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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, janeiro 19, 2012

A Globo é um prostíbulo e Bial o seu rufião



A Globo é um prostíbulo e Bial o seu rufião
Por
Francisco Barreira em seu 
Prometi a mim mesmo que não  comentaria  essa  lama podre do BBB. Só um idiota não vê que é  simplesmente   uma escancarada exploração da prostituição, a chamada putaria vulgar, como se diz. O problema é que há no  Brasil há  uma multidão de analfabetos políticos sistematicamente imbecilizados exatamente pela mídia alienante e proxeneta , cujo carro chefe é a Globo.
 Então temos a seguinte situação grotesca: um gigantesco prostíbulo, a Globo, é, ao mesmo tempo, o maior e o melhor instrumento prático de formação massiva de opinião pública deste País.
Disso resulta que dezenas de milhões de idiota, idiotizados pela Globo e afins,  há dias discutem seriamente  se foi  justa ou injusta a expulsão  do prostíbulo de um modelo idiota bêbado e prostituído  pela Globo. A acusação é de estupro. Mas a vítima, uma coitada, embriagada e prostituída ao vivo pela Globo, declara peremptoriamente que” deu porque quis”.
Enfim, o episódio policial aumentou exponencialmente  a audiência do programa. Tanto que Boninho, o gerente do  prostíbulo (o dono é o Dr. Marinho e Bial é o rufião), já deve ter feito suas anotações para repetir a cena  em futuros programas.
E a legião de  imbecis ( gado marcado, gado feliz)  arrebanhada e  domada para ser exatamente assim, não percebe que a Globo, em si, é que é um caso de polícia.
Entretanto, é preciso ter cuidado ao condenar o prostíbulo, para não ser  confundido com  moralistas hipócritas ou retardados (provavelmente enrustidos) do tipo pastor Malafaia ou o energúmeno Jair Bolsonaro. Pode ficar parecendo que somos contra a liberação sexual.
No meu caso, é exatamente o oposto.  Sou veementemente favorável à liberação sexual, bem como aos movimentos de emancipação feminina, gay e masculina também. Por que não?
 O problema é que o Sistema (modo de produção Capitalista), que na sua origem era convenientemente puritano, agora que  a família tradicional passou ser indiferente para seu jeito de produzir e  forçar o consumo, encampou a liberação, mas  o fez como numa contrafação,  deturpando-a  e prostituindo-a.
A liberação virou libertinagem e um comércio como outro qualquer. Os negócios ligados ao sexo (incluindo ai o entretenimento do tipo BBB)  só é superado,  em nível planetário, pelo volume de venda de armas de guerra. E virou moda, ação corriqueira, vender, por exemplo,  produtos de maquiagem e  roupas íntimas com conotação claramente sexual, para meninas de seis anos.
No final da matéria que se segue a esta, o leitor encontrará uma síntese das razões sociológicas e econômicas que levaram O Capital (enquanto Sistema) a mudar  o seu comportamento em relação à família e sua prole. Essa síntese está contida no título O Crepúsculo do Capital.no blog: http://fatosnovosnovasideias.wordpress.com

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