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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, novembro 04, 2011

O IMPERDOAVÉL TERROR DA TORTURA.


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– Me cago en Diiios...!!!

Ninguém conhece o nome do jovem estudante que pronunciou a blasfêmia. Nem mesmo quem ouviu a frase, o jornalista uruguaio Rodolfo Porley Corbo. Ambos estavam lado a lado, mas encapuzados, pendurados como gado numa cela do Comando Geral do Exército, em Montevidéu, num dia qualquer de 1977. O que impressionou o jornalista de 31 anos não foi o desabafo angustiado do jovem, mas a indignada reação do militar que comandava a tortura:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSYTyw-vn6JK02N-OTIOuJ33VfG_etQ6gz4UsUC_1o7rJNaSfV_aKpCG1KpVV3PLdLSPsf-4VZZoKRcaqhpsqPHPckl8AtMOlP2M3wWQP6GRM5ckb1RuqpNg9Bzz6v-4m0x2wqk5cHeyw/s400/Tortura.jpg 
A cena é talvez a lembrança mais marcante e surreal dos três anos e meio que Porley passou encarcerado em quatro estabelecimentos militares do país, somando 325 dias de prisão incomunicável, 149 deles vendado, paralisado pela dor, destroçado pela violência. Ao desembarcar na Suécia como asilado, em 1979, o jornalista foi recebido como “um embaixador perigoso dos vivos e dos mortos no cárcere”. Sua primeira entrevista em Estocolmo escancarou o perigo:
– En mi país gobierna el poder de la locura ciega. Son los brutos, asesinos y verdugos quienes gobiernan. Las cárceles de mi país están llenas. Lo que vemos ahora es la deformación de la propia vida.http://tecituras.files.wordpress.com/2010/09/inicio1.jpg
Não era  Num drama particular do país que tinha o melhor padrão de prosperidade econômica da região, o maior nível de educação do continente. Era uma tragédia coletiva, transnacional, das ditaduras que em apenas uma ou duas décadas rebaixaram, em absurda ordem unida, os cinco países do Cone Sul na segunda metade do Século 20. Eram as nações de maior expressão política e força econômica da região, onde hoje vivem mais de 250 milhões de pessoas, duas vezes e meia a população dos outros oito países e três territórios da América do Sul. .http://i56.tinypic.com/2hxa7at.jpg.sucessivas de governos militares afogaram a democracia e a razão durante quase um século de arbítrio. Foram exatos 92 anos somados de ditaduras que eram de um e eram de todos: Paraguai (1954-89), Brasil (1964-85), Chile (1973-90), Uruguai (1973-85) e Argentina (1976-83). Na quimera do combate ao pensamento, as ditaduras caçaram o suspeito de sempre: a palavra – expressão das vozes, território da cultura, pátria da liberdade. A palavra é sempre perigosa, porque alarga as fronteiras, os idiomas, as ideias, hasta las ideas ajenas. .A palavra ensina, mostra, revela, e por isso precisa ser escondida, aprisionada, silenciada. Em nome de sua santa cruzada contra a subversão, militares do Cone Sul conseguiram contrariar a lógica, inverter o pensamento, confundir a razão, subverter a palavra. A força da palavra, de repente, ficou encarcerada pela palavra da força. A força das ditaduras no Chile e no Uruguai conseguiu deformar pelo absurdo o significado de dois ícones da civilização: dignidade e liberdade. Dignidad era o nome de uma colônia agrícola, 300 km ao sul de Santiago do Chile,http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRDhOzP5jNwSaEa5ZAmE_BiGDVYd-plXJ6FIl25FFkJIbaCwtqJ45zk-g fundada nos anos 1960 por um ex-enfermeiro da Luftwaffe nazista, acusado de abuso sexual contra crianças. Ali, o Exército de Pinochet fabricava gás sarin e a repressão treinava agentes em técnicas de interrogatório e tortura. . 
Libertad era o maior presídio masculino do Uruguai, 50 km a oeste de Montevidéu, um depósito de gente onde mofavam 600 presos políticos espremidos num prédio lúgubre de cinco andares povoados por gritos, medo, sofrimento, dor. A ditadura daqueles tempos conseguiu a proeza de transformar Dignidad em sinônimo de tortura no Chile, conseguiu a façanha de tornar Libertad um endereço de prisão no Uruguai. Naqueles tempos, naqueles lugares, Dignidad e Libertad machucavam a carne, sangravam a alma. A ditadura, só a ditadura, tem a força para deturpar a palavra, para inverter o sentido moral das coisas, para converter o nexo das ideias no seu avesso. Na quimera do combate ao pensamento, as ditaduras caçaram o suspeito de sempre: a palavra – expressão das vozes, território da cultura, pátria da liberdade. A palavra é sempre perigosa, porque alarga as fronteiras, os idiomas, as ideias, hasta las ideas ajenas. A palavra ensina, mostra, revela, e por isso precisa ser escondida, aprisionada, silenciada. .nome de sua santa cruzada contra a subversão, militares do Cone Sul conseguiram contrariar a lógica, inverter o pensamento, confundir a razão, subverter a palavra. A força da palavra, de repente, ficou encarcerada pela palavra da força. A força das ditaduras no Chile e no Uruguai conseguiu deformar pelo absurdo o significado de dois ícones da civilização: dignidade e liberdadehttp://blog.clickgratis.com.br/uploads/c/comandodebusca/295289.jpg 
O DOI-CODI da rua Tutóia foi criado e administrado por um major de Exército oculto pelo codinome de “major Tibiriçá”, o nome mais temido da repressão militar brasileira. Nos 40 meses em que comandou aquele lugar, símbolo mais sangrento dos anos de chumbo do Governo Médici, o então major Carlos Alberto Brilhante Ustra amargou 502 denúncias de tortura, uma a cada 60 horas, e lamentou 40 mortes de presos políticos, uma por mês. Apesar disso, hoje aposentado e refém de seu passado, o coronel da reserva Ustra continua livre, solto, impune, como tantos outros covardes que de tão covardes, sequer tiveram coragem de se atolar nessa lama de sangue até o topete, o que facilmente os diferenciaria dos homens de bem que queriam demonstrar ser. Do Oiapoque ao Chui e do Acre à Paraíba, ainda há torturadores disfarçados de poetas, contando estórias de Trancoso para os netos.

Trecho da palestra de encerramento do XIV Congresso Internacional de Humanidades realizado na Universidade de Brasília (19-21/10/2011), proferida pelo jornalista Luiz Cláudio Cunha, publicada na revista Intercâmbio, da UnB.




Filme 'Jesus era um comunista' gera controvérsia nos EUA

Quando os tempos estão difíceis, parece que a religião volta a ficar popular. Enquanto o mundo está em turbulência, com os mercados econômicos parecendo entrar em colapso e o meio-ambiente degradado, Jesus volta a ser o centro da atenção.

O premiado ator Matthew Modine já participou de filmes de sucesso no cinema e de séries televisivas. No momento ele está envolvido nas gravações do novo filme sobre Batman. Entre uma filmagem e outra, ele produziu um curta-metragem de 15 minutos que mostra o filho de Deus como um líder socialista, oferecendo um argumento convincente em favor dos pobres.

Modine escolheu um título polêmico: “Jesus era um comunista”. Seu filme oferece uma discussão das mensagens do Novo Testamento no contexto da pobreza, da poluição e da agitação política.

Selecionado para participar de vários festivais de cinema em todo o mundo, a discussão que o veterano ator propõe já está chamando atenção. O movimento político direitista Tea Party tem usado a Bíblia como seu “cabo eleitoral e justificativa para mudanças na política”. Sites cristãos como o Truth Vanguard já fizeram pesadas críticas ao curta metragem.

O filme de Modine parece ter um endereço certo. Algumas semanas atrás, o movimento “Ocupar Wall Street” iniciou um debate sobre a relação entre os mais ricos e os mais pobres da sociedade. Rapidamente iniciativas similares se espalharam por vários lugares do mundo.

Vários meios de comunicação compraram a iniciativa com o início do Cristianismo, quando a igualdade entre todos os homens ajudou a desfazer a estrutura social do antigo Império Romano. Imediatamente líderes religiosos e teólogos começaram a debater o tema. Enquanto alguns apoiaram a ideia dizendo que Jesus estaria ao lado dos que ocuparam Wall Street, outros criticaram veementemente, afirmando que a revolução que Jesus queria nada tinha a ver com distribuição de renda.

Embora o filme não tenha sido exibido comercialmente, o site do filme traz a seguinte mensagem: “Sua revolução implicava em uma mudança dramática na forma como as pessoas pensavam. O pensamento progressista e liberal de Jesus se espalhou por todo o Império dominante. Sem exército e sem armas, Ele levou as pessoas a uma nova direção e uma forma mais humana de pensar, com sua filosofia de amor e perdão. Estas são as ideias defendidas neste exato momento pelos protestos em Nova York e por milhares de norte-americano através dos Estados Unidos”.

Falando sobre o curta, Modine explica: “Embora o título seja propositadamente provocativo, é importante às pessoas entenderem que o filme não é um ataque a Jesus ou à fé cristã e nem mesmo uma apologia ao comunismo. Trata-se de um filme com uma mensagem muito positiva, de responsabilidade e de esperança”.

Durante uma entrevista, no lançamento do filme semana passada, Modine foi mais longe: “O movimento Ocupar Wall Street não tem uma só voz, um líder. Essa é uma extraordinária demonstração de liberdade civil e de democracia. Mas acho que se houvesse um homem barbudo, de pés descalços falando sobre paz, liberdade, amor e virasse a mesa dos especuladores de Wall Street acabou ele seria crucificado pela mídia. O prefeito exigiria sua prisão. [Alguns meios de comunicação] iria incitar o ódio contra ele e declará-lo uma ameaça para o capitalismo”.

Vindo de uma família muito religiosa, o diretor explica porque os ensinamentos de Jesus o motivaram: “Estou preocupado com os eventos que ocorrem em todo o mundo. A população chegou aos 7 bilhões. Existe muita fome no mundo. Há escassez de água potável. A poluição ameaça o meio-ambiente. Vemos os dos resíduos nucleares. Mudanças climáticas em todo o mundo… Há tanta confusão, culpa e falta de responsabilidade no mundo de hoje. Muitas guerras e assassinatos usam como justificativa o nome de Deus. Não foi isso o que Jesus ensinou”

Confira um trailer do filme que curiosamente inicia com a declaração do teólogo brasileiro Dom Elder Câmara “Se eu dou comida aos pobres, eles me chamam de santo. Se eu pergunto por que os pobres não têm comida, eles me chamam de comunista”.

Mais informações sobre o filme no site www.jesuswasacommiefilm.com

Fonte: Notícias Gospel

*umpoucodetudodetudoumpouco

IRÃ VOLTA A AVISAR AO IMPÉRIO E SEU PIT-BUL NO ORIENTE, ISRAEL, SOBRE OS RÍSCOS DE UM ATAQUE AO PAÍS


O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta quinta-feira que seu país está preparado para o pior e advertiu os Estados Unidos sobre os riscos de um confronto com Teerã.



À margem de uma entrevista coletiva em Benghazi, leste da Líbia, Salehi foi questionado sobre informações da imprensa que indicavam uma eventual decisão dos EUA de acelerar o planejamento de um ataque contra o Irã por seu controverso programa nuclear.



"Lamentavelmente, os EUA perderam toda a sabedoria e prudência em termos de como abordar as questões internacionais", disse. "Eles perderam toda a racionalidade, nós estamos preparados para o pior, mas esperamos que eles pensem duas vezes antes de seguir para um confronto com o Irã".



Os EUA e outras potências ocidentais suspeitam que o Irã deseja fabricar armas nucleares, mas Teerã nega e afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos.



Em declarações publicadas nesta quinta-feira pela imprensa local, o chefe da Junta de Estado-Maior, general Hassan Firuzabadi, descartou um possível ataque americano ou israelense contra o Irã, e disse que os "EUA e o regime sionista sabem que se fizerem, sofrerão perdas enormes".



Segundo ele, um eventual ataque contra instalações nucleares no Irã teria graves consequências, e as forças iranianas estão preparadas para causar grandes danos.



Firuzabadi ressaltou que as Forças Armadas iranianas estão prontas para castigar quem fizer um movimento falso, em resposta a informações divulgadas na imprensa internacional sobre Israel e os EUA estudarem um possível ataque contra o Irã.



O alto comando militar também afirmou que um ataque dos países ocidentais contra o regime sírio de Bashar Assad, o principal aliado árabe do Irã, como o realizado na Líbia para derrubar Muammar Gaddafi, "colocaria fim à existência dos EUA e de Israel".



"Todos os muçulmanos do mundo se levantariam contra eles e não ficaria nada dos EUA nem da entidade sionista", disse Firuzabadi sobre um ataque militar da Otan, a aliança militar do Ocidente, à Síria. Para ele, os países ocidentais só falam de planos sobre o uso da força para "debilitar a posição do governo sírio, mas não seriam capazes de aplicá-los".

Otan descarta intervenção no Irã em resposta a programa nuclear

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O secretário-geral da Otan, a aliança militar do Ocidente, Anders Fogh Rasmussen (foto acima), pediu nesta quinta-feira que o Irã pare com seu programa de enriquecimento de urânio e descartou qualquer possibilidade da aliança participar de um ataque contra o país.

"A Otan não tem nenhuma intenção de intervir no Irã e não está envolvida na questão iraniana", ressaltou Rasmussen. Segundo meios de comunicação britânicos, tanto Washington como Londres estariam planejando uma possível ação militar pela preocupação crescente com as atividades nucleares de Teerã.


O secretário-geral disse nesta quinta-feira que a organização apoia "os esforços internacionais para buscar soluções políticas e diplomáticas ao problema do Irã" e pediu aos líderes iranianos que "cumpram as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e interrompam o programa de enriquecimento".


Nos últimos dias, também aumentaram as especulações em Israel sobre um possível ataque militar contra o programa nuclear iraniano, depois que vários jornais informaram que o assunto está sendo discutido pelo governo israelense.


Israel considera o desenvolvimento atômico iraniano como uma de suas maiores ameaças e um elemento desestabilizador de toda a região.


Segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 41% dos israelenses são a favor que seu país ataque o Irã, enquanto 39% estão contra e 20% não sabem responder.
 

MILITARES BRASILEIROS REUNIDOS PARA TRATAR DO PLANEJAMENTO DE COMPRAS PARA REAPARELHAMENTO DAS FORÇAS ARMADAS: DIANTE DO QUE ASSISTIMOS LÁ FORA, ESTÃO CORRETÍSSIMOS!



O amadurecimento de um plano estratégico de compras de longo prazo foi o que a plateia da Conferência Anual de Defesa pode perceber durante as apresentações do Exército e da Marinha. O evento aconteceu em Brasília, entre os dias 17 e 19 de outubro, e contou com a participação da nata das Forças Armadas e representantes da Indústria de Defesa, debatendo as perspectivas do Plano da Defesa Nacional.

“Não se pode mais contar com as chamadas compras de oportunidade” afirmou o consultor da Fipecafi, Bruno Pereira, que acompanhou os três dias do encontro. Pereira observou que o Exército e a Marinha demonstraram maior maturidade na avaliação de suas demandas futuras, “levando em conta aspectos como capacidade operacional e reconhecendo que o reaparelhamento das Forças envolve processos de compra muito complexos que devem ser bem planejados” explicou.

Durante a Conferência, o Exército e a Marinha apresentaram o perfil de equipamentos e serviços que pretendem adquirir futuramente. A lista inclui mais de 20 submarinos – incluindo seis nucleares – navios de diversos tipos e aeronaves. Só de aeronaves de interceptação e ataque serão 48, até 2047. Três tipos de navios patrulha também estão na lista. Ao todo serão 62 compras desse tipo de embarcação até 2030. Há ainda helicópteros, serviços e tecnologias das mais diversas áreas e outros equipamentos.

“Nosso plano é bastante ambicioso. Não se pode almejar a aquisição de tudo, mas priorizaremos o grupo de navios previsto no pacote do Programa de Obtenção de Meios de Superfície [ProSuper]”, disse o coordenador do Programa de Reaparelhamento e diretor geral de Material da Marinha Brasileira, contra-almirante Rodolfo Henrique de Saboia.o 
 
O BRASIL, COM O POTENCIAL INDUSTRIAL E TECNOLÓGICO QUE JÁ DISPÕE, PODE CHEGAR EM POUCAS DÉCADAS A UM EQUILÍBRIO REAL QUANTO A SUA NECESSIDADE DE DEFESA. PARA ISSO, BASTA QUE O GOVERNO DA PRESIDENTA DILMA E O PRÓXIMO, NÃO SE DESVIEM DESSA PRIORIDADE LATENTE.
 
O oficial citou também alguns objetivos pretendidos pelo Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, destinado a monitorar e controlar o espaço aéreo e marítimo brasileiro. “É uma oportunidade de recuperarmos e incentivarmos o crescimento da base industrial instalada, e de elevar o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação em nosso país, por meio da ampliação do fornecimento às forças Armadas”, concluiu o militar.

O general de brigada Walmir Almada Schneider, da 7ª subchefia do Estado Maior do Exército, apontou as aquisições pretendidas pelo Exército. “Temos de estar na fronteira dos conhecimentos relativos a quatro áreas: nanotecnologia, robótica, inteligência artificial e fusão de dados. Essa é uma realidade desafiadora vivida por todos os exércitos do mundo”.

Para Schneider, o aspecto humano é fundamental para o melhor proveito das tecnologias, principalmente do setor cibernético. “Queremos jovens com consciência situacional, capazes de assimilar com maior facilidade as tecnologias, porque a revisão do perfil dos nossos militares é contínua”, disse ao reforçar o peso que a informação terá para o “soldado do futuro” e para as suas condicionantes, em meio a fatores como a possibilidade de guerras cibernéticas.

Sobre a participação da indústria, o consultor da Fipecafi fez uma comparação com a realidade de outros países. “Em todo o mundo, a ampliação da Indústria de Defesa passa obrigatoriamente pela redução do número de laboratórios estatais e pelo aumento da participação da iniciativa privada em pesquisa e desenvolvimento” explicou. “A Indústria deve se adiantar e apresentar sugestões para as Forças, criando a demanda. A Indústria Nacional de Defesa deve ter uma postura proativa” concluiu Pereira.

A Conferência Anual de Defesa foi promovida pela Clarion Events,
Por: Marcelo Toledo

E O CARRÃO QUE KADDAFI PROJETOU? - HOLLYWOOD VAI TRANFORMAR EM NOVO ROTEIRO PARA SIR JAMES BOND?

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Você compraria um carro desenhado por Muammar Kaddafi?.Pois é:  o carro existe so que, a essas alturas dos acontecimentos, já deve ter sido embarcado numa nave cargueira - como 'troféu de guerra'  - no rumo da garagem de algum importante colecionador  ocidental, ou um museu de Chicago.
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O carro é um sedã quatro portas que o próprio Kaddafi afirmou ser o "mais seguro da Terra".

O carro foi mostrado em uma reunião da cúpula africana em 2009, onde foi também anunciada a intenção de fabricá-lo na capital líbia Trípoli. Os dados são escassos, mas foi mostrado com um motor V6 de 3,0 litros a gasolina.

O que o elevou ao carro mais seguro da Terra, de acordo com Kaddafi, são equipamentos, como os pneus que podem rodar furados por centenas de quilômetros e um sistema que corta o combustível em caso de incêndio (ou explosão).

Kaddafi participou ativamente do projeto do sedã, segundo afirmou Domenico Morali, presidente do estúdio Tesco TS SpA à BBC. O ditador teria desenhado o carro e pedido que ele fosse feito com materiais líbios, inclusive mármore, couro e tecidos.







Agora confira com o legítimo carrão de Sir James. O beduíno - dizem -  bateu um bolão...

Aston Martin V12 Vantage RS
Aston Martin V12 Vantage RS

Aston Martin V12 Vantage RS
Aston Martin's new design is to die for
Aston Martin V12 Vantage RS
With more than 400kW of power at the crankshaft,
the new Aston Martin concept car means business
Aston Martin V12 Vantage RS
Powered by a large V12 block, the new Aston
Martin V12 Vantage RS also has a sweet cabin
James Bond 007 Drives Aston Martin DBS
James Bond will once again drive an Aston
Martin in the new 007 film, due in late 2008
fonte icarros
 
 *militanciaviva

PSDB e aliados envagetaram o Escândalo das emendas

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbuiCK0pjmG4aDvQhOrHY_gNcCwBXDwyoJENhCA4soq5wfVDU9o7tuZ2ElRZ45WYyjR3DBkp-V1eNZGcfbrP0ekJn7gdxb0z80Sw6_B050k8g1aDryPNEeYdPyST2Rc0jixW0psPBVQVY/s1600/tucano_2.jpg

Depois de encerrar, na semana passada, a apuração sobre a denúncia feita por Roque Barbiere (PTB) de que deputados estaduais “negociam” emendas ao Orçamento, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa aprovou relatório sobre o caso que não cita ninguém nem conclui nada nas 16 linhas dedicadas à “conclusão”. O documento elaborado por José Bittencourt (PDT) foi aprovado por seis votos a dois e coloca fim na investigação do caso no âmbito do Legislativo – o Ministério Público (MP) ainda iniciará os trabalhos sobre a acusação.

O parecer de Bittencourt se limita ao conteúdo das reuniões do conselho, em sua maioria dominadas por bate-bocas entre aliados do governo e oposição. O colegiado não ouviu nem o próprio Barbiere – que enviou sua defesa por escrito – ou Tereza Barbosa, presidente de uma ONG que admite conhecer as táticas usadas pelos deputados para desviar verbas – ela teria sido sondada por alguns deles, conta. Contrários ao texto, os petistas Marco Aurélio Souza e Luiz Cláudio Marcolino apresentaram um parecer paralelo, que foi rejeitado.

Com a decisão, o documento será encaminhado ao MP. Será anexada ao relatório, ainda, a defesa por escrito do secretário de Meio Ambiente e deputado licenciado Bruno Covas (PSDB).Ele disse, em entrevista ao Grupo Estado, que teria recebido oferta de propina de prefeito em troca de emenda. Com a repercussão, recuou e afirmou falar em “exemplo”, não caso concreto. A única pessoa ouvida pelo colegiado foi outro deputado, Major Olímpio (PDT).

Membro da base governista, que desde o início tentou esvaziar a comissão, o presidente do Conselho, Hélio Nishimoto (PSDB), se disse triste com o desfecho das investigações. “Eu fiquei muito frustrado, porque, particularmente, esperava atuar diretamente em apurações sobre deputados que cometeram irregularidades”.

Já petistas criticaram a base por inviabilizar trabalhos e pediram CPI para evitar que a imagem da Casa fique comprometida. “Se a Assembleia está sendo humilhada, é por posição adotada consciente ou inconscientemente por parlamentares que impedem que ela cumpra seu papel constitucional”, disse o deputado e presidente estadual do PT, Edinho Silva.

“Eu só sou vassalo da minha consciência, e não da opinião dos outros ou da opinião pública”, disse Campos Machado (PTB). Para Bittencourt, a inexistência de caso concreto de venda de emenda justifica a decisão. “O que se apurou até agora foi uma denúncia que não se configurou”.JT
*osamigosdopresidentelula

Gás no Brasil, óleo nos EUA: é a Petrobras

A Petrobras, de tanta pancada que leva, resolveu adotar o famoso “low profile” nas suas conquistas. Até porque, na exploração de petróleo, entre achar e explorar vai muito tempo e só depois os resultados aparecem.
Mas ela tem de cumprir o dever de comunicar formalmente descobertas, e só hoje anunciou duas: gás natural no bloco BM-S-11, no Espírito Santo , a 980 metros de lâmina d´água e 2.600 metros de profundidade e petróleo no Golfo do México, e petróleo área  na de concessão Walker Ridge, localizada em águas profundas (2.300 metros) na porção norte-americana do Golfo do México.
E isso porque a imprensa não deu muita bola para as recentes descobertas em Sergipe, de óleo de altíssima qualidade. É por isso que eles ficam loucos para que saia o leilão das áreas localizadas  ao largo do litoral nordestino, que hoje só é explorado em águas rasas, mas pode ter muito mais petróleo nas porções mais afastadas.
*Tijolaço

"Bloco Democrático Reformista" sofre outra derrota no Supremo

Lei que permite reajuste do mínimo por decreto até 2015 é constitucional, decide STF
Bloco Democrático Reformista
DEMo - PSDB - PPS

Brasília – A lei que permite ao Executivo reajustar o salário mínimo por decretos entre 2012 e 2015 é constitucional, decidiu esta tarde (3) o Supremo Tribunal Federal (STF). Por maioria de 8 votos a 2, os ministros rejeitaram a ação protocolada em conjunto pelo PPS, PSDB e DEM em março. Os partidos pretendiam derrubar a lei, que entrou em vigor em fevereiro, por entenderem que a Constituição determina que o mínimo seja fixado apenas por lei.
O Advogado-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, defendeu que a lei estabelece apenas um comando para o Executivo. “O que se pretende não é absolutamente delegar ao Executivo a fixação de salário mínimo, mas tão somente determinar ao presidente que, mediante ato administrativo, declare, publique esse valor já fixado, segundo critérios estabelecidos em lei”, disse Adams, lembrando que essa é uma forma transparente de comunicar a política de reajuste do salário mínimo.
O advogado das legendas, Renato Campos, destacou que as questões que permeiam o reajuste do mínimo são imponderáveis e que o Congresso Nacional é o único espaço adequado para discussão política sobre o assunto. “Não pode isso ser reduzido a uma questão de mera equação aritmética”, defendeu, lembrando ainda que a Presidência só poderia determinar reajustes se o Congresso lhe delegar essa função.
Em seu voto, a relatora da ação, ministra Cármen Lúcia, seguiu as ponderações da AGU, entendendo que a Presidência da República não fixará valores por meio do decreto, apenas seguirá aplicação aritmética dos índices já fixados pelo Congresso Nacional. “Tal decreto não inova a ordem jurídica, tão somente aplica a lei tal como ditado para cada período”, disse a ministra, refutando que a lei abre espaço para abuso no poder de regulamentar do Executivo.
Os únicos votos contrários foram dos ministros Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello, que defenderam atuação prévia do Congresso Nacional na fixação dos valores. “O Congresso não pode apear do poder de tratar a matéria. A Constituição quer a participação anual do Congresso Nacional. Por um ato do presidente toda a Federação será atingida, e toda a economia”, disse Britto ao abrir a divergência. Já Marco Aurélio criticou a “inapetência normativa do Congresso”.
Apesar de ter votado a favor da lei, Gilmar Mendes também destacou sua preocupação com a extrapolação de limites quando os Poderes tratarem do assunto futuramente. “Eu tenho medo que o Congresso passe a aprovar esse tipo de delegação para 2020”, disse o ministro.
Débora Zampier
*Agência Brasil

Charge do Dia

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"As mulheres só não dominaram o mundo jááá,
porque ainda estão tentando decidir
a roupa certa para a ocasião"
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Vergonha brasileira


Sanguessugado do Carta Capital

Enquanto Argentina e vizinhos sul-americanos julgam e condenam agentes do Estado responsáveis por crimes durante a ditadura, País opta por esquecer seus torturadores. Foto: Ag. O Globo
A ironia preenche as entrelinhas de uma das manchetes do site do jornal argentino Página 12 na quinta-feira 27. O curto texto sobre o Brasil manda uma mensagem direta: “estamos à frente”. O parágrafo diz: “No mesmo dia em que a Argentina condenava os repressores, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, conseguiu aprovar no Senado a criação de uma Comissão da Verdade para investigar as violações de Direitos Humanos ocorridas na última ditadura militar (1964-1985). O grupo especial poderá determinar responsabilidades, mas não terá como levar os possíveis acusados perante à Justiça, pois uma Anistia ratificada em 2010 pelo Supremo Tribunal ampara os torturadores.”
O ácido sarcasmo da mídia argentina em relação ao Brasil, geralmente direcionado a rixas futebolistas, é de fato plausível. O país conseguiu aquilo que nossos ativistas de Direitos Humanos, ex-perseguidos políticos e parte da sociedade brasileira almejam: o julgamento de agentes do Estado responsáveis por crimes contra a humanidade no período ditatorial.
Eleito presidente pelo voto direto em 1983, após a queda do regime autoritário na Argentina (1976- 1983), Raul Alfonsín suspendeu a autoanistia dos militares. Seu governo julgou a Junta Militar e condenou a cúpula da ditadura à prisão, mas não resistiu a pressões políticas e sancionou duas novas leis de anistia.
No entanto, oito anos após derrubar essas mesmas leis, a Justiça do país condenou à prisão perpétua, na quarta-feira 26, 13 ex-militares e outros três agentes a mais de 18 anos de detenção. Eles foram julgados por crimes cometidos pela Escola de Mecânica da Armada (Esma) durante a ditadura contra 86 pessoas.
O veredito, transmitido ao vivo pela televisão e em um telão próximo ao tribunal em Buenos Aires, mandou para a prisão o ex-capitão Alfredo Astiz, de 59 anos, o “anjo loiro da morte”, e o ex-capitão de corveta Jorge “Tigre” Acosta, inventor do atroz “voo da morte”, no qual prisioneiros políticos eram atirados sobre o Rio da Prata ou no oceano ainda vivos.
Enquanto isso, as Forças Armadas brasileiras ainda relutam em reconhecer sequer a existência de crimes contra a humanidade durante a ditadura e manifestam-se de forma arredia contra iniciativas capazes de punir agentes do Estado responsáveis por tais violações. Com isso, a imagem da instituição e do Brasil seguem arranhadas junto aos cidadãos e à comunidade internacional, pois países vizinhos agem para esclarecer os crimes do período em seus territórios.
O atraso brasileiro gerou críticas da organização de Direitos Humanos Anistia Internacional em um relatório divulgado em maio deste ano. Além disso, o Brasil foi condenado em 2010 pela Organização dos Estados Americanos (OEA) por não investigar os crimes cometidos pelo regime militar na repressão à Guerrilha do Araguaia na década de 1970.
A negativa do País em condenar criminalmente agentes do Estado envolvidos em violações dos Direitos Humanos no período integra uma série de particularidades do Brasil sobre o assunto, aponta a cientista política e pesquisadora da Unicamp, Glenda Mezarobba, autora de Acerto de Contas com o Futuro – A Anistia e suas Consequências: Um Estudo do Caso Brasileiro (Humanitas, 272 págs., R$ 28,00). “A Justiça reconhece o crime e a sua responsabilidade na esfera civil. Oferece reparações, mas não identifica o agente das ações. Isso é peculiar.”
Segundo a especialista, doutora pela Universidade de São Paulo com uma tese abordando as posições de Brasil, Argentina e Chile sobre crimes de militares na ditadura destes países, a configuração da Justiça brasileira também é responsável pelo atraso nacional neste quesito. “Na Argentina e Chile, as vítimas podem entrar na Justiça para responsabilizar os agentes do Estado envolvidos, mas no Brasil precisamos da abertura do caso pelo Ministério Público”, destaca. “Na época da ditadura, o MP estava alinhado aos militares. Depois dela, não se movimentou a respeito.”
A legislação brasileira apresenta ainda mais empecilhos para solucionar esses crimes. “Somos pouco permeáveis à jurisprudência, tratados e acordos internacionais, que, de modo geral, possibilitam alguma responsabilização por crimes contra a humanidade, por exemplo.”
Além disso, a cientista política aponta que, enquanto a Argentina rechaçou suas leis de anistia, o Brasil fez um movimento para conseguir esse recurso na legislação, o que também dificulta o seu questionamento. “É obvio que o teor da lei brasileira tem o tom desejado pelos militares, mas a tramitação no Congresso, o debate e as propostas de emendas, embora não aceitas, proporcionam alguma legitimidade.”
Em 2010, o STF considerou a Lei da Anistia constitucional. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Esse engajamento popular foi inclusive utilizado como justificativa para a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em considerar a lei constitucional em 2010. Na época, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) questionou a validade da anistia para agentes estatais que praticaram tortura, pedindo que o artigo 1º da Lei 6683 não incluísse agentes públicos autores de crimes como homicídio e desaparecimento contra opositores do regime.
A pesquisadora da Unicamp, porém, defende que a decisão do STF não impossibilita o julgamento de torturadores. Segundo Mezarobba, o Judiciário ainda interpreta a lei com a visão desejada pelos militares e isso impede que a mesma seja testada pelo Ministério Público. “Apenas recentemente estão surgindo algumas iniciativas isoladas no Rio Grande do Sul e em São Paulo para tentar definir os responsáveis por alguns crimes durante a ditadura.”
Wálter Maierovitch, jurista e colunista de CartaCapital, discorda da pesquisadora e explica que essa discussão se encerrou com o posicionamento do STF. “Está aí o grande problema da Comissão da Verdade, que vai realizar uma apuração e não poderá fazer mais nada.” No entanto, o ex-desembargador aponta que a Corte Interamericana de Direitos Humanos considera a lei brasileira de anistia ilegal por ser um autodecreto militar.
Em 2010, o STF também alegou não poder alterar e reescrever a Lei da Anistia por esta ser uma função do Legislativo. Por isso, os deputados Luiza Erundina (PSB-SP) e Chico Alencar (PSOL-RJ) apresentaram propostas de revisão da lei no Congresso. Contudo, uma decisão semelhante à ocorrida no Parlamento uruguaio, que derrubou na última semana a prescrição de crimes cometidos durante a última ditadura militar (1973-1985), parece distante no Brasil. As propostas dos parlamentares foram rejeitadas no final de setembro pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Os projetos ainda estão em tramitação e vão passar pela Comissão de Constituição e Justiça antes de ir a plenário. Contudo, o revés ocorrido poucos dias após a aprovação da Comissão da Verdade na Casa dificulta a transformação em lei.
Por outro lado, a Comissão, que aguarda a sanção de Dilma Rousseff para entrar em vigor, é a aposta do governo no esclarecimento de fatos durante o período ditatorial. No entanto, não há a possibilidade de punir agentes do Estado envolvidos em violações dos Direitos Humanos.
Mesmo assim, houve atrito com os militares que pressionaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para alterar o texto original da proposta em 2010. A corporação não ficou satisfeita com o termo “apurar violações de direitos humanos praticadas no contexto da repressão política”. Após pressão, houve uma alteração para “violações praticadas no contexto de conflitos políticos”.
Desta forma, segundo os integrantes da caserna, a comissão investigaria também militantes de grupos armados, por exemplo. Este, diga-se, não foi o único desalinhamento do governo com os militares. Em 2009, o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os três comandantes das Forças Armadas ameaçaram deixar os seus cargos devido à possibilidade da revisão da Lei da Anistia.
O comportamento dos militares e de alas mais conservadoras da sociedade brasileira reflete uma máxima irreal de que não é possível punir apenas agentes do Estado por crimes durante o regime autoritário, pois grupos de oposição e civis também praticaram atos de resistência violentos.
Mezarobba é, porém, enfática ao questionar os defensores deste argumento. Para a cientista política, não há como desconsiderar que inúmeros prisioneiros políticos e opositores de grupos armados cumpriram penas por seus atos. “Milhares de documentos nos arquivos da Unicamp mostram processos que tramitaram no Supremo Tribunal Militar. Essas pessoas foram processadas, condenadas e cumpriram pena com base em uma lei completamente arbitrária”, diz. E aponta: “Os militares envolvidos na repressão jamais foram condenados criminalmente.”
Posições quase opostas 
Para pesquisadora, a ditadura conseguiu emplacar e manter a ideologia do esquecimento. Foto: Marcello Casal JR/ABr
A pesquisadora também destaca outros fatores que acentuam a diferença nas políticas adotadas por Brasil e Argentina sobre o tema. “No Brasil, os exilados retornaram com a preocupação de fazer política, criar partidos e disputas eleitorais. Abandonaram a luta pela solução dos crimes da ditadura.”
Além disso, os argentinos possuíam um movimento de Direitos Humanos bem estruturado antes do regime militar, ao contrário do Brasil, explica. Esses grupos ganharam força no País apenas na luta pela anistia, que também envolvia a redemocratização, o fim das torturas e a condenação de responsáveis por estes crimes. “No entanto, por algum motivo peculiar a palavra de ordem vira anistia, que significa esquecer, perdoar. Enquanto isso, Argentina e Chile utilizam como bandeira a justiça.”
Apesar de adotar uma política de “não confrontar o passado”, o Brasil é pego em mais uma de suas “particularidades” ao ser capaz de reconhecer participantes de regimes autoritários de países vizinhos. Prova disto são as extradições de militares supostamente envolvidos em violações de Direitos Humanos na América do Sul.
Em 2010, o País extraditou para a Argentina o militar Manuel Juan Cordero Piacentini, um uruguaio acusado de perseguir opositores da ditadura no continente nos anos 70. Além dele, o militar argentino Norberto Raúl Tozzo foi enviado de volta a sua nação na última semana, onde deve responder pela participação no fuzilamento de 22 presos políticos em 1976.
Uma prática de extermínio comum na Argentina, país marcado pela mais violenta ditadura da América do Sul. De acordo com estimativas de ONGs argentinas e internacionais, 30 mil civis foram mortos durante o período militar, cinco mil deles pelas mãos da Esma.
Enquanto isso, uma aula de preparação do Ministério da Educação aponta em 384 os desaparecidos políticos ou mortos pela ação de agentes do Estado entre 1964 e 1985 no Brasil. Contudo, segundo ONGs e levantamentos de associações de parentes de vítimas da ditadura, o número pode ser maior. “Temos mais esquecimento que a Argentina nesta luta”, diz Mezarobba.
Para a pesquisadora, esse é um dos “méritos” do regime militar brasileiro e de João Figueiredo. Ao enviar ao Congresso o projeto da Lei da Anistia, quiseram a pacificação das famílias e o fim das lembranças, mas o principal objetivo era, claro, blindar os integrantes da caserna de punições. “Essa jogada conseguiu capturar corações e mentes e até hoje faz o mesmo seguindo a lógica da ditadura.” Cabe aos brasileiros livrar-se dela.

Libertação dos Povos da Patologia do Poder

“Somos a maioria, somos 99%, controlados doentiamente por 1%; somos a força e o verdadeiro poder (divino) sobre a Terra. Tenham esperança, seremos livres brevemente.”
A Libertação dos Povos – A Patologia do Poder, pág. 24, Norberto R. Keppe, Nova York, 1986
À medida que o Movimento Occupy ganha força como símbolo de indignação dos 99%, a análise de Keppe sobre a patologia do poder (escrita e publicada em 1986) nunca se tornou tão relevante.
Nós, da Associação STOP a Destruição do Mundo (www.stop.org.br ) temos trabalhado próximos com dr. Keppe por muitos anos para trazer consciência das causas profundas da destruição da natureza e da sociedade humana. Agora, neste tempo crucial de nossa história, nós gostaríamos de reintroduzir o monumental trabalho keppeano como fonte de pesquisa para todas as pessoas de mentalidade livre que buscam uma sociedade mais justa, equilibradae igualitária.
Sinta-se livre para:
- Imprimir este document e entregar a quem quer que você ache que deveria lê-lo (use a brochura)
- Difundir isto na sua rede social (use no email)
Não é possível construir uma verdadeira sociedade sem conhecimento da ciência da psico-sócio-patologia (doença psíquica e social do ser humano), pois é seu desconhecimento que gera todos os problemas da humanidade.
O caminho para uma sociedade melhor (autêntica) está aqui. Nós sentimo-nos honrados em unir você a este nobre propósito.


CONVOCAÇÃO

Queremos convocar todos os indivíduos práticos, todos os que têm idealismo e dinamismo, os que acreditam no bem, na verdade e no belo, para que se unam, para que possam construir um novo mundo, uma nova sociedade, o verdadeiro Reino Humano sobre a Terra, a fim de que consigamos trabalhar para nós mesmos e desfrutar o que o Criador nos legou, e até agora nos foi privado, pelos que detiveram o poder econômico-financeiro em suas mãos. Chegamos a um tempo decisivo, no qual não é possível mais continuar alimentando os indivíduos mal-intencionados, que se apoderaram do planeta, organizando uma ordem social só para eles — dando-nos algumas migalhas, quando sua situação periclita, ou eles são obrigados a fazê-lo.
Se o leitor perceber, estamos solicitando a todos, para que possam realizar a maior de todas as “revoluções” que a humanidade teve. Estamos convocando-os para desvirarmos a sociedade da inversão em que está, e a colocarmos em seus devidos pés — porque não queremos mais ser buchas para canhões, dos poderosos, pilotos para os seus aviões de morte, motoristas para os seus tanques de guerra, que espalham a morte e a destruição. Queremos viver a vida; queremos produzir para nós e nossos irmãos; queremos viver em paz com todos. Mas, ainda, não poderemos permitir que continuem nos usando e matando, jogando classe contra classe, povo contra povo, profissão contra profissão; estamos dando um basta a isso tudo, porque desejamos viver agora em um período de paz, como queríamos, e sempre nos foi negado.
Sei que a maior parte dos que estão no poder não têm consciência, de como são opressores e inimigos do ser humano: capitalistas, marxistas, empresários, religiosos não têm ideia de que navegam em um barco errado — temos de mostrar-lhes seus enganos para que os que têm boa intenção desistam de tal caminho, e se unam neste trabalho. Os que forem contra o bem social serão pouco a pouco neutralizados. Se vocês me perguntarem como realizar tal empresa, eu lhe responderei que, finalmente, encontramos um caminho para esta libertação; é o que estamos expondo neste livro.
Gostaríamos de convocar todas as pessoas que se sentem exploradas — professores, operários, funcionários públicos, comerciários, vendedores, artistas — para que se unam, a fim de realizar finalmente uma sociedade de justiça sobre a face da Terra. Para isso, temos os seguintes pontos de vista:
1º. A propriedade privada, nas dimensões em que existe, é um erro. O planeta foi criado para todos os seres humanos, e não para um grupo que o explora e lesa, impedindo que todos tenham o seu quinhão.
2º. O ser humano não nasceu para ser escravo do dinheiro, mas para exercer uma atividade em benefício de toda a coletividade, e para ele mesmo, como decorrência.
3º. Temos de conscientizar que as instituições foram criadas para beneficiar apenas pequenos grupos, explorando os seres humanos, impedindo-os de se desenvolverem.
4º. As famílias devem servir, e não usar a sociedade para fornecer-lhes todas as vantagens, como acontece com os grupos famosos, economicamente.

PROPOSTAS


Para evitar que tais fatos continuem acontecendo, propomos o seguinte:
1º. Todas as organizações econômicas pertençam a todos os que trabalham nela, formando-se empresas comuns a todos.
2º. Cada um ganhe conforme o valor de seu trabalho, e não de acordo com o capital que possui na organização.
3º. Formação de sociedades (trilógicas) que possam dominar as pessoas e os grupos de exploração.
4º. Eliminação gradativa das grandes propriedades privadas, como único meio de se ter paz entre os homens, e uma vida sem angústia — a fim de que todos tenham suas propriedades menores. A Terra é suficiente para a humanidade, desde que alguns não se apossem dela demasiadamente.
Existem vários tipos de dificuldades, para que o povo tome as rédeas de seu destino:
1) quem tem o poder, não está disposto a abandoná-lo;
2) todas as pessoas que tentaram modificar o status quo foram sacrificadas (Cristo, Sócrates, Martin Luther King);
3) a sociedade foi organizada com leis que favorecem os donos do poder econômico-financeiro, por isto elas têm de ser mudadas;
4) Mas acredito que a maior dificuldade entre todas tem sido a inexistência de uma ciência, que explicasse esse fenômeno social. Penso que agora a temos; é só usá-la. O ser humano sempre teve ideia de que bastava mudar algumas coisas que a humanidade melhoraria. Não é nada disso, teremos que alterar praticamente tudo, para que alcancemos  o bem-estar que temos direito de usufruir — deverá ser uma transformação básica, total.
Parece que tudo está errado; nesta hora de transformação total, necessitamos de pessoas de grande coragem e valor, para enfrentar o mundo, até desvirá-lo. No começo, serão algumas que se habilitam mas, pouco a pouco, o seu número aumentará, até que cheguemos à realização total — porque o que é certo e bom é símbolo do que é eterno, como a vida. E desejamos ser livres, como é o Criador; queremos usufruir dos céus, mares, construir um jardim, para viver, e não conseguimos. Por quê? Porque herdamos uma estrutura econômico-social absolutamente inimiga nossa. Até este momento foi assim, mas poderemos modificá-la. Você quer mudar tudo isso, para conseguir viver bem, ou deseja continuar na velha ordem de exploração humana? Acredito que possuindo uma sã consciência (como se costuma falar), pessoa alguma aceita permanecer nisso; pelo menos, desde a década de 1960, o número de jovens que se afastaram deste tipo de sociedade é grande. Não é melhor modificar a sociedade, do que continuar com essa retirada? Gostaria que todos soubessem que podemos realizar um paraíso desta nossa vida, porque temos possibilidade de fazê-lo atualmente, pois não nascemos para o opróbrio, para a doença, e a infelicidade, mas para o bem-estar e a alegria.
A luta pela liberdade atingiu o seu mais alto ponto no período da Revolução Francesa, da Independência Americana e na elaboração da Constituição dos Estados Unidos da América; nessa ocasião Immanuel Kant derramava lágrimas de gratidão vendo a luta do povo francês, e cada pessoa, que presencia tais acontecimentos ou lê a respeito, passa por uma onda de entusiasmo. No entanto, o que vemos agora é um outro tipo de escravidão, provavelmente muito pior, porque envilece, não só o corpo como a alma, porque impede que se o ser humano desenvolva sua inteligência e sentimentos, e o obriga a passar a sua vida de forma inteiramente animal. A escravidão do poder econômico é muito mais sutil, porque tem o poder de corromper a mente de cientistas e alienar o homem destruindo a própria civilização.
Estamos no momento exato de convocar o povo de todas as nações para evitar total fracasso do gênero humano, se continuarmos por este caminho — e o grande passo que temos de dar é reconhecer a origem principal desse problema, para resolvê-lo. Esta é a intenção deste livro e o empenho de minha própria vida.

PLANO DE AÇÃO


Acredito que é fundamental o povo tomar uma atitude, para não acontecer que as descobertas deste livro permaneçam no campo teórico. Para isso, proponho o seguinte plano de ação:
1. Formação de grupos de pessoas, para estudar a questão da escravização do povo, sob o poder econômico-financeiro.
2. Difusão deste assunto a toda a sociedade, principalmente às organizações e aos líderes sociais.
3. Formação de empresas trilógicas (veja explicação na última página), isto é, de corporações, lojas e de produção agrícola com a finalidade de fornecer lucro aos que trabalham nelas.
4. Organização de sociedades trilógicas, ou melhor, de um tipo de vida comunitário, mais moderno, prático e econômico. Nota: Estas organizações constam no final deste livro, em detalhes, mostrado para que servem, e como formá-las.
5. Temos de iniciar este trabalho pelos setores que mais exploram a população, ou seja, pelo comércio e negócios, estabelecendo uma ponte justa com os agricultores e industriais.
6. A medida que as empresas trilógicas forem sendo suficientes para atender às necessidades do país, o povo deve sabotar todas as outras organizações que o exploram.
7. Vigiar constantemente os políticos que estão ligados aos poderes econômicos, para não permitir que eles coloquem seus interesses, acima dos altos ideais da nação.
Observação: É importante conscientizar os indivíduos encarregados da repressão social (policiais) para não se colocarem ao lado do poder econômico-social, em detrimento do povo.
8. Incentivar todos os indivíduos bem-intencionados, os verdadeiros líderes a agir para o país conseguir atingir o seu grande sonho de igualdade e liberdade.
9. É importante que os 2/3 da população, que é formada por pessoas normais, produtivas e idealistas, se ponham neste tipo de ação que, em poucos anos, transformaremos toda a face da Terra.
NOTA FINAL: O nosso trabalho deve se basear na não violência. Deixemos que os indivíduos da maldade (os poderosos da economia) feneçam em seu próprio ódio.
Norberto R. Keppe
Libertação dos Povos – A Patologia do Poder, Editora Proton, Nova York, 1986

ECONOMIA E EMPRESAS TRILÓGICAS

Norberto R. Keppe, psicanalista, filósofo e cientista social traz em seu livro A Libertação dos Povos (NY 1986) uma nova dialética para a economia e trabalho. Sua visão do Trabalho e do Capital é a seguinte:
1) O fim da especulação: o capital sendo resultado do trabalho tem de estar subordinado à este  (trabalho) e não como é feito na dialética atual, onde capital “gera” capital. Os juros precisam acabar.
2) e o fim da exploração: é essencial para a dignidade do ser humano que ele seja “proprietário” de seu trabalho e dos frutos dele. O emprego, como é hoje, é imoral, pois escraviza o ser humano obrigando-o a passar sua existência trabalhando para enriquecer uma minoria de indivíduos detentores de um poder doentio.
•    Nem socialismo
•    Nem capitalismo
•    Mas uma terceira via independente e totalmente nova
Oferecendo soluções práticas para os problemas dos indivíduos e do tecido sócio-economico das classes produtivas, esta proposta de empresa é diferente de modelos comunistas e capitalistas.
Através dela, o poder do dinheiro é substituído pelo do trabalho e realização. Diversas empresas trilógicas já foram organizadas desde 1985, nos EUA, Europa e Brasil e fornecem um estilo de trabalho e ganho superior ao da média da sociedade.
Keppe desenvolveu estas descobertas nos Estados Unidos onde foi vítima de perseguições múltiplas, orquestradas por autoridades e poderes sócio-econômicos internacionais que tentaram brecar o seu trabalho.
Essa perseguição culminou com a sua prisão e de sua assistente Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco, em 1988, em New York, com a tentativa de assassinato por envenenamento dentro da prisão (MCC) e confisco de todos os seus bens e manuscritos.
Hoje, com 84 anos, Keppe continua seu trabalho em São Paulo acompanhado de um grupo internacional de seguidores que aplicam suas ideias em suas próprias empresas. Mais recentemente unificou a sabedoria da metafísica antiga com a ciência moderna resultando no livro A Nova Física da Metafísica Desinvertida. Baseados em suas teorias, um grupo de engenheiros da Associação STOP a Destruição do Mundo desenvolveram o Keppe Motor – uma tecnologia de motores, altamente sustentável, capaz de economizar até 15 vezes mais que os motores convencionais.
Realização:
STOP a Destruição do Mundo