Desemprego na Espanha sobe para 21,5%
Este é o maior índice desde o registrado no quarto trimestre de 1996, quando foi de 21,6%
EFE
O desemprego na Espanha subiu para 21,52% no terceiro trimestre deste ano, chegando a 4.978.300 de pessoas, segundo a Enquete de População Ativa (EPA) divulgada nesta sexta-feira (28/10). Este é o maior índice desde o registrado no quarto trimestre de 1996, quando foi de 21,6%.
A ocupação diminuiu em 146.800 pessoas entre julho e setembro, ficando o número de empregados em 18.156.300, enquanto a taxa de atividade foi de 60%. Além disso, o número de famílias com todos seus integrantes desempregados é de 1.425.200, ou seja, 57.700 mais que no trimestre anterior, enquanto aquelas nas quais todos seus membros estão ocupados chega a 9.058.300, após cair em 102.700.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou também nesta sexta-feira o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), revelando que a inflação anualizada na Espanha desceu um décimo sobre o índice de setembro, chegando a 3%. Segundo a instituição, esta queda é consequência, principalmente, da estabilidade dos preços da energia elétrica frente à alta do ano anterior.
Governador Alckmin impede investigação sobre corrupção em SP
Base de Alckmin enterra investigação sobre venda de emendas em São Paulo
Sem produzir um relatório, Conselho de Ética conclui trabalhos depois de rejeitar a convocação de 17 testemunhas e parlamentares
Ricardo Galhardo, iG São Paulo
A bancada governista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), capitaneada pelo líder do PTB, Campos Machado, enterrou no início da tarde desta quinta-feira as investigações do Conselho de Ética sobre o suposto esquema de venda de emendas parlamentares. Os governistas membros do conselho aprovaram um requerimento de Machado que determina o envio imediato do material colhido durante um mês de trabalhos ao Ministério Público.
O conselho terminou seus trabalhos sem produzir nem sequer um relatório. Na verdade, o conselho não possui mais um relator já que o ocupante do cargo, José Bitencourt, trocou o PDT pelo PSD e seu antigo partido reivindica o posto.
Durante um mês, o conselho se limitou a apreciar questões estatutárias e burocráticas. A única pessoa ouvida foi o deputado Major Olimpio (PDT), da oposição. Dezessete requerimentos pedindo a convocação de testemunhas, deputados, ex-deputados, ocupantes e ex-ocupantes de cargos no governo estadual que teriam ligações com o esquema foram barrados pela base governista na Alesp.
Apenas três requerimentos foram aprovados convidando os deputados Major Olimpio e Roque Barbiere (PTB, autor das denúncias) e o ex-deputado Bruno Covas (PSDB), atual secretário estadual do Meio Ambiente.
Barbiere e Covas enviaram respostas por escrito e não compareceram ao conselho.
Campos Machado não soube dizer qual o teor do material que será enviado ao Ministério Público. Questionado por jornalistas, recorreu a ofensas acusando repórteres de fazerem perguntas “vergonhosas” e “cretinas”
“No meu partido não tem essa pressão moral”, admitiu Machado, aliado fiel dos sucessivos governadores tucanos desde a posse de Mário Covas, em 1995.
A investigação no Conselho de Ética terminou sem que o órgão cumprisse sua própria pauta. Quatro requerimentos da oposição foram ignorados e nem chegaram a ser apreciados.
A oposição reagiu com indignação.
“Isso é vexatório porque não existe absolutamente nada. Uma grande pizza será enviada ao Ministério Público”, disse o deputado João Paulo Rillo (PT).
O Conselho de Ética tinha como objetivo investigar as declarações feitas pelos deputados Barbiere e Covas sobre a existência de um esquema de venda de emendas na Alesp. Barbiere chegou a dizer que deputados agem como camelôs. Covas, que é pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, declarou em entrevista que foi procurado por um prefeito do interior que tentava lhe entregar R$ 5 mil referentes aos 10% de propina pela liberação de uma emenda de R$ 50 mil. Em vez de denunciar o caso ele teria encaminhado o dinheiro a uma instituição de caridade.
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