Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, janeiro 19, 2012
A Globo é um prostíbulo e Bial o seu rufião
A Globo é um prostíbulo e Bial o seu rufião
Por
Francisco Barreira em seu
Francisco Barreira em seu
Prometi a mim mesmo que não comentaria essa lama podre do BBB. Só um idiota não vê que é simplesmente uma escancarada exploração da prostituição, a chamada putaria vulgar, como se diz. O problema é que há no Brasil há uma multidão de analfabetos políticos sistematicamente imbecilizados exatamente pela mídia alienante e proxeneta , cujo carro chefe é a Globo.
Então temos a seguinte situação grotesca: um gigantesco prostíbulo, a Globo, é, ao mesmo tempo, o maior e o melhor instrumento prático de formação massiva de opinião pública deste País.
Disso resulta que dezenas de milhões de idiota, idiotizados pela Globo e afins, há dias discutem seriamente se foi justa ou injusta a expulsão do prostíbulo de um modelo idiota bêbado e prostituído pela Globo. A acusação é de estupro. Mas a vítima, uma coitada, embriagada e prostituída ao vivo pela Globo, declara peremptoriamente que” deu porque quis”.
Enfim, o episódio policial aumentou exponencialmente a audiência do programa. Tanto que Boninho, o gerente do prostíbulo (o dono é o Dr. Marinho e Bial é o rufião), já deve ter feito suas anotações para repetir a cena em futuros programas.
E a legião de imbecis ( gado marcado, gado feliz) arrebanhada e domada para ser exatamente assim, não percebe que a Globo, em si, é que é um caso de polícia.
Entretanto, é preciso ter cuidado ao condenar o prostíbulo, para não ser confundido com moralistas hipócritas ou retardados (provavelmente enrustidos) do tipo pastor Malafaia ou o energúmeno Jair Bolsonaro. Pode ficar parecendo que somos contra a liberação sexual.
No meu caso, é exatamente o oposto. Sou veementemente favorável à liberação sexual, bem como aos movimentos de emancipação feminina, gay e masculina também. Por que não?
O problema é que o Sistema (modo de produção Capitalista), que na sua origem era convenientemente puritano, agora que a família tradicional passou ser indiferente para seu jeito de produzir e forçar o consumo, encampou a liberação, mas o fez como numa contrafação, deturpando-a e prostituindo-a.
A liberação virou libertinagem e um comércio como outro qualquer. Os negócios ligados ao sexo (incluindo ai o entretenimento do tipo BBB) só é superado, em nível planetário, pelo volume de venda de armas de guerra. E virou moda, ação corriqueira, vender, por exemplo, produtos de maquiagem e roupas íntimas com conotação claramente sexual, para meninas de seis anos.
No final da matéria que se segue a esta, o leitor encontrará uma síntese das razões sociológicas e econômicas que levaram O Capital (enquanto Sistema) a mudar o seu comportamento em relação à família e sua prole. Essa síntese está contida no título O Crepúsculo do Capital.no blog: http://fatosnovosnovasideias.wordpress.com
Haddad alinhará prefeitura ao governo federal
Fernando Haddad promete " reinventar " SP, caso seja eleito
Haddad: “Curiosamente ela (Dilma) está descrevendo as etapas das minhas angústias com muita acuidade”
Por Raymundo Costa e Luciano Máximo | VALOR
O Palácio do Planalto confirmou ontem que o ministro Fernando Haddad (Educação) deixa o governo, na terça-feira, para concorrer às eleições para prefeito de São Paulo. Haddad deixa o governo, mas o governo vai com ele para a campanha. Ele promete “reinventar São Paulo”, ao alinhar a prefeitura ao governo federal, tem a promessa dos apoios da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas assegura que não se esconderá na campanha.
“Vou me fiando muito na opinião daqueles que me querem bem”, disse o ministro ao Valor, em conversa na noite da terça-feira. Haddad afirma que sente uma “vibração” muito forte tanto de Lula quanto de Dilma. Promessa do ex-presidente: “Você pode contar que em março vai ter um cabo eleitoral muito disposto a te ajudar”, disse Lula, durante uma visita que o ministro lhe fez na antevéspera do Natal de 2011. O ex-presidente carregava o tripé com os medicamentos que lhe foram receitados para tratar um câncer na laringe.
“Tenho conversado muito com a presidenta Dilma, que viveu uma coisa muito parecida com a que eu vou viver”, contou Haddad na entrevista. “Curiosamente ela está descrevendo as etapas das minhas angústias com muita acuidade. Ela vai te descrevendo um processo que vai te tornando mais forte, a cada etapa vencida.” Segundo Haddad, Dilma já está tendo um papel em sua candidatura. Mas ele não sabe dizer se ela participará da campanha. “É a primeira eleição que ela vai viver como presidente. Eu acho que o partido deve respeitar os limites que ela estabelecer.”
“Eu não acredito numa campanha que esconda o candidato”, disse Haddad ao ser questionado sobre o fato de ser o candidato de Lula e Dilma. “O candidato é a sua história, o que ele fez, o que ele estudou, onde ele trabalhou, o que promoveu de avanços, o que pretende”, afirmou. “Mas também é os que o apoiam. Não há como dissociar o candidato das forças que o apoiam.” Indagado se isso significa que em seu palanque estará, por exemplo, o ex-ministro José Dirceu, acusado de “chefiar” a quadrilha do suposto esquema do mensalão, responde: “Estarão no meu palanque todos os companheiros do PT e dos partidos que estiverem coligados com o PT nessa empreitada.”
O ministro acha que as campanhas não devem esconder seus candidatos nem seus apoiadores, sob o risco de o efeito ser contrário ao esperado. Citou como exemplo as campanhas do PSDB que esconderam o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os tucanos saíram derrotados.
Durante toda a entrevista ao Valor, Haddad tentou relativizar a possibilidade de uma aliança com o PSD, o partido do atual prefeito Gilberto Kassab. Não demonstrou entusiasmo, mas também não descartou. O ministro diz preferir tratar com os aliados do governo federal, a abrir uma discussão com quem o coloca como terceira alternativa na eleição – Kassab tem declarado que apoiará José Serra, se ele for o candidato tucano, ou o vice-governador Guilherme Afif Domingos, na hipótese de reedição da aliança tucano-kassabista. “Discutir essa hipótese nessas circunstâncias é algo que inverte totalmente o processo”, disse. “E o processo que se dá agora é esse: a administração atual buscando o apoio do PSDB – ou oferecendo, no caso do candidato José Serra, ou buscando o apoio, no caso do vice-governador Afif.”
Haddad evitou até mesmo criticar a ação do governo e da Prefeitura de São Paulo na Cracolândia: “Não vi ninguém defender a tese de que a situação pudesse permanecer como estava, sem nenhuma iniciativa do poder público por décadas a fio.” Prefeito, ele teria agido de outra maneira, com integração da ação policial com a saúde e a assistência.
“À luz dessa conjuntura nós vamos iniciar dois movimentos. Um no sentido de elaborar o diagnóstico temático da cidade com lideranças petistas e não petistas. O outro, já discutido com o PT municipal, no de buscar um entendimento intenso com os partidos da base aliada do governo Dilma, sobretudo PR, PCdoB, PSB e PDT, em função do fato de que o PMDB já está um pouco adiantado na sua postulação (a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita), mas que seria também um interlocutor natural do nosso campo.”
“São essas as duas decisões tomadas à luz desse movimento [a oferta de aliança feita por Kassab], que é até generoso da parte do prefeito, por reconhecer a qualidade das nossas pretensões, da nossa postulação”, afirmou. E acenou: “Se alguém faz um gesto de simpatia à sua candidatura, você não precisa estar aliado a ele necessariamente no primeiro turno. Mas você sabe que, para compor maioria em São Paulo, dependendo de quem for seu adversário, as alianças de segundo turno são mais flexíveis do que no primeiro turno.”
Por enquanto, o que Haddad fala é em resgatar projetos do último governo do PT na cidade, da senadora Marta Suplicy. Nesse aspecto, ele deixa entrever que dará mais prioridade ao ônibus no que se refere à mobilidade urbana. “Não podemos continuar construindo dois quilômetros de metrô por ano. Algumas cidades construíram dez vezes mais”, disse. “Mas nós não podemos imaginar que uma cidade com a característica de São Paulo vá se resolver só com o modal [metrô]. Nós vamos ter que resgatar o plano dos corredores, se quisermos que as pessoas cheguem em casa.” Segundo Haddad, esse é um dos projetos que “é a cara do PAC” e que lhe permitirá, se eleito, desenvolver uma intensa parceria com o governo federal.
O ministro disse também, em relação ao longo domínio do PSDB na política de São Paulo, que sente “uma ansiedade do paulista e do paulistano em ouvir um discurso novo; vamos ver se esse som agrada”. O candidato promete um debate de alto nível: “Eu espero que a eleição de 2012 seja diferente da eleição de 2010. A eleição de 2010 não foi uma celebração da democracia no sentido de projetos que se confrontam mas se respeitam. A partir de determinado momento a injúria, a difamação e o golpe baixo prevaleceram sobre o bom debate.” Em 2010 – afirmou – “houve uma degradação do ambiente político. É consenso da sociedade. Inclusive da parte do próprio PSDB. Eu vi declarações do Aécio Neves e do Fernando Henrique Cardoso nessa direção”.
*Briguilino
As Organizações Globo dirigem o Brasil e com mão de ferro. Todos têm medo dessa instituição e as autoridades judiciais do país se omitem vergonhosamente. Os empregados da Globo com comunicados lacônicos deram por encerrado o episódio criminoso do BBB12. É muito triste!
O cartunista Chico poderia fazer uma charge sobre o BBB12. Que tal?
*APOSENTADO INVOCADO
Em e-mails, PanAmericano negociou doação irregular ao PSDB
Uma troca de e-mails entre diretores do PanAmericano dá indícios de que o banco pode ter feito doações irregulares para a campanha eleitoral do PSDB em Alagoas em 2010. Os e-mails foram encontrados pela Polícia Federal nos arquivos apreendidos na sede da instituição, que pertencia ao empresário e apresentador Silvio Santos e foi vendida ao BTG Pactual após a descoberta de um rombo de R$ 4,3 bilhões no patrimônio do banco.
Neles, diretores do PanAmericano avaliam uma suposta proposta feita pelo governo de Alagoas para negociar uma dívida do Estado com o banco em troca de uma "taxa de intermediação" de 25% sobre o valor devido - retorno que poderia ser pago por meio de doação para a campanha do partido (veja reprodução abaixo).
A dívida de Alagoas com o PanAmericano data de 2006. Entre os meses de fevereiro e dezembro daquele ano, o Estado recolheu, via folha de pagamento, parcelas de empréstimos consignados feitos por servidores, mas não repassou os valores aos bancos. Naquela época, Alagoas era governada por Luís Abílio de Sousa Neto (PDT), que assumiu em março de 2006, quando o então governador Ronaldo Lessa (PDT) licenciou-se para concorrer ao Senado. Em valores históricos, a dívida de Alagoas com a instituição era de R$ 2,7 milhões. Com a correção monetária, somava R$ 3,3 milhões em agosto de 2010.
Até meados daquele ano, com as finanças de Alagoas em crise, nenhuma negociação estava em curso. Mas e-mails trocados entre o então presidente do PanAmericano, Rafael Palladino, seu diretor financeiro, Wilson Roberto de Aro, e o gerente de consignado, Luiz Carlos Perandin, sugerem que havia uma proposta em avaliação.
Em um desses e-mails, Aro questiona Palladino se pode "tocar o acordo abaixo". O acordo a que ele se refere é esmiuçado em um e-mail de Perandin encaminhado a Aro, no qual ele detalha uma suposta proposta para a liquidação da dívida apresentada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Luiz Otávio Gomes.
No e-mail, Perandin afirma que "na reunião realizada ontem (16 de agosto de 2010) a pedido do governo de Alagoas, o Dr. Luiz Otávio Gomes, secretário de Estado, ratificou que a única forma de liquidarem o débito é efetuar o pagamento na forma abaixo, ou seja, retorno de 25% sobre o principal e devolução integral da correção monetária".
Conforme o relato de Perandin, o pagamento seria feito em quatro parcelas de R$ 827,1 mil e o retorno pela intermediação custaria ao banco 25% do total da dívida - ou seja, R$ 678,5 mil -, além da devolução da correção monetária, o que totalizaria R$ 1,27 milhão, também dividido em quatro parcelas. Perandin ainda afirma, no e-mail, que "em resumo, de um crédito de R$ 2,7 milhões (valor histórico) vamos receber R$ 2,03 milhões" e que "o pagamento do retorno poderá ser a título de doação para campanha do PSDB mediante recibo ou emissão de nota fiscal por empresa que será indicada pelo secretário". Ao fim do e-mail, o gerente de consignado afirma que, para não expor a empresa na operação, uma alternativa seria efetuar o pagamento "através de notas fiscais emitidas por terceiros sem vínculos de negócios com as empresas do grupo".
As trocas de e-mails sobre a possibilidade de o PanAmericano receber os valores devidos por Alagoas começaram em 10 de agosto de 2010 e se estenderam até o dia 23 do mesmo mês. Nos arquivos encontrados pela PF não há e-mails que comprovem que o acordo entre o banco e o governo do Estado foi fechado e nem e-mails enviados por Luiz Otávio Gomes.
Procurado pelo Valor, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "tem total confiança no secretário e que todas as contas do governo estão abertas". A assessoria afirmou ainda que não há nenhum e-mail do secretário enviado a nenhum dos diretores do PanAmericano e que grande parte do problema dos empréstimos consignados está resolvido.
Além disso, informou que os servidores já não têm seus nomes negativados nos serviços de proteção ao crédito e mais de 60% da dívida do Estado com os bancos foi paga até o fim de 2010. A assessoria não soube informar, no entanto, se o restante da dívida foi pago durante o ano passado.
A Polícia Federal em São Paulo, que deve concluir em breve o inquérito que apura fraudes contábeis e crimes contra o sistema financeiro nacional no PanAmericano, encaminhou os arquivos contendo as trocas de e-mails à superintendência de Alagoas. A PF alagoana abriu um inquérito policial específico para apurar indícios de doações irregulares para campanha eleitoral. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PF no Estado informou que não comentaria sobre o inquérito.
Fonte: Valor Econômico
A dívida de Alagoas com o PanAmericano data de 2006. Entre os meses de fevereiro e dezembro daquele ano, o Estado recolheu, via folha de pagamento, parcelas de empréstimos consignados feitos por servidores, mas não repassou os valores aos bancos. Naquela época, Alagoas era governada por Luís Abílio de Sousa Neto (PDT), que assumiu em março de 2006, quando o então governador Ronaldo Lessa (PDT) licenciou-se para concorrer ao Senado. Em valores históricos, a dívida de Alagoas com a instituição era de R$ 2,7 milhões. Com a correção monetária, somava R$ 3,3 milhões em agosto de 2010.
Até meados daquele ano, com as finanças de Alagoas em crise, nenhuma negociação estava em curso. Mas e-mails trocados entre o então presidente do PanAmericano, Rafael Palladino, seu diretor financeiro, Wilson Roberto de Aro, e o gerente de consignado, Luiz Carlos Perandin, sugerem que havia uma proposta em avaliação.
Em um desses e-mails, Aro questiona Palladino se pode "tocar o acordo abaixo". O acordo a que ele se refere é esmiuçado em um e-mail de Perandin encaminhado a Aro, no qual ele detalha uma suposta proposta para a liquidação da dívida apresentada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Luiz Otávio Gomes.
No e-mail, Perandin afirma que "na reunião realizada ontem (16 de agosto de 2010) a pedido do governo de Alagoas, o Dr. Luiz Otávio Gomes, secretário de Estado, ratificou que a única forma de liquidarem o débito é efetuar o pagamento na forma abaixo, ou seja, retorno de 25% sobre o principal e devolução integral da correção monetária".
Conforme o relato de Perandin, o pagamento seria feito em quatro parcelas de R$ 827,1 mil e o retorno pela intermediação custaria ao banco 25% do total da dívida - ou seja, R$ 678,5 mil -, além da devolução da correção monetária, o que totalizaria R$ 1,27 milhão, também dividido em quatro parcelas. Perandin ainda afirma, no e-mail, que "em resumo, de um crédito de R$ 2,7 milhões (valor histórico) vamos receber R$ 2,03 milhões" e que "o pagamento do retorno poderá ser a título de doação para campanha do PSDB mediante recibo ou emissão de nota fiscal por empresa que será indicada pelo secretário". Ao fim do e-mail, o gerente de consignado afirma que, para não expor a empresa na operação, uma alternativa seria efetuar o pagamento "através de notas fiscais emitidas por terceiros sem vínculos de negócios com as empresas do grupo".
As trocas de e-mails sobre a possibilidade de o PanAmericano receber os valores devidos por Alagoas começaram em 10 de agosto de 2010 e se estenderam até o dia 23 do mesmo mês. Nos arquivos encontrados pela PF não há e-mails que comprovem que o acordo entre o banco e o governo do Estado foi fechado e nem e-mails enviados por Luiz Otávio Gomes.
Procurado pelo Valor, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "tem total confiança no secretário e que todas as contas do governo estão abertas". A assessoria afirmou ainda que não há nenhum e-mail do secretário enviado a nenhum dos diretores do PanAmericano e que grande parte do problema dos empréstimos consignados está resolvido.
Além disso, informou que os servidores já não têm seus nomes negativados nos serviços de proteção ao crédito e mais de 60% da dívida do Estado com os bancos foi paga até o fim de 2010. A assessoria não soube informar, no entanto, se o restante da dívida foi pago durante o ano passado.
A Polícia Federal em São Paulo, que deve concluir em breve o inquérito que apura fraudes contábeis e crimes contra o sistema financeiro nacional no PanAmericano, encaminhou os arquivos contendo as trocas de e-mails à superintendência de Alagoas. A PF alagoana abriu um inquérito policial específico para apurar indícios de doações irregulares para campanha eleitoral. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PF no Estado informou que não comentaria sobre o inquérito.
Fonte: Valor Econômico
Extraído do Vermelho
*OCarcará
Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
Juvenal (poeta e retórico romano)
*Aartedoslivrespensadores
Vada a bordo, Serra Schettino!
Deu no Estadão:
Serra comunica ao PSDB que está fora da disputa à Prefeitura de São Paulo
Depois de meses de pressão para que entrasse na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra (PSDB) reuniu o seu grupo de aliados mais próximos e informou em tom solene que não será candidato na eleição municipal deste ano.
Embora, em se tratando do que Serra diz, a única verdade que se pode afirmar conter no que fala é a de que é falsa cada palavra, talvez se possa comparar sua atitude com a do capitão italiano do Costa Concórdia, o transatlântico naufragado nas costas da Itália.
Não importa que Alckmin e Aécio esfreguem as mãos diante da possibilidade de que ele, candidato, perca e afunde. A nau tucana aderna em São Paulo, seu porto seguro, Kassab procura desesperadamente um colete salva-vidas petista, reina a confusão a bordo do Tucanic.
E o capitão do Tucanic, embora estropiado depois de ter apanhado de um “poste” – não é, Montenegro? – diz que vai descer à terra para apreciar o naufrágio sem molhar os pés. Entrega a Alckmin o supremo comando e diz: “carregue seu candidato”.
Infelizmente, Fernando Henrique Cardoso não tem a estatura moral daquele capitão da guarda costeira italiana e não pode dar um grito: Vadda a bordo, catzo!
Alckmin, reinando sobre os destroços, dirá que que os salvados do naufrágio são só seus.
E a elite paulista, tão orgulhosa e soberba com os pobres, irá negociar os despojos com Minas, numa antítese de Borba Gato e Raposo Tavares.
Parte dela, é claro, porque a São Paulo que sabe ler no seu brasão o latim “non ducor, duco”, o “não sou conduzido,conduzo”, não se afogará como o tucanato. Mesmo que seja num cruzeiro de luxo.
*Tijolaço
Serra comunica ao PSDB que está fora da disputa à Prefeitura de São Paulo
Depois de meses de pressão para que entrasse na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra (PSDB) reuniu o seu grupo de aliados mais próximos e informou em tom solene que não será candidato na eleição municipal deste ano.
Embora, em se tratando do que Serra diz, a única verdade que se pode afirmar conter no que fala é a de que é falsa cada palavra, talvez se possa comparar sua atitude com a do capitão italiano do Costa Concórdia, o transatlântico naufragado nas costas da Itália.
Não importa que Alckmin e Aécio esfreguem as mãos diante da possibilidade de que ele, candidato, perca e afunde. A nau tucana aderna em São Paulo, seu porto seguro, Kassab procura desesperadamente um colete salva-vidas petista, reina a confusão a bordo do Tucanic.
E o capitão do Tucanic, embora estropiado depois de ter apanhado de um “poste” – não é, Montenegro? – diz que vai descer à terra para apreciar o naufrágio sem molhar os pés. Entrega a Alckmin o supremo comando e diz: “carregue seu candidato”.
Infelizmente, Fernando Henrique Cardoso não tem a estatura moral daquele capitão da guarda costeira italiana e não pode dar um grito: Vadda a bordo, catzo!
Alckmin, reinando sobre os destroços, dirá que que os salvados do naufrágio são só seus.
E a elite paulista, tão orgulhosa e soberba com os pobres, irá negociar os despojos com Minas, numa antítese de Borba Gato e Raposo Tavares.
Parte dela, é claro, porque a São Paulo que sabe ler no seu brasão o latim “non ducor, duco”, o “não sou conduzido,conduzo”, não se afogará como o tucanato. Mesmo que seja num cruzeiro de luxo.
*Tijolaço
Assinar:
Postagens (Atom)