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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, abril 06, 2012
Documentário sobre o Profeta Gentileza, um "louco de Deus" que viveu no Rio de Janeiro e pregou por todo Brasil sua mensagem anti-capitalista, ecológica, social e religiosa, cujo ponto de partida é a máxima "Gentileza gera gentileza". O depoimento de Gentileza, sua atuação nas ruas do Rio de Janeiro e o registro de sua obra pictórica são os grandes atrativos do filme.
Parto Orgásmico - 2008
SINOPSE
Desafiando o mito de que é doloroso e
perigoso por natureza e deve ser deixado nas mãos dos médicos, o filme
mostra as potencialidades emocionais, espirituais e físicas do parto.
Acompanhamos de forma íntima onze mulheres que num trabalho de dar a luz
o mais natural possível, gemem, beijam, riem e até gozam. O depoimento
de vários especialistas no assunto, médicos e parteiras, junto com as
mães, comprovam que estatisticamente esta é uma forma de parir mais
saudável e mais segura, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Diretor: Debra Pascali-Bonaro
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 87 min.
Qualidade: DVDRip
Tamanho: 700 MB
Servidor: Torrent
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Parte única
Postado por Bukowski
Bancos chiam, mas vão baixar juros
Há quase três anos, vários meses depois da eclosão da crise de 2008, Lula finalmente conseguiu – após uma intensa pressão sobre o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles – baixar não apenas a taxa Selic como, ao preço de ter de substituir a direção do Banco do Brasil, fazer com que baixassem os juros efetivamente cobrados da população e do setor produtivo da economia, com uma redução do preço do dinheiro nos bancos públicos.
Na ocasião, não faltaram críticas. As de sempre, dos “analistas econômicos” e outras, mais diretas, dos donos dos bancos privados.
Dia 11 de agosto de 2009:
“O presidente-executivo do Itaú
Unibanco, Roberto Setubal, afirmou nesta terça-feira que algumas taxas
de juros que estão sendo cobradas por bancos públicos não são
sustentáveis.
Em palestra a líderes empresariais, o
executivo afirmou que “as taxas que estão sendo praticadas não são
sustentáveis em muitos casos”.
“Tem que remunerar o capital”, disse
Setubal, ao responder pergunta sobre a chance de o “spread” bancário
cair nos próximos meses.
Como se viu, não apenas as taxas eram sustentáveis como os bancos
públicos exibiram belos lucros em seus balanços e tomaram parte do
espaço da banca privada. O próprio Itaú, então o maior dos bancos
brasileiros, teve de amargar a perda da liderança do ranking bancário para o próprio Banco do Brasil. O crescimento da economia, com isso, chegou a 7,5% em 2010, bem acima do que o Dr. Setúbal previa:
O executivo afirmou ainda que
considera que a economia do país está em ritmo de crescimento de quatro
por cento ao ano e que deve crescer de quatro por cento a cinco por
cento em 2010.
Agora, quando Dilma comanda um processo idêntico de irrigação da
atividade econômica, não é nenhuma supresa que a reação dos bancos seja a
mesma.Mas o tom, certamente, será mais baixo.
Afinal, nem eles acreditam que a suposta “fidelidade” de seus clientes vá resistir a uma decisão de manter-lhes taxas muito mais altas que as cobradas pelos bancos públicos.
Naquela ocasião, os bancos privados cobravam um “spread” – diferença entre o custo da captação do dinheiro e o dos empréstimos – que, no mundo, só perdia para o Zimbabue.
Capitalismo selvagem é isso aí.
*Tijolaço
Bancos privados acham que brasileiro é otário
Os bancos estatais BNB, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal já anunciaram redução de até 75% sobre os juros cobrados dos clientes - pessoas físicas e empresas.
O BB reduziu os juros do crédito rotativo do cartão de crédito de 12,25% para 3% ao mês. No crédito para financiamento de veículos, os juros caíram de 1,70% para 0,99% ao mês (nos bancos privados essa taxa varia de 1,73% a 1,85% ao mês). Nas linhas de crédito para consumo em lojas deve cair para menos de 2%.
Os bancos públicos ainda vão estimular a troca de financiamento mais caros antigos, pelos novos com juros menores. Estas medidas devem levar muita gente a trocar de banco. Já pensou pagar uma prestação menor sobre um financiamento já existente?
Os bancos privados estão catimbando diante da ofensiva, e a FEBRABAN quer fazer lobby no Planalto na semana que vem.
No jornalão "O Globo", defensor dos bancos com o blá-blá-blá de que o valor das ações caem se os juros caírem, saiu essa pérola:
"Eles [bancos privados] acreditam ainda que, mesmo com os cortes significativos nas taxas cobradas pelos bancos públicos, não vão perder clientes, porque há uma resistência natural em trocar de banco."Pode até ter algumas pessoas acomodadas e outras com outros motivos que justifiquem não mudar de banco, mas diante dessa forma dos bancos privados tratarem os brasileiros, mudar para um banco público virou um ato de AÇÃO POLÍTICA, pela melhor distribuição de renda, de atitude pela prosperidade da nação e até de patriotismo, mesmo para quem não esteja utilizando financiamento.
Se os mais esclarecidos mudarem para os bancos públicos, mesmo sem
precisar, ajudarão os mais vulneráveis ou receosos, pois ao sentir a
perda de clientes, os bancos privados acompanharão a queda de juros.
*osamigosdopresidentelula
O que muitos já sabiam: VEJA a serviço do crime organizado
As suspeitas levantadas nos últimos anos sobre a revista VEJA pela
imprensa independente e blogs, estão sendo confirmadas pelas revelações
feitas no óvazamento das informações da operação Monte Carlo. Da
fabricação de factóides políticos à espionagem ilegal, a revista esteve
todo o tempo representando interesses de uma organização criminosa da
qual faz parte.
Seja com o intuito de livrar criminosos da condenação, como aconteceu na
cruzada para inviabilizar juridicamente a operação Satiagraha e
desmoralizar os responsáveis por ela, seja para criar crises
institucionais no governo federal, ou para defender interesses
financeiros do consórcio que faz parte, a revista e seus prepostos
cometeram crimes e atentaram gravemente contra o estado de direito
democrático.
Confirmada a relação próxima do diretor da Sucursal de Brasília da
revista, Policarpo Junior, com o conhecido contraventor Carlinhos
Cachoeira e seus arapongas, começam a aparecer os indícios que a VEJA
usava com frequência os serviços de espionagem de políticos, ministros e
personalidades públicas para servir de base as suas reportagens.
Essa semana o Correio Braziliense publicou uma matéria que aponta que as
imagens publicadas pela revista do Hotel onde se hospedava José Dirceu
teriam sido obtidas pela equipe de arapongas do contraventor. Até hoje a
VEJA jurava que as imagens tinham sido obtidas pelo circuito interno do
Hotel. Na época, nós analisamos as imagens e afirmamos, em primeira
mão, que pelas suas características tinham sido obtidas através de
câmeras espiãs (Clique aqui para ler o artigo VEJA passou recibo do
crime).
Diálogos captados pela Polícia Federal mostram que Carlinhos Cachoeira
gabava-se por ser a maior fonte da revista. Foram registradas mais de
duzentas ligações entre o contraventor e Policarpo Junior, além de
encontros pessoais. A revista, por sua vez, utilizava o material obtido
ilegalmente por Cachoeira, imagens, vídeos, áudios e e-mails
interceptados, e atribuía a “fontes” na ABIN, com o intuito de acusar o
governo federal de tentar atacar adversários políticos utilizando os
métodos que a própria revista praticava, e ao mesmo tempo tentando
enfraquecer a agência de inteligência e a Polícia Federal.
O conhecido episódio do suposto grampo da conversa entre o Senador
preferido do Contraventor, Demóstenes Torres, e o Presidente do STF à
época, Gilmar Mendes, cujo áudio nunca foi mostrado pela revista, e que
investigações recentemente concluídas pela PF afirmaram que nunca
existiu, foi motivo de grande estardalhaço no país, com o governo Lula
sendo acusado de estado policialesco, gerando grande desconforto quando
Mendes declarou publicamente que “chamaria o Presidente às falas”, e
culminando com a demissão de Paulo Lacerda da ABIN, um profissional
qualificado que vinha se dedicando a desmontar o crime organizado no
país.
A grave farsa que colocou em risco a estabilidade política do país e o
equilíbrio entre os poderes, tramada por personagens que as
investigações da operação Monte Carlo revelaram serem sócios
(Demóstenes, A VEJA e provavelmente Gilmar Mendes) apesar de ter sido
completamente desmontada por investigação séria, não motivou qualquer
retratação da revista ou dos outros personagens envolvidos que cobraram
explicações do governo federal à época.
Em um país com uma imprensa e judiciários sérios, esses episódios seriam
suficientes para levar a revista a encerrar suas atividades e levar
seus responsáveis ao banco dos réus, mas os tentáculos da organização
criminosa alcança o poder judiciário e outros veículos de comunicação (
com raras exceções como no caso da revista Carta Capital).
Muita informação ainda está por ser revelada, como o conteúdo das
conversas entre o contraventor e o representante da VEJA, portanto
preparem seus narizes para o mau cheiro que essas informações vão
exalar.
*comtextolivre
Cristão ou não, aproveite o texto brilhante do mestre Santayana para refletir
Via Jornal do Brasil
A crucificação de Cristo, o suicídio e a rebelião em Atenas
“…
mediante a Trilateral e o Clube de Bielderbeg, controlados, como se
sabe, por meia dúzia de poderosas famílias do mundo. Esse projeto é o de
dizimar, por todos os meios possíveis, a população, e transformar a
Terra no paraíso dos 500 mil mais poderosos ricos e eleitos, em oposição
à utopia cristã”.
Mauro Santayana
O
homem que prenderam, interrogaram, torturaram, humilharam, escarneceram
e crucificaram, na Palestina de há quase dois mil anos, foi, conforme
os evangelhos, um ativista revolucionário. Ele contestava a ordem
dominante, ao anunciar a sua substituição pelo reino de Deus. O reino de
Deus, em sua pregação, era o reino do amor, da solidariedade, da
igualdade.
Mas não hesitou em chicotear os
mercadores do templo, que antecipavam, com seus lucros à sombra de Deus,
o que iriam fazer, bem mais tarde, papas como Rodrigo Bórgia, Giullio
della Rovere, Giovanni Médici, e cardeais como os dirigentes do Banco
Ambrosiano, em tempos bem recentes. O papa reinante hoje, tão indulgente
com os gravíssimos pecados de muitos de sua grei, decidiu, ex-catedra, que as mulheres não podem exercer o sacerdócio.
Ao
longo da História, duas têm sido as imagens daquele rapaz de Nazaré.
Uma é a do filho único de Deus, havido na concepção de uma jovem virgem,
escolhida pelo Criador. Outra, a do homem comum, nascido como todos os
outros seres humanos, em circunstâncias de tempo e lugar que o fizeram
um pregador, continuador da missão de seu primo, João Batista,
decapitado, porque ameaçava o poder de Herodes Antipas. Tanto João,
quanto Jesus, foram, como seriam, em qualquer tempo e lugar, inimigos da
ordem que privilegiava os poderosos. Por isso — e não por outra razão —
foram assassinados, decapitado um, crucificado o outro.
Os homens sentem a presença do Absoluto quando as circunstâncias o negam
Um
e outro tiveram dúvidas, segundo os evangelistas. João Batista enviou
emissário a Jesus, perguntando-lhe se era mesmo o messias que esperava, e
Cristo, na agonia, indagou a Deus por que o abandonava. Os dois
momentos revelam a fragilidade dos homens que foram, e é exatamente
nessa debilidade que encontramos a presença de Deus: os homens sentem a
presença do Absoluto quando as circunstâncias o negam. João Batista
sentia-se movido pela fé, ao anunciar a vinda do Salvador.
Era
um ativista, pregando a revolução que viria, chefiada por outro, pelo
novo e mais poderoso dos profetas. Ao saber que Cristo pregava e
realizava milagres, supôs que ele poderia ser aquele que esperava, mas
duvidou. Nesse momento, moveu-se pela esperança de que o jovem nazareno
fosse o Enviado — o que confirmaria a sua fé. Cristo, na hora da morte,
talvez levasse a sua dúvida mais adiante, e se perguntasse se a sua
morte, que previra e esperara, serviria realmente à libertação dos
homens — desde que salvar é libertar. O Reino de Deus, sendo o reino da
justiça, é a libertação. Daí a associação entre essa felicidade e a vida
eterna, presente em quase todas as religiões.
Na
pregação de Cristo, a libertação começa na Terra, na confraternização
entre todos os homens. Daí o conselho aos que o quisessem seguir, e
ainda válido — repartissem com os pobres os seus bens, como fizeram, em
seguida, os seus apóstolos, ao criar a Igreja do Caminho. Se acreditamos
na vida eterna, temos que admitir que a vida na Terra é uma parcela da
Eternidade, que deve ser habitada com a consciência do Todo. Assim, a
vida eterna começa na precariedade da carne.
Quarta-feira
passada — quando em São João del Rei, em Minas, a Igreja celebrou o
Ofício das Trevas no rito antigo — um grego, Dimitris Christoulas,
chegou pela manhã à Praça Syntagma, diante do Parlamento Grego, buscou a
sombra de um cipreste secular, levou o revólver à têmpora, e disparou.
Em seu bilhete de suicida estava a razão: aos 77 anos, farmacêutico
aposentado, teve a sua pensão, reduzida em mais de 30%, ao mesmo tempo
que se elevou brutalmente o custo de vida.
As
medidas econômicas, ditadas pelo empregado do Goldman Sachs e servidor
do Banco Central europeu, nomeado pelos banqueiros primeiro ministro da
Grécia, Lucas Papademos, não só reduziram o seu cheque de aposentado,
como o privaram dos subsídios aos medicamentos. “Quero morrer mantendo a minha dignidade, antes que me veja obrigado a buscar minha comida nos restos das latas de lixo”
— escreveu em seu bilhete de despedida, lido e relido pelos que
tentaram socorrê-lo, e que se reuniam na praça. “Tenho já uma idade que
não me permite recorrer à força — mas se um jovem agora empunhasse um kalashinov, eu seria o segundo a fazê-lo e o seguiria”.
No
mesmo texto, Christoulas incita claramente os jovens gregos sem futuro à
luta armada, a pendurar os traidores, na mesma praça Syntagma, “como os
italianos fizeram com Mussolini em Milão, em 1945”. O tronco do
cipreste se tornou um painel dos protestos escritos. Em um deles, o
suicídio de Christoulas é definido como um “crime financeiro”.
A morte de Christoulas, em nome da justiça, pode trazer nova esperança ao mundo, como a de Cristo trouxe
A
morte de Christoulas, em nome da justiça, pode trazer nova esperança ao
mundo, como a de Cristo trouxe. Não importa muito se ainda não foi
possível construir o reino de Deus na Terra, e não importa tampouco que o
nome de Cristo tenha sido invocado para justificar tantos e tão
repugnantes crimes. No coração dos homens de boa vontade, qualquer que
seja o seu calvário — porque todos os homens justos o escalam, onde quer
que nasçam e morram — a felicidade os visita, quando comungam do
sentimento de amor de Cristo pela Humanidade. Nesses momentos, ainda que
sejam apenas segundos fugazes, habitamos o Reino de Deus.
Nunca,
em toda a História, tivemos tanto desdém pela vida dos homens, como
nestes tempos de ditadura financeira universal. Estamos vivendo vésperas
densas de medo, mas dentro do medo, há centelhas de esperança. A morte
do aposentado, quarta-feira de trevas, em Atenas, é, com toda a carga
trágica de seu gesto, partícula de uma dessas centelhas.
Estamos
cansados de sangue, mas o que está ocorrendo hoje — teorizem como
quiserem economistas e sociólogos — é a etapa seguinte do grande projeto
dos neoliberais, que vem sendo executado sistematicamente pelos que
realmente mandam no mundo e que assumiram sua governança (para usar o
termo de seu agrado), mediante a Trilateral e o Clube de Bielderbeg,
controlados, como se sabe, por meia dúzia de poderosas famílias do
mundo. Esse projeto é o de dizimar, por todos os meios possíveis, a
população, e transformar a Terra no paraíso dos 500 mil mais poderosos
ricos e eleitos, em oposição à utopia cristã.
Mas
é improvável que os pobres, que são a maioria, não identifiquem seu
real inimigo, e se sacrifiquem, sem resistência, ao Baal contemporâneo —
esse sistema financeiro que acabou com a antiga sacralidade da moeda,
ao emitir papéis sem nenhuma relação com os bens reais do mundo e com a
dignidade do trabalho. A força da mensagem do nazareno deve ser
retomada: os oprimidos — negros, brancos, muçulmanos, cristãos, budistas
e ateus — devem compreender que os habitam o homem, e não animais
distintos, destinados à violência em proveito dos promotores da
barbárie.
Ao expirar, depois de torturado,
ultrajado seu corpo, humilhado, escarnecido, Cristo se tornou a maior
referência de justiça. Aos 77 anos, o aposentado grego, ao matar-se,
transformou-se em bandeira que ameaça iniciar, na Grécia, novo movimento
em favor da igualdade — a mesma ideia que levou Péricles a fundar o
primeiro estado de bem-estar social da História, ao reconstruir Atenas,
empregar todos os pobres, e dotar os marinheiros do Pireu do primeiro
conjunto de casas populares da História.
Vinte séculos podem ter sido apenas rápido intervalo — um pequeno descanso da razão.
*Gilsonsampaio
Senado aprova projeto que diminui tempo de contribuição para aposentadoria de pessoas com deficiência
por Mariana Jungmann
Brasília - O Senado aprovou hoje (3) o substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara 40/2010 que trata de novas regras para a contribuição previdenciária de pessoas com deficiência. A matéria, que foi aprovada com alterações e voltará para a Câmara dos Deputados, institui um modelo diferenciado de valor e tempo de contribuição de acordo com o grau de gravidade da deficiência.
No caso das pessoas com deficiência grave, o substitutivo estabelece que o tempo de contribuição para o Regime Geral da Previdência Social será de 25 anos, para homens, e 20 anos, para mulheres. Já as que são portadoras de deficiência moderada deverão contribuir por 29 anos e 24 anos respectivamente. Para as pessoas com deficiência leve, o projeto estabelece que o tempo de contribuição será de 33 anos (homens) e 28 anos (mulheres).
A idade para aposentadoria também muda. Aqueles que cumprirem o prazo mínimo de 15 anos de contribuição passam a ter o direito a se aposentar aos 60 anos (homens) e 55 anos (mulheres), independentemente do grau de deficiência.
O texto define pessoas com deficiência como aquelas que possuem impedimentos de longo prazo de natureza mental, sensorial ou intelectual que as impeçam de participar plena e efetivamente da vida em sociedade e em igualdade de condições com as que não têm deficiência. O projeto, no entanto, deixa para o Poder Executivo a tarefa de estabelecer os critérios para a definição dos graus de deficiência.
A matéria foi relatada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que tem uma filha com síndrome de Down. Parlamentares envolvidos com a causa dos deficientes físicos, como o deputado Romário (PSB-RJ), acompanharam a votação que resultou em 52 votos favoráveis e nenhum contrário.
Fonte: Agência Brasil - 04/04/2012
No caso das pessoas com deficiência grave, o substitutivo estabelece que o tempo de contribuição para o Regime Geral da Previdência Social será de 25 anos, para homens, e 20 anos, para mulheres. Já as que são portadoras de deficiência moderada deverão contribuir por 29 anos e 24 anos respectivamente. Para as pessoas com deficiência leve, o projeto estabelece que o tempo de contribuição será de 33 anos (homens) e 28 anos (mulheres).
A idade para aposentadoria também muda. Aqueles que cumprirem o prazo mínimo de 15 anos de contribuição passam a ter o direito a se aposentar aos 60 anos (homens) e 55 anos (mulheres), independentemente do grau de deficiência.
O texto define pessoas com deficiência como aquelas que possuem impedimentos de longo prazo de natureza mental, sensorial ou intelectual que as impeçam de participar plena e efetivamente da vida em sociedade e em igualdade de condições com as que não têm deficiência. O projeto, no entanto, deixa para o Poder Executivo a tarefa de estabelecer os critérios para a definição dos graus de deficiência.
A matéria foi relatada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que tem uma filha com síndrome de Down. Parlamentares envolvidos com a causa dos deficientes físicos, como o deputado Romário (PSB-RJ), acompanharam a votação que resultou em 52 votos favoráveis e nenhum contrário.
Fonte: Agência Brasil - 04/04/2012
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