Leonardo Boff, teólogo e escritor |
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, janeiro 24, 2012
Cuidado, tucanos: Serra se remói
Já era bem claro, para quem sabe, pelo tal “Brado Retumbante” da Rede Globo, que foi “casualmente” lançado.
Mas FHC, o decano do tucanato, tratou de explicitar, na entrevista à revista inglesa The Economist, que a Folha reproduz.
A tática para 2014 está montada: Aécio para a presidência, que livrará o PSDB do quarto massacre, pois, pela idade e candidatura inédita não fará vergonha; Alckmin para o Governo de São Paulo, para tentar fazer com que o provável naufrágio nas eleições paulistanas deste ano atinja o convés superior.
José Serra é impiedosamente moído pela fraternidade de tamanduá do ex-presidente.
Que, aliás, “prevê” o obvio: “uma briga interna muito forte no PSDB, entre Serra e Aécio”.
Briga na qual, agora, ele assume publicamente o lado de Aécio.
Serra, a esta altura, é pura bile.
Ele atribui a Aécio o inferno astral que enfrenta com as denúncias da “privataria”.
E não admite a ideia de se tornar o “boi de piranha” para que FHC atravesse o rio com Aécio de grumete.
Enquanto ele, inservível como candidato futuro, é destroçado como o grande beneficiário dos negócios da privatização.
Serra não enffrentará isso de forma aberta, polemizando.
Não é da sua natureza o combate, mas a intriga e a perfídia.
Fernando Henrique julga-se Luís XV, cohecido como “o Bem-Amado”, que arruinou a França.
Serra de outra natureza, é o homem (de)formado na penumbra, nas negaças, no jogo palaciano.
Sente que há uma pinça se fechando sobre ele, para removê-lo de cena.
Não lutará como o leão que não é. Mas como a víbora que sempre foi.
*Tijolaço
PT critica o PSDB por ação desastrada contra comunidade
O pessoal da comunidade invadida não faz parte da elite cheirosa, por
isso a PM de Geraldo Alcmin baixou o pau em indefesos cidadãos.É esse o
modo tucano de governar:para o rico, tudo.Para o pobre, porrada.
Presidente nacional do partido, Rui Falcão criticou hoje a operação
deflagrada pela PM na comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos,
interior de São Paulo; dirigente petista classificou como "violenta" a
ação policial, que teve "a conivência do governador Geraldo Alckmin"
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, criticou hoje a operação
deflagrada ontem pela Polícia Militar de reintegração de posse da
comunidade Pinheirinho, área de 1,3 milhão de metros quadrados em São
José dos Campos (SP). Em vídeo, divulgado no portal do partido, o
dirigente petista classificou como "violenta" a ação policial que,
segundo ele, teve a conivência do governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin.
"Eu quero expressar minha solidariedade às famílias que foram
violentamente expulsas do Pinheirinho, depois de uma ação violenta
promovida por ordem da Justiça Estadual e com a conivência do governo
estadual, o governador Geraldo Alckmin", afirmou.
A comunidade foi desocupada após decisão judicial que determinou a
reintegração de posse do terreno, que pertence à massa falida da empresa
Selecta S/A, do empresário Naji Nahas.
Na operação policial, foram usados dois helicópteros, carros blindados e
cerca de dois mil soldados do Batalhão de Choque. O presidente nacional
do PT lembrou que havia um acordo em andamento com os moradores do
acampamento e considerou que famílias foram desalojadas "sem
necessidade". "E o que é pior: com uso de extrema violência", criticou.
Ele relatou que, inclusive, um ouvidor do governo federal foi ferido na
ação de reintegração. "Havia um acordo em andamento, mas precipitou-se a
ocupação com a utilização de força desnecessária." Em nota, assinada
pelo presidente da sigla, o PT afirma que a operação policial "frustrou"
os esforços para uma saída pacífica no Pinheirinho. "O terreno poderia
ser objeto, conforme proposta formal do governo federal, de uma ação
conjunta dos vários entes federados."
A nota ressalta ainda que a prefeitura de São José dos Campos,
atualmente sob o comando do PSDB, "rompeu unilateralmente as
negociações" e condena "fortemente" o que chama de "intransigência" e
"insensibilidade social" dos governos municipal e estadual.
"A prefeitura de São José dos Campos, o governo do Estado de São Paulo e
o Tribunal de Justiça de São Paulo devem responder pelas consequências
de seus atos nessa situação lamentável", defende. "O que choca é que o
mínimo de civilidade e credibilidade se espera na relação administrativa
entre entes da federação."
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem que teve
garantias do governador de São Paulo de que seria pacífica e segura a
ação policial no Pinheirinho.
A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo também divulgou
nota na manhã de hoje na qual repudia "veementemente" o rompimento das
negociações por um desfecho pacífico na comunidade. "A bancada petista
vê, além de precipitação, a total ausência de sensibilidade social na
ação articulada pelo governador de São Paulo e pelo prefeito de São José
dos Campos, ambos do PSDB", afirma.
*oterrordonordeste
Irã anuncia o fechamento definitivo do estreito de Ormuz.
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*Brasilmobilizado
Brasileirus Ordinárius
Porta-voz do Tucanistão diz que foram encontradas armas de destruição em massa no país do eixo do mal, Pinheirinho
Um cidadão do Tucanistão faz seu protesto contra o país vizinho, o Brasil , diz que a lei no Tucanistão é cumprida à risca e o país está preparado para a guerra. Ele explica o porquê do seu ódio aos cidadãos de Pinheirinho e do Brasil:"Os moradores que invadiram o local são da classe "brasileirus ordinárius". O Brasileirus Ordinárius é aquela espécie de povo que pensa que é esperto, que vive pensando em ficar rico, mas não quer trabalhar para isso. Não pensa em estudar e geralmente não respeita o próximo nem as leis"
OAB: "houve mortos no Pinheirinho"
Por Bruno Bocchini e Flávia Albuquerque, na Agência Brasil:
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São José dos Campos, Aristeu César Pinto Neto, disse hoje (23) que houve mortos na operação de reintegração de posse do terreno conhecido como Pinheirinho, na periferia da cidade. De acordo com ele, crianças estão entre as vítimas.
“O que se viu aqui é a violência do Estado típica do autoritarismo brasileiro, que resolve problemas sociais com a força da polícia. Ou seja, não os resolve. Nós vimos isso o dia inteiro. Há mortes, inclusive de crianças. Nós estamos fazendo um levantamento no Instituto Médico-Legal [IML], e tomando as providências para responsabilizar os governantes que fizeram essa barbárie”, disse, em entrevista à TV Brasil.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São José dos Campos, Aristeu César Pinto Neto, disse hoje (23) que houve mortos na operação de reintegração de posse do terreno conhecido como Pinheirinho, na periferia da cidade. De acordo com ele, crianças estão entre as vítimas.
“O que se viu aqui é a violência do Estado típica do autoritarismo brasileiro, que resolve problemas sociais com a força da polícia. Ou seja, não os resolve. Nós vimos isso o dia inteiro. Há mortes, inclusive de crianças. Nós estamos fazendo um levantamento no Instituto Médico-Legal [IML], e tomando as providências para responsabilizar os governantes que fizeram essa barbárie”, disse, em entrevista à TV Brasil.
Alckmin e a mídia mentem sem parar
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
É de revolver o estômago a torrente de mentiras e distorções com que o governador Geraldo Alckmin e a mídia que o protege esbofeteiam a sociedade. Mentem para o tucano se eximir de suas responsabilidades. Mentem descaradamente, compulsivamente.
Televisões, rádios, jornais e revistas tentam transformar em criminosos os trabalhadores do Pinheirinho e suas famílias noticiando atos de vandalismo que poderiam ocorrer em qualquer comunidade submetida ao choque que sofreram.
É de revolver o estômago a torrente de mentiras e distorções com que o governador Geraldo Alckmin e a mídia que o protege esbofeteiam a sociedade. Mentem para o tucano se eximir de suas responsabilidades. Mentem descaradamente, compulsivamente.
Televisões, rádios, jornais e revistas tentam transformar em criminosos os trabalhadores do Pinheirinho e suas famílias noticiando atos de vandalismo que poderiam ocorrer em qualquer comunidade submetida ao choque que sofreram.
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