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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 08, 2011

Chávez: Algo extraño está pasando con la salud de líderes progresistas de América Latina


Hugo Chávez hoy en Venezolana de Televisión.
Hugo Chávez hoy en Venezolana de Televisión.
El presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez, reflexionó este domingo sobre las afecciones de salud que aquejan a algunos mandatarios de tendencia progresista en América Latina.
“Que cosa tan extraña esto que está pasando en América Latina con algunos líderes progresistas. Murió Kichner. Luego el cáncer de Dillma (Rousseff), el de (Fernando) Lugo, de Chávez, y ahora de (Luis Inácio) Lula”, expresó el dignatario durante un contacto telefónico con el programa Kiosco Veraz que trasmite Venezolana de Televisión.
Añadió que luego que fuera anunciada la noticia del cáncer que padece el expresidente brasileño, han surgido algunas especulaciones sobre esta terrible coincidencia, -aunque sin base científica-, que sugieren una conexión con algunas acciones imperialistas.
Expresó, al respecto, que actualmente está leyendo un libro del escritor venezolano Luis Brito García, que hace referencia a los más de 900 atentados del Gobierno de Estados Unidos contra el líder cubano Fidel Castro.
El texto también recuerda que el año pasado, el mandatario ecuatoriano, Rafael Correa, “escapó de milagro” de morir. “Y contra Chávez no se sabe cuántos (atentados) hubo”, expresó.
Comentó, asimismo, la extraña muerte del líder palestino, Yasser Arafat, por causa de un misterioso desorden en la sangre y la suposición de que el Mossad (agencia de inteligencia israelí) le haya administrado talio, tóxico empleado como rodenticida, para provocar su deceso.
Sin embargo, Chávez advirtió que todo lo afirmado “sólo son especulaciones”. “No vayan a decir de inmediato por el mundo, que yo estoy acusando a alguien del cáncer que me dio, o del que le llegó a Lula (…) No tengo ninguna razón para afirmar nada al respecto”, sostuvo.

ASESINATOS COMO POLÍTICA DE ESTADO

Chávez mencionó, además, otros datos que demuestran que Estados Unidos ha utilizado a lo largo de su historia el asesinato como política de Estado.
Recordó que la Agencia Central de Inteligencia estadounidense (CIA) asesinó en Vietnam a más de 23.000 presuntos miembros del Vietcom y en el año 1965, a medio millón de supuestos comunistas en Indonesia.
“Hace pocos días, Barack Obama proclamó el genocidio en Libia como el modelo de las relaciones internacionales, y dijo que ‘casi lloró de emoción’ cuando vio el asesinato de Gadaffi”, expresó Chávez.
A juicio del mandatario, ahora EE.UU tiene la vista puesta en Siria, Irán, Venezuela y sobre los nuevos liderazgos de América Latina.
Finalmente, expresó que ha recomendado a Evo Morales, Daniel Ortega y otros presidentes “que se cuiden mucho”. “No es que vamos a andar ahora con una obsesión o una manía persecutoria, pero es verdad, el asesinato ha sido utilizado por el Imperio desde hace mucho tiempo como política de Estado”, puntualizó el presidente Hugo Chávez.
(Con información de Correo del Orinoco)
*Cubadebate

Alguem viu FHC no conflito da maconha dentro da USP?

Parece que progredíamos em termos da compreensão da mecânica do crime organizado e que, finalmente, gente conhecida, com poder de influenciar a opinião pública e os políticos, assumia posições novas mostrando as conexões existentes entre os rigores punitivos das leis antidrogas, no que respeita ao consumo da maconha, e os crimes de extorsão e de colaboração com o tráfico perpretados pelo aparelho policial.
Fernando Henrique foi uma dessas figuras com notoriedade que levantaram a bola sobre o assunto. Deu entrevistas, escreveu artigos e até protagonizou um documentário em que condenava o arcaísmo das leis e a contribuição que davam aos sempre crescentes índices de criminalidade nas grandes metrópoles brasileiras.
O arejamento da discussão sobre o tratamento que deveria ser dado ao usuário da maconha criou condições para que os jovens saíssem às ruas para levantar as mesmas bandeiras, a ponto de forçar o Superior Tribunal Federal a considerar legais as manifestações de rua com esse propósito.
Esperava-se que, por tudo isso, Fernando Henrique Cardoso e os que lhe secundaram na defesa da flexibilização da lei tivessem outra postura ao primeiro caso concreto de insurgência com que se deparassem, como resultado do respaldo à causa da liberdade que pareceram representar aos jovens mais mobilizados em torno da questão, dentre os quais, é claro, os estudantes da USP.
Mas surpresa. Não apenas os arautos de uma nova postura diante da lei deixaram de intervir quando eclodiu uma crise em torno do tema no momento em que policiais detiveram jovens no campus, lócus da autonomia universitária, como permitiram uma escalada de violência que culminou com a ocupação da reitoria da universidade.
Daí em diante silêncio tumular da principal referência na temática das drogas, já que ninguém mais que FHC tinha o dever moral de pronunciar-se sobre a marcha da insensatez que teve lugar quando a PM optou por levar, por conta e risco, dois jovens à delegacia.
O desdobramento dos acontecimentos expressa a falta de seriedade dos nossos políticos ao levantar temas de interesse da sociedade. A qualquer momento poderá surgir uma vítima fatal. E a leviandade com fins eleitorais cobrará seu preço em decilitros de sangue de alguém cheio de esperança que cometeu o erro de acreditar nas raposas desdentadas da política brasileira. 



TODO APOIO AOS ESTUDANTES EM LUTA CONTRA O AUTORITARISMO NA USP

Os bravos estudantes que defendem a Universidade de São Paulo contra a escalada autoritária orquestrada por um reitor que a comunidade acadêmica não escolheu e um governador que segue a ideologia sinistra do Opus Dei (*) poderão ser massacrados neste sábado (5) por brucutus fardados, se não acatarem o ultimato de desocuparem o prédio da reitoria até as 17 horas (**).

Totalmente solidário aos estudantes, continuadores de nossas lutas contra o mesmíssimo inimigo em 1968, reproduzo trechos do ótimo artigo Polícia para quem precisa, do historiador e professor Henrique Carneiro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências  Humanas da USP, cuja íntegra recomendo:
"...revistar estudantes, dar buscas em centros acadêmicos ou prender jovens que fumam maconha em gramados do campus é não só dar destinação errada para a PM como extrapolar suas supostas funções de proteger a comunidade.
No que se refere ao crime na USP, pretexto para o uso da PM contra os estudantes, se sabe que a melhor proteção é a própria coletividade atenta e uma guarda bem treinada, bem equipada e com confiança comunitária.
A polícia priorizar a repressão ao uso de maconha é errado, porque isso a torna uma patrulha de costumes anti-estudantil.

NÃO PASSARÃO!

Previsivelmente, a ditadura mal extirpada em 1985 insinua-se pelas frestas da democracia.

A presença e a ação da Polícia Militar no campus da USP, como um túnel do tempo, nos remete diretamente aos  anos de chumbo, quando tais demonstrações de força, de uma truculência e de um ridículo atroz, eram amiúde utilizadas para intimidar estudantes e cidadãos.

Pareceu estarmos assisitndo de novo a prisões em massa de universitários como as do congresso da UNE em Ibiúna e ataques a campi como o deflagrado por Erasmo Dias contra a PUC.

Foi o máximo de perda que poderia causar um episódio de absoluta insignificância. E, agora, a exigência de fiança para libertar quem jamais deveria ter sido preso é outra grotesca aberração -- para não dizer evidente provocação.

Este caminho só leva ao acirramento dos ânimos, até se chegar ao que ninguém deveria querer: universitários mortos ou feridos por aqueles a quem compete defender a coletividade de bandidos, não tumultuar ambientes acadêmicos, com a conivência de um reitor sem legitimidade e sob as ordens de um governador que segue as piores cartilhas direitistas.

NÃO vale a pena ver de novo
Só que não vivemos mais debaixo das botas. E homens livres não se resignam a ser tratados a pontapés

Haveremos de protestar, de lutar, de tudo fazermos para que o arbítrio não retorne, pelas mãos dos discípulos da Opus Dei e daquelas viúvas da ditadura que até ontem entoavam loas para a derrubada de um presidente legítimo.

E lanço um alerta à presidente Dilma Rousseff: o primeiro ano de governos petistas tem sido marcado por balões de ensaio golpistas que, sob Lula, não prosperaram -- caso do movimento Cansei!, evidentemente inspirado na Marcha da Família, com Deus, pela liberdade, que se avacalhou ao só levar à Praça da Sé meia dúzia de gatos pingados.

A versão 2011, contudo, causa maior preocupação, pois a articulação se dá num nível mais alto. Daí a necessidade de pronta e incisiva resposta, antes que o mal cresça.

Não passarão!
*Naufragodautopia


Em breve, poderão prender também as fotocopiadoras ou quem vender cerveja em festas? Se o objetivo maior deve ser a manutenção da tranquilidade social, a intervenção da polícia não pode ser o agente que venha justamente provocar a ruptura dessa paz".
* para quem quiser saber mais sobre a atuação nefasta do Opus Dei no Brasil e no mundo, recomendo este excelente artigo do Altamiro Borges.
**  negociação que acaba de ser noticiada prorrogou o prazo fatal para as 23 horas de 2ª feira (7). 
*Naufragodautopia 

"Não se pode tratar a USP como a cracolândia", diz Haddad

O ministro Fernando Haddad (Educação) criticou nesta terça-feira em Franco da Rocha (SP) a ação policial de reintegração de posse na reitoria da USP.
"Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia. Nem a cracolândia como se fosse a USP", disse Haddad durante vistoria ao antigo hospital do Juqueri.
A crítica atinge ao mesmo tempo o governo do Estado - ao qual estão subordinadas a USP e a Polícia Militar - e a Prefeitura, pelo fato de usuários de crack interditarem ruas no centro de São Paulo sem serem incomodados.
O ministro também criticou a invasão da reitoria, que considerou um ato "arbitrário" e "autoritário" de uma minoria. "Esse expediente, alem de ser autoritário, não produz bons resultados em nenhum lugar", afirmou.
Haddad, que é pré-candidato a prefeito da capital paulista pelo PT, fez a critica ao lado de Edson Aparecido, secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano.
Os dois devem firmar acordo para que o governo paulista ceda o prédio do antigo hospital do Juqueri para a instalação de um campus federal. 
Estudantes que haviam invadido a reitoria da USP são rendidos por policial militares; 70 alunos foram detidos
VERA MAGALHÃES
*comtextolivre  

Charge do Dia

Liberdade de imprensa no rabo dos outros é refresco!

É o seguinte pessoal: eu trabalho na VEJA e tenho aqui uma denúncia feita por uma pessoa anônima de que vocês todos que lêem o meu blog são ladrões de bancos, satanistas, assassinos e pedófilos. Essa matéria será publicada na capa da revista, com um título bem grande "Fulano de tal é ladrão, assassino, satanista e pedófilo" junto com uma foto sua de fora a fora.
Dou 12 horas para todo mundo provar pra mim que essas acusações são falsas.
Detalhe: mesmo que alguém consiga provar que é inocente de todas essas acusações gravíssimas, a matéria e a capa vão para as bancas do mesmo jeito, ok? Se não gostarem, processem a revista...
Que tal? Liberdade de imprensa é isso aí. Ou não?
No Tudo em Cima
*comtextolivre

Dilma escolhe ministra do TST para vaga de Ellen Gracie no STF



A presidente Dilma Rousseff escolheu para a vaga de Ellen Gracie no Supremo Tribunal Federal a ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, do TST (Tribunal Superior do Trabalho). O posto estava vago desde a aposentadoria de Ellen Gracie, que deixou o cargo em agosto deste ano.

A escolha foi feita em reunião durante a tarde desta segunda-feira e deverá ser anunciada até amanhã.

A gaúcha Rosa Weber contava com o apoio do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do ex-marido de Dilma, o advogado trabalhista Carlos Araújo.

O blog Presidente 40 já tinha antecipado que que Rosa Maria liderava a bolsa de apostas para a vaga.

Ellen Gracie foi a primeira mulher a se tornar ministra do STF na história do Brasil, e a única a ocupar a presidência da corte. Com sua saída, a ministra Cármen Lúcia ficou como a única representante do sexo feminino no Supremo.

PERFIL

Rosa Weber ingressou na magistratura trabalhista em 1976, como juíza substituta, por concurso promotivo pelo TRT da 4ª região.

Em 1981, foi promovida ao cargo de juíza presidente, que exerceu sucessivamente nas Juntas de Conciliação e Julgamento de Ijuí, Santa Maria, Vacaria, Lajeado, Canoas e Porto Alegre. Em Porto Alegre, presidiu a 4ª Junta de Conciliação e Julgamento de 1983 a 1991.

Com diversas convocações para atuar na segunda instância desde 1986, foi promovida em agosto de 1991 ao cargo de juíza togada do TRT da 4ª Região. Também foi presidente do tribunal no biênio 2001-2003, após ter sido vice-corregedora de março a dezembro de 1999, e corregedora regional, por eleição, no biênio 1999-2001.

Também foi professora da Faculdade de Direito da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), no curso de graduação em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1989 e 1990.

Convocada em maio de 2004 para atuar no Tribunal Superior do Trabalho, em 21 de fevereiro de 2006 tomou posse no cargo de ministra deste tribunal.

O exemplo administrativo paulista

Serra critica programa federal para combater crack 


O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou nesta terça-feira o programa de combate ao crack lançado pelo governo federal no mês passado. O tucano disse que não há espaço para "improvisar" sobre o assunto.

Serra se reuniu com psiquiatras, representantes de organizações sociais e familiares de dependentes químicos, em São Paulo. No encontro, o tucano atacou a decisão do governo de somente financiar internações para dependentes químicos em hospitais.

Na reunião, o presidenciável ressaltou suas ações na área quando governador.

São Paulo, 07/11/2011

Ao fundo temos outro orgulho tucano: a Sala São Paulo

*esquerdopata

Caros leitores , vocês sabem quem é a imprensa corrupta , golpista e racista brasileira ? Resposta : É aquela que vai para a porta do prédio onde mora o ex-presidente Lula e com lentes potentes fica de plantão para obter imagens de sua vida particular inibindo a família de um homem em tratamento de câncer de respirar livremente na janela de seu próprio apartamento e essa imprensa acha que tem esse direito. É aquela que sabe o preço da moradia de Lula , que faz ilações dizendo que o valor está desatualizado na declaração de imposto de renda , mas não explica que a Receita não permite atualizar para depois cobrar , quando for vendido , o famoso "Ganho de Capital" e essa mesma imprensa , visto no UOL , nos comunicou que não sabe o valor , onde fica e não tem nenhuma foto da moradia de José Serra , "o mais preparado" , "o do currículo exemplar". Essa é a imprensa do Brasil que só consegue dados sobre o PT, mas nada sabe sobre o PSDB/DEM/PPS e gangue. Essa é a imprensa que nos enche de notícias negativas dos governos do povo para tentar retornar ao poder

Fome é "gravíssima" violação de direitos humanos

Um relatório sobre segurança alimentar e nutricional aprovado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) será apresentando amanhã (7) durante a  4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Salvador. De acordo com a ministra Maria do Rosário, o documento trata a alimentação como um direito humano fundamental.
“A fome é considerada uma gravíssima violação de direitos humanos. Após vários anos de trabalho, o Conselho apresentou esse relatório importantíssimo, com base na situação das comunidades indígenas e daquelas comunidades que têm dificuldade de acesso à alimentação”, disse a ministra à Agência Brasil.
Durante a conferência, também serão apresentados os principais eixos do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Segundo Maria do Rosário, o plano, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), deve entrar em vigor em 2012. “O conceito geral é que nenhum brasileiro ou brasileira deve sentir fome e ter dificuldade de acesso aos alimentos. O plano é bastante amplo e o Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional] atua de maneira destacada, pois tem feito um importante debate com a sociedade."
Cerca de duas mil pessoas participarão da conferência. Além da presidenta da República, Dilma Rousseff, o evento terá a presença de governadores, ministros, parlamentares e observadores. A sociedade civil também participará por meio de representantes dos indígenas, de quilombolas, da população negra, dos povos de terreiro e das comunidades tradicionais.
Por: Agência Brasil
*OCarcará

10 Estratégias de Manipulação Midiática


Noam Chomsky -
O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:


1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.


4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.


5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.


6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…


7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…


9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!


10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.