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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 25, 2011

Senado ouve jornalista inglês sobre Ricardo Teixeira e ISL/Globo

O jornalista inglês Andrew Jennings desembarcou no Brasil e, na quarta-feira, será ouvido no Senado.

Jennings tem denúncias que assegura poder comprovar, com documentos, sobre as participações de Ricardo Teixeira (presidente da CBF), João Havelange (ex-presidente da Fifa) e Joseph Blatter (presidente da Fifa) em contratos fraudulentos da empresa ISL.

 Jennings afirma que o trio esteve envolvido e recebeu propinas na época. Os documentos são guardados no tribunal de Zug, na Suíça, e a condenação foi mantida em sigilo porque, no último ano, os envolvidos devolveram as quantias recebidas.

 O jornalista afirma ter tido acesso aos documentos e diz poder provar que Teixeira e Havelange estiveram envolvidos na falência da ISL. (Do portal Terra)

Em tempo: A denúncia no tribunal de Zug teve início com o pagamento pela TV Globo do sinal de US$ 60 milhões à ISL pelos direitos de transmissão da Copa-2002. A ISL desviou este dinheiro para o paraíso fiscal de Liechtenstein (confira aqui).

PF inicia outra investigação sobre Ricardo Teixeira


O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Ricardo Teixeira, será alvo de uma segunda investigação por parte da Polícia Federal, sobre crimes financeiros.

O dirigente brasileiro já investigado por conta de um inquérito aberto no Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público. As acusações do MP apontam para um envolvimento de Teixeira, junto com seu irmão, Guilherme, em um esquema de lavagem de dinheiro, que incluiria a sua empresa Sanud.

Já o Ministério Público de São Paulo pede a investigação de Ricardo Teixeira sobre a aquisição de um avião particular junto a empresa Cessna. Na nota da compra, o valor desembolsado pela aeronave teria sido de U$ 1, menos de R$ 2.

O esquema ainda poderia incluir a TAM, parceira da CBF, que entraria ao tentar adquirir o avião, cedendo em troca um jatinho para Ricardo Teixeira. O complexo esquema ainda envolveria a empresa Brasil 100% Marketing, que teria adquirido o avião por R$ 17 milhões.
*osamigosdopresidentelula

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