa a Revista Veja e o Correio Braziliense. (Confira aqui)

No caso da revista Veja, poucas semanas depois ganhou uma grande entrevista simpática nas páginas mais destacadas da revista, funcionando como verdadeira propaganda governamental.

Clique na imagem para ampliar

*osamigosdopresidentelula

Anistia Internacional pede que Canadá prenda Bush

No próximo dia 20, quando o ex-presidente estadunidense George W. Bush desembarcar no Canadá, deverá ser preso e processado judicialmente por sua "responsabilidade em crimes contra o Direito Internacional, incluindo tortura”.
Foi o que a Anistia Internacional pediu às autoridades canadenses, em memorando enviado há três semanas.
“Como as autoridades dos Estados Unidos não levaram à Justiça, até o momento, o ex-presidente Bush, a comunidade internacional deve intervir. Se o Canadá se abstiver de agir durante a sua visita, isso irá constituir uma violação da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e será uma manifestação de desprezo em face dos direitos humanos fundamentais”, declarou Susan Lee, diretora da AI para a região das Américas.
A acusação: entre 2002 e 2009, prisioneiros foram submetidos a torturas e a "outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes" graças à autorização dada por Bush à CIA, para que executasse um programa secreto contra suspeitos de terrorismo.
Bush é réu confesso, pelo menos em um caso: no seu livro de memórias revelou ter sido consultado pela CIA, que indagou se poderia torturar um suspeito de terrorismo, Khalid Sheikh Mohammed, com afogamento inconcluso (interrompido antes do óbito).
Como Bush admitiu haver respondido "com certeza!", a AI imediatamente pediu sua responsabilização criminal.
"A confissão do presidente Bush é suficiente para desencadear a obrigação internacional que os Estados Unidos têm de investigar esta confissão e de levá-lo à Justiça", afirmou então (novembro de 2010) um dos dirigentes da entidade, Rob Freer.
*NaufragodaUtopia