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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, agosto 24, 2012
Lewandowski não tem
medo do PiG (*)
Quem tem medo do Ataulfo Merval de Paiva ?
Saiu na Folha (**):
Lewandowski diz que já esperava críticas ao seu voto
Depois de abrir a divergência e
votar pela absolvição do petista João Paulo Cunha (SP), o revisor do
processo do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou nesta
sexta-feira que o juiz “não pode se pautar pela opinião pública”, nem
ter “medo de pressões de qualquer espécie”.
“Já esperava as críticas, as incompreensões, isso faz parte do nosso trabalho. Mas eu tenho certeza de que o Brasil quer um Judiciário independente, um juiz que não tenha medo de pressões de qualquer espécie”, disse. “Eu acho que o juiz não deve ter medo das críticas porque o juiz vota ou julga com sua consciência e de acordo com as leis. Não pode se pautar pela opinião pública.”
(…)
Para o ministro Lewandowski, não existe desgaste entre os ministros e o que está em jogo não são eles, mas o destino dos réus do mensalão. “Nós não levamos nada pessoalmente, nós defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, o que está em jogo é o destino dos réus no caso da ação penal 470″, finalizou.
“Já esperava as críticas, as incompreensões, isso faz parte do nosso trabalho. Mas eu tenho certeza de que o Brasil quer um Judiciário independente, um juiz que não tenha medo de pressões de qualquer espécie”, disse. “Eu acho que o juiz não deve ter medo das críticas porque o juiz vota ou julga com sua consciência e de acordo com as leis. Não pode se pautar pela opinião pública.”
(…)
Para o ministro Lewandowski, não existe desgaste entre os ministros e o que está em jogo não são eles, mas o destino dos réus do mensalão. “Nós não levamos nada pessoalmente, nós defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, o que está em jogo é o destino dos réus no caso da ação penal 470″, finalizou.
PHA
Sorria, você foi enganado por Globo, Veja, Folha, Estadão, Zero Hora,
Correio Brasiliense, etc. Ou seja, por todo o PIG, que espalhou o boato,
sabidamente falso, como se fosse notícia contra o deputado João Paulo
Cunha (PT-SP).
No julgamento do chamado "mensalão", o ministro do STF Ricardo Lewandowski, em seu voto que absolveu João Paulo da primeira acusação de peculato, demonstrou, por vias indiretas, que Globo, Veja, Folha, Estadão, Zero Hora, Correio Brasiliense, sabiam o tempo todo que João Paulo era inocente, e montaram uma ponta da farsa do "mensalão" no noticiário, como se ele tivesse desviado o dinheiro do contrato de publicidade da Câmara dos Deputados com a agência SMPB de Marcos Valério.
Lewandowski demonstrou que a fatia do leão do dinheiro gasto no contrato foi para o bolso do barões da mídia.
Dos R$ 10,9 milhões do contrato, mais de R$ 7 milhões foram pagos aos citados órgãos de imprensa do PIG (Partido da Imprensa Golpista). O restante foram diversos serviços típicos e lícitos de qualquer agência de publicidade, e das obrigações previstas no contrato, e que tiveram os serviços efetivamente prestados, conforme a aprovação de contas pelo TCU e laudo da Polícia Federal.
É um vexame que a Globo, Veja, Folha, Estadão, Zero Hora, Correio Brasiliense, e o resto do PIG soubessem o tempo todo que receberam esse dinheirão e, conhecendo as práticas do mercado publicitário para saber que o contrato foi lícito, preferiram esconder a verdade dos leitores e telespectadores, noticiando o boato de que o dinheiro teria sido desviado.
Quem diria, o verdadeiro "mensalão" era esse dinheiro que ia dos cofres da Câmara para os bolsos dos barões da mídia, dentro da legalidade.
A pergunta que não calar agora, é: por que estes órgãos mentiram de forma tão descarada? Será que João Paulo cortou esses anúncios depois de algum tempo, e o PIG resolveu retaliar?
Lewandowski provou que Globo, Veja, Folha, Estadão montaram farsa do 'mensalão'
No julgamento do chamado "mensalão", o ministro do STF Ricardo Lewandowski, em seu voto que absolveu João Paulo da primeira acusação de peculato, demonstrou, por vias indiretas, que Globo, Veja, Folha, Estadão, Zero Hora, Correio Brasiliense, sabiam o tempo todo que João Paulo era inocente, e montaram uma ponta da farsa do "mensalão" no noticiário, como se ele tivesse desviado o dinheiro do contrato de publicidade da Câmara dos Deputados com a agência SMPB de Marcos Valério.
Lewandowski demonstrou que a fatia do leão do dinheiro gasto no contrato foi para o bolso do barões da mídia.
Dos R$ 10,9 milhões do contrato, mais de R$ 7 milhões foram pagos aos citados órgãos de imprensa do PIG (Partido da Imprensa Golpista). O restante foram diversos serviços típicos e lícitos de qualquer agência de publicidade, e das obrigações previstas no contrato, e que tiveram os serviços efetivamente prestados, conforme a aprovação de contas pelo TCU e laudo da Polícia Federal.
É um vexame que a Globo, Veja, Folha, Estadão, Zero Hora, Correio Brasiliense, e o resto do PIG soubessem o tempo todo que receberam esse dinheirão e, conhecendo as práticas do mercado publicitário para saber que o contrato foi lícito, preferiram esconder a verdade dos leitores e telespectadores, noticiando o boato de que o dinheiro teria sido desviado.
Quem diria, o verdadeiro "mensalão" era esse dinheiro que ia dos cofres da Câmara para os bolsos dos barões da mídia, dentro da legalidade.
A pergunta que não calar agora, é: por que estes órgãos mentiram de forma tão descarada? Será que João Paulo cortou esses anúncios depois de algum tempo, e o PIG resolveu retaliar?
*osamigosdopresidentelula
MST ocupa fazenda que pertenceria a Carlinhos Cachoeira
Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais (Matr) ocuparam, na madrugada de ontem, a Fazenda Gama, apontada pela Polícia Federal como propriedade de Carlinhos Cachoeira.
A fazenda está localizada às margens da BR-040, distante 26 quilômetros de Brasília. O MST pressiona o governo do Distrito Federal (GDF) a agilizar a destinação de terras à reforma agrária.
“Queremos que o GDF abra espaço para dialogo com o MST. Esta ação é para mostrar ao governo que estamos abertos ao dialogo”, disse a coordenadora do acampamento, Viviane Moreira.
Segundo a coordenadora, existe no GDF uma lentidão na destinação de áreas para assentar famílias. “É uma terra produtiva que está parada. Podemos plantar aqui e fornecer alimentos para todo o DF”, disse.
A fazenda ocupada foi citada nas investigações da PF como propriedade de Carlinhos Cachoeira.
Segundo a PF, o contraventor teria pago propina para a regularização da área e comprado a fazenda por R$2 milhões.
No entanto, a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) afirma ter a posse da fazenda.
É a segunda ocupação do MST no Distrito Federal em 2012. No dia 8 de março, cerca de 600 famílias invadiram a Fazenda Toca da Raposa, em Planaltina, no Distrito Federal. Mesmo na fazenda de Cachoeira, elas pedem a destinação de 40% da área da fazenda de 1.700 hectares para a reforma agrária.
do blog do MST
*cutucandodeleve
País menos desigual da América do Sul, Venezuela é cenário de forte confrontação política
Fenômeno acontece apesar da redução da diferença de renda e da manutenção do padrão de consumo dos mais ricos
Clique no banner para ler a série completa
no blog OPERAMUNDI
Um dos paradigmas mais aceitos na ciência política, ao estudar comportamentos eleitorais, está na constatação que a diminuição dos abismos sociais e o fortalecimento da classe média tendem a enfraquecer o embate político-ideológico. Quem for aplicar essa lógica na Venezuela, porém, dará com os burros n'água. A disputa entre os campos chavista e antichavista se acirra na mesma proporção em que o país se torna socialmente mais homogêneo, alcançando o topo do ranking sul-americano de distribuição da renda.
“A politização de todas as classes sociais, radicalizada desde a eleição do presidente Chávez, conduz a um posicionamento que vai além de interesses imediatos dos diversos setores”, analisa Jesse Chacon, diretor da GIS XXI (Grupo de Investigação Social Século XXI). “Aqui esquerda e direita, governo e oposição, vão às ruas para disputar projetos nacionais, que ultrapassam reivindicações pontuais, benefícios econômicos ou avanços sociais.”
Opera Mundi
Jesse Chacón: "proprietários dos meios de produção estão deixando rapidamente de ser os donos do poder político"
Participante da rebelião militar de 1992, quando o atual presidente lançou-se na tentativa de derrubar a IV República, Chacón era então um jovem tenente que acabou atrás das grades junto com seu chefe. Engenheiro de sistemas e mestre em telemática, já foi ministro das Comunicações, do Interior e de Ciência e Tecnologia no atual governo. Com 46 anos, dedica-se a estudar a dinâmica político-social da Venezuela.
“O ponto central de tensão é que os proprietários dos meios de produção estão deixando rapidamente de ser os donos do poder político, o que provoca forte reação dos extratos mais altos e seu entorno”, ressalta. “A renda média dos 20% mais ricos não foi afetada, tampouco seu estilo de vida, mas percebem que não detém mais o comando sobre o Estado e a sociedade, o que lhes provoca medo e raiva.”
Nos setores mais pobres, atendidos por amplo repertório de políticas sociais e distributivistas, o comportamento é igualmente ditado por motivações que extrapolam conquistas ou expectativas econômicas. A combustão dessas camadas, tendo na melhoria de vida seu pano de fundo, determina-se também pelo esforço do presidente em travar permanentemente batalhas por ideias e valores.
Desde o início de seu governo, mas de forma mais ampla depois do golpe de Estado em 2002, Chávez trata de ocupar o máximo de espaço nos meios de comunicação. Seu discurso é voltado, quase sempre, para identificar cada movimento de seu governo como parte de um processo revolucionário, ao mesmo tempo em que fermenta entre seus seguidores um sentimento de repulsa aos adversários das mudanças em curso.
Efe (08/08/2012)
Chávez inaugura unidade de supermercado popular em Caracas. Evento foi transmitido ao vivo pela televisão
Avesso à lógica da conciliação, o presidente fez uma aposta pedagógica que aparentemente tem sido bem-sucedida: quanto maior a polarização, quanto mais cristalino o confronto entre pontos de vista, mais fácil seria criar uma forte e mobilizada base de sustentação. Para os bons e os maus momentos.
A princípio, o fio condutor da pedagogia chavista foi o resgate da história e do pensamento de Simón Bolívar, o patriarca da independência venezuelana, chefe político-militar da guerra anticolonial contra os espanhóis no século XIX. Por esse caminho, Chávez imprimiu ao seu projeto forte marca nacionalista, que contrapôs aos novos senhores coloniais (os Estados Unidos) e seus aliados internos (a elite local).
Aos poucos, juntou-se ao bolivarianismo original a sintaxe do socialismo histórico. Esse amálgama entre nacionalismo de raiz e valores da esquerda passou a ser difundido amplamente como código cultural que dá cara e cor às realizações do governo. O presidente foge, assim, da receita na moda, mesmo entre correntes progressistas, de carimbar a política como uma questão de eficácia. Para usar o velho jargão, Chávez é um político da luta de classes, na qual aposta para isolar e derrotar seus inimigos.
Opera Mundi
Fio condutor da pedagogia chavista foi o resgate da história e do pensamento de Simón Bolívar, patriarca da independência
A oposição, animada pela predominância nos meios de comunicação, também colocou suas fichas no enfrentamento aberto. Além das reservas midiáticas, sempre contabilizou a seu favor forças econômicas e relações internacionais para mobilizar as camadas médias contra o governo. Mesmo após o golpe e o locaute de 2002, no auge da polarização, os partidos antichavistas deram continuidade à estratégia da colisão.
Classe C
Mas ambos os lados atualmente têm que levar em conta um novo fenômeno. Mais de 30% da população trocou de extrato social. Migraram dos segmentos mais pobres para o que a sociologia das pesquisas chama de classe C – mais propriamente, viraram classe média.
O campo opositor se vê obrigado a reconhecer certos avanços no terreno social, ao contrário do rechaço absoluto anterior. A campanha de Capriles promete preservar as missões sociais, apesar de propor em seu plano de governo a eliminação do Fonden, fundo de financiamento dos programas abastecido com dinheiro do petróleo. Além disso, modera relativamente sua mensagem, para poder dialogar com os setores beneficiados pela V República.
Para os governistas também surgem novas questões. “O problema do processo é disputar corações e mentes desse novo contingente de classe média”, afirma Chacón. “Muitos dos que ascenderam socialmente graças às iniciativas governamentais abraçaram os valores morais e culturais das elites, cujo modo de vida é sua referência”. O ex-militar focaliza especialmente a preservação das aspirações consumistas, o desapego a projetos e organizações coletivos, a negação da identidade original de classe e, às vezes, até de raça.
As pesquisas diversas, tantos as do GISXXI quanto dos institutos próximos à oposição, apontam que emergiu, nos últimos anos, um grupo de eleitores informalmente referidos como os ni-ni . Ou seja, sem alinhamento automático com Chávez ou com seus inimigos. A maioria de seus integrantes é parte dessas camadas ascendentes.
Os ni-ni chegam a representar ao redor de 40% dos eleitores, contra igual montante de adeptos firmes do chavismo e 20% de oposicionistas fiéis. A esquerda, contudo, tem colhido resultados que ultrapassam suas fronteiras, graças à combinação entre satisfação popular com programas governamentais (especialmente o da habitação) e o clima afetivo de solidariedade provocado pelo cãncer de Chávez. O presidente vem beirando, nas pesquisas mais confiáveis, os 60% de intenção eleitoral para o pleito de outubro, abrindo vantagem de 15% a 30% contra Capriles.
Efe (11/08/2012)
Capriles faz campanha no rio Oricono. O candidato da oposição luta para conquistar parte dos votos dos "ni-ni"
Esses números indicam que os ni-ni estão se repartindo entre os dois polos. Apesar de essa tendência ser favorável à reeleição do presidente, até com certa folga, a busca dos apoios nessa fatia do eleitorado continua frenética. “Se a campanha de Chávez reconquista uma parte maior desse setor, poderá ser construída uma vantagem ainda mais expressiva”, destaca Chacón.
Estratégias
Um dos aspectos da estratégia para vencer resistências entre esses setores híbridos, ao que parece, é desmontar a ideia, em grande medida forjada pelos veículos de comunicação vinculados à oposição, de que Chávez pretende liquidar com a propriedade privada e colocar toda a atividade econômica nas mãos do Estado.
“O processo aumentou o número de proprietários no país, especialmente depois que começou a reforma agrária”, afirma o diretor da GISXXI. “O programa da revolução se volta contra os monopólios, fortalece o Estado, mas abre espaço para vários tipos de propriedade, de caráter privado, cooperativo ou social. O governo precisa definir melhor o papel de cada uma dessas modalidades para enterrar a imagem de fundamentalismo estatista que a oposição tenta vender.”
O candidato oposicionista, por sua vez, tem problema inverso. Representante de uma aliança formada por grandes empresários (como a cervejaria Polar, o grupo agroindustrial Mavesa e companhia alimentícia Alfonzo Rivas, entre outros), Capriles precisa convencer que é capaz de absorver ao menos parte das medidas que, desde 1999, favoreceram os 80% de eleitores que não estão nas classes A e B.
Seu programa de governo não ajuda muito. Mesmo tendo abrandado suas críticas às políticas sociais do presidente, o ímpeto privatista está presente e com força. Não apenas fala em reduzir o Estado, reverter nacionalizações ou tirar a PDVSA do controle estatal, mas defende explicitamente que as terras desapropriadas dos grandes latifundiários voltem às mãos dos antigos donos. “Primeiro, precisamos acabar com as expropriações, devemos trazer a segurança ao campo, dar confiança a partir do governo”, afirmou Capriles em recente coletiva de imprensa.
Qualquer que seja o resultado, no entanto, a administração de Hugo Chávez terá conseguido um feito que merece análise apurada de cientistas políticos. Ao contrário do que acontece na maioria dos países, nos quais o marketing domesticou a política e oculta a disputa de ideias para atender o gosto do eleitor. Na Venezuela sequer as necessidades eleitorais diluem a batalha frontal entre programas.
RBS boicota PT em transmissão do programa eleitoral
A primeira
imagem que me apareceu ao saber que a RBS é a responsável pela geração
dos programas eleitorais é a velha "raposa tomando conta do galinheiro".
A gravidade do
caso não se restringe à não veiculação da propaganda entregue a tempo. A
questão é por que essa rede, que representa interesses avessos a
igualdade social, é a responsável pela geração dos programas! Foi feita
licitação?
Leia abaixo matéria do Sul21 .
Julia Lang *
Atualizado às 17h23
A propaganda eleitoral gratuita mal começou e os problemas judiciais já tiveram início em Porto Alegre. Na noite de quarta-feira (22), o juiz Eduardo Dias Bainy, da 112ª Zona Eleitoral da Capital, decretou que fossem refeitas as propagandas de vereadores das coligações de Adão Villaverde e Manuela D’Ávila, alegando que os programas que foram ao ar no dia anterior descumpriam a lei. Segundo alegação da coligação de Fortunati, que entrou com a ação no TRE, os candidatos a vereador não podiam pedir voto para a majoritária.
Ficou estipulado que os programas de TV e rádio que iriam ao ar hoje deveriam ser entregues – depois de devidamente alterados – até 22h de ontem. A surpresa da bancada petista veio na manhã de quinta-feira (23), quando o programa de rádio não foi veiculado.
“Nós entregamos a nossa propaganda, tudo absolutamente correto, dentro das normas eleitorais, uma hora e meia antes do tempo limite. Apesar de tudo isso, ela não foi veiculada. Isso nos causou uma perplexidade muito forte e, a partir daí, vários articulistas, sem o cuidado de conversar conosco e se informar, começaram a orquestrar ataques e críticas a nossa campanha” alega o coordenador de campanha do Villaverde, Gerson Almeida.
Segundo Gerson, a decisão de não veicular foi do jurídico da RBS, empresa que é responsável legal pela geração do horário eleitoral gratuito no município. “Havia uma opinião jurídica da empresa nesse sentido, em um flagrante processo de censura prévia e de substituição das responsabilidades constitucionais e legais próprias do Tribunal Regional Eleitoral. Não é o jurídico de nenhuma empresa que define o que coloca ou não”, ataca Gerson.
Pelo twitter, o candidato Villaverde deixou clara sua insatisfação, com uma mensagem que diz: “Coordenação tomará medidas legais cabíveis. Entendemos que veículos de comunicação não podem intervir no processo eleitoral nem substituir o TRE”.
Procurada pelo Sul21 para se posicionar quanto à retirada do material (que não se repetiu na propaganda eleitoral das 12h) a assessoria da RBS respondeu por meio de uma curta nota à imprensa, enviada às 16h20min. “Devido a um erro técnico ocorrido durante a montagem do bloco de propaganda eleitoral na Rádio Gaúcha, a emissora não veiculou o programa da Coligação PT/PPL/PTC e da Coligação PR/PV/PRTB, às 7h de hoje (23 de agosto). A Rádio Gaúcha comunicou a Justiça Eleitoral”, diz a íntegra da nota.
Questionada pela reportagem, a 112ª Zona Eleitoral, responsável por julgar os processos de 1º grau das eleições municipais, informou que o PT entrou com uma representação contra a RBS. Não havia decisão sobre o pedido até o fechamento dessa matéria.
* colaborou Júlia Schwarz
Após omissão de programas, RBS terá que veicular espaço eleitoral extra em POA
Igor Natusch
A 112ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Sul, que controla as questões eleitorais referentes a Porto Alegre, decidiu no começo da noite de quinta-feira (23) conceder tempo extra para as coligações proporcionais que tiveram seus programas políticos omitidos no horário eleitoral gratuito de rádio da capital gaúcha. Com a decisão, o programa eleitoral de rádio será mais longo no próximo sábado (25) pela manhã, incluindo o material omitido pela RBS, empresa que é responsável legal pela geração do horário eleitoral gratuito no município. As outras emissoras de rádio da capital gaúcha, que fazem a transmissão eleitoral a partir da geração da RBS, também terão que transmitir o tempo extra, arcando com os custos do atraso em suas programações normais.
Leia mais:
- Propaganda eleitoral vai ao ar incompleta e gera revolta do PT em Porto Alegre
A decisão, assinada pelo juiz eleitoral Eduardo Augusto Dias Bainy, aceitou parcialmente a representação promovida pela Frente Popular – Governo de Verdade, que apoia o candidato Adão Villaverde (PT) na eleição majoritária. No pedido, a coligação alegava que havia ocorrido “censura prévia” ao material da aliança por parte da RBS, pedindo exibição do material omitido ainda na sexta-feira (24), dia destinado às inserções da campanha majoritária. A RBS também tinha apresentado esclarecimentos, rechaçando a alegação de censura e dizendo que a não inclusão do material havia ocorrido por erro técnico.
O juiz reconheceu a necessidade de exibir os trechos ausentes, mas recusou a data solicitada pela representação da Frente Popular, já que tinham sido as duas coligações proporcionais (PT-PTC-PPL e PR-PV-PRTB) as prejudicadas, e não a aliança que promove o candidato Villaverde. Assim, determinou a inserção do material omitido no programa de rádio de sábado (25) em Porto Alegre, destinado igualmente aos candidatos da proporcional.
A ação da Frente Popular solicitava também direito de resposta com relação a declarações de apresentadores ligados à RBS, que teriam feito alegações falsas sobre a não veiculação do material. O mérito não foi apreciado pelo juiz em sua decisão.
Postado por
Denise Queiroz
*Tecedora
Regras para contratação de pessoas com deficiência mudou no país
Instrução Normativa nº 98 vai uniformizar os procedimentos adotados pela fiscalização do Ministério do Trabalho
Os
procedimentos de fiscalização para inclusão de pessoas com deficiência e
beneficiários da Previdência Social reabilitados no mercado de trabalho
foram atualizados. A Instrução Normativa nº 98, do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) foi publicada no Diário Oficial da União da
última quinta-feira (16) e, além de regulamentar de forma objetiva,
também uniformiza os procedimentos adotados pela fiscalização do
Ministério.
A nova instrução é mais um passo na evolução da
qualidade da fiscalização, pois detalha os procedimentos que devem ser
seguidos pelos auditores fiscais do trabalho, afirma a secretária de
Inspeção do Trabalho do MTE, Vera Albuquerque.
“A uniformidade de
procedimentos, o incentivo à qualificação de pessoas com deficiência e a
regulamentação do procedimento especial de fiscalização vão estimular a
contratação correta da pessoa com deficiência e sua completa integração
no ambiente de trabalho, com ganhos significativos para os
trabalhadores, para as empresas e para toda a sociedade”, afirmou Vera.
Segundo
a nova regulamentação, os auditores do trabalho deverão participar do
processo de captação da pessoa com deficiência no mercado de trabalho,
de sua contratação, da adaptação no novo ambiente e do eventual
desligamento. Os fiscais também terão o dever de incentivar as empresas a
promoverem a qualificação das pessoas com deficiência contratadas, em
reuniões locais com a presença dos empregadores e entidades
qualificadoras.
Aprovada MP que reduz tributos para pessoas com deficiência
Presidenta Dilma lança o Plano “Viver sem Limite” para pessoas com deficiência
A (in)constitucionalidade do critério de miserabilidade na concessão do benefício assistencial (LOAS) a pessoas com deficiência
Presidenta Dilma lança o Plano “Viver sem Limite” para pessoas com deficiência
A (in)constitucionalidade do critério de miserabilidade na concessão do benefício assistencial (LOAS) a pessoas com deficiência
A
caracterização da pessoa com deficiência, a regulamentação da
centralização das ações entre as Superintendências Regionais do Trabalho
e Emprego (SRTE), e a previsão das formas de combate às práticas
discriminatórias também foram especificadas pela instrução normativa.
Contratações
As
contratações de pessoas com deficiência sob a fiscalização do
ministério aumentam a cada ano. Os dados mostram que, em 2009 foram
inseridos 26.449 profissionais no mercado de trabalho, somente com a
intermediação do Ministério. Já no ano de 2010, os auditores do trabalho
formalizaram a contratação de 28.752 pessoas com deficiência; e no ano
passado, em 2011, este número aumentou 19,62%, chegando a 34.395 pessoas
em todo o País.
Lei de Cotas
As ações de
fiscalização visam cumprir o que estabelece a Lei nº 8.213, de Julho de
1991, conhecida como Lei de Cotas, que estabelece que as empresas com
mais de 100 empregados são obrigadas a preencher entre dois a cinco por
cento de seus quadros de funcionários com beneficiários reabilitados ou
pessoas portadoras de deficiência.
Viver sem Limites
O
balanço do primeiro semestre de 2012 do plano Viver sem Limites,
divulgado na última quinta-feira (16), mostra que o Brasil atingiu a
meta para o ano na oferta de vagas pelo Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), com 20 mil vagas de educação
profissional e tecnológica para deficientes.
O objetivo do plano é
garantir o acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e
acessibilidade a pessoas com deficiência, e oferecer 150 mil vagas de
cursos de qualificação para esse segmento até 2014. Atualmente, 45
milhões de pessoas declaram possuir algum tipo de deficiência no País,
segundo o Censo IBGE/2010.
O Viver Sem Limites foi lançado em
novembro de 2011 e reúne ações de 15 ministérios, com investimentos da
ordem de R$ 7,7 bilhões até 2014 e coordenação da Secretaria de Direitos
Humanos (SDH). Oito estados já aderiram ao plano e outros dezoito
mantêm negociações. Nas próximas semanas são esperadas as adesões de
Pernambuco, Sergipe e Paraíba.
Assista o vídeo:
*Deficienteciente
quinta-feira, agosto 23, 2012
O inventor que criou a privada sem água
Por Carlos Mazzei
Um inventor Brasileiro resolveu de vez esta problema ! inventou uma privada que não utiliza nada de agua - e as fezes viram pó
vejam o projeto no link abaixo - aliás estamos a procura de investidores
Solução brasileira para o desafio “Reinventando os banheiros” feita por Bill Gates
Inventor brasileiro desenvolve novo modelo de vaso sanitário ecológico que não utiliza água e não polui a natureza!
São Paulo, 22 de Agosto de 2012 -
Algumas tecnologias estão há muito tempo em nosso cotidiano sem sofrerem
quase nenhuma alteração, como é o caso do vaso sanitário. Foi pensando
nisso que o fundador da Microsoft, Bill Gates lançou recentemente
"Reinvent the Toilet Challenge"(reinventando os banheiros), com a
finalidade de incentivar as inovações também no saneamento. Antes de
anunciar os vencedores do desafio ele introduziu: "A privada moderna foi inventada em 1775 e nós prontamente paramos de inovar... até hoje”. Para Gates os desafios no saneamento são tecnológicos:"Além de construir novos banheiros sustentáveis, temos de desenvolver soluções para tratar os dejetos” disse
o fundador da Microsoft. Os modelos de vasos sanitários existentes no
mercado não apresentam soluções sustentáveis. Segundo dados da Sabesp 6
segundos de acionamento da descarga gasta de 10 a 14 litros de água.
Percebe-se, por tanto, que a preocupação como meio ambiente voltada
principalmente para o saneamento é recorrente e totalmente atual. A
solução encontrada pelo inventor Mário Benedito foi o “Vaso sanitário ecológico”, que não precisa de água para funcionar e também evita que as partículas de metano sejam emitidas posteriormente.
No novo modelo de vaso sanitário, a urina é separada e levada ao
esgoto da forma convencional, já as fezes são misturadas à cal através
de uma manivela lateral que pode ser movimentada pelo usuário. A grande
vantagem é que a substância faz evitar o mal odor, pois impede a
liberação de metano, o grande causador, também, da poluição do solo ,
lençol freático e de contribuir para o Aquecimento Global. A cal faz
transformar as fezes em pó, podendo servir posteriormente como adubo.
Parceria – o inventor Mário Benedito já produziu algumas peças, mas procura um parceiro para ter o produto em grande escala.
Interessados em conhecer os produtos devem entrar
em contato com Associação Nacional dos Inventores – Site: - Tel.: (11)
3873-3211
*Nassif
Airpod: carro movido a ar comprimido gasta R$ 1,25 a cada 100 km
Não. O carro não se move através de um jato de ar que o empurra para frente. Na verdade, ele é equipado com motores pneumáticos que utilizam ar pressurizado para conduzir pistões.A empresa indiana Tata Motors vai lançar um veículo chamado Airpod que se move usando ar comprimido.
A ideia é bastante ecológica, já que não se utiliza de nenhum combustível que fere o meio ambiente. Também é muito interessante do ponto de vista financeiro: seu tanque pode armazenar 175 litros de ar (que um motorista pode abastecer em um posto especializado ou através da ativação de um motor elétrico a bordo que suga o ar), coisa que custa apenas um euro (cerca de R$ 2,50, no câmbio atual), e dura cerca de 200 quilômetros.
A desvantagem? Bom, nem todo mundo aprecia a aparência do carro. Seguindo a tendência dos SmartCar, ele é bem pequeno e parece um inseto, o que alguns acham fofo, e outros acham indecente. Além disso, dentro do veículo só cabem três pessoas, e uma delas fica de costas, o que não parece muito amigável. Por fim, parece que o Airpod ainda não é muito estável (o que seria desejável em estradas mais “conturbadas”).
Produção e comércio
A tecnologia de ar comprimido para mover carros não é uma ideia nova: tem sido experimentada desde pelo menos 1840, quando os franceses Andraud e Tessie testaram um veículo do tipo em uma trilha. Porém, só agora uma gigante do setor automobilístico resolveu levar o conceito a cabo.
A Tata Motors está utilizando motores da empresa MDI, de Luxemburgo, que pesquisa e desenvolve ferramentas com tecnologia de automação do ar por mais de duas décadas.
A companhia comprou os direitos da MDI na Índia há cinco anos, mas o projeto se mostrou mais complicado do que o esperado.
Enfim, em maio desse ano, a Tata Motors anunciou que havia concluído a “primeira fase” do AirPod com sucesso, testando os motores em dois veículos.
Enfim, em maio desse ano, a Tata Motors anunciou que havia concluído a “primeira fase” do AirPod com sucesso, testando os motores em dois veículos.
O carro está agora na fase 2 de teste, para polir a tecnologia, antes de um lançamento comercial.
O Airpod parece alcançar 64 km/h e ainda não tem preço definido. Feio ou não, zero poluição e R$ 1,25 por 100 km são argumentos mais do que suficientes para garantir seu sucesso de venda.[io9, TheAtlanticCities]
NINA
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