Murdoch, rei do PiG, marreta circulação do jornal. É o jornalismo declaratório
Saiu no Globo:
Diretor ligado a Murdoch cai por escândalo no ‘Wall Street Journal’
LONDRES – Andrew Langhoff, um dos principais executivos europeus do grupo News Corp., do empresário de mídia Rupert Murdoch, pediu demissão na quarta-feira. A decisão ocorre após uma série de reportagens do jornal britânico “The Guardian”, que revela um esquema fraudulento para elevar o volume de circulação do principal jornal do grupo, o “Wall Street Journal”.
E no inglês Guardian, que denunciou o escândalo no império Murdoch, desde os grampos do News of the World:
Wall Street Journal circulation scam claims senior Murdoch executive
Andrew Langhoff resigns as European publishing chief after exposure of secret channels of cash to help boost sales figures
Um diretor do Murdoch na Europa fazia a seguinte trapaça.
Oferecia “matérias-púlpito” a empresas na Europa.(Matérias-púlpito são em geral do gênero declaratório – clique aqui para ler aula magna do Caco Barcellos sobre o preconceito de classe do PiG e da Justiça brasileira.)
Em troca, as empresas compravam assinaturas do Wall Street Journal.
A circulação do jornal do Murdoch subia.
Com isso, Murdoch cobrava mais caro pelos anúncios.
E as empresas e seus presidentes ficavam mais famosos (e tinham bônus mais altos ), ao descer do púlpito.
É assim que funciona o PiG (*).
Quer dizer, o Rei do PiG (*).
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
No Brasil, governadores do PSDB e do DEM inflam a circulação de jornais e revistas com dinheiro público.
Encalhe da revista Veja em abril de 2010Corrupção na imprensa: fraude na tiragem do Wall Street Journal. Alckmin e Arruda fizeram algo parecido.De acordo com documentos, o diário estadunidense teria comprado seus próprios jornais para movimentar as cifras de circulação, com o objetivo de cobrar mais dos anunciantes. O jornal enviava dinheiro à firma Executive Learning Partnership (ELP), com sede na Holanda, para que ela comprasse milhares de exemplares diariamente a preços rebaixados. O escândalo provocou a renúncia do editor do The Wall Street Journal para a Europa Andrew Langhoff, um dos mais antigos executivos europeus do império midiático do magnata Rupert Murdoch. (a notícia vem do Portal Terra) No Brasil, governadores do PSDB e do DEM inflam a circulação de jornais e revistas com dinheiro público.
Além do pagamento de R$ 9 milhões pelas assinaturas com dinheiro público, isto segura a decadência na circulação aferida pelo IVC (Instituto de Verificação de Circulação), evitando a queda no preço da propaganda nas páginas dos jornais e revistas. Em retribuição ao governador, o que se observa é um noticiário extremamente favorável ao governo tucano, e a perseguição sistemática aos adversários políticos do governador. O ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF) também fez o mesmo: assinou em massa a Revista Veja e o Correio Braziliense. (Confira aqui) No caso da revista Veja, poucas semanas depois ganhou uma grande entrevista simpática nas páginas mais destacadas da revista, funcionando como verdadeira propaganda governamental. Clique na imagem para ampliar *osamigosdopresidentelula |
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