Incompetentes e truculentos
Não sobram áreas para a dupla PSDB-Kassab atentarem contra os menos favorecidos de São Paulo.
A violência corre solta no nosso Estado, evidenciando não somente a
truculência policial, mas o total desprezo e desrespeito pelo ser
humano.
Usuários de drogas são espancados e expulsos da cracolândia. Sem
planejamento e acolhimento adequados, centenas de desassistidos passam a
circular como zumbis pela cidade.
Medidas para a solução do problema da droga, da violência e da
mendicância no centro da capital têm que ser tomadas com
responsabilidade. Não cabe aqui citar o que esta nefasta gestão
interrompeu no diálogo social. Basta lembrar o impacto negativo para a
recuperação do centro ocorrido após a interrupção do projeto do BID, o
desmantelamento do Boracéa (modelo de atendimento social) e o descaso
das gestões Kassab em trazer o Bolsa Família para São Paulo.
Na USP, mais um exemplo de indisposição para o diálogo. Viu-se a
perplexidade da população que não compreendia a truculência e o que se
passava. Posteriormente, a indignação com o comportamento nitidamente
preconceituoso de um policial frente ao aluno que virou alvo, por ser
negro.
A reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos, já se
caracterizou como uma das ações mais violentas e cruéis do novo-velho
governo paulista.
Centenas de famílias enxotadas numa ação judicial que existe há anos e
tinha desfecho conhecido. Nada foi pensado sobre destino delas. O
Estatuto da Cidade passou ao largo, seja por, ou falta de, interesse do
prefeito peesedebista de São José, seja pela omissão do governador. A
política do que se danem os destituídos.
Como disse um popular, do lado de fora da catedral da Sé, sobre a festa
de 458 anos de São Paulo: "Enquanto o prefeito está comungando, nós aqui
apanhando".
Esta falta de compromisso com o social perdura no abandono das famílias,
que, vítimas de incêndio na favela do Moinho (região central da
capital), continuam sem futuro, largadas no meio das cinzas, com um
único banheiro para todos.
No transporte, a violência do descaso é tão ou mais grave, pois são
milhares de pessoas que poderiam estar chegando mais cedo em casa,
ficando mais com a família, tendo menos estresse, gastando menos e
vivendo melhor.
Em resumo, esses maus governantes, que fazem discursos bonitos, têm suas
ações em direção oposta à sensibilidade, ao respeito e ao cuidado com o
outro. Principalmente com os que não têm.
Entrementes, a pergunta que não quer calar: por que tantos bilhões da
Prefeitura de São Paulo nos bancos, enquanto a pobreza grassa solta na
cidade?
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