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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, janeiro 27, 2012
A verdadeira face da blogueira cubana Yoani Sánchez.
Nos últimos dias
a imprensa hegemônica tem destacado o fato de o Brasil ter dado visto
de entrada à blogueira cubana Yoani Sánchez. Destaque exagerado, temos
que admitir, pois afinal de contas qual é a importância dessa senhora
para o mundo?
É como se a
imprensa de qualquer país estrangeiro estivesse dando importância a um
blogueiro que se dedica a atacar toda e qualquer ação do governo
brasileiro, fazendo "favores" para a oposição e para o segmento da
sociedade que não se conformam com os avanços sociais do governo do PT.
No caso da
blogueira cubana é muito pior, pois está mais do que provado que ela é
uma serva dos cubanos de Miami e dos governos conservadores do EUA, que
não se conformam com o triunfo da Revolução Cubana e com a perda da Ilha
como seu play ground, como era no tempo de Batista.
Aqui no Brasil,
poucos conhecem a blogueira cubana e sua "militância", regiamente paga
pelos EUA, com a falsa etiqueta de "defensora do direito de expressão.
Prestem atenção em quem está divulgando essa senhora:
O jornal O
Estado de São Paulo, a revista Veja, as Organizações Globo de rádio e
TV, ou seja, o chamado PIG (Partido da Imprensa Golpista). Os mesmos que
estão há 9 anos fazendo papel de partido político, manipulando,
mentindo e tentando derrubar o governo do Partido dos Trabalhadores. Os
mesmos que, exatamente como os contra Cubanos de Miami e os EUA, não se
conformam com a perda de poder e influência na sociedade brasileira com o
os dois mandatos do governo Lula e agora com o governo Dilma Rousseff.
Alguns
seguidores no Twitter tem me perguntado: "Quem é Yoani Sánchez, para
merecer tantas manchetes nos jornais e na TV Globo?"
A verdadeira face de Yoani Sánchez foi desvendada pelo jornalista Salim Lamrani, jornalista que investigou as relações dela com Washington. (reproduzida abaixo).
O Brasil deu o
visto de entrada à blogueira, como daria a qualquer Zé Das Couves que
solicitasse, desde que cumprisse todos os requisitos exigidos.
Conseguir a
autorização para sair de Cuba é um problema interno de Cuba, o governo
brasileiro não deve e, tenho certeza, não interferirá nesse processo.
Quem pagará sua passagem e sua
estadia, também é um problema dela, muito embora fosse interessante
sabe-lo, já que ela vive difundindo em seu blog e em seu Twitter que o
povo cubano não tem dinheiro nem para comer.
Porém, há questões importantíssima que deveriam servir de reflexão para os brasileiros:
1- Por que a blogueira não vai
para a Europa divulgar sua idéias e "ideais", já que foi "premiada" pela
imprensa espanhola, por exemplo.?
2- Por que este súbito interesse
pelo Brasil, exatamente no momento que as relações entre os países da
América Latina e Caribe começam a se fortalecer( Mercosul, Unasur.
Celac)?
3- Por que quando todos os países
Latino Americanos estavam sob o domínio de sangrentas ditaduras
militares, a imprensa não se empenhou em trazer, ativistas pelos
direitos humanos e pela liberdade expressão?
4- Por que os "bem intencionados
norte americanos", defensores da democracia, dos direitos humanos e da
liberdade expressão não trouxeram ativistas para defender e protestar
contra a violação dos direitos humanos e das liberdades individuais para
o Brasil de Médici, para a Argentina de Jorge Videla e para o Chile de
Pinochett?
5- Será que, depois de ter caído a
máscara de Mocinhos defensores da democracia, com as desastrosas
invasões do Afeganistão e do Iraque o modus operandis dos EUA, começou a
ser revisto?
6- Será que as invasões dos
Marines será substituída pela invasão de "inocentes blogueiros" com
carinhas de mocinhas inofensivas e anoréxicas, com genéricas bandeiras
de defensores de liberdade de expressão?
São questões que deveríamos nos
fazer, pois ver tamanho carnaval no PIG para trazer uma blogueira como
ela ao Brasil é realmente muito suspeito.
Abaixo, reproduzi um bom resumo
das atividades de Yoani Sanchéz e fontes, bastante confiáveis, para que
não perm
itamos que nos vendam gato por lebre.
Qual preconceito mais te incomoda?
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Amo São Paulo. Por isso mesmo dói ouvir certas aberrações da boca dos meus conterrâneos.
Todos os criados neste caldo e que não foram devidamente conscientizados para o contrário não estão imunes a propagar preconceitos. Acreditem, é um trabalho diário, do qual não me excluo, para garantir que nossa boca não seja mais instrumento de opressão. Pois essas frases não são coisas inofensivas ou engraçadinhas, mas ajudam a renovar a segregação.
Preconceito existe em todo o lugar, não é monopólio paulistano. Mas em cada região, há ódios que se sobressaem mais do que outros. Com a ajuda de amigos jornalistas e baseado também nos comentários dos posts deste blog – fonte inesgotável de posições bisonhas – elencamos frases carregadas de ódio, arrogância e inversão de valores que, vira e mexe, são ouvidas ou lidas na Paulicéia.
O “paulistanismo”, o nacionalismo paulista, funciona como uma espécie de seita radical para os seus adeptos. Mesmo as pessoas mais calmas viram feras, libertando uma fúria bandeirante que parecia, historicamente, reprimida dentro do peito quando se vêem diante de críticas à cidade (reflexão é algo que não faz muito sucesso por aqui). Bandeirantes, aquele pessoal que virou nome de avenida, escola, praça, escultura, Palácio de Governo, homenageados por terem dizimado gente. O fato de São Paulo tê-los escolhido como heróis diz muito sobre o espírito do nosso estado.
Neste 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, uma pergunta: somos capazes de nos desconectar do passado e construir um futuro mais justo ou vamos fica repetindo idéias e frases que carregam em si uma visão ridícula de mundo?
Qual preconceito paulistano mais te incomoda?
- É pobre, mas tem caráter. Nunca sumiu nada lá de casa
- Vagabundo que faz greve deveria ser demitido
- É tudo "baianada"
- São Paulo sustenta esse país.
- Tá com dó [de dependente químico ou sem-teto]? Leva para casa
- Agora ele vai pro hospital e a moto tem seguro. Mas quem paga meu espelho?
- Meu, o Centro agora tá cheio desse "povo da flautinha"
- Tinha que ser preto!
- Mano, cê é bicha?
- Adoro esse shopping que só tem gente bonita e selecionada
- Tire as mãos do meu carro
- Manifestantes? E minha liberdade de ir e vir? Olha o trânsito!
- Criança tinha que trabalhar para não fazer arruaça
Amo São Paulo. Por isso mesmo dói ouvir certas aberrações da boca dos meus conterrâneos.
Todos os criados neste caldo e que não foram devidamente conscientizados para o contrário não estão imunes a propagar preconceitos. Acreditem, é um trabalho diário, do qual não me excluo, para garantir que nossa boca não seja mais instrumento de opressão. Pois essas frases não são coisas inofensivas ou engraçadinhas, mas ajudam a renovar a segregação.
Preconceito existe em todo o lugar, não é monopólio paulistano. Mas em cada região, há ódios que se sobressaem mais do que outros. Com a ajuda de amigos jornalistas e baseado também nos comentários dos posts deste blog – fonte inesgotável de posições bisonhas – elencamos frases carregadas de ódio, arrogância e inversão de valores que, vira e mexe, são ouvidas ou lidas na Paulicéia.
O “paulistanismo”, o nacionalismo paulista, funciona como uma espécie de seita radical para os seus adeptos. Mesmo as pessoas mais calmas viram feras, libertando uma fúria bandeirante que parecia, historicamente, reprimida dentro do peito quando se vêem diante de críticas à cidade (reflexão é algo que não faz muito sucesso por aqui). Bandeirantes, aquele pessoal que virou nome de avenida, escola, praça, escultura, Palácio de Governo, homenageados por terem dizimado gente. O fato de São Paulo tê-los escolhido como heróis diz muito sobre o espírito do nosso estado.
Neste 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, uma pergunta: somos capazes de nos desconectar do passado e construir um futuro mais justo ou vamos fica repetindo idéias e frases que carregam em si uma visão ridícula de mundo?
Qual preconceito paulistano mais te incomoda?
- É pobre, mas tem caráter. Nunca sumiu nada lá de casa
- Vagabundo que faz greve deveria ser demitido
- É tudo "baianada"
- São Paulo sustenta esse país.
- Tá com dó [de dependente químico ou sem-teto]? Leva para casa
- Agora ele vai pro hospital e a moto tem seguro. Mas quem paga meu espelho?
- Meu, o Centro agora tá cheio desse "povo da flautinha"
- Tinha que ser preto!
- Mano, cê é bicha?
- Adoro esse shopping que só tem gente bonita e selecionada
- Tire as mãos do meu carro
- Manifestantes? E minha liberdade de ir e vir? Olha o trânsito!
- Criança tinha que trabalhar para não fazer arruaça
Blogueiro da Veja prega censura
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Há anos que os grandes meios de comunicação do eixo São Paulo – Rio de Janeiro (o que inclui jornais, revistas, rádios, televisões e portais de internet) vêm empreendendo uma cruzada contra o que chamam de “censura à liberdade de imprensa” ou “de expressão” que estaria sendo planejada pelo Partido dos Trabalhadores e seus aliados ou simpatizantes, de forma a coibirem críticas ao governo federal.
Há anos que os grandes meios de comunicação do eixo São Paulo – Rio de Janeiro (o que inclui jornais, revistas, rádios, televisões e portais de internet) vêm empreendendo uma cruzada contra o que chamam de “censura à liberdade de imprensa” ou “de expressão” que estaria sendo planejada pelo Partido dos Trabalhadores e seus aliados ou simpatizantes, de forma a coibirem críticas ao governo federal.
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*Miro
*Miro
O capital ou a vida?
O Sacrifício de Isaque (1635), pintura de Rembrandt
Por Frei Betto *
O melhor papai-noel do mundo mereceram 523 instituições financeiras europeias quatro dias antes do Natal: 489 bilhões de euros (o equivalente a R$ 1,23 trilhão), emprestados pelo BCE (Banco Central Europeu) a juros de 1% ao ano! Curiosa a lógica que rege o sistema capitalista: nunca há recursos para salvar vidas, erradicar a fome, reduzir a degradação ambiental, produzir medicamentos e distribuí-los gratuitamente. Em se tratando da saúde dos bancos, o dinheiro aparece num passe de mágica.
Há, contudo, um aspecto preocupante em tamanha generosidade: se tantas instituições financeiras entraram na fila do Bolsa-BCE, é sinal de que não andam bem as pernas. Quais os fundamentos dessa lógica que considera mais importante salvar o mercado que vidas humanas? Um deles é mito de nossa cultura: o sacrifício de Isaac por Abraão (Gênesis 22. 1-19).
No relato bíblico, Abraão deve provar a sua fé sacrificando a Javé seu único filho, Isaac. No exato momento em que, no alto da montanha, prepara a faca para matar o filho, o anjo intervém e impede Abraão de consumar o ato. A prova de fé fora dada pela disposição de matar. Em recompensa, Javé cobre Abraão de bênçãos e multiplica-lhe a descendência como as estrelas do céu e as areias do mar.
Essa leitura, pela ótica do poder, aponta a morte como caminho para a vida. Toda grande causa – com a fé em Javé – exige pequenos sacrifícios, que acentuem magnitude dos ideais abraçados. Assim, a morte provocada, fruto do desinteresse do mercado por vidas humanas, passa a integrar a lógica do poder, como o sacrifício necessário do filho Isaac pelo pai Abraão, em obediência à vontade soberana de Deus. Abraão era o intermediário entre o filho e Deus, assim como o FMI e o BCE fazem a ponte entre os bancos e os ideais de prosperidade capitalista dos governos europeus – que, para escapar da crise, devem promover sacrifícios.
Essa mesma lógica informa o inconsciente do patrão, que sonega o salário de seus empregados sob o pretexto de capitalizar e multiplicar a prosperidade geral, e criar mais empregos. Também leva o governo a acusar as greves de responsáveis pelo caos econômico, mesmo sabendo que resultam dos baixos salários pagos aos que tanto trabalham sem ao menos a recompensa de uma vida digna.
O deus da razão do mercado merece, como prova de fidelidade, o sacrifício de todo um povo. Todos os ideais estão prenhes de promessas de vida: a prosperidade dos bancos credores, a capitalização das empresas ou o ajuste fiscal do governo. Salva-se o abstrato em detrimento do concreto, a vida humana. O espantoso dessa lógica é admitir, como mediação, a morte anunciada. Mata-se cruelmente por meio do corte de subsídios a programas sociais; da desregulamentação das relações trabalhistas; do incentivo ao desemprego; dos ajustes fiscais draconianos; da recusa de conceder aos aposentados a qualidade de uma velhice decente.
A lógica cotidiana do assassinato é sutil e esmerada. Aqueles que têm admitem como natural a despossessão dos que não têm. Qualquer ameaça à lógica cumulativa do sistema é uma ofensa ao deus da liberdade ocidental ou da livre iniciativa. Exige-se o sacrifício como prova de fidelidade. Não importa que Isaac seja filho único. Abraão deve provar sua fidelidade a Javé. E não há maior prova do que a disposição de matar a vida mais querida.
A lógica da vida encara o relato bíblico pelos olhos de Issac. Ele não sabia que seria assassinado, tanto que indagou ao pais onde se encontrava o cordeiro destinado ao sacrifício. Abraão cumpriu todas as condições para matar o filho. Subjugou-o, amarrou-o, colocou-o sobre a lenha preparada para a fogueira e empunhou a faca para degolá-lo. No entanto, inspirado pelo anjo, Abraão recuou. Não aceitou a lógica da morte. Subverteu o preceito que obrigava os pais a sacrificarem seus primogênitos. Rejeitou as razoes do poder. À lei que exigia a morte, Abraão respondeu com a vida e pôs em risco a sua própria, o que o forçou a mudar de território.
Se não mudarmos de território – sobretudo no modo de encarar a realidade –, como Abraão, continuaremos a prestar culto e adoração a Mamom. Continuaremos empenhados em salvar o capital, não vidas, e muito menos a saúde do planeta.
* Frei Betto é escritor, autor de Sinfonia universal – a cosmovisão de Teilhard de Chardin (Vozes), entre outros livros
*Observadoressociais
O ALVO MILITAR DO IMPÉRIO AGORA É O PETRÓLEO IRANIANO
Por Eduardo Bueres
A
república do Irã é um dos maiores gigantes exportadores de petróleo do
mundo; os USA e a UE são os maiores consumidores do ocidente.
Hoje
as exportações iranianas para essa clientela representa apenas 10% do
volume produzido, o restante é vendido para a República Popular da
China.
Esse
patrimônio energético em país muçulmano e não alinhado com a doutrina
de dominação ocidental, se somado ao domínio da tecnologia nuclear para
uso pacífico ou de defesa...
se
constituirá numa audácia absolutamente inaceitável para os falcões
belicistas que possuem os mais poderosos exércitos da terra;
forças
dotadas com artefatos os mais letais até hoje criados pela
'inteligencia' humana; nações que julgam-se donas do mundo e não desejam
o surgimento de nenhum rival na região com poderes a ponto de concorrer
com o estado 'forte apache' de israel nuclearizado.
Caso
a República Iraniana venha mesmo a ser atacada nos próximos meses pelas
forças da OTAN, será mais um triste capitulo que nos dará a certeza de
que o mundo esta aceleradamente regredindo em suas boas conquistas e
tem grande chance de não dar certo para as futuras gerações, que poderão
crescer sem se ver, ou reconhecer fora da triste condição de 'os filhos
da guerra'.
O
ódio, a ganância, a hipocrisia, são os valores que até os dias de hoje
tem inspirado os governantes em todas as épocas, não deixando aos povos
outras alternativas que não sejam o medo e a incerteza; um drama imposto
pela minoria dos países mais fortes e armados sobre a maioria dos
países mais fracos e desarmados que desejam a paz; fator distante de
alcançar que, nestes tempos sombrios, se chegar a ocorrer, jamais
representará uma escolha e uma vitória do bom senso, sim um mero
acidente cíclico e temporal.
Aos bilhões de habitantes da terra, restará continuar a merce da estupidez até o final dos tempos?.
Brasil quer “absorver” inovação tecnológica criada em Portugal
O Brasil está interessado em “absorver” a inovação tecnológica gerada
em Portugal “nos últimos anos”, sobretudo nas áreas das energias
renováveis e da mobilidade eléctrica, afirma o secretário de Estado da
Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais, Nárcio
Rodrigues.
Depois de conhecer o projecto da rede eléctrica inteligente da EDP
InovCity/Smart Grid, de que a cidade de Évora é o “tubo de ensaio”, o
governante disse que “o Brasil pode ser um ‘parque’ a absorver estas
tecnologias, extremamente úteis ao mundo moderno”.
Lembrando a actual crise Nárcio Rodrigues garantiu que “é hora” de o Brasil agir “de forma solidária com Portugal”.
Portugal “avançou muito, nos últimos anos, na inovação tecnológica,
especialmente nas energias renováveis”, disse o governante, apontando
igualmente o carro elécrico como “uma experiência portuguesa que vai
servir para o mundo”.
“Não vejo nenhuma dificuldade em que possamos avançar com a transferência destas tecnologias para o Brasil, num ambiente de parceria que pode permitir que sejam aplicadas lá, com resultados para ambos os países”, sublinhou.
Garantindo que Minas Gerais é “o Estado mais português do Brasil”,
Nárcio Rodrigues destacou que o projecto da construtora aeronáutica
brasileira EMBRAER que está a edificar duas fábricas em Évora também é
um elo comum com esta cidade alentejana.
“Assinámos um acordo para a criação de um gabinete de engenharia da
EMBRAER para o desenvolvimento de novos produtos” e, no Brasil, é o
“primeiro escritório” da empresa “fora do Estado de São Paulo”,
explicou.
O secretário de Estado frisou que, para Minas Gerais, a presença da
EMBRAER “é um valor agregado”, sendo que o mesmo vai acontecer em Évora:
“É bom para a EMBRAER, é bom para Évora, porque são ambas marcas muito
fortes”.
O projecto da rede elétrica inteligente da EDP também foi alvo de
elogios de Nárcio Rodrigues, que referiu que decorre no seu estado um
estudo similar e que “não há hoje cidade no Brasil” que não queira “ter o
sistema de Smart Grid implantado”.
“Podemos ‘beber’ muita da experiência que a EDP teve ao formatar o
projecto InovCity aqui e tenho a certeza que muitos outros países virão
buscar esta experiência para a aplicarem nas suas localidades”, disse.
Fonte: Ciência Hoje
DIREITISTA SARKOZY ADMITE QUE PODERÁ SER DERROTADO EM ELEOÇÃO DE ABRIL
O
presidente da França, Nicolas Sarkozy, enfrenta a possibilidade de
perder poder na eleição de abril, admitindo a assessores que a liderança
eleitoral persistente de seus rivais socialistas indica que seus dias
podem estar contados.
O
líder conservador, que enfrenta índices desanimadores enquanto a
França segue no terceiro ano de crise econômica, pareceu estranhamente
derrotista ao declarar durante uma viagem de fim de semana à Guiana
Francesa que a eleição pode significar o fim de sua carreira política.
"De todo mundo,
estou no final", disse Sarkozy a assessores e a um grupo de jornalistas
em comentários feitos em off, vazados na mídia francesa na
terça-feira. "Pela primeira vez na minha vida estou diante do fim da
minha carreira."
Conhecido por
seu ritmo de atividade frenético e pela tendência à microgestão,
Sarkozy disse que, se perder os dois turnos da eleição -em 22 de abril e
6 de maio-, ele abandonará a política e trocar a vida pública por um
trabalho mais tranquilo, com fins de semana de quatro dias. "De
qualquer forma, mudarei minha vida por completo, vocês não ouvirão mais
nada de mim", afirmou ele, nas declarações publicadas nos diários Le
Monde e Le Figaro.
Há meses Sarkozy
aparece atrás do socialista François Hollande nas pesquisas eleitorais
e tem logo atrás de si a líder de extrema direita Marine Le Pen e o
centrista François Bayrou. Hollande poderá derrotá-lo por 10 pontos
percentuais no segundo turno, indicam as pesquisas.
A ministra
francesa do Meio Ambiente, Nathalie Kosciusko-Morizet, fotografada ao
lado de Sarkozy durante uma viagem de barco na Guiana, minimizou os
comentários, dizendo que eles são um "não-acontecimento" e que a mídia
está lhes dando uma conotação política não apropriada.
Um antigo
assessor de Sarkozy disse à Reuters que ele estava apenas sendo
honesto. "Sarkozy sempre diz o que pensa. Ele disse que espera vencer,
mas pode ser derrotado; é apenas a verdade. É uma grande descoberta,
sim, mas ele não é tolo", afirmou ele. "Imagine se ele tivesse dito que
não havia chance de ser derrotado -a manchete teria sido: 'Esse cara é
louco'."
Última hora
Orador poderoso
que tomou a França de uma vez na campanha de 2007 ao se retratar como
um sopro de ar fresco que poderia ajudar as pessoas a trabalhar mais
para ganhar mais, Sarkozy aguarda uma data mais próxima ao prazo de 16
de março para anunciar sua candidatura à reeleição.
Entretanto, há
meses ele está em compasso de campanha, usando um discurso de ano-novo
televisionado para fazer um apelo para que a nação permanecesse firme
em face da crise econômica e anunciar um plano anticrise de 430 milhões
de euros contra o desemprego na semana passada.
Ele disse a
assessores que está confiante de que poderá atrair eleitores com uma
vigorosa campanha de último minuto que será honesta sobre os erros
cometidos no governo, mas o mostrará como o mais indicado para tornar a
França mais competitiva e sair da crise.
União Europeia embargará 50% do petróleo do Irã
As
sanções da União Europeia ao Irã, apoiadas pelos Estados Unidos,
pretendem afetar metade das exportações do petróleo iraniano e fechar um
cerco que isolará o país de qualquer relação com seus parceiros
econômicos mais importantes.
O
regime persa respondeu à pressão convocando o embaixador da Dinamarca,
país que preside a UE, para dar explicações, enquanto líderes europeus
subiram o tom da retórica contra Teerã.
Detalhes divulgados nesta terça-feira, 24, sobre o embargo da UE
aprovado na segunda-feira indicam que a retaliação é profunda. Qualquer
empresa europeia que comercializar petróleo iraniano, mesmo que para um
terceiro país, poderá ser punida.
Diplomatas em Bruxelas dizem que a meta do plano é afetar metade da
arrecadação do Irã com o combustível por meio de uma "ação global". Além
dos 400 mil barris que os países da UE importam de petróleo iraniano
diariamente, a medida afetará mais 600 mil barris que empresas europeias
comercializam pelo mundo. Segundo a agência de risco, Fitch, a tensão
deve elevar os preços do barril.
Só a Shell tem contratos de mais de 100 mil barris por dia com o Irã e
terá de suspender a operação. No caso da francesa Total, apenas um
terço do petróleo importado por ela de Teerã vai a portos europeus.
Ontem, a Austrália confirmou que também vai adotar as sanções contra o
petróleo iraniano.
Estrangulamento
O
cerco contra Teerã também inclui medidas comerciais para isolar o
país. O último banco que ainda financiava exportações e importações
iranianas ao mercado europeu, o Tejarat, entrou ontem na lista das onze
entidades embargadas pela UE. A Europa é o maior parceiro comercial do
Irã e, com a medida, a capacidade de Teerã de obter máquinas e peças
para suas fábricas será afetada. O prejuízo é calculado em US$ 30
bilhões.
O Tejarat também foi alvo do governo dos Estados Unidos. Washington o
acusa de ser o financiador da compra de urânio pelo Irã e a instituição
que manobrava o pagamento para empresas e outros bancos já sob embargo.
Com duas mil agências pelo Irã e escritório em Paris, o banco teve
todos seus ativos confiscados na Europa.
A ofensiva incluiu também o embargo a cinco empresas de transporte
marítimo com sede em Malta e na Alemanha de propriedade de Guarda
Revolucionária. No total, são 433 empresas iranianas afetadas, além do
Banco Central iraniano.
A cúpula do regime persa aposta que o embargo europeu nem mesmo entrará
em vigor e, mesmo se isso ocorrer, o impacto será pequeno. Para o
ministro de Inteligência, Heydar Moslehi, as sanções são "ineficientes" e
o prazo até julho estabelecido pelos europeus será suficiente para o
Irã encontrar novos compradores.
Retórica
Enquanto a ofensiva para asfixiar financeiramente o país continuava, o
tom das ameaças iranianas voltou a subir ontem. Emad Hosseini,
porta-voz do Comitê de Energia do Parlamento, ameaçou outra vez fechar o
estreito de Ormuz, por onde passam 40% do petróleo mundial a cada dia.
Em protesto ao embargo, o governo iraniano convocou o embaixador
dinamarquês em Teerã para prestar esclarecimentos.
Em Londres, o secretário de Defesa, Philip Hammond, insinuou que o
Grã-Bretanha poderia reforçar sua presença militar se as ameaças de
Teerã continuassem. "Temos a capacidade de reforçar essa presença",
disse. Em uma declaração conjunta, David Cameron, Nicolas Sarkozy e
Angela Merkel, alertaram que o Irã havia optado por um caminho de
ameaças à paz. "Nossa mensagem é clara. A liderança iraniana fracassou
em garantir a confiança internacional de que seu programa nuclear é para
fins pacíficos", afirmaram os três líderes.
ELEGIA PARA UM POETA ESQUECIDO
Heinrich Heine
(1797-1856),
conhecido como o último dos poetas românticos alemães, teve sua poesia
musicada por gigantes como Schumann, Schubert, Mendelssohn, Brahms e
Wagner. Heine exilou-se voluntariamente na França em 1831, onde se identificou com as ideias dos socialistas utópicos.
Crítico mordaz da religião, cunhou a expressão "a religião é o ópio do
povo", posteriormente popularizada por Karl Marx. Sua mais conhecida
profecia, de 1821, antecipou, mais de um século antes, a tragédia da
Alemanha sob o III Reich: "Foi só o prelúdio: onde queimam livros, no final também hão de queimar homens". Aqui, uma pequena coletânea de escritos e poesias, reunidos do livro Heine, hein? Poeta dos contrários, traduzido e comentado por Andrés Vallias.
Em primeiro lugar, a ironia contra as religiões:
Despedida
Larga as parábolas sagradas,
Deixa as hipóteses devotas,
E põe-te em busca das respostas
Para as questões mais complicadas.
Para as questões mais complicadas.
Por que se arrasta miserável
O justo carregando a cruz,
Enquanto, impune, em seu cavalo,
Enquanto, impune, em seu cavalo,
Desfila o ímpio de arcabuz?
De quem é a culpa? Jeová
Talvez não seja assim tão forte?
Ou será Ele o responsável
Por todo nosso azar e sorte?
E perguntamos o porquê,
Até que súbito - afinal -
Nos calam com a pá de cal -
Isto é resposta que se dê?"
Nos calam com a pá de cal -
Isto é resposta que se dê?"
"No
momento em que uma religião requer ajuda da filosofia, seu declínio é
inevitável. Ela busca defender-se e vai tagarelando cada vez mais fundo
na ruína. A religião, como todo absolutismo, não deve se justificar. Prometeu é acorrentado no rochedo por uma violência calada".
Depois, Heine fustiga a torre de marfim dos grandes filósofos alemães:
O filósofo F. W. Hegel |
"Grandes
filósofos alemães, que por acaso lancem o olhar sobre estas folhas,
irão dar de ombros elegantemente acerca da forma miserável de tudo o que
dou a público aqui. Mas queiram eles levar em conta que o pouco que
digo é completamente claro e inteligível, enquanto que suas obras, ainda
que tão fundamentadas, incomensuravelmente fundamentadas, tão
profundas, estupendamente profundas, são incompreensíveis. Do que vale
ao povo o celeiro para o qual não tem a chave? O povo está faminto de
saber, e agradece um pedacinho de pão do espírito que partilho com ele
honestamente."
Maximilien Robespierre |
Já
aqui, o poeta desdenha os revolucionários puritamos que cultuam a
virtude e ignoram o caráter subversivo e pagão da Revolução:
"Não
lutamos pelos direitos humanos do povo, mas pelos direitos humanos dos
homens. Nisso, e ainda em algumas outras coisas, nos distinguimos dos
homens da Revolução. Não queremos ser sans-culottes, cidadãos
frugais, presidentes baratos: nós promovemos uma democracia de deuses
em igualdade de magnificiência, santidade e alegria. Reivindicais
trajes simples, costumes abnegados e prazeres sem tempero; nós, pelo
contrário, reivindicamos o néctar e ambrosia, mantos púrpuras, perfumes
caros, volúpia e esplendor, dança sorridente e ninfas, música e
comédias."
E, finalmente, outra "profecia" sombria de Heine sobre o futuro da Alemanha:
"O
pensamento vai à frente da ação, como o raio do trovão. O trovão
alemão é sem dúvida alemão e não muito ágil, e vem se formando devagar;
mas ele virá, e quando vós o escutardes troar, como nunca antes troou
na história do mundo, sabereis então que ele finalmente atingiu o seu
alvo. [...] Um drama há de ser encenado na Alemanha que fará a
Revolução Francesa parecer um idílio inofensivo."
Postado por Cláudio Camargo
*MilitânciaViva
O racionamento de energia na grande Tokyo
Tem
um porrilhão de gente (alguns babacas, outros mal informados, uns
poucos mal intencionados) repercutindo o pior da imprensa (nacional e
internacional) sobre a incapacidade do Brasil de organizar eventos
mundiais, por conta de um acontecimento isolado.
Enquanto isso, no desenvolvido Japão:
como medida de segurança, de diversos reatores no país, aos quais
posteriormente foram se somando outros que interromperam suas
atividades devido às revisões previstas por lei.
O Japão, que obtinha cerca de um terço de sua eletricidade das centrais atômicas antes do acidente, é um país com uma grande dependência energética do exterior e foi obrigado a gerar grande parte de sua energia elétrica em suas usinas térmicas.
Nenhum dos reatores paralisados tem autorização para retomar suas operações até superar os testes de resistência exigidos pelo Governo japonês e obter o sinal verde das administrações locais, até agora contrárias à reativação.
Neste sentido, especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estão desde segunda-feira no Japão para se reunir com as autoridades japonesas e avaliar a segurança das usinas japonesas.
Enquanto isso, no desenvolvido Japão:
luisnassif
Por Daniel Miyagi
No IPC DigitalJapão tem 93% de seus reatores ainda paralisados depois de crise nuclearTepco conta agora apenas com a unidade 6 de Niigata para fornecer eletricidade à região metropolitana de Tóquio, na qual vivem cerca de 30 milhões de habitantes- Efe | |
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O Japão, que obtinha cerca de um terço de sua eletricidade das centrais atômicas antes do acidente, é um país com uma grande dependência energética do exterior e foi obrigado a gerar grande parte de sua energia elétrica em suas usinas térmicas.
Nenhum dos reatores paralisados tem autorização para retomar suas operações até superar os testes de resistência exigidos pelo Governo japonês e obter o sinal verde das administrações locais, até agora contrárias à reativação.
Neste sentido, especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estão desde segunda-feira no Japão para se reunir com as autoridades japonesas e avaliar a segurança das usinas japonesas.
*Amoralnato
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