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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 07, 2012


Pimp my carroça – Ação tuna carroças para valorizar os catadores de lixo

 
Só em São Paulo existem 20 mil catadores de lixo, responsáveis por recolher em média 90% do material destinado à reciclagem. Com intuito de provocar a sociedade e de ajudar esses trabalhadores tão importantes nas nossas vidas, o grafiteiro Mundano criou o projeto “Pimp my carroça” – uma paródia dos programas de TV que tunam carros. Nele, carroceiros escolhidos ganham de presente uma reforma na sua carroça, com a inclusão de itens de segurança e uma arte feita por grafiteiros profissionais com frases sugeridas pelo público. Além disso, o felizardo ganha um super rango, atendimento médico e outros tipos de ajuda. O projeto está previsto pra acontecer no início de Junho, dias antes do RIO+20 e durante a Virada Sustentável de São Paulo. Conheça mais no vídeo abaixo:


Grafiteiro Mundano falando no TEDxVer-o-peso sobre como a arte é poderosa pra melhorar o mundo em que vivemos:

Para ajudar no projeto Pimp my carroça, você pode doar no catarse.me que a Parede Viva criou – é só clicar aqui - e auxiliar na arrecadação que visa o valor de R$38.200,00 para que o projeto Pimp My Carroça consiga sair do papel
 
*Nina
 

El misterioso mosaico de la Zona Cero

Para Marta Suplicy, São Paulo merece mais que “a mediocridade dos últimos oito anos”


Prefeitura SP
A ex-prefeita Marta Suplicy critica atual prefeitura de São Paulo e lamenta que se tenha perdido a chance de melhorar a cidade em um contexto de crescimento econômico no plano nacional
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) divulgou artigo com críticas à falta de boas ações da prefeitura de São Paulo sob as administrações de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD).
Em texto publicado na Folha de S. Paulo neste sábado, a ex-prefeita lamenta que se tenha perdido a chance de melhorar a cidade em um contexto de crescimento econômico no plano nacional.
— São Paulo merece um governo que tenha capacidade de pensar coisas novas. Muito mais do que a mediocridade dos últimos oito anos!, diz a ex-prefeita, em um sinal de apoio à pré-candidatura do petista Fernando Haddad. Nas últimas semanas, veículos da mídia tradicional difundiam o que era considerada uma resistência de Marta a engajar-se na campanha do PT, atitude atribuída à mágoa por haver sido preterida pelo partido.
Agora, a senadora argumenta que São Paulo não tem, há tempos, um prefeito que queira de fato exercer o cargo, transformado em trampolim para diferentes aspirações eleitorais.
Ela aponta que a cidade perdeu, com isso, chances consideráveis de mudança. “Penso na implantação da banda larga gratuita tão bombardeada na última campanha como impossível e hoje realidade em outras cidades”, exemplifica, citando ainda o Bilhete Único e os Centros de Educação Unificada (CEUs) na periferia, projetos implementados em sua gestão (2001-2004) e que acabaram alterados.
— Antes não tinha recurso e agora tem!, diz a ex-prefeita, ironizando o slogan de Gilberto Kassab (“Antes não tinha, agora tem”). O texto lembra que o caixa da prefeitura ostenta R$ 20 bilhões a mais em relação a seu período de mandato.
*correioBrasil
Com frase "Jesus não é homofóbico" aluno gay é impedido de usar camiseta em escola dos EUA

Com frase "Jesus não é homofóbico" aluno gay é impedido de usar camiseta em escola dos EUA

A frase “Jesus não é homofóbico” na camiseta de Maverick Couch, aluno homossexual da escola de Waynesville, no estado norte-americano de Ohio, foi o motivo para que ele fosse impedido de entrar na escola, com ameaça de suspensão por parte da diretoria da instituição.

A camiseta de Couch trazia a frase junto das cores do arco-íris. O diretor da escola, Randy Gebhardt, afirmou que a mensagem era  “indecente e inapropriada ao ambiente escolar”.


 “Sugerir que [a camiseta] é ofensiva, inapropriada ou sexual é realmente um tipo de humilhação à mensagem que Maverick queria passar”, argumentou o advogado do adolescente, Christopher Clark, que está processando a escola.

“Eu já sofri bullying e xingamentos e queria usar a camiseta para estimular o respeito a todos os estudantes, gays ou héteros. Eu espero que a escola me ajude a criar uma ambiente de aceitação para garotos LGBT, não de punição”, declarou Maverick Couch.
*Mariadapenhaneles

PROGRAMA VIDA INTELIGENTE - 1) PAZ E PAX -2) O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PÁSCOA

A liberdade de expressão é a expressão da liberdade

JORNAL DEMITE CHARGISTA POR CONTA… DE CHARGE 

A liberdade de expressão é a expressão da liberdade, segundo o ministro do STF, Ayres Britto.

Não para os donos “Tribuna do Norte”, maior jornal do Rio Grande do Norte.

Pela charge abaixo, o chargista Amâncio foi demitido.

Lamentável.

Ailton Medeiros

*esquerdopata
Comprovado,  Puta que Pariu, existe... 
 
Quando alguém lhe disser:  
pra Puta que Pariu!", não vai ter mais problema, pois o lugar existe... e dá até pra gente ir de ônibus!


Fica na cidade de Bela Vista de Minas, em Minas Gerais.  
Bela Vista, uma cidadezinha cercada de mato no interior de Minas Gerais, ( no Brasil é claro).
Uma grande surpresa, um dos bairros tem o nome de Puta que Pariu ! Acredite se quiser! 
 
O município de Bela Vista de Minas foi criado pela Lei nº 2764, de 30 de dezembro de 1962, desmembrando do município de Nova Era, declarando naquele momento, às margens do Córrego do Onça a Independência de Bela Vista de Minas.

A cidade é divida em 7 bairros: Bela Vista de Cima, Lages, Serrinha, Córrego Fundo, Favela, Boca das Cobras e ... 
Puta que Pariu.


Podem pesquisar, é verdade !!!
É só digitar "Puta que pariu" no Google e confirmar

Só no Brasil mesmo ...

Imaginem  o padre da paróquia dizer que vai celebrar uma missa na Puta que Pariu ?!

Ou o Jornal nacional informar que o debate entre os candidatos ao governo de Minas será realizado na Puta que pariu.

Ou ainda... Bancada do DEM reúne-se neste final de semana na puta que pariu para distribuição dos Panetones.

Agora você já sabe. 
Quando quiser mandar alguém para aquele lugar, é só dizer: pega o 307 !!!
*GISELDA.

Protesto expõe legista acusado de encobrir tortura durante a ditadura militar





Postes, muros e pontos de ônibus dos bairros da Vila Madalena e Pinheiros amanheceram com centenas de cartazes de protesto contra Harry Shibata, médico legista e ex-diretor do Instituto Médico Legal de São Paulo. Acusado de ser responsável por falsos atestados de óbito usados para acobertar assassinatos de opositores pela ditadura militar, ele teria ignorado marcas deixadas por sessões de tortura produzindo laudos de acordo com as necessidades dos militares. Os cartazes foram colados por um grupo de manifestantes na madrugada deste sábado (7).
Shibata é acusado de, sem ter visto o corpo, atestar como suicídio a morte de Vladimir Herzog, então diretor da TV Cultura, que fora convocado para “prestar esclarecimentos” no DOI-Codi, em em outubro de 1975. O orgão, ligado ao regime, tinha o objetivo de reprimir opositores e se transformou em um dos principais centros de tortura do país.
A morte do jornalista após sessão de tortura tornou-se um símbolo na luta contra a ditadura. E o culto ecumênico realizado em sua homenagem, em dezembro daquele ano, na Catedral da Sé, foi o primeiro grande ato da sociedade civil contra as atrocidades cometidas pelos militares.
Nos dias 31 de março e 1o de abril, manifestações no Rio de Janeiro e em São Paulo reuniram centenas de pessoas para lembrar o aniversário do golpe de 1964. Elas exigiram que os crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura militar sejam esclarecidos e os envolvidos em casos de tortura punidos por crime contra a humanidade. 
Como parte dos protestos, residências de militares acusados de envolvimento em tortura foram marcadas. Da mesma forma, parte dos cartazes fornece o endereço do médico legista, em uma rua de classe média alta.
Neste sábado, comemora-se o Dia do Médico Legista. E o Dia do Jornalista.
Fotos Leonardo Sakamoto





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  • *Nina

Mídia transformou office-boy de bicheiro em mosqueteiro da ética

 

 

Demóstenes
Paulo Nogueira
Diário do Centro do Mundo

A imprensa operou uma mágica em Demóstenes Torres: transformou rapidamente um político paroquial e inexpressivo numa personalidade nacional.
Demóstenes, para ganhar uma cobertura extraordinária de jornais e revistas, seguiu a receita clássica: falou o que os outros queriam ouvir. Basicamente, um discurso arquiconservador enfeitado por uma pregação moralista em que o governo era combatido pela ótica da corrupção.
Com isso, Demóstenes se tornou uma presença ubíqua, previsível e maçante na mídia. Ele se juntaria a um coral conservador do qual fazem parte articulistas como Merval Pereira, Ali Kamel, Marco Antonio Villa, Luiz Felipe Condé e Arnaldo Jabor. Todos eles falam, essencialmente, a mesma coisa, frases como que extraídas dos discursos de Ronald Reagan e Margaret Thatcher nos anos 1980. (Curioso que a nenhum deles ocorra fazer, já com a distância que vinte anos permitem, o balanço da obra que Reagan e Thatcher legaram aos Estados Unidos, ele, e ao Reino Unido, ela: declínio econômico acrescentado de uma elevação notável da desigualdade social. Cada um de seu lado do Atlântico, os dois criaram o que um economista americano chamou, num livro recente, de Nanny State ao contrário – Estados-Babás para os ricos.)
É vital que haja microfones para o pensamento conservador. Mas onde o contraponto para ajudar o leitor a formar opinião? Hoje, esse contraponto está praticamente confinado à internet no Brasil. Até por razões econômicas – o consumidor de notícias que não se sente representado é sinônimo de perda de circulação e de audiência – é imperioso para a indústria da mídia brasileira a retomada do equilíbrio perdido. O Deus Mercado, para usar uma expressão cara ao conservadorismo, demanda isso. Os leitores — eu incluído — ficarão felizes.
Demóstenes floresceu exatamente num ambiente de perda de pluralidade de idéias na mídia brasileira. Picaretas aparecem assim, porque a filtragem fica rala. Basta dizer coisas como as que Demóstenes dizia, e seu celular vai tocar, chamado por jornalistas que precisam de frases para preencher textos com idéias preestabelecidas. Das entrevistas telefônicas a convites para participar de programas na Globonews ou escrever colunas é um passo. (Numa rápida pesquisa que fiz, vi que Demóstenes tinha até uma coluna no blog de Ricardo Noblat, das Organizações Globo.)
Demóstenes pertencia claramente à categoria dos conservadores de conveniência. Espertalhões como ele sabem como atrair os holofotes, e se adaptam às circunstâncias. Se para conseguir espaço ele tivesse que adotar uma retórica de esquerda, com certeza Demóstenes andaria com um chaveiro de Marx no bolso e repetiria frases de Lenine. Homens como ele têm uma única ideologia: a do dinheiro.
Demóstenes usou a imprensa, com motivos pecuniários, para se promover. Foi usado por ela, por motivos ideológicos. E quem perdeu nisso foi o Brasil: é nociva para a democracia a crença de que todo político é corrupto. E é difícil fugir dessa conclusão ao ler a história de Demóstenes.
Há uma espécie de justiça poética no fato de que a notícia mais importante da política brasileira em muitos anos tenha nascido não da mídia — mas da Polícia Federal. Para a qual seguem aplausos de pé.
Clap, clap, clap.

*esquerdopata