Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Já não falta mais nada: Ratzinger denunciado por corrupção

Arcebispo denuncia Papa por corrupção no Vaticano
25/01/12.-El arzobispo Carlo María Viganó, actual embajador de la Santa Sede en Estados Unidos (EE.UU.) y exsecretario general del Governatorato de la Ciudad del Vaticano, denunció este miércoles al Papa Benedicto XVI por “corrupción y mala gestión” en la administración de la institución religiosa.
La denuncia fue publicada en la prensa italiana, cuyos diarios Corriere della Sera y Libero Quotidiano difundieron extractos de una carta escrita por Viganó en la que expresó que se lamentaba por “las corruptelas y privilegios” que había visto tras asumir el cargo de secretario general del Governatorato en julio de 2009.
“Jamás habría pensado encontrarme ante una situación tan desastrosa”, que pese a ser “inimaginable era conocida por toda la Curia”, expresó el pontífice en su misiva.
Puntualmente, el Arzobispo denunció que en el Vaticano “trabajan siempre las mismas empresas”, con pagos que duplican los del mercado y agregó que además “no existe transparencia alguna en la gestión de las contratas de construcción y de ingeniería”.
También denunció, entre otras, que la Fábrica de San Pedro, que se encarga del mantenimiento de los edificios vaticanos, presentó “una cuenta astronómica”, de 550 mil euros (715 mil dólares), por la construcción del tradicional portal de Belén que se colocó en la plaza de San Pedro en 2009.
Además, dijo que los banqueros que integran el llamado “Comité de finanzas y gestión” se preocupan más de sus intereses “que de los nuestros” y que en diciembre de 2009 en una operación financiera “quemaron (perdieron) 2,5 millones de dólares”.
Con estas evidencias, Viganó terminó diciendo que durante su gestión logró que el Vaticano pasara de ocho millones y medio de perdidas en 2009 a un beneficio de 34,4 millones en 2010.
No obstante, el Arzobispo indicó que con su política de rigor se ganó muchos enemigos y que por ello fue sacado del Governatorato y enviado como Nuncio (embajador) a EE.UU., cargo interpretado como un castigo para el prelado.
“Mi traslado (a Estados Unidos) servirá para desanimar a aquellos que creyeron que sería posible limpiar numerosos casos de corrupción y de malversación en la gestión de diferentes direcciones” del Vaticano, indicó.
Según el diario Corriere della Sera, Viga se sentía amenazado por maniobras hostiles en el seno del Vaticano, por lo que decidió dirigirse directamente a Benedicto XVI, un Papa supuestamente considerado “preocupado” por la transparencia en las finanzas.
La prensa italiana estima que estas denuncias (que aunque fueron publicadas este miércoles datan de más de 10 meses atrás) fueron las que le costaron a Viganó no ser promovido a cardenal, como le correspondía.

Nenhum comentário:

Postar um comentário