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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, janeiro 26, 2012
quarta-feira, janeiro 25, 2012
Manifestantes cercam e vandalizam carro de Kassab em São Paulo
Manifestantes dão pontapés na lataria de carro de Kassab
Foto: Marcio Fernandes/Agência Estado
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HERMANO FREITAS
Direto de São Paulo
Manifestantes cercaram e vandalizaram o carro da comitiva do prefeito Gilberto Kassab (PSD) na manhã desta quarta-feira no centro de São Paulo. Segundo a assessoria do político, a lataria do carro foi amassada. Não há informação de feridos.
Ainda de acordo com a assessoria do prefeito, a agressão aconteceu após a missa de aniversário da cidade nas proximidades da Catedral da Sé. O grupo, que protestava contra as ações do governo na Cracolândia e na ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, tentou esvaziar os pneus do veículo usado por Kassab e usaram lixeiras para bater nos vidro. O grupo ainda arremessou ovos contra a comitiva.
A Polícia Militar interveio e usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar a aglomeração. De acordo com a assessoria da corporação, os manifestantes pretendiam entregar um diploma fictício de "pior prefeito da história" a Kassab e, com a saída da comitiva, partiram para cima do carro por volta das 11h. Ainda segundo a PM, foram empregadas "técnicas de controle de distúrbios civis", sem especificar que tipo de medida foi utilizada.
Após o tumulto, a comitiva de Kassab se dirigiu à prefeitura de São Paulo. Por volta das 11h20, cerca de 1 mil manifestantes, segundo a PM, iniciaram uma marcha em direção à prefeitura para realizar novo protesto. Algumas ruas da região foram bloqueadas com o objetivo de impedir a aproximação dos manifestantes.
CHÁVEZ TERIA ENTRE 9 A 12 MESES DE VIDA SE NÃO FIZER TRATAMENTO INTENSIVO
Do períodico espanhol ABC
El
cáncer de próstata del líder venezolano se complica con metástasis en
los huesos, la espina dorsal y tumor en el colon, según informes médicos
a los que accedió ABC
Entre nueve y doce meses le quedan de vida al presidente de Venezuela, Hugo Chávez,
si insiste en rehusar el tratamiento adecuado que le obligaría a dejar
temporalmente sus funciones presidenciales, según el último examen
médico de los especialistas que le atienden.
A partir de las nuevas pruebas realizadas el pasado 30 de diciembre, los médicos concluyeron que «su salud parece estar deteriorándose a paso más rápido; claramente ha habido metástasis en los huesos y la espina dorsal».
Así
consta en uno de los informes confidenciales elaborados por informantes
con acceso al equipo médico de Chávez, manejados por servicios de
inteligencia y que ABC ha podido leer en su integridad. El último
informe, del 12 de enero, especifica que el presidente venezolano
«recibió en el último mes un incremento de dosis de calmantes y estimulantes», lo que explica la gran actividad pública que ha estado desarrollando.
Pero
la gravedad de su estado quedó confirmada en el examen del 30 de
diciembre, que localizó «un nuevo cultivo cancerígeno de aproximadamente
2 x 1,5 milímetros en el segmento superior del colon».El cuadro clínico reduce su esperanza de vida: en noviembre los
médicos hablaban de un año, ahora el peor escenario es de solo nueve
meses. Chávez podría morir antes de las elecciones del 7 de octubre obien llegar a ellas en tal estado, con abundante suministro de morfina, que podría incapacitarle para ejercer un cargo público.
Optimismo oficial
El
Gobierno venezolano mantiene la tesis oficial de la curación del
cáncer. Pero los detalles ofrecidos por los citados informes
confidenciales indican lo contrario. «The Wall Street Journal» ya
se hizo eco hace meses de algunos de esos datos; ahora ABC está en
condiciones de ampliarlos. Lo que aquí sigue son sus partes más
concluyentes.
Detectado el cáncer de próstata en enero de 2011, Chávez es sometido en junio a dos intervenciones en La Habana, la primera dirigida por un médico venezolano,
y la segunda por los médicos rusos que después han seguido con todo el
tratamiento. Diagnóstico: «Cáncer de próstata complicado con metástasis
en colon y huesos». Esperanza de vida: «Cinco años, posiblemente más con
buena atención».
A Chávez se le hace una operación de extirpación de próstata,
pero no se le toca el colon. Se decide tratar el cáncer de colon con
quimioterapia y se lleva a cabo la primera ronda. Para aplicar los
remedios adecuados se plantea un viaje secreto a Moscú .
Una
revisión del 1 de agosto constata que la primera ronda de quimio no ha
dado los resultados buscados, ya que «algunos cultivos cancerígenos
continúan creciendo». Entre el 2 y el 5 de septiembre tiene lugar en
Venezuela la segunda ronda de quimioterapia. En días posteriores, Chávez
cae desmayado en dos ocasiones, y una de ellas requiere cierto tiempo
de recuperación.
En octubre se lleva a cabo la tercera tanda de quimioterapia.
Los médicos hablan de «tumor agresivo en región pélvica complicado con
metástasis de huesos y espina dorsal». Esperanza de vida: «No más de tres años si el tumor no se puede erradicar». El tratamiento se aplica en la base militar venezolana de La Orchila, donde se ha acondicionado una zona como hospital para Chávez.
Desobedece a los médicos
A
finales de octubre, el equipo médico anuncia un «claro y significativo
crecimiento de las células cancerígenas en médula ósea». Concluyen que
«la extensión de la enfermedad se está acelerando». El 19 de noviembre
Chávez es sometido a una cuarta tanda de quimioterapia. No obstante,
pero «el cáncer ha continuado la metástasis en los huesos».
Esperanza de vida: «Aproximadamente doce meses, asumiendo que siga negándose al tratamiento más intenso recomendado».
Nuevas pruebas realizadas entre el 4 y el 6 de diciembre establecen que «el número de células cancerígenas en sus huesos es la más alta desde que comenzó la observación».
Chávez
es examinado con más profundidad el 30 de diciembre. «Su salud parece
estar deteriorándose a paso más rápido», consideran los especialistas.
Declaran «sin éxito» los esfuerzos por «retardar y parar la metástasis a
los huesos». «Claramente ha habido metástasis en los huesos y en la espina dorsal».
Además se le localiza «un nuevo cultivo cancerígeno de aproximadamente 2
x 1.5 mm en el segmento superior del colon». Esperanza de vida: «De
nueve a doce meses» si sigue rehusando un tratamiento adecuado.
De
acuerdo con el último informe consultado, del 12 de enero, durante
estas semanas Chávez ha recibido «un incremento de dosis de calmantes y
estimulantes que le ha ayudado a dar la impresión de que está
estabilizado y le ha permitido un nivel de visibilidad alto».
*historiavermelha
SARAMAGO: 'TER OLHOS QUANDO OUTROS OS PERDERAM' - O ROMPIMENTO DO GENIAL PORTUGUÊS COM O MODELO REPRESSOR DA CUBA CASTRISTA
Wilman Villar, dissidente que morreu depois de greve de fome. |
O
prisioneiro cubano Wilman Villar, de 31 anos, morreu no dia
19 em Santiago de Cuba, vítima de pneumonia e infecção generalizada
em consequência de uma greve de fome que mantinha há 50 dias para
protestar contra a pena de quatro anos de prisão a que tinha
sido condenado por "desacato e atentado à autoridade".
Militante do movimento União Patriótica de Cuba, Villar foi preso no dia 14 de novembro do ano passado. E o
governo de Cuba sequer reconheceu o prisioneiro como dissidente
político, alegando que Villar seria um "preso comum", cujo motivo da
prisão tinha sido agressão à mulher e resistência às autoridades. Já a
Anistia Internacional informou que se tratava de um preso de
consciência, detido quando participava de uma manifestação em apoio às
Damas de Branco (mulheres de presos políticos). Em 2010, o regime
cubano também alegara que outro preso político, Orlando Zapata, era um
mero delinquente. Zapata também morreu depois de uma greve de fome.
É
lamentável o silêncio e a conivência de uma certa esquerda com a
violação de direitos humanos em Cuba. É uma espécie de fetichismo que,
em nome da "luta anti-imperialista", justifica não apenas a ditadura
castrista como também regimes genocidas como os de Gaddafi e Assad. Tal
postura deixa a direita com o monopólio da crítica aos
regimes stalinistas ou meramente nacionalistas. Essa esquerda ortodoxa é
incapaz de se dissociar do bolchevismo e menos ainda de aceitar a
crítica à ditadura de partido único feita por Rosa Luxemburgo, Victor
Serge, George Orwell, Cornelius Castoriadis e Claude Lefort, entre
outros.
Em abril de 2003, quando o escritor português José Saramago rompeu com Cuba, escrevi o seguinte na revista ISTOÉ:
"O livro Ensaio sobre a cegueira,
do escritor português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura de
1998, tem uma epígrafe que diz: “Se podes olhar, vê. Se podes ver,
repara.” Em determinado ponto do romance, Saramago fala da
“responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam”. Comunista
de carteirinha e de velha cepa – ele aderiu ao Partido Comunista
Português antes de se tornar escritor, em 1947 –, Saramago sempre
defendeu o regime de Cuba e seu comandante-em-chefe, Fidel Castro, de
quem era amigo.
Na
segunda-feira 14, o escritor finalmente abriu os olhos para uma
realidade que ele sempre preferiu enxergar sob lentes opacas: num
pequeno artigo para o jornal espanhol El Pais, Saramago desanca o
regime castrista pela condenação de 75 dissidentes, muitos a penas de
20 a 25 anos de prisão, e pelo julgamento e fuzilamento sumários de
três cubanos que tentaram sequestrar uma balsa para fugir para Miami.
“De agora em diante, Cuba seguirá seu caminho e eu ficarei. Dissentir é
um direito que se encontra inscrito com tinta invisível em todas as
declarações de direitos humanos passadas, presentes e futuras.
Dissentir é um ato irrenunciável de consciência. Pode ser que a
dissidência conduza à traição, mas isso sempre tem que ser demonstrado
com provas irrefutáveis”, escreve o português. “Não creio que se haja
atuado sem deixar lugar a dúvidas no julgamento recente em que foram
condenados a penas desproporcionadas os dissidentes cubanos. (...)
Agora, chegam os fuzilamentos. Sequestrar um barco ou avião é um crime
severamente punível em qualquer país do mundo, mas não se condena à
morte os sequestradores, sobretudo tendo em conta que não houve
vítimas. Cuba não ganhou nenhuma batalha heróica fuzilando esses três
homens, mas perdeu minha confiança, arrasou minhas esperanças e
frustrou minhas ilusões. Até aqui cheguei”, lamentou o escritor.
Nota do militanciaviva
O
SAGRADO DIREITO AO CONTRADITÓRIO, É UMA EXPRESSÃO UNIVERSAL E
DIALÉTICA QUE O VERDADEIRO SOCIALISTA PROFESSA E DEFENDE COM
RESPONSABILIDADE HISTÓRICA, E COM CORAGEM, SEM TITUBEAR.
Postado por Cláudio Camargo
*MilitânciaViva
O quê é a Nato?
É preciso liberalizar. E para liberalizar, os seguros tornam-se obrigatórios, pois já não há o Estado ou a autarquia nos bastidores, há só o privado.
Em Italia, por exemplo, em cruz estão agora os taxistas que, ao ler os diários nacionais, vivem em condições próximas daquela de Bill Gates. Aliás, nem se percebe porque continuam a trabalhar, deve ser um vício, como a cocaína.
A conclusão? A mesma dos taxistas dos Estados Unidos, totalmente liberalizados, totalmente compostos por imigrados: pessoas que fugiram dos próprios Países, das condições de inimaginável miséria, para aceitar salários de fome no estrangeiro.
Doutro lado, migrar é uma necessidade, não apenas das pessoas mas dos governos: por isso o primeiro ministro de Portugal e alguns homens do executivo dele convidam os Portugueses a abandonar o País. Tudo tornará mais simples gerir as liberalizações, que serão reduzidas até meros conflitos étnico-raciais, com as vítimas umas contra as outras. Racismo e xenofobia: pode haver acusação pior?
O que é mais simples: controlar um povo ou controlar um conjunto de pessoas com língua, religiões, usos diferentes? Paradoxalmente, a resposta correcta é a segunda, porque neste caso é suficiente a força.
Assim os diários italianos, em vez de tratar da revolta dos forcados (que continua), tratam dos taxistas, autênticos paxás que evadem o fisco, obstaculizam o crescimento, provavelmente lapidam as mulheres infiéis.
Um meu colega do liceu era filho de taxista e não lembro de tamanha riqueza; mas provavelmente disfarçava (e bem, diga-se).
Estes tons de psico-guerra imperialista contra as corporações não são uma anomalia da propaganda, mas representam um facto natural que tem como objectivo a máxima privatização da sociedade. São a "prática" enquanto a "teoria" pode ser encontrada no Business & Economics Program do Concelho Atlântico, o órgão da Nato.
Nato e governance mundial? Esquisito, não é?
Não, não é: os bombardeiros servem para gerir o business. E com a guerra na Líbia, só para fazer um exemplo, deveríamos já ter percebido isso: bombas e bancos. A sinergia perfeita.
Vamos ver quem são os membros do Concelho Atlântico? E vamos.
Olhaolhaolha: entre os membros do Advisor Group do Business & Economics Program que trata das liberalizações há um italiano, tal Mario Monti.
Ehi, mas não é aquele homem dos bancos? É.
E não é aquele senhor que foi nomeado primeiro ministro sem ser eleito por ninguém? É.
No mesmo País onde os taxistas agora são a vergonha nacional? É.
Coisas estranhas da vida. Mas vamos em frente.
Ian Brzezinski, filho de Zbigniew Brzezinski, irmão do advogado Mark Brzezinski e do jornalista MSNBC Mika Brzezinski. Palavras para quê?
Outros:
Nancy Walbridge Collins, Aspen Institute, Council on Foreign Relations, Foreign Policy Association, Intelligence and National Security Alliance, International Institute for Strategic Studies, Rockefeller Foundation
Caio Koch-Weser, Banco Mundial, Deutsche Bank, World Economic Forum
Angel Ubide, Tudor Investment Corporation
Paula Stern, Stern Group
Jean Lemierre, BNP-Paribas
Rod Hunter, IBM
Paula Dobriansky, Thomson Reuters
Jacob A. Frenkel, American International Group (AIG)
Daniel Vasella, Novartis International AG
Gunter Thielen, Bertelsmann AG
Robert J. Stevens, Lockheed Martin
Martin Senn, Zurich Financial Services
John Wren, Omnicom
Jacob Wallenberg, Investor AB
Martin Sorrell, WPP Group PLC
Stephen A. Schwarzman, The Blackstone Group
Gordon Nixon, Royal Bank of Canada
Rupert Murdoch, News Corporation
Muhtar Kent, The Coca-Cola Company
Thomas Enders, Airbus S.A.S.
Robert E. Diamond, Barclays PLC
Josef Ackermann, Deutsche Bank AG
A lista poderia continuar, mas podemos parar, é já suficientemente claro. Ou seja, não é muito claro o que raio está a fazer a Coca-Cola na Nato, se calhar serve as bebidas.
A moral é que hoje a Nato é uma das maiores organizações de lobby bancárias, com certeza a mais potente, onde o papel principal é desenvolvido por elementos como JP Morgan, Deutsche Bank e Goldman Sachs: pois por cada nome de empresa contido na lista acima é possível efectuar breves pesquisas e descobrir assim a complicada teia de ligações, no fim das quais encontramos os conhecidos do costume.
Não admira, portanto, que Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial e homem Goldman Sachs, tenha encontrado os membros do Concelho partilhando pérolas de sabedoria, numa reunião "generosamente suportada pela Deutsche Bank".
"Conflito de interesses"? Não entendo, o que significa?
Ipse dixit.
*informaçãoincorreta
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