Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, novembro 16, 2011

FHC: 96 meses de governo; 95 ministros

No momento em que se discute a quantidade de trocas de ministros no governo Dilma Rousseff, este blog foi pesquisar sobre os governos de FHC. Sempre é bom relembrar, não é mesmo?
Pois bem, Fernando Henrique Cardoso ficou 96 meses no poder - (1995/1998 e 1999/202). Neste período teve 95 ministros. Precisa dizer mais?
Confira todos os nomes que passaram pela Esplanada:

A
Adib Jatene
Ministro da Saúde
Ailton Barcelos Fernandes 
Ministro da Indústria, Comércio e Turismo
Alberto Mendes Cardoso
Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
Alcides José Saldanha (D)
Ministro dos Transportes
Alcides Lopes Tápias
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Alderico Jefferson da Silva Lima (E)
Ministro dos Transportes
Aloysio Nunes
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
e Ministro da Justiça
Antônio de Almendra Freitas Neto
Ministro Extraordinário das Reformas Institucionais
Antônio Anastasia
Ministro do Trabalho
Antônio Kandir
Ministro do Planejamento
Arlindo Porto
Ministro da Agricultura e Abastecimento
Arthur Virgílio Neto
Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência
B
Bresser Pereira
Ministro de Reforma do Estado
e Ministro da Ciência e Tecnologia
C
Caio Cibella de Carvalho
Ministro do Esporte e Turismo
Carlos Albuquerque 
Ministro da Saúde
Carlos Melles
Ministro do Esporte e Turismo
Caspar Erich Stemmer
Ministro da Ciência e Tecnologia
Celso Lafer
Ministério das Relações Exteriores
Cláudia Costin
Ministra da Administração Federal e Reforma do Estado
Clóvis de Barros Carvalho
Ministro-chefe da Casa Civil
e Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil
D
Daniel Andrade Ribeiro de Oliveira
Ministro do Trabalho
Dorothea Werneck 
Ministra da Indústria e Comércio
E
Eduardo Jorge Caldas Pereira
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
Edward Joaquim Amadeo Swaelen
Ministro do Trabalho
Élcio Álvares
Ministro da Defesa
Eliseu Padilha
Ministro dos Transportes
Enio Antônio Marques Pereira
Ministro da Agricultura e Abastecimento
Euclides Scalco
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
F
Fernando Bezerra
Ministro da Integração Nacional
Francisco Dornelles
Ministro da Indústria e Comércio
e Ministro do Trabalho
Francisco Luiz Sibut Gomide
Ministro de Minas e Energia
Francisco Turra
Ministério da Agricultura e do Abastecimento
Francisco Weffort
Ministro da Cultura
G
Geraldo Magela da Cruz Quintão
Advogado-Geral da União
e Ministério da Defesa
Gilmar Mendes
Advogado-Geral da União
Gleuber Vieira
Ministro do Exército
Guilherme Gomes Dias
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Gustavo Krause
Ministro do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente
H
Hélio Vitor Ramos Filho
Ministro de Minas e Energia
I
Iris Rezende
Ministro da Justiça
J
João Henrique de Almeida Sousa
Ministro dos Transportes
José Abrão
Ministério do Desenvolvimento Agrário
José Botafogo Gonçalves
Ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
e Ministro do Turismo
José Carlos Carvalho
Ministro do Meio Ambiente
José Carlos Dias
Ministro da Justiça
José Cechin
Ministros da Previdência Social
José Eduardo de Andrade Vieira
Ministro da Agricultura
José Gregori
Ministro da Justiça
José Israel Vargas
Ministro da Ciência e Tecnologia
José de Jesus Filho (E)
Ministro da Justiça
José Jorge de Vasconcelos Lima
Ministro das Minas e Energia
José Otávio Germano
Secretário-Nacional do Esporte

José Serra
Ministro do Planejamento e Orçamento
e Ministro da Saúde
Juarez Martinho Quadros do Nascimento
Ministro das Comunicações
L

Lélio Viana Lobo
Ministro da Aeronáutica
Luciano Barbosa
Ministro da Integração Nacional
Luiz Carlos Mendonça de Barros
Ministro das Comunicações
Luiz Felipe Lampreia
Ministro das Relações Exteriores
M
Pedro Malan
Ministro da Fazenda
Marcus Vinícius Pratini de Moraes
Ministro da Agricultura e Abastecimento
Martus Tavares
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Mauro César Rodrigues Pereira
Ministro da Marinha
Mauro José Miranda Gandra
Ministro da Aeronáutica
Miguel Reale Júnior
Ministro da Justiça
Milton Seligman
Ministro da Justiça
N
Barjas Negri
Ministro da Saúde
Nelson Jobim
Ministro da Justiça
Ney Suassuna
Ministro da Integração Nacional
O
Odacir Klein
Ministro dos Transportes
Orlando Muniz
Ministro do Desenvolvimento Agrário
P
Paulo Jobim Filho
Ministro do Trabalho e Emprego
Paulo Renato Souza
Ministro da Educação
Paulo de Tarso Almeida Paiva
Ministro do Trabalho 
e Ministro do Planejamento
Paulo de Tarso Ramos Ribeiro
Ministro da Justiça
Pedro Parente
Ministro-chefe da Casa Civil
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
e Ministro de Minas e Energia
Pelé
Ministro do Esporte
Pimenta da Veiga
Ministro das Comunicações
R
Rafael Greca
Ministro de Esporte e Turismo
Raimundo Mendes de Brito
Ministro de Minas e Energia
Ramez Tebet
Ministro da Integração Nacional
Raul Jungmann
Ministro do Desenvolvimento Agrário
Renan Calheiros
Ministro da Justiça
Roberto Brant
Ministro da Previdência Social
Rodolpho Tourinho Neto
Ministro de Minas e Energia
Ronaldo Sardenberg
Ministro da Ciência e Tecnologia
S
Sarney Filho
Ministro do Meio Ambiente
Sérgio Gitirana Florêncio Chagasteles (D)
Ministro da Marinha
Sérgio Motta
Ministro das Comunicações
Sérgio Silva do Amaral
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
W
Waldeck Ornelas
Ministro da Previdência Social
Waldemar Nicolau Canellas Junior
Ministro da Marinha
Walter Werner Bräuer
Ministro da Aeronáutica
Washington Thadeu de Mello
Ministro da Agricultura
Z
Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena
Ministro do Exército

Lección de democracia: Desalojan a los indignados de Wall Street (+ Fotos)

Que ironia do destino.
Via Cuba Debate
Un equipo SWAT de más de 25 policías fuertemente armados invadieron un grupo de arrestados Ocupar y spin-off de los anarquistas en Chapel Hill NC que se había hecho cargo de un concesionario de coches por mucho tiempo abandonado y el espacio se utilizará sugerido para una clínica gratuita, cocina, cuidado de niños, biblioteca, dormitorios y otros usos mucho menos miedo que el equipo SWAT que nos quedamos sin palabras. Se dijo que la policía sintieron que tenían que tomar la acción semi-automática-manejo Debido a que "el grupo utilizó grandes pancartas para ocultar las ventanas de los negocios ..." Lo siento. Todavía estamos sin palabras.
Un equipo SWAT de más de 25 policías fuertemente armados invadieron un grupo de Indignados que habían ocupado un concesionario de autos abandonado desde mucho tiempo en Carolina del Norte. El espacio se había convertido en clínica gratuita, cocina, cuidado para niños, biblioteca, dormitorios y otros usos. Foto: Commondreams
La policía de Nueva York, portando escudos y cascos, desalojó esta madrugada del parque Zuccotti, en el distrito financiero de la ciudad, a los miembros del movimiento “Occupy Wall Street” que permanecían protestando allí desde el mes de septiembre.
Según el portavoz de la Policía, Paul Browne, 70 manifestantes fueron detenidos durante la operación llevada a cabo después de que los participantes en la protesta “se negaran a marcharse”, informó la agencia de noticias Europa Press.
Las autoridades habían declarado que la ocupación del parque Zuccotti, donde acampaban cientos de personas, planteaba una “amenaza para la salud y la seguridad” y este fue el argumento central que utilizaron para el desalojo.
Alrededor de una decena de manifestantes se habían encadenado juntos y otros dos lo habían hecho a árboles antes de ser desalojados, precisó Browne.
Los miembros de Occupy Wall Street tenían como consigna: “¿De quién es el parque?, ¡es nuestro!”, mientras las fuerzas policiales comenzaban a tirar las carpas que encontraban a su paso, informó por su parte el diario The New York Times en su edición digital.
La oficina del alcalde de Nueva York, Michael Bloomberg, aseguró que se había ordenado a los manifestantes que “se marcharan temporalmente” del parque y retiraran las tiendas de campaña.
Los agentes emplearon un megáfono para advertir a los manifestantes de que serían detenidos si no se marchaban. “Nos dieron 20 minutos para agarrar nuestras cosas”, relató Sam Wood, uno de los manifestantes. “Es un proceso doloroso ver cómo están limpiando el parque”, añadió.
Según la Policía, los manifestantes serán autorizados a regresar una vez que el lugar haya sido limpiado, pero tendrían que acatar las normas que impiden la instalación de tiendas, lonas y la acumulación de pertenencias, algo que los ocupantes habían rechazado.
La acción se inició justo a dos días de que este movimiento, que sigue los pasos del iniciado en Madrid ante las medidas de ajuste y falta de empleo, cumpla dos meses, fecha que celebraría con una protesta frente a la Bolsa de Valores de Nueva York, según habían anunciado.
Tras el desalojo, los manifestantes difundieron una declaración en la que denuncian que “no se puede desalojar una idea cuyo tiempo ha llegado”.
“Algunos políticos podrán sacarnos físicamente de los espacios públicos -nuestros espacios- y físicamente pueden triunfar, pero estamos comprometidos en una batalla sobre las ideas”, subrayaron.
“Nuestra idea es que nuestras estructuras políticas deberían servirnos a nosotros, el pueblo, y no sólo a aquellos que han acumulado una gran riqueza y poder”, añade en su mensaje el movimiento Occupy Wall Street.
Los manifestantes se habían instalado en el parque Zuccotti el pasado 17 de septiembre para protestar contra el sistema financiero, protestas que tuvieron también su correlato en otras ciudades del país.
(Con información de agencias)
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal
Desalojo a Occupy Wall Street en Nueva York. Foto: The Wall Street Journal

20 de novembro: Dia da Consciência Negra


image

ESPANHA QUER MELHORAR DA CRISE MANDANDO SEUS DESEMPREGADOS PARA O BRASIL


Com um desemprego de 22% (no Brasil é de 6.7%), uma dívida externa de 160% do PIB (a do Brasil é de 14%), e menos de 30 bilhões de dólares em reservas internacionais (as do Brasil são de 350 bilhões) a imprensa da Espanha, talvez com o senso de realidade afetado pela crise, está anunciando, com grande estardalhaço, que hoteleiros cariocas – muitos deles estrangeiros – estariam dispostos a trazer milhares de espanhóis para o Brasil para trabalhar, no lugar de brasileiros, como engenheiros, arquitetos, mestres de obra, nos projetos da Copa e das Olimpíadas, e como camareiros, garçons, chefes de cozinha e gerentes de hoteis.
A matéria, reproduzida em dezenas de veículos espanhóis, diz que estaria sendo negociado um “memorando de entendimento” entre o governo brasileiro e o espanhol para abrir o mercado de trabalho brasileiro para os espanhóis e cita uma frase do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que teria dito para a Diretora Geral de Cidadania Espanhola no exterior, Pilar Pin, há alguns meses, que “o Brasil precisa de dois milhões de pessoas altamente qualificadas, e que a Espanha as têm.” Vejam o link:
Especialmente interessantes são os comentários, entre eles o de um cidadão espanhol, indignado, que diz que “enquanto eles nos enviam prostitutas, nós mandamos mão-de-obra altamente qualificada, que maravilha de intercâmbio...”
Com toda a pressão que houver no Brasil por mão-de-obra, como está acontecendo com os engenheiros, na indústria do petróleo, antes de trazer profissionais de fora, é preciso investir na formação de brasileiros, e contratar quem está desempregado. O Sr. Carlos Lupi, antes de acertar memorandos de intenções, deve consultar os sindicatos do pessoal de hotelaria no Rio, e saber do que precisa o SENAC, por exemplo, para acelerar a qualificação de mão de obra em sua ampla rede. O que não podemos é contratar ONGs de fachada, e lhes entregar milhões de reais, sob o pretexto de as treinar, conforme denúncias recentes.
A imprensa argentina mostra que o Brasil está se transformando, de novo, em um país atraente para os emigrantes, e, entre outras coisas, diz, em uma matéria em La Nacion, que aumentou, em apenas um ano, de 276.703 para 328.856 o número de portugueses no Brasil:
Ou seja, um país que tratou como tratou os nossos dentistas, que mandou tantos brasileiros de volta do aeroporto e no qual a mais recente polêmica contra nossos emigrantes envolve a exibição em um canal estatal, de um desenho animado no qual uma prostituta caricata é o único personagem que fala com sotaque “brasileiro”, não pode continuar a ser tratado com toda essa benevolência na hora de mandar gente para cá:
Da Espanha, nem é preciso lembrar da crise das expulsões e da forma com que sempre se reteve ilegalmente e em condições animalescas, centenas e centenas de brasileiros no aeroporto de Barajas, a pão e água, antes de serem enviados de volta e sem sequer poder sair do prédio, algumas vezes algemados, para o Brasil.
A emigração pode ser boa - e temos aí acordos com o Mercosul, que é quem nós temos que privilegiar se precisarmos de mão-de-obra - mas os critérios de reciprocidade e de respeito à soberania e à dignidade de nossos nacionais quando no exterior é que devem nortear nossa política de importação de mão de obra estrangeira.
Uma nação não se faz apenas com a economia: sem a dignidade não há pátria; não há cidadãos.
A foto que ilustra o post é de Patricia Rangel e Pedro Luiz Lima, dois brasileiros deportados da Espanha em 2008, direto do aeroporto, apesar de estarem com seus cartões de crédito e a documentação em dia.

Campanha contra o ódio exibe cartaz com 'beijo gay' do Papa

comentários
20

Imagem do papa Bento XVI beijando o Imã do Cairo, Safwad Hagazi, foi estendida na Ponte dell'Angelo, em Roma. Foto: Reprodução
Imagem do papa Bento XVI beijando o Imã do Cairo, Safwad Hagazi, foi estendida na Ponte dell'Angelo, em Roma
Foto: Reprodução

A empresa italiana Benetton lança nesta quarta-feira uma polêmica campanha contra o ódio e o preconceito com cartazes espalhados pelas cidades de Roma e Milão que trazem figuras internacionais trocando "beijos gays", entre elas o papa Bento XVI.
Uma faixa com a montagem do papa Bento XVI beijando o Imã do Cairo, Safwad Hagazi (a autoridade muçulmana do Egito), foi estendida na Ponte dell'Angelo, em Roma, localizada nas proximidades do Vaticano. A imagem faz parte da campanha "Unhate" da Benetton.
Apesar de ainda não ter sido divulgada oficialmente - o site oficial da empresa está apenas com uma contagem regressiva em sua capa (o relógio deve chegar a zero por volta das 14h no horário de Brasília) -, pedestres curiosos já fotografaram os cartazes e as imagens foram divulgados pela mídia italiana.
Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Hu Jintao, também aparecem se beijando em outro cartaz que teve a imagem divulgada nesta quarta-feira.
Terra

segunda-feira, novembro 14, 2011

Urânio empobrecido: Um crime de guerra dentro de uma guerra criminosa



Os povos iraquiano, palestino, afegão são vítimas fatais da utilização das armas produzidas com o lixo nuclear, armas largamente produzidas e utilizadas pelos exércitos de ocupação dos Estados Unidos da América e sua base militar no Oriente Médio, Israel.


O resultado de sua utilização a médio prazo, você pode verificar com seus olhos:
por William Bowles


Como se destruir um país e a sua cultura não fosse suficientemente mau, o que dizer acerca da destruição do seu futuro, dos seus filhos? Quero bradar isto de cima dos telhados! Somos cúmplices em crimes de tamanha enormidade que acho difícil encontrar as palavras para descrever o que sinto acerca deste crime cometido em meu nome! Em nome do mundo "civilizado"?

"Esqueça-se do petróleo, da ocupação, do terrorismo ou mesmo da Al-Qaeda. O perigo real para os iraquianos destes dias é câncer. O câncer está a propagar-se rapidamente no Iraque. Milhares de bebés estão a nascer com deformidades. Os médicos dizem que estão a lutar para enfrentar o aumento do câncer e dos defeitos natos, especialmente em cidades sujeitas a pesado bombardeamento americano e britânico". — Jalal Ghazi, para New America Media Segundo Dahr Jamail, "Os militares estado-unidenses e britânicos utilizaram mais de 1700 toneladas de urânio empobrecido (depleted uranium, DU) no Iraque durante a invasão de 2003 (Jane's Defence News, 4/2/04) acima da 320 toneladas utilizadas na Guerra do Golfo de 1991 (Inter Press Service, 3/25/03). Literalmente, todas as pessoas com quem falei no Iraque durante os meus nove meses de reportagem ali sabem de alguém que sofre ou morreu de câncer. (...) Ghazi cobriu Faluja, a qual absorveu a carga de duas maciças operações militares dos EUA em 2004, até 25 por cento dos nascituros têm sérias anormalidades físicas. As taxas de câncer em Babil, uma área a Sul de Bagdad, elevaram-se de 500 casos em 2004 para mais de 9000 em 2009. O Dr. Jawad al-Ali, director do Centro de Oncologia em Bassorá, disse à Al Jazeera English (10/12/09) que houve 1885 casos de câncer no ano de 2005, agora de 1250 a 1500 pacientes visitam o seu centro a cada mês. — 'The New 'Forgotten' War' By Dahr Jamail, 15 March, 2010
Mesmo a BBC foi forçada a reconhecer a realidade (Ouçam: 'Child deformities 'increasing' in Falluja' 4 March, 2010). Mas é verdade que pesquisei o sítio web da BBC em busca do vídeo clip que havia visto na semana passada, de modo que fui poupado às cenas horrorosas que testemunhara, registadas no hospital principal de Faluja. Se isto tivesse sido uma herança de Saddam, teríamos visto imagens como aquelas acima repetidas infindavelmente nos mass media, completadas com resoluções da ONU e tudo o mais. Esta peça curta colocada no sítio web da BBC finalizava assim:

"Numa declaração, o Pentágono disse que "Nenhum estudo até à data indicou questões ambientais que resultassem em questões específicas da saúde. Munições não explodidas, incluindo dispositivos explosivos improvisados, são um perigo reconhecido" ".

Fim da história, tanto quanto o que preocupa a BBC. Assim, como é que isto não é uma manchete? Mesmo a Coligação Travem a Guerra (Stop the War Coalition) mal menciona o assunto, mais preocupada aparentemente com os apuros dos guerreiros do imperialismo, dos guerreiros britânicos que dispararam esta coisa imunda não só contra inocentes iraquianos como também contra inocentes da antiga Jugoslávia e do Afeganistão. Mas então somos os cidadãos do Império, o que explica porque Stop the War tem pouco ou nada a dizer sobre o assunto.

"Quando disseram que o urânio empobrecido era a arma preferida do império estado-unidense, eles mentiam. A palavra 'empobrecido' é um truque de relações públicas. Ela faz parece que o material nuclear está esgotado. Não está. É urânio. Vamos chamá-lo urânio. Por outras palavras, DU é o resíduo nuclear de baixo nível. O DU também pode conter traços significativos de "neptúnio, plutónio, amerício, tecnícium-99 e urânio-236". – http://tuberose.com/

As declarações do governo britânico e estado-unidense de que o Depleted Uranium é uma arma "convencional" são contraditadas pelos factos:

O armamento com urânio empobrecido (DU) cumpre a definição de armas de destruição em massa em duas de três categorias sob o U.S. Federal Code Title 50 Chapter 40 Section 2302.
Desde 1991, os EUA libertaram atomicidade equivalente a pelo menos 400 mil bombas de Nagasaki na atmosfera global. Isto é 10 vezes a quantidade libertada durante testes atmosféricos, a qual era o equivalente a 40 mil bombas de Hiroshima. Os EUA contaminaram permanentemente a atmosfera global com poluição radioactiva que tem uma semi-vida de 2,5 mil milhões de anos.

Os EUA conduziram ilegalmente quatro guerras nucleares na Jugoslávia, Afeganistão e duas vezes no Iraque desde 1991, chamando o DU de armamento "convencional" quando de facto é armamento nuclear.

O DU no campo de batalha tem três efeitos sobre sistemas vivos: é um veneno químico como metal pesado, um veneno "radioactivo" e tem um efeito de "partícula" devido à dimensão das partículas que é de 0,1 mícrons ou mais pequeno.

Os planos para o DU como armamento são de um memorando de 1943 do Gen. L. Groves, do Projecto Manhattan, que recomendou o desenvolvimento de materiais radioactivos como armas de gás venenoso – bombas sujas, mísseis sujos e balas sujas.

As armas com DU são penetradoras com energia cinética muito efectiva, ainda mais efectiva do que as bio-armas uma vez que o urânio tem uma forte afinidade química para estruturas de fosfato concentradas no DNA.

O DU é o Cavalo de Tróia da guerra nuclear – ele mantém-se presente e continua a matar. Não há maneira de limpá-lo e nenhuma maneira de anulá-lo porque ele continua a desintegrar-se em outros isótopos radioactivos em mais de 20 passos.

Terry Jemison do U.S. Department of Veterans Affairs declarou em Agosto de 2004 que mais de 518 mil veteranos do Golfo (período de 14 anos) estão agora com incapacidade médica e que 7.039 foram feridos no campo de batalha naqueles mesmo período. Mais de 500 mil veteranos dos EUA estão sem casa.

Em alguns estudos de solados que tiveram bebés normais antes da guerra, 67 por cento dos bebés pós-guerra nasceram com defeitos graves – com falta de cérebro, olhos, órgãos, pernas e braços e doenças do sangue.

No Sul do Iraque, cientistas estão a relatar níveis de radiação gama no ar cinco vezes mais elevados, o que aumenta a carga corporal diária dos habitantes. De facto, o Iraque, a Jugosláveis e o Afeganistão são inabitáveis.

O câncer começa com uma partícula alfa sob as condições certas. Um grama de DU é da dimensão de um ponto nesta sentença e liberta 12 mil partículas alfa por segundo. – http://tuberose.com/ De modo que todas vocês, pessoas alegadamente civilizadas, o que estão a fazer acerca disto?


PS: Oh, esqueci-me das armas com DU fornecidas a Israel pelos EUA, também lançadas sobre o povo de Gaza



O original encontra-se em http://www.creative-i.info/2010/03/18/depleted-uranium-a-war-crime-within-a-war-crime-by-william-bowles/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Creative-i+(Creative-i+-+trying+to+make+sense+of+this+crazy,+capitalist+world) e em http://www.countercurrents.org/bowles210310.htm
Este artigo foi postado do : http://resistir.info/ .

Fonte: blog Somos Todos Palestinos