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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, agosto 02, 2012
Ridiculizar religião deveria ser crime de blasfêmia, diz arcebispo
Sátira da revista Titanic sobre novos 'vazamentos' no Vaticano levou arcebispo a defender na Alemanha uma lei da blasfêmia |
Sckick quer respeito
para com os crentes
|
Na capa, sobre a montagem, a revista diz: “Aleluia, mais uma vazamento encontrado no Vaticano”. Na contracapa, “Encontrado outro vazamento”. Trata-se de referência aos vazamentos de informações confidenciais do Vaticano (“Vatileaks”) que levaram o mordomo do papa à prisão.
O Vaticano processou a Titanic sob a acusação de violar os direitos de imagem do papa. Na semana passada, o Tribunal de Hamburgo mandou suspender a distribuição da edição da revista com os “vazamentos” do papa.
A edição mais recente da revista mostra sinais de beijos nas mãos e na batina de Bento 16.
Nos últimos dois anos, a opinião pública alemã ficou perplexa com os escândalos da pedofilia cometida por padres em proporção inimaginável. Desde então tem havido uma fuga de fiéis da Igreja, com forte repercussão na coleta de dízimo e doações.
A proposta de Sckick para a criação de uma lei da blasfêmia revela o temor da Igreja Católica de que ela venha cair ainda mais no descrédito por parte dos alemães.
Com informação da Voz da Rússia, entre outras fontes.
junho de 2012
Religião contra liberdade de expressão.
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz22Qmp0RD5
*Paulopes
I have a dream: a queda dos EUA
A arte da guerra
Finalmente – depois de terem sido vítimas durante mais de dois séculos de guerras, invasões e golpes de estado por parte dos Estados Unidos – os povos da Ásia, África e América Latina decidiram que era tempo de acabar com isso. A ideia genial foi a de adoptar os mesmos métodos de Washington, mas para uma causa justa. Assim, constituiu-se um Grupo de Acção para os Estados que, graças a reuniões de peritos, elaborou o plano, denominado "estratégia do Grande Ocidente". A intervenção foi assim explicada: nos EUA está no poder desde há mais de dois séculos o mesmo presidente que, ao personificar-se num político republicano ou democrata, representa os mesmos interesses da elite dominante. A Comunidade internacional deve portanto agir para por fim a este regime ditatorial. Preparando-se para depor o presidente Obama, uma comissão de dissidentes escreveu uma nova Constituição dos Estados Unidos da América, que garante uma democracia real no interior e uma política externa respeitosa dos direitos dos outros povos. Ao mesmo tempo (com a ajuda de peritos consultores cubanos, iraquianos e líbios) o Grupo de Acção impôs um embargo de ferro aos Estados Unidos, congelando todos os capitais estado-unidenses e encerrando todas as actividades das suas multinacionais no estrangeiro, inclusive os fast food McDonald e os distribuidores da Coca-Cola. Na sequência do bloqueio das especulações financeiras e da exploração da mão-de-obra e das matérias-primas da Ásia, África e América Latina, Wall Street ruiu e a economia estado-unidense afundou na crise. O México foi obrigado a erguer uma barreira metálica ao longo da fronteira, vigiada por veículos e helicópteros armados, para impedir que clandestinos estado-unidenses entrassem no seu território em busca de trabalho.
A estas medidas juntaram-se outras, militares, para atacar no interior conforme a estratégia da "guerra não convencional". Na América Latina foram constituídos campos militares, nos quais são treinados e armados rebeldes estado-unidenses: trata-se sobretudo de nativos americanos, descendentes das populações exterminadas pelos colonizadores e afro-americanos descendentes dos escravos cuja exploração (mesmo após a abolição da escravatura) permitiu às elites dominantes construir fortunas colossais. Sob a bandeira do "Exército americano livre", os rebeldes retornam aos Estados Unidos. Ao mesmo tempo são infiltradas forças especiais africanas, latino-americanas e asiáticas, cujos comandos (escolhidos entre aqueles que dominam a língua) podem ser confundidos com rebeldes estado-unidenses. Eles estão dotados de armamento e de sistemas de comunicação refinados, que lhes permitem efectuar ataques e sabotagens temíveis. Dispõem além disso de grandes quantidades de dólares para corromper funcionários e militares. Como o núcleo duro da Presidência, formado pelos chefes do Pentágono e do aparelho militar-industrial, continua a bater-se, o grupo de acção redigiu uma "kill list" dos elementos mais perigosos, que são eliminados por agentes secretos ou por drones killers.
Manlio Dinucci
www.legrandsoir.info/i-have-a-dream-l-ecroulement-des-usa-il-manifesto.html
*GuerraSilenciosa
Safatle e a greve dos professores
Vladimir Safatle tem se revelado um dos mais perspicazes e profícuos pensadores das questões contemporâneas, com uma produção que combina reflexões de corte jornalístico – onde o texto analítico deve ser, a um tempo, mais concentrado e fluente – e incursões de maior fôlego, mormente acadêmicas.
Além do alto nível reflexivo que, seja qual for a modalidade de expressão, se depreende de seu trabalho, o articulista e professor do departamento de Filosofia da USP se destaca por recusar o comodismo – tão encontradiço em seus pares – e militar contra o senso comum e a favor de uma nova esquerda, o que faz dele exemplo de intelectual não dogmático, sintonizado com o seu tempo.
Reproduzo abaixo o contundente texto que Safatle produziu acerca da greve das universidades federais e da situação da Educação no Brasil, cujo título, convém lembrar, remete a uma pequena obra-prima do cinema – e uma ode à liberdade e à rebeldia juvenil -, dirigida em 1933 por Jean Vigo – cineasta que foi descoberto para o mundo por outro notável intelectual e militante da esquerda brasileira, Paulo Emílio Salles Gomes.
*****
Zero de Conduta
Vladimir Safatle
Há mais de dois meses, os professores das universidades federais estão em greve. Após duas propostas consideradas insuficientes pela maioria do corpo docente, o governo parece disposto a endurecer as negociações. No entanto há de estranhar a maneira com que uma questão dessa natureza está sendo tratada.
Ao ganhar as eleições, o governo atual afirmou ser a educação sua prioridade. Mas, por mais que possa parecer uma tautologia, colocar a educação como prioridade significa, entre outros, assumir as demandas que vêm de seus profissionais como prioritárias. O que os professores querem é um salário digno e uma infraestrutura adequada para desenvolver atividades de docência, orientação e pesquisa.
Enquanto algumas pessoas que nada sabem da vida universitária usam espaços na imprensa para afirmar que os professores são a “elite do funcionalismo” e que, por isso, não deveriam reclamar, policiais rodoviários continuam ganhando mais do que docentes.
Os desafios brasileiros passam pelo fortalecimento da universidade pública, com sua capacidade de formação e pesquisa. A experiência de liberalização do ensino universitário por meio da proliferação de universidades privadas foi um retumbante fracasso.
Tudo o que se conseguiu foi produzir levas de profissionais semiformados, assim como instituições nas quais os professores acabam por ser repetidores, por estar afogados em cargas horárias que não permitem o desenvolvimento de pesquisas.
Vez por outra, quando o processo de financiamento das universidades públicas volta à tona, temos de ouvir duas opiniões no limite do caricato. A primeira consiste no argumento etapista tosco que afirma: primeiro, devemos investir na escola básica, depois, nas universidades. Claro.
E, enquanto o investimento da educação básica não chega a um nível adequado, deixemos as universidades serem sucateadas e destruídas. Tais pessoas têm um raciocínio binário incapaz de entender que o investimento em educação deve ser extensivo, caso não queiramos perder completamente o bonde do desenvolvimento social.
A segunda afirma que os professores universitários devem deixar de ser subvencionados pelo Estado e procurar financiamento para pesquisas na iniciativa privada.
Há mais de dois meses, os professores das universidades federais estão em greve. Após duas propostas consideradas insuficientes pela maioria do corpo docente, o governo parece disposto a endurecer as negociações. No entanto há de estranhar a maneira com que uma questão dessa natureza está sendo tratada.
Ao ganhar as eleições, o governo atual afirmou ser a educação sua prioridade. Mas, por mais que possa parecer uma tautologia, colocar a educação como prioridade significa, entre outros, assumir as demandas que vêm de seus profissionais como prioritárias. O que os professores querem é um salário digno e uma infraestrutura adequada para desenvolver atividades de docência, orientação e pesquisa.
Enquanto algumas pessoas que nada sabem da vida universitária usam espaços na imprensa para afirmar que os professores são a “elite do funcionalismo” e que, por isso, não deveriam reclamar, policiais rodoviários continuam ganhando mais do que docentes.
Os desafios brasileiros passam pelo fortalecimento da universidade pública, com sua capacidade de formação e pesquisa. A experiência de liberalização do ensino universitário por meio da proliferação de universidades privadas foi um retumbante fracasso.
Tudo o que se conseguiu foi produzir levas de profissionais semiformados, assim como instituições nas quais os professores acabam por ser repetidores, por estar afogados em cargas horárias que não permitem o desenvolvimento de pesquisas.
Vez por outra, quando o processo de financiamento das universidades públicas volta à tona, temos de ouvir duas opiniões no limite do caricato. A primeira consiste no argumento etapista tosco que afirma: primeiro, devemos investir na escola básica, depois, nas universidades. Claro.
E, enquanto o investimento da educação básica não chega a um nível adequado, deixemos as universidades serem sucateadas e destruídas. Tais pessoas têm um raciocínio binário incapaz de entender que o investimento em educação deve ser extensivo, caso não queiramos perder completamente o bonde do desenvolvimento social.
A segunda afirma que os professores universitários devem deixar de ser subvencionados pelo Estado e procurar financiamento para pesquisas na iniciativa privada.
Só um exemplo: se um pesquisador em psicologia procurar desenvolver
uma pesquisa mostrando a ineficácia de antidepressivos, a quem ele deve
pedir financiamento? À indústria farmacêutica?
Ou seja, ou o governo assume o custo de eleger a educação como prioridade ou é melhor não utilizar tal discurso em época de eleição.
Ou seja, ou o governo assume o custo de eleger a educação como prioridade ou é melhor não utilizar tal discurso em época de eleição.
Bolinha de papel 2 fracassa: Globo tem que dar mesmo tempo para Serra e Haddad no SPTV
A tevê Globo fechou um acordo com os candidatos à Prefeitura de São Paulo sobre como será a cobertura das eleições municipais neste ano. A emissora voltou atrás na proposta anterior, na qual somente os dois primeiros nas pesquisas apareceriam diariamente na televisão. Com o novo acordo, seis candidatos devem aparecer diariamente no jornal noturno regional da emissora, o SPTV segunda edição, e no Bom Dia SP.
A reunião que selou o acordo ocorreu nesta terça-feira 31 com representantes dos oito candidatos que possuem representantes no Congresso Nacional. Os dois candidatos que estiverem na sétima e oitava colocações na pesquisa devem aparecer uma vez por semana com imagens e, nos dias restantes, sem.
(...)
Serra e Globo sofrem segunda derrota, ao não conseguir melar debate
A Globo também cedeu na organização do seu debate, que deve ocorrer na semana anterior à eleição. Inicialmente, a emissora disse que só aceitaria cinco candidatos, mas cedeu e agora deve fazer com seis deles.Comento:
A negociação é necessária porque a televisão é uma concessão pública e é proibida de dar tratamento privilegiado a candidatos segundo a lei eleitoral.
Os marqueteiros de José Serra (PSDB) querem "congelar" a eleição do jeito que está, com Serra e Russomano (PRB) na frente nas pesquisas. Por isso querem esfriar a campanha, para o eleitor não pensar, não refletir, não discutir, não debater, não conhecer em profundidade os candidatos, as propostas, o que representam e as diferenças entre as candidaturas.
Desejam expurgar Fernando Haddad (PT) da TV o máximo possível.
Não desejam discutir a cidade, pois a gestão Serra-Kassab está mal avaliada. Não desejam polêmicas porque Serra só tem a perder, tanto na quebra da promessa de 2004 para não renunciar, como nos escândalos de corrupção envolvendo a Privataria Tucana, o caso Paulo Preto, a doação milionária de José Celso Gontijo, a nomeação de Hussain Aref Saab, acusado de cobrar propinas para licenciar obras, e tantas outras.
*AmoralNasto
MENSALÃO: A MAIS ATREVIDA E E ESCANDALOSA FARSA
Roberto Jeferson - o sujo na sujeira |
O
julgamento que se inicia nesta quinta-feira (2) na Suprema Corte do
país não é o ato final de um processo jurídico para inocentar ou
condenar réus – entre eles figuras cujas biografias estão ligadas às
mais importantes lutas democráticas e populares das últimas cinco
décadas – acusados de terem cometido atos de corrupção.
Por José Reinaldo Carvalho
É mais um episódio, na acidentada vida republicana brasileira, em que a
democracia é posta à prova e vem à tona o que há de pior nas classes
dominantes e suas representações – o reacionarismo político e o
golpismo.
O Supremo Tribunal Federal cumpre seu dever constitucional de julgar a ação penal. Conta com a confiança liminar da população, que espera o discernimento jurídico de seus membros e absoluta isenção. Que julgue exclusivamente com os autos.
A peça acusatória é subjetivista e vaga. O ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza prejulga e condena o que chama de “sofisticada quadrilha”, que segundo ele teria comprado apoio de partidos para o projeto político do PT e do ex-presidente Lula. Já o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que o Supremo julgará “o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil”.
São acusações improcedentes, afirmações de efeito propagandístico, para dar a uma mídia sequiosa e furibunda elementos de agitação política e alimentar os sonhos de uma oposição fracassada e sem bandeiras.
Nunca ficou, nem ficará provada a existência da “quadrilha”, nem a compra de apoio político. Nem muito menos o desvio de dinheiro público. Assim, o país pode estar diante não do “mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção”, mas da mais atrevida e escandalosa construção de uma farsa.
A ação penal que começa a ser julgada nesta quinta-feira tem feição jurídica, mas é no fundo a expressão de uma tentativa de linchamento de lideranças políticas de envergadura, com grandes serviços prestados à luta pela emancipação do povo brasileiro e das classes trabalhadoras. José Dirceu é o militante e dirigente da esquerda que liderou em 2002 a batalha político-eleitoral mais importante até então da vida republicana brasileira, a que resultou, pela primeira vez na história do Brasil, na eleição de um líder operário e popular e na constituição de um governo nucleado por forças de esquerda.
Estamos diante não de uma ação penal para julgar o nunca provado “mensalão”, mas para condenar a chamada era Lula. Por isso, não se pode deixar de chamar pelo nome o conjunto dos fatos iniciados em 2005 que sete anos depois desembocam no STF. É um golpe antidemocrático contra o Partido dos Trabalhadores e suas melhores lideranças, o que inexoravelmente atinge toda a esquerda. É um intento da direita para criminalizar o exercício do governo por forças de esquerda.
Em outras épocas, a crônica política já repetiu à exaustão a frase do político udenista baiano Otávio Mangabeira sobre o novo regime político nascido dos escombros do Estado Novo e do ambiente democrático resultante da derrocada do nazi-fascismo no plano mundial. A democracia no Brasil seria, segundo Mangabeira, “uma planta tenra que necessita ser regada para produzir frutos”.
Observando a cena política brasileira, sua evolução histórica e o momento atual, a impressão que se tem é que ainda falta muito para a plantinha do constituinte de 1946 se transformar numa árvore robusta, frondosa e frutífera. Na verdade, a convicção que se cristaliza é a de que a democracia continua tenra, instável, vacilante, precária e ameaçada, mesmo considerando todos os avanços registrados como fruto das lutas do povo brasileiro e das vitórias eleitorais que levaram ao centro do poder, por três vezes, presidentes da República identificados com a ampliação da liberdade e participação políticas, o progresso social e a soberania nacional.
Entre tantos fatores que podem ser catalogados como obstáculos ao pleno desenvolvimento da democracia no Brasil, destacamos o que nos parece principal, sem cuja remoção o Brasil poderá permanecer por muitos anos mais com um regime republicano instável, uma democracia mutilada e instituições de poder apartadas do povo e da vontade nacional.
Há uma distância, ainda abissal, até mesmo uma contradição, entre o governo de turno e a essência das instituições que conformam a superestrutura jurídico-política, o Estado. É o paradoxo da conjuntura política brasileira atual. A despeito de termos um governo democrático, permanece intocado o regime político das classes dominantes, cujo caráter político e ideológico é reacionário.
Isto leva essas classes a percorrerem os caminhos do golpe e dos atentados à democracia sempre que os seus interesses são contrariados. O sábio Darcy Ribeiro dizia que no Brasil tudo muda, menos o reacionarismo das classes dominantes. Com o passar dos anos, muda de endereço, já viveu na Casa Grande, nos salões palacianos, nos estados-maiores das Forças Armadas. Hoje é mais cosmopolita, sendo dispensáveis, por enquanto, a força propriamente dita. Sua morada atual é visível por meio da usina de desinformação e mentiras em que se converteu a mídia.
Muito ao contrário do que reza a cartilha da historiografia vulgar, o Brasil não evolui tranquila, pacífica e gradativamente para uma democracia, nem esta é ou será resultado da conciliação nacional própria de um mitológico caráter compassivo, cordial e generoso das classes dominantes. Intermitentemente, quando assim o determinam os seus interesses fundamentais ou o dos potentados internacionais a que devem vassalagem, elas entram em cena com sua ação golpista. Mudam as formas da sua intervenção política, a intensidade, a duração e a maneira de assestar os golpes com que os reacionários do topo da pirâmide social amesquinham, mutilam e liquidam o sistema democrático. Mas é invariável a sua determinação de impedir que o país e o povo avancem por meio de conquistas democráticas e sociais.
O povo brasileiro inegavelmente está progredindo na acumulação de forças, alcançando muitas conquistas políticas, sociais e econômicas. Externamente, o país situa-se de maneira soberana num mundo marcado pelo apetite de dominação das grandes potências. Em aliança com forças anti-imperialistas latino-americanas e caribenhas, o Brasil tem contribuído para reconfigurar o sistema geopolítico regional, transformando numa triste lembrança o pan-americanismo hegemonizado pelo imperialismo estadunidense. Vistas de uma perspectiva histórica, são mudanças que contrariam a essência do projeto político das classes dominantes e seus aliados externos. Por isso, na visão destas classes, é algo que não pode nem deve continuar. Uma condenação do líder José Dirceu como “chefe de quadrilha” e o achincalhe à “era Lula” como o período de “maior corrupção da história” servem a esses propósitos.
É sintomático que às vésperas do julgamento que se inicia nesta quinta-feira, entre a miríade de artigos e reportagens, preparados sob medida para mentir, tergiversar, enganar e iludir, venha à tona a voz das catacumbas. Por meio de um vídeo, ninguém menos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez considerações sobre como a “opinião pública” deve ser levada em conta pela Suprema Corte no julgamento da ação penal do “mensalão”, assim como sobre a importância de evitar a “impunidade”. Também o PSDB, partido de Cardoso, em vídeo institucional, foi explícito quanto às suas intenções, ao fazer insidiosa vinculação entre o “mensalão” e o ex-presidente Lula.
É a senha reveladora dos objetivos políticos daqueles que deram golpes institucionais durante seu governo [1995-2002] e instituíram a ditadura dos punhos de renda. Depositam agora as esperanças de redenção de sua força em decadência na condenação do PT e do governo Lula.
Do ponto de vista da esquerda, o momento requer vigilância e mobilização democráticas em favor de outro desfecho, a absolvição dos acusados.
O episódio como um todo pede reflexão e a extração de ensinamentos. A avaliação rigorosa sobre a evolução da vida política brasileira e o cenário presente deve servir para alargar a perspectiva histórica e aumentar o impulso de luta e transformador. É um momento propício também a retomar o debate sobre os caminhos para a conquista de uma democracia verdadeiramente popular, consoante as peculiaridades nacionais, que signifique uma mudança de fundo do regime político do país.
O Supremo Tribunal Federal cumpre seu dever constitucional de julgar a ação penal. Conta com a confiança liminar da população, que espera o discernimento jurídico de seus membros e absoluta isenção. Que julgue exclusivamente com os autos.
A peça acusatória é subjetivista e vaga. O ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza prejulga e condena o que chama de “sofisticada quadrilha”, que segundo ele teria comprado apoio de partidos para o projeto político do PT e do ex-presidente Lula. Já o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que o Supremo julgará “o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil”.
São acusações improcedentes, afirmações de efeito propagandístico, para dar a uma mídia sequiosa e furibunda elementos de agitação política e alimentar os sonhos de uma oposição fracassada e sem bandeiras.
Nunca ficou, nem ficará provada a existência da “quadrilha”, nem a compra de apoio político. Nem muito menos o desvio de dinheiro público. Assim, o país pode estar diante não do “mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção”, mas da mais atrevida e escandalosa construção de uma farsa.
A ação penal que começa a ser julgada nesta quinta-feira tem feição jurídica, mas é no fundo a expressão de uma tentativa de linchamento de lideranças políticas de envergadura, com grandes serviços prestados à luta pela emancipação do povo brasileiro e das classes trabalhadoras. José Dirceu é o militante e dirigente da esquerda que liderou em 2002 a batalha político-eleitoral mais importante até então da vida republicana brasileira, a que resultou, pela primeira vez na história do Brasil, na eleição de um líder operário e popular e na constituição de um governo nucleado por forças de esquerda.
Estamos diante não de uma ação penal para julgar o nunca provado “mensalão”, mas para condenar a chamada era Lula. Por isso, não se pode deixar de chamar pelo nome o conjunto dos fatos iniciados em 2005 que sete anos depois desembocam no STF. É um golpe antidemocrático contra o Partido dos Trabalhadores e suas melhores lideranças, o que inexoravelmente atinge toda a esquerda. É um intento da direita para criminalizar o exercício do governo por forças de esquerda.
Em outras épocas, a crônica política já repetiu à exaustão a frase do político udenista baiano Otávio Mangabeira sobre o novo regime político nascido dos escombros do Estado Novo e do ambiente democrático resultante da derrocada do nazi-fascismo no plano mundial. A democracia no Brasil seria, segundo Mangabeira, “uma planta tenra que necessita ser regada para produzir frutos”.
Observando a cena política brasileira, sua evolução histórica e o momento atual, a impressão que se tem é que ainda falta muito para a plantinha do constituinte de 1946 se transformar numa árvore robusta, frondosa e frutífera. Na verdade, a convicção que se cristaliza é a de que a democracia continua tenra, instável, vacilante, precária e ameaçada, mesmo considerando todos os avanços registrados como fruto das lutas do povo brasileiro e das vitórias eleitorais que levaram ao centro do poder, por três vezes, presidentes da República identificados com a ampliação da liberdade e participação políticas, o progresso social e a soberania nacional.
Entre tantos fatores que podem ser catalogados como obstáculos ao pleno desenvolvimento da democracia no Brasil, destacamos o que nos parece principal, sem cuja remoção o Brasil poderá permanecer por muitos anos mais com um regime republicano instável, uma democracia mutilada e instituições de poder apartadas do povo e da vontade nacional.
Há uma distância, ainda abissal, até mesmo uma contradição, entre o governo de turno e a essência das instituições que conformam a superestrutura jurídico-política, o Estado. É o paradoxo da conjuntura política brasileira atual. A despeito de termos um governo democrático, permanece intocado o regime político das classes dominantes, cujo caráter político e ideológico é reacionário.
Isto leva essas classes a percorrerem os caminhos do golpe e dos atentados à democracia sempre que os seus interesses são contrariados. O sábio Darcy Ribeiro dizia que no Brasil tudo muda, menos o reacionarismo das classes dominantes. Com o passar dos anos, muda de endereço, já viveu na Casa Grande, nos salões palacianos, nos estados-maiores das Forças Armadas. Hoje é mais cosmopolita, sendo dispensáveis, por enquanto, a força propriamente dita. Sua morada atual é visível por meio da usina de desinformação e mentiras em que se converteu a mídia.
Muito ao contrário do que reza a cartilha da historiografia vulgar, o Brasil não evolui tranquila, pacífica e gradativamente para uma democracia, nem esta é ou será resultado da conciliação nacional própria de um mitológico caráter compassivo, cordial e generoso das classes dominantes. Intermitentemente, quando assim o determinam os seus interesses fundamentais ou o dos potentados internacionais a que devem vassalagem, elas entram em cena com sua ação golpista. Mudam as formas da sua intervenção política, a intensidade, a duração e a maneira de assestar os golpes com que os reacionários do topo da pirâmide social amesquinham, mutilam e liquidam o sistema democrático. Mas é invariável a sua determinação de impedir que o país e o povo avancem por meio de conquistas democráticas e sociais.
O povo brasileiro inegavelmente está progredindo na acumulação de forças, alcançando muitas conquistas políticas, sociais e econômicas. Externamente, o país situa-se de maneira soberana num mundo marcado pelo apetite de dominação das grandes potências. Em aliança com forças anti-imperialistas latino-americanas e caribenhas, o Brasil tem contribuído para reconfigurar o sistema geopolítico regional, transformando numa triste lembrança o pan-americanismo hegemonizado pelo imperialismo estadunidense. Vistas de uma perspectiva histórica, são mudanças que contrariam a essência do projeto político das classes dominantes e seus aliados externos. Por isso, na visão destas classes, é algo que não pode nem deve continuar. Uma condenação do líder José Dirceu como “chefe de quadrilha” e o achincalhe à “era Lula” como o período de “maior corrupção da história” servem a esses propósitos.
É sintomático que às vésperas do julgamento que se inicia nesta quinta-feira, entre a miríade de artigos e reportagens, preparados sob medida para mentir, tergiversar, enganar e iludir, venha à tona a voz das catacumbas. Por meio de um vídeo, ninguém menos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez considerações sobre como a “opinião pública” deve ser levada em conta pela Suprema Corte no julgamento da ação penal do “mensalão”, assim como sobre a importância de evitar a “impunidade”. Também o PSDB, partido de Cardoso, em vídeo institucional, foi explícito quanto às suas intenções, ao fazer insidiosa vinculação entre o “mensalão” e o ex-presidente Lula.
É a senha reveladora dos objetivos políticos daqueles que deram golpes institucionais durante seu governo [1995-2002] e instituíram a ditadura dos punhos de renda. Depositam agora as esperanças de redenção de sua força em decadência na condenação do PT e do governo Lula.
Do ponto de vista da esquerda, o momento requer vigilância e mobilização democráticas em favor de outro desfecho, a absolvição dos acusados.
O episódio como um todo pede reflexão e a extração de ensinamentos. A avaliação rigorosa sobre a evolução da vida política brasileira e o cenário presente deve servir para alargar a perspectiva histórica e aumentar o impulso de luta e transformador. É um momento propício também a retomar o debate sobre os caminhos para a conquista de uma democracia verdadeiramente popular, consoante as peculiaridades nacionais, que signifique uma mudança de fundo do regime político do país.
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*MilitânciaViva
Só falta a Globo escalar Galvão Bueno para narrar o julgamento do "mensalão"
Até aqui o texto foi piada, mas a cobertura dos barões da mídia no julgamento do chamado "mensalão" está mais para o ôba-ôba das promoções de lutas de Vale-tudo (UFC) do que para noticiário político sério.
Requentam os velhos bordões e chavões martelados durante sete anos, sem buscar aprofundar, nem informar a verdade.
Como é o sistema político brasileiro? Permite coligações de partidos? Sim. O financiamento de campanha eleitoral é exclusivamente público? Não. Os partidos são obrigados a passar o chapéu no empresariado, se quiserem concorrer com chances.
É óbvio que partidos coligados também precisam de dinheiro para financiar a campanha de deputados, senadores, prefeitos, vereadores, etc. O empresariado sempre prioriza doações para quem tem poder de mando, ou seja, para o partido cabeça de chapa. Logo é natural que partidos coligados também exijam que o cabeça de chapa repasse parte das doações. E, até prove em contrário, foi apenas isso que Delúbio Soares fez, errando apenas quanto ao chamado caixa-2.
A função de Delúbio era fechar as contas partidárias. Ele buscava
doações ou empréstimos e cumpria os acordos partidários entre os
partidos para disputarem eleições, e não para a governabilidade. O
próprio Delúbio não tinha obrigação e nem como saber o que era feito do
dinheiro depois que ia para outros partidos ou candidatos, e nem o que
era feito do dinheiro antes de entrar como doação ou empréstimo, afinal
como saber o que se passava dentro da gestão das empresas privadas que
doavam ou emprestavam?
A lei é assim. É uma porcaria de lei, porque empreiteiras, bancos e até bicheiros financiam campanhas, em geral buscando vantagens futuras nos governos. Os governos eleitos tem que ser muito populares, como foi Lula, para ter como resistir aos ataques de corruptores sem ser derrubado (como tentaram) e ainda ser reeleito.
A lei é assim. É uma porcaria de lei, porque empreiteiras, bancos e até bicheiros financiam campanhas, em geral buscando vantagens futuras nos governos. Os governos eleitos tem que ser muito populares, como foi Lula, para ter como resistir aos ataques de corruptores sem ser derrubado (como tentaram) e ainda ser reeleito.
Mesmo resistindo, como o estado brasileiro é grande (e tem que ser, para
sermos uma grande nação e haver democracia popular), lobistas acabam
conseguindo se infiltrar pelas bordas. Mas são casos à parte, são elos
fracos da corrente que se rompem, e que órgãos como CGU vivem tendo que
expulsar do serviço público, e que a Polícia Federal vive tendo que
fazer a faxina.
A lei não prevê caixa-2, é claro, mas também sempre tratou o caixa-2 como uma infração menor, o que acabou se tornando sinônimo de tolerância e uma prática disseminada nas campanhas eleitorais. Basta ver que o mensalão tucano teria passado despercebido e estaria funcionando até hoje, se Lula não tivesse sido eleito. Só quando descobriram o caixa-2 do PT é que desvendaram, por tabela, o mensalão tucano (e mesmo assim, com uma enorme má vontade em aprofundar, com medo de atingir Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin).
O leitor deve perguntar: e a turma que deu dinheiro, fez de graça? As intenções podem ser as mais diversas e escusas possíveis, como pode ser de quem doa oficialmente pelo caixa-1, mas a questão é que, até agora, pelo que se sabe, Delúbio só deu tapinha nas costas de quem doou dinheiro.
A lei não prevê caixa-2, é claro, mas também sempre tratou o caixa-2 como uma infração menor, o que acabou se tornando sinônimo de tolerância e uma prática disseminada nas campanhas eleitorais. Basta ver que o mensalão tucano teria passado despercebido e estaria funcionando até hoje, se Lula não tivesse sido eleito. Só quando descobriram o caixa-2 do PT é que desvendaram, por tabela, o mensalão tucano (e mesmo assim, com uma enorme má vontade em aprofundar, com medo de atingir Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin).
O leitor deve perguntar: e a turma que deu dinheiro, fez de graça? As intenções podem ser as mais diversas e escusas possíveis, como pode ser de quem doa oficialmente pelo caixa-1, mas a questão é que, até agora, pelo que se sabe, Delúbio só deu tapinha nas costas de quem doou dinheiro.
Daniel Dantas investiu fortunas em publicidade nas empresas de Marcos
Valério, e acabou sendo preso durante o governo Lula. As próprias
empresas em que Valério era sócio, sofreram devassa da Receita Federal e
da PF. O Banco Rural também.
Estamos acostumados com políticos demagogos, que dão tapinha nas costas do eleitor pobre, quando ele pede emprego ou bens materiais. Depois de eleito, nem trata mais do assunto. Talvez nunca tenhamos visto gente que faça algo parecido com grande financiadores de campanha, por isso muita gente acha difícil acreditar. Mas então, por que razão o mensalão tucano funcionou tão bem desde a década de 90, e não funcionou no governo Lula? À luz dos fatos, é razoável considerar se os petistas aceitaram doações para campanha via caixa-2, mas recusaram retribuir com dinheiro público. Talvez, justamente por contrariar interesses, é que todo o escândalo veio à tona. Porém, em vez de focar no que houve, o caixa-2 (coisa que comprometeria justamente os corruptores, com interesses contrariados), havia o interesse da oposição e da imprensa demotucana em forjar boatos de que a origem do dinheiro seria público e, em vez de caixa-2, haveria compra de votos parlamentares.
São estas outras vertentes desta história é que são censuradas do noticiário, por interesse eleitoreiro dos barões da mídia em favorecer seus aliados demotucanos.
Se o Procurador-Geral conseguir provar, não por ilações, mas com provas materiais, que alguém meteu a mão em dinheiro público para favorecer os financiadores do chamado "mensalão", teremos que aceitar a condenação de quem tenha sido responsável pelo delito. Mas condenar justamente quem não cumpriu as supostas expectativas de corrupção de financiadores de campanha, será uma completa inversão de valores.
Estamos acostumados com políticos demagogos, que dão tapinha nas costas do eleitor pobre, quando ele pede emprego ou bens materiais. Depois de eleito, nem trata mais do assunto. Talvez nunca tenhamos visto gente que faça algo parecido com grande financiadores de campanha, por isso muita gente acha difícil acreditar. Mas então, por que razão o mensalão tucano funcionou tão bem desde a década de 90, e não funcionou no governo Lula? À luz dos fatos, é razoável considerar se os petistas aceitaram doações para campanha via caixa-2, mas recusaram retribuir com dinheiro público. Talvez, justamente por contrariar interesses, é que todo o escândalo veio à tona. Porém, em vez de focar no que houve, o caixa-2 (coisa que comprometeria justamente os corruptores, com interesses contrariados), havia o interesse da oposição e da imprensa demotucana em forjar boatos de que a origem do dinheiro seria público e, em vez de caixa-2, haveria compra de votos parlamentares.
São estas outras vertentes desta história é que são censuradas do noticiário, por interesse eleitoreiro dos barões da mídia em favorecer seus aliados demotucanos.
Se o Procurador-Geral conseguir provar, não por ilações, mas com provas materiais, que alguém meteu a mão em dinheiro público para favorecer os financiadores do chamado "mensalão", teremos que aceitar a condenação de quem tenha sido responsável pelo delito. Mas condenar justamente quem não cumpriu as supostas expectativas de corrupção de financiadores de campanha, será uma completa inversão de valores.
*osamigosdopresidentelula
Postado por
Jussara Seixas
STF COM A FACA NO PESCOÇO
Vai
começar hoje o maior espetáculo promovido pela mídia brasileira em
todos os tempos. Por
determinação da mídia golpista do PIG, ninguém deve sair da frente da
TV para
trabalhar, estudar, fazer compras, namorar. Os bancos não devem abrir,
bem como as lojas, os shoppings, os restaurantes e as farmácias.
Médicos e dentistas
não devem atender seus pacientes. As aulas
devem ser suspensas para que alunos e professores assistam ao início do
julgamento da ação penal 470, vulgo
mensalão. Todos os jornalistas do PIG estão excitadíssimos, querem que
todos sejam
condenados mesmo sem provas, e para isso forçam
suas facas nas
gargantas dos ministros do STF. A cereja desse bolo, a estrela do
espetáculo, o réu na carroça do patíbulo
tem nome: é o ex-ministro
José Dirceu. Hoje, 02/08/2012, a jornalista do PIG Eliane Catanhêde
escreveu em seu texto na Folha de São Paulo "A condenação de
Dirceu anteciparia o fim do julgamento. Tiraria toneladas dos ombros dos
ministros, de advogados e dos demais réus".
Só faltou acrescentar: “Entenderam ou preciso
desenhar?”. Mas felizmente o povo
brasileiro é sabido, ficou esperto, e o Brasil não vai parar, como quer
a mídia do
PIG. Apenas aqueles famosos 5% que nunca aceitaram Lula presidente, a
oposição ao PT, é que irão ficar grudados na telinha da
TV, regorgitando
espasmodicamente o ódio que acumularam nos últimos dez anos.
Afinal, essa é a recompensa que terão por
anos de calúnias contra o governo do PT, de invenções,
mentiras, ilações, assistindo ao Lula sendo reeleito e elegendo sua
sucessora, a presidenta Dilma. Que se
locupletem, pois é só isso que eles
vão ter. Voltar
ao poder para destruir o Brasil, entregar nossos bens, afundar nossa
economia, isso nunca mais.
Jussara Seixas
*Ajusticeiradeesquerda
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