'Jornal de Ontem', por Orlando Silva
Para mim, você é jornal de ontemJá li, já reli, não serve mais
Agora quero outro jornal assim
Que tenha fatos sinceros
E sublimes, emocionais.
*comtextolivre
Velha imprensa: de porta-voz da ditadura a porta-vez de bandidos
Na hora que se exige provas, as únicas provas que existem são exatamente o contrário: é o ministério que tem provas contra os picaretas, através de relatórios comprovando irregularidades, fraudes, e cobrando a devolução do dinheiro público.
Neste sábado, o ministério do Esporte teve que emitir 3 notas oficiais desmentindo os 3 principais jornalões e a revista Veja, cada um com uma denúncia fraca, ou só na lábia, ou com sinais invertidos (interpretando provas de honestidade como se fosse desonestidade).
1) Folha de São Paulo:
Ministério exige retratação do jornal.
O jornal pegou uma pauta, não apurou, e fez uma matéria de capa com acusações pesadas: afirma que um político do PP, apresentado apenas como pastor David Castro, acusa de receber pressões de alguém do ministério para pagar 10% ao PCdoB de um convênio de sua Igreja Batista Gera Vida.
Tudo baseado apenas na lábia, com inconsistências graves que nenhum jornalista sério publicaria sem apurar:
- David Castro, o suposto "denunciante" se recusa a apresentar o nome do suposto servidor que o teria pressionado, e nem mesmo informa o cargo que seria ocupado por esse suposto servido;
- O pastor e político do PP é cobrado pelo Ministério do Esporte para devolver dinheiro desviados;
- David Casto já responde ao Ministério Público Federal por irregularidades em convênio;
- O jornal afirma na capa que quem assinou o convênio foi o ministro. Não apurou. O ministério desmentiu.
- Se era para repassar ao PCdoB por que fazer convênio com político do PP?
O link da nota oficial completa do ministério do Esporte: http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7656
2) O jornal O Globo trouxe matéria “Esporte contrata ONG ligada a servidor da pasta”, pegando gancho no Estadão (abaixo). Eis o link da nota oficial do ministério: http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7657
3) O jornal Estadão divulgou desde ontem uma notícia que atesta a honestidade da mulher de Orlando Silva, mas deturpa como se houvesse algo errado.
O ministério do Esporte respondeu no link: http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7658
O ministério da justiça respondeu no link: http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ7CBDB5BEITEMIDDFC7CDDBE2484810957F7286818B9E57PTBRNN.htm
4) Revista Veja: Eis a íntegra da resposta do Ministério:
22/10/2011 às 20h19 - Resposta à edição de Veja de 22 de outubro*osamigosdopresidentelula
A Veja segue veiculando acusações caluniosas, sem provas, de uma única e desacreditada fonte: João Dias Ferreira, denunciado pelo Ministério do Esporte por desvio de dinheiro de convênios.
A revista repete, esta semana, a mesma prática. Na edição passada, editou na capa que o ministro teria recebido dinheiro na garagem do ministério, fato nunca comprovado. Agora, utiliza uma suposta gravação e cita supostos trechos, partes de frases, palavras isoladas, com o intuito claro de induzir os leitores.
Manipulação
A manipulação começa já na abertura da reportagem. A revista faz uma montagem e cola sobre uma foto do ministro a frase entre aspas: “ A coisa fugiu do controle”, declaração que o ministro nunca fez.
Providências
O ministro Orlando Silva determinou a imediata apuração das denúncias.
1 – O Ministério do Esporte vai requerer que essas supostas gravações sejam incorporadas ao inquérito aberto pela Polícia Federal;
2 – O Ministério do Esporte adotará os procedimentos administrativos cabíveis para apurar eventuais responsabilidades de servidores.
Insinuações e fantasias
Na edição desta semana, a revista faz nova calúnia. Afirma que assessores teriam ajudado João Dias a enganar a fiscalização do próprio ministério. Essa insinuação é primária e leviana.
O jornalista, de forma fantasiosa, se refere a “reunião ocorrida em abril de 2008” como tendo sido uma reunião “inexplicável, inacreditável e reveladora”. Essa reunião é assunto requentado e fartamente tratado ao longo da semana pelos jornais diários.
De forma também fantasiosa, a revista diz que quatro dias depois da referida reunião o ministério “enviou à PM/DF um documento pedindo que ofício anterior fosse desconsiderado”. Assunto também amplamente discutido na semana que passou.
A reportagem omite ofício (conhecido por Veja) encaminhado por João Dias, no dia 7 de abril de 2008, pedindo prorrogação de prazo para apresentar nova prestação de contas.
Veja informa de maneira imprecisa (“sobre a abertura de uma auditoria nos convênios’, esse teria sido o assunto do referido terceiro ofício segundo Veja”) sobre ofício enviado pelo Ministério do Esporte à PM/DF em agosto de 2009 quando foi determinada a abertura de Tomada de Contas Especial para a devolução de aproximadamente R$ 4 milhões por João Dias aos cofres públicos.
Quem está cobrando de João Dias é o ministério. Quem tem provas contra João Dias é o ministério.
Todas Tomadas de Contas Especiais para reaver dinheiro desviado de convênios foram abertas por iniciativa do Ministério do Esporte, como determina a lei. É importante ressaltar que o processo de tomada de contas obedece ao seguinte fluxo: (1) o Ministério, ao tomar conhecimento de qualquer fato que possa resultar em prejuízo do erário, promove a apuração dos fatos, identifica os responsáveis e quantifica o dano causado; (2) providencia a inscrição da inadimplência; (3) promove o registro dos causadores do dano ao erário na conta “DIVERSOS RESPONSÁVEIS” do SIAFI; (4) encaminha o processo à Controladoria Geral da União (CGU) para análise e manifestação; (5) retornando o processo com manifestação favorável da CGU emite pronunciamento do Ministro do Esporte atestando haver tomado conhecimento dos fatos e determinando a remessa do processo ao TCU.
Informações obtidas no site da CGU, relativas ao período de 2002 até junho de 2011, indicam que foram instauradas 12.001 tomadas de contas no âmbito da Administração Pública Federal, sendo que, desse quantitativo, 67 foram instauradas pelo Ministério do Esporte, representando R$ 50.443.649,57, o que corresponde a 0,56% do total de processos, e 0,73% do valor total de recursos cobrados. Portanto, a informação veiculada na matéria não corresponde aos números constantes no site da CGU.
A Veja chegou velha às bancas
Ao contrário do que diz a revista que “a presidente Dilma Roussef, desde o início do governo insatisfeita com o desempenho de Orlando...” na sexta-feira, 21 de outubro, em audiência com a Presidenta, o ministro Orlando Silva recebeu a recomendação de continuar trabalhando normalmente e ter paciência. Nesse ponto, também, a revista está desinformando os leitores. Veja chegou velha às bancas.
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