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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 29, 2012

Rita Lee faz protesto em Sergipe


Nassif

Serra: a hipocrisia na política

O livro "A Privataria Tucana" desnudou definitivamente a hipocrisia que marcou toda a vida política de Serra.
Aqui um pedaço editado do vídeo "Privatas, Privatarias e Risos" (clique no título para ir ao vídeo original).  Editei apenas a parte mais escrachada do vídeo.

Alckmin consegue ser pior do que governador da ditadura

O que o ex-governador biônico da ditadura Paulo Egydio Martins (ARENA/SP) fez e que Alckmin (PSDB/SP) se recusou a fazer?

Paulo Egydio desapropriou um terreno maior e vizinho ao Pinheirino para construir casas populares, em 1976.

Detalhe: o terreno era do mesmo "Comendador" Bentinho, que apareceu como comprador do Pinheirinho em 1978, para vender a Naji Nahas em 1981. (De quem era o Pinheirinho antes de 1978? A dúvida obre grilagem permanece, já que a família de alemães sem herdeiros foi chacinada em 1969.)

São José dos Campos cresceu de 1976 para cá. Novas desapropriações precisavam ser feitas. Mas Alckmin e seu amigo prefeito Eduardo Cury, preferiram priorizar as políticas "públicas" para gente como Naji Nahas.

Eis o decreto que Egydio assinou, e que Alckmin também poderia ter feito, mas preferiu sentar em cima, junto com o prefeito tucano Eduardo Cury:

Decreto Nº 9.013, de 11 de novembro de 1976.
Declara de utilidade pública, para fins de desapropriação, imóvel situado no distrito, município e comarca de São José dos Campos, necessário à Companhia Estadual de Casas Populares - CECAP.
PAULO EGYDIO MARTINS, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, usando de suas atribuições legais e nos termos do artigo 34, inciso XXIII, da Constituição do Estado, com a redação dada pela Emenda nº 2, de 30 de outubro de 1969, combinado com os artigos 2º e 6º do DECRETO-Lei Federal nº 3.365, de 21 de junho de 1941, alterado pela Lei nº 2.786, de 21 de maio de 1956,
Decreta:
Artigo 1.º - Fica declarado de utilidade pública, a fim de ser desapropriado pela Companhia Estadual de Casas Populares, CECAP, por via amigável ou judicial, o imóvel abaixo caracterizado, constituído de um terreno com a área de 1.765.828,60m2 (um milhão, setecentos e sessenta e cinco mil, oitocentos e vinte e oito metros quadrados e sessenta decímetros quadrados) e respectivas benfeitorias, situado no Jardim Morumbi, no distrito, município e comarca de São José dos Campos, necessário à referida Companhia para a execução de planos habitacionais na conformidade da Lei nº 905, de 18 de dezembro de 1975, ou a outro serviço público, e que consta pertencer a Benedito Bento Filho, Alfen Junqueira Pereira e outros, com as medidas,

Charge do Dia

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O protesto contra tucanos no Museu de Arte

As ditaduras são abomináveis, mas a impunidade é insuportável, diz Ramonet

Via SUL 21
Ramonet: ""Precisamos mostrar os horrores da ditadura em museus, nos manuais de escola, em solenidades" | Foto: André Carvalho/Sul21
Vivian Virissimo
O ex-editor do jornal Le Monde Diplomatique, Ignacio Ramonet, falou no Fórum Sócial Temático (FST) no início da tarde desta sexta-feira (29), no debate Os direitos humanos e a memória das Lutas. “Precisamos mostrar os horrores da ditadura em museus, nos manuais de escola, em solenidades, definir datas nos calendários para lembrar as vítimas. Isso ajuda tanto os familiares quanto a coletividade nacional para que o trauma dessa violência seja superado”, disse Ramonet. “Ditaduras são abomináveis, mas a impunidade é insuportável”. Proposta pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a abertura e coordenação da atividade ficou a cargo da ministra da secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes.
Dentro do ciclo de debates Direitos Humanos, Justiça e Memória, Ramonet enfatizou que o direito coletivo à memória é consolidado quando se mostra as atrocidades cometidas durante períodos ditatorias. Na sua intervenção, ele traçou um panorama das cerca de 30 comissões da verdade existentes em diferentes partes do mundo. “São organismos oficiais com um tempo determinado de tempo para investigar violações sistemáticas de direitos humanos. Com o inventário dos crimes cometidos, essas comissões publicam informes que contém recomendações e conclusões”, contou Ramonet.
O jornalista destacou a importância do direito à verdade para as sociedades e para as vítimas de genocídios e ditaduras. “Mais da metade das comissões da verdade foram estabelecidas nos últimos 10 anos e muitas outras estão atualmente constituindo-se. O direito à verdade é o novo direito humano que devemos defender. É um direito ao mesmo tempo coletivo e individual. Tanto a vítima ou família quanto a sociedade têm o direito inalienável de saber sobre acontecimentos passados de crimes de ódio”, disse.
Ramonet relatou que o direito à memória começou a ganhar força após o fim dos campos de extermínio de judeus organizados por integrantes do nazismo. “Para que a história não volte a se repetir, comissões da verdade começaram a se multiplicar pelo mundos nos últimos vinte anos. E tudo começou com o campo de extermínio de Auschwitz, um projeto que pretendeu acabar com a comunidade judia na Europa. Nós somos obrigados a recordar aquele genocídio. Honrar a memória é entender o dever que temos que recordar cada vez que haja um extermínio no mundo”, defendeu Ramonet.
"A sociedade não pode seguir como se nada tivesse acontecido. Os assassinatos exigem justiça" | Foto: André Carvalho / Sul21
Depois deste episódio na 2a Guerra Mundial estes tipos de crime de Estado passaram a ser reconhecidos como crimes contra a humanidade. “Os partidários do ocultamento da verdade alegam que comissões da verdade estão abrindo a caixa de pandora, estão confrontando cidadãos de esquerda e de direita. Também afirmam que as vítimas eram terroristas, fizeram atentados. Aqueles que dizem isso não entendem a especificidade dos crimes contra a humanidade”, argumentou Ramonet.
Ramonet também falou do Apartheid na África do Sul e como a reconstituição dos fatos com depoimentos de vítimas foi importante para a transição democrática naquele país. “Muitas vítimas de preconceito deram depoimentos em audiências públicas sobre a situação vivida naquele país. Uma frase de Desmond Tutu que liderou o movimento de transição diz que: ‘Sem perdão não há futuro, sem confissão não pode haver perdão’. A confissão dos que haviam praticado tortura facilitou a reconciliação e a transição democrática neste país. Esse processo foi exemplar e único”, classificou.
Segundo Ramonet, os horrores das ditaduras não são uma mera constatação política, mas sim histórica e a memória, por sua, não é só sentimento é sobretudo o conhecimento de um período histórico. “A memória afeta as vítimas e a sociedade que não pode seguir como se nada tivesse acontecido. Os assassinatos pairam sobre a sociedade e exigem justiça”.
*GilsonSampaio

Índia sobre o embargo europeu ao Irã: vão catar coquinho

Via Hora do Povo
Índia anuncia que comprará ao Irã todo petróleo disponível
O ministro do petróleo indiano, Jaipal Reddy, deixou claro que seu país “não se guia por sanções impostas por certas nações”. A Índia é o 4º maior consumidor e o Irã, seu 2º maior fornecedor de óleo
  A Índia quer comprar tanto petróleo quanto possa por que os termos são “amplamente favoráveis”, afirmou o ministro do petróleo do país, Jaipal Reddy. Ele acrescentou que a Índia respeita sanções da ONU, “mas que não nos guiamos por sanções impostas por blocos regionais, por certas nações”, em clara referência ao embargo imposto unilateralmente pelos EUA e seguido pela União Europeia.
Uma missão indiana esteve em Teerã de 16 a 21 de janeiro para novos acertos para a continuação da compra de petróleo iraniano pela Índia, país que é o quarto maior consumidor mundial. 12% das importações de petróleo da Índia provém do Irã. “Agimos de acordo com nossos interesses”, acrescentou o ministro Reddy. “O Irã é o segundo maior fornecedor [da Índia], de forma que precisamos utilizar essa fonte”. O governo de Nova Delhi já havia dito que “temos tido negócios com o Irã e vamos mantê-los”.
No momento, o pagamento do petróleo está sendo feito através de um banco turco, após a entrada em vigor das sanções dos EUA que levaram ao fechamento do canal anterior usado. Está em discussão o uso da moeda indiana – rúpia – no pagamento de parte das importações de petróleo. Teerã também oferece um crédito de 90 dias para os pagamentos.
Rússia e China também já se manifestaram dizendo que não vão aderir ao bloqueio decretado pelos EUA, sendo que a China, que é um grande comprador do petróleo iraniano, confirmou que as aquisições vão continuar. O próprio Japão anunciou que manterá suas compras de petróleo do Irã e pediu a Washington um tempo para se readequar. Até a Turquia declarou que suas compras de petróleo do vizinho Irã vão prosseguir.
Na Europa, Itália, Espanha e Grécia são os países mais afetados pela imposição do bloqueio dos EUA ao petróleo iraniano, já que importavam respectivamente 13%, 13% e 14% dessa procedência. São, exatamente, os países em situação econômica mais débil, e agora, adicionalmente, com sua soberania energética alienada. Também por imposição dos EUA o novo provedor será a colônia norte-americana no Oriente Médio, a Arábia Saudita. Os países mais poderosos da Europa, Alemanha e França, sofrerão desgaste menor com o bloqueio, na medida em que, respectivamente, importavam 1% e 4%.                                                         A.P.

sábado, janeiro 28, 2012

Vai entender os brancos, europeus e ricos.


*tireotubo

Pentágono quer bomba mais poderosa contra o Irã, diz jornal

 Pentágono quer bomba mais poderosa contra o Irã, diz jornal


O Pentágono concluiu que a maior bomba convencional à disposição do Exército americano ainda não é capaz de destruir as fortificações subterrâneas do Irã e requisitou secretamente mais recursos para incrementá-las, informa neste sábado o jornal americano The Wall Street Journal citando autoridades informadas sobre o plano.
A bomba de 13,5 toneladas MOP (Massive Ordnance Penetratro, em inglês) é atualmente o artefato convencional mais avançado dos Estados Unidos e foi desenhado para destruir as mais fortificadas instalações nucleares da Coreia do Norte e do Irã. No entanto, segundo o WSJ, testes apontam que ela não é capaz de destruir completamente algumas instalações iranianas, seja por causa da profundidade destas ou pelo fato de o Irã ter incrementado a proteção.
Em decorrência desta insuficiência, o Pentágono teria solicitado secretamente US$ 82 milhões adicionais para tornar a bomba MOP mais eficiente - US$ 330 milhões já foram gastos para desenvolver 20 destas bombas, segundo o jornal americano. A solicitação faz parte de um plano de contingência para um possível ataque ao programa nuclear iraniano, disseram ao WSJ autoridades americanas.
Em entrevista publicada na quinta-feira pelo mesmo jornal, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, reconheceu que a bomba é insuficiente contra bunkers iranianos instalados em grandes profundidades, mas afirmou que as atuais já seriam suficientes para provocar "grandes danos" e que o artefato ainda está sendo desenvolvido para conseguir destruir qualquer instalação nuclear do país oriental. "Eu estou confiante, francamente, que nós teremos esta capacidade e teremos em breve", disse Panetta.
De acordo com a agência de notícias BNO News, uma instalação nuclear iraniana visada pelos EUA está encravada a 61 m de profundidade em uma montanha na região de Fordow. Atualmente, a bomba MOP já tem a capacidade de penetrar esta distância antes de explodir, mas fatores como a densidade do solo e tipos de rocha e pedra no caminho podem diminuir a efetividade do artefato. Segundo a agência, alguns especialistas acreditam que apenas uma bomba nuclear seria capaz de destruir instalações como esta.
Em declarações recentes, o presidente americano, Barack Obama, expressou que acredita que sanções internacionais sejam capazes de frear o programa nuclear iraniano. No entanto, Obama já solicitou opções militares ao Pentágono, segundo o WSJ.
*terra