Advogado do torturador Ustra tem caráter similar ao do cliente
Desaparecido pode estar vivo, afirma advogado
Folha de S. Paulo
O advogado Paulo Esteves, que defende Carlos Alberto Brilhante Ustra e Dirceu Gravina, afirmou que os dois negam a participação em torturas na ditadura militar e foram beneficiados pela Lei da Anistia, de 1979.
"O coronel Ustra sempre deixou claro que nunca participou de ato de tortura. Ele nunca admitiu que tivesse participado, tomado parte ou permitido isso", disse.
Ele também criticou o Ministério Público Federal pela estratégia de processar os clientes por sequestro no caso do desaparecimento do sindicalista Aluízio Palhano.
"Se eles não têm certeza de que a pessoa está viva ou morta, ela pode estar viva. A denúncia tem que dizer onde, como e quando. Se não há provas da morte, ele pode estar vivo e foragido", afirmou.
"No período da revolução [regime militar], um político influente no cenário nacional adotou outra identidade e se casou de novo. O cidadão aí [Palhano] também pode ter adotado outra família. Eu não sei", disse o advogado.
*esquerdopata
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