Bancos chiam, mas vão baixar juros
Há quase três anos, vários meses depois da eclosão da crise de 2008, Lula finalmente conseguiu – após uma intensa pressão sobre o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles – baixar não apenas a taxa Selic como, ao preço de ter de substituir a direção do Banco do Brasil, fazer com que baixassem os juros efetivamente cobrados da população e do setor produtivo da economia, com uma redução do preço do dinheiro nos bancos públicos.
Na ocasião, não faltaram críticas. As de sempre, dos “analistas econômicos” e outras, mais diretas, dos donos dos bancos privados.
Dia 11 de agosto de 2009:
“O presidente-executivo do Itaú
Unibanco, Roberto Setubal, afirmou nesta terça-feira que algumas taxas
de juros que estão sendo cobradas por bancos públicos não são
sustentáveis.
Em palestra a líderes empresariais, o
executivo afirmou que “as taxas que estão sendo praticadas não são
sustentáveis em muitos casos”.
“Tem que remunerar o capital”, disse
Setubal, ao responder pergunta sobre a chance de o “spread” bancário
cair nos próximos meses.
Como se viu, não apenas as taxas eram sustentáveis como os bancos
públicos exibiram belos lucros em seus balanços e tomaram parte do
espaço da banca privada. O próprio Itaú, então o maior dos bancos
brasileiros, teve de amargar a perda da liderança do ranking bancário para o próprio Banco do Brasil. O crescimento da economia, com isso, chegou a 7,5% em 2010, bem acima do que o Dr. Setúbal previa:
O executivo afirmou ainda que
considera que a economia do país está em ritmo de crescimento de quatro
por cento ao ano e que deve crescer de quatro por cento a cinco por
cento em 2010.
Agora, quando Dilma comanda um processo idêntico de irrigação da
atividade econômica, não é nenhuma supresa que a reação dos bancos seja a
mesma.Mas o tom, certamente, será mais baixo.
Afinal, nem eles acreditam que a suposta “fidelidade” de seus clientes vá resistir a uma decisão de manter-lhes taxas muito mais altas que as cobradas pelos bancos públicos.
Naquela ocasião, os bancos privados cobravam um “spread” – diferença entre o custo da captação do dinheiro e o dos empréstimos – que, no mundo, só perdia para o Zimbabue.
Capitalismo selvagem é isso aí.
*Tijolaço
Bancos privados acham que brasileiro é otário
Os bancos estatais BNB, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal já anunciaram redução de até 75% sobre os juros cobrados dos clientes - pessoas físicas e empresas.
O BB reduziu os juros do crédito rotativo do cartão de crédito de 12,25% para 3% ao mês. No crédito para financiamento de veículos, os juros caíram de 1,70% para 0,99% ao mês (nos bancos privados essa taxa varia de 1,73% a 1,85% ao mês). Nas linhas de crédito para consumo em lojas deve cair para menos de 2%.
Os bancos públicos ainda vão estimular a troca de financiamento mais caros antigos, pelos novos com juros menores. Estas medidas devem levar muita gente a trocar de banco. Já pensou pagar uma prestação menor sobre um financiamento já existente?
Os bancos privados estão catimbando diante da ofensiva, e a FEBRABAN quer fazer lobby no Planalto na semana que vem.
No jornalão "O Globo", defensor dos bancos com o blá-blá-blá de que o valor das ações caem se os juros caírem, saiu essa pérola:
"Eles [bancos privados] acreditam ainda que, mesmo com os cortes significativos nas taxas cobradas pelos bancos públicos, não vão perder clientes, porque há uma resistência natural em trocar de banco."Pode até ter algumas pessoas acomodadas e outras com outros motivos que justifiquem não mudar de banco, mas diante dessa forma dos bancos privados tratarem os brasileiros, mudar para um banco público virou um ato de AÇÃO POLÍTICA, pela melhor distribuição de renda, de atitude pela prosperidade da nação e até de patriotismo, mesmo para quem não esteja utilizando financiamento.
Se os mais esclarecidos mudarem para os bancos públicos, mesmo sem
precisar, ajudarão os mais vulneráveis ou receosos, pois ao sentir a
perda de clientes, os bancos privados acompanharão a queda de juros.
*osamigosdopresidentelula
"De tanto olhar a árvore não se vê a floresta"
ResponderExcluirA novela MENSALÃO criada pelo 'PIG' e outros interessados em desestabilizar para recuperar o poder, encobre assuntos mais relevantes ao Brasil, à América Latina, à Humanidade como Crimes de Guerra, Descumprimento de leis internacionais e respeito à soberania, genocídio iraquiano com armas químicas e uranio enriquecido - razão de inúmeras gestações mutantes e crianças deformadas. A destruição da Lybia e agora a interferência na soberania da Syria visando em seguida o Iran são questões que caminham para o Holoausto da Espécie Humana, mas, ainda assim, ofuscadas por assunto que compete somente ao judiciário dirimir.
Comparado ao 'escândalo da Libor' e à maior crise econômica desde 1929, o tempo empregado pela mídia aos factóides do mensalão é despresível e não tem qualquer mérito, ou definiição além de: clichê geopolítico, sem outro propósito, senão inflamar e desesperançar rebanhos hipnotizados aos sofismas de sabotadores conscientes que: ENQUANTO LUTARMOS SEPARADOS SEREMOS VENCIDOS JUNTOS.