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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, setembro 02, 2012

Perfeito Raio-X do cidadão norte-americano

 


Numa época em que os norte-americanos viviam um grande desenvolvimento material e os seus sentimentos nacionalistas faziam crer que grande parte desse progresso era resultado de um esforço autóctone, o antropólogo Ralph Linton escreveu um admirável texto sobre o começo do dia do homem americano. Confira abaixo:

bitolados americanos eua
A autosuficiência é mentira repetida
LINTON, Ralph. O homem: Uma introdução à antropologia. 3ed.
– O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originário do Oriente Próximo, mas modificado na Europa Setentrional, antes de ser transmitido à América. Sai debaixo de cobertas feitas de algodão, cuja planta se tornou doméstica na Índia; ou de linho ou de lã de carneiro, um e outro domesticados no Oriente Próximo; ou de seda, cujo emprego foi descoberto na China. Todos esses materiais foram fiados e tecidos por processos inventados no Oriente Próximo. Ao levantar da cama faz uso dos “mocassins” que foram inventados pelos índios das florestas do Leste dos Estados Unidos e entra no quarto de banho cujos aparelhos são uma mistura de invenções européias e norte-americanas, umas e outras recentes. Tira o pijama, que é vestiário inventado na Índia e lava-se com sabão que foi inventado pelos antigos gauleses, faz a barba que é um rito masoquístico que parece provir dos sumerianos ou do antigo Egito.
Voltando ao quarto, o cidadão toma as roupas que estão sobre uma cadeira do tipo europeu meridional e veste-se. As peças de seu vestuário tem a forma das vestes de pele originais dos nômades das estepes asiáticas; seus sapatos são feitos de peles curtidas por um processo inventado no antigo Egito e cortadas segundo um padrão proveniente das civilizações clássicas do Mediterrâneo; a tira de pano de cores vivas que amarra ao pescoço é sobrevivência dos xales usados aos ombros pelos croatas do séc. XVII. Antes de ir tomar o seu breakfast, ele olha ele olha a rua através da vidraça feita de vidro inventado no Egito; e, se estiver chovendo, calça galochas de borracha descoberta pelos índios da América Central e toma um guarda-chuva inventado no sudoeste da Ásia. Seu chapéu é feito de feltro, material inventado nas estepes asiáticas.
*PragmatismoPolitico
TÁ RU$$O MANO: CASTRAÇÃO QUÍMICA DE PESSOAS PRESAS????  




"Distribuição de hormônios para presos que inibam desejos sexuais..." Tá Ru$$o fez propostas no mínimo controversas, e proto-fascistas, durante sua atuação no Congresso... Confiram abaixo!

Russomanno fez propostas controversas no Congresso


Foto: TÁ RU$$O MANO: CASTRAÇÃO QUÍMICA DE PESSOAS PRESAS????

"Distribuição de hormônios para presos que inibam desejos sexuais..." Tá Ru$$o fez propostas no mínimo controversas, e proto-fascistas, durante sua atuação no Congresso... Confiram abaixo!

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/56712-russomanno-fez-propostas-controversas-no-congresso.shtml

ELEIÇÕES 2012

Russomanno fez propostas controversas no Congresso

Ex-deputado defendeu porte de arma para congressistas e castração química

Candidato sugeriu ainda aumento de pena para quem caluniar políticos; projetos não foram aprovados

ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
ANDRÉIA SADI
DO PAINEL, EM BRASÍLIA

Na dianteira da disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-deputado Celso Russomanno (PRB) apresentou ao Congresso projetos controversos e que aumentam os privilégios de políticos.

Russomanno foi quatro vezes deputado federal, com mandatos de 1995 a 2007, quando deixou a Câmara para disputar o governo de SP.

Desde que entrou para a política, mudou três vezes de partido, passando por PFL, PSDB e PP. Hoje, está no PRB.

Uma de suas propostas garantiria a todos os congressistas portar arma para autoproteção quando estivessem sozinhos e "desprotegidos".

A justificativa é que, em algumas situações, como em CPIs, alguns parlamentares se colocam em confronto "com bandidos da mais alta periculosidade".

Em 2010, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições doou R$ 100 mil a sua campanha ao governo paulista, de R$ 1,7 milhão arrecadado. Ele negou lobby em favor do setor e disse achar que a doação se deve ao fato de ser um "especialista em segurança".

No endereço da associação em Brasília, funciona uma representante da Taurus, maior fabricante de armas leves do país. Segundo a empresa, a doação foi feita pois Russomanno pertencia à Frente Parlamentar de Defesa.

Questionado pela Folha se tem armas, Russomanno se negou a responder, mas disse que sabe atirar.

O candidato também apresentou projeto que aumenta em um terço a pena de quem caluniar, injuriar ou difamar congressistas, vice-presidente e ministros do Supremo Tribunal Federal.

Segundo o ex-deputado, o aumento da pena fará com que "as pessoas pensem duas vezes antes de praticar inverdades a respeito" de quem exerce cargo público.

Russomanno também tentou alterar a legislação para garantir a distribuição de hormônios a presos por crimes sexuais, condenados ou não, que inibam o desejo sexual.

O ex-deputado sugeriu ainda a troca da denominação estupro para "assalto sexual", o que constrangeria menos a vítima no momento de relatar o crime à polícia.

Nenhum desses projetos foi aprovado.

Colaborou RODRIGO VIZEU, de São Paulo 

Ex-deputado defendeu porte de arma para congressistas e castração química


Candidato sugeriu ainda aumento de pena para quem caluniar políticos; projetos não foram aprovados

Na dianteira da disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-deputado Celso Russomanno (PRB) apresentou ao Congresso projetos controversos e que aumentam os privilégios de políticos.

Russomanno foi quatro vezes deputado federal, com mandatos de 1995 a 2007, quando deixou a Câmara para disputar o governo de SP.

Desde que entrou para a política, mudou três vezes de partido, passando por PFL, PSDB e PP. Hoje, está no PRB.

Uma de suas propostas garantiria a todos os congressistas portar arma para autoproteção quando estivessem sozinhos e "desprotegidos".

A justificativa é que, em algumas situações, como em CPIs, alguns parlamentares se colocam em confronto "com bandidos da mais alta periculosidade".

Em 2010, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições doou R$ 100 mil a sua campanha ao governo paulista, de R$ 1,7 milhão arrecadado. Ele negou lobby em favor do setor e disse achar que a doação se deve ao fato de ser um "especialista em segurança".

No endereço da associação em Brasília, funciona uma representante da Taurus, maior fabricante de armas leves do país. Segundo a empresa, a doação foi feita pois Russomanno pertencia à Frente Parlamentar de Defesa.

Questionado pela Folha se tem armas, Russomanno se negou a responder, mas disse que sabe atirar.

O candidato também apresentou projeto que aumenta em um terço a pena de quem caluniar, injuriar ou difamar congressistas, vice-presidente e ministros do Supremo Tribunal Federal.

Segundo o ex-deputado, o aumento da pena fará com que "as pessoas pensem duas vezes antes de praticar inverdades a respeito" de quem exerce cargo público.

Russomanno também tentou alterar a legislação para garantir a distribuição de hormônios a presos por crimes sexuais, condenados ou não, que inibam o desejo sexual.

O ex-deputado sugeriu ainda a troca da denominação estupro para "assalto sexual", o que constrangeria menos a vítima no momento de relatar o crime à polícia.

Nenhum desses projetos foi aprovado.

*Mariadapenhaneles

Charge do Dia


O fim da geração das diretas

As pesquisas eleitorais da semana passada – IBOPE, DataFolha e Vox Populi – marcam definitivamente o fim de uma era na política brasileira.
Mostraram a candidatura de José Serra à prefeitura de São Paulo desabando em todos os níveis e, particularmente, entre eleitores do PSDB. Parte migrou para o candidato Celso Russomano, parte menor para Gabriel Chalita.
* * *
Serra morre politicamente, mas arrasta o partido consigo. Não fosse seu estilo trator, sua incapacidade crônica de permitir o florescimento do novo, o PSDB paulistano estaria com Gabriel Chalita em boa colocação, sem um centésimo da taxa de rejeição do candidato oficial. Ou estaria com José Aníbal, tucano histórico que, em muitas oportunidades, sacrificou-se pelo bem do partido. Ou apostando em outro nome novo que, mesmo perdendo, lançasse as bases para a renovação partidária.
No entanto, percebendo o potencial político de Chalita, assim que assumiu o governo do Estado Serra iniciou um trabalho pertinaz de desconstrução da imagem do correligionário. Fez o mesmo com Aníbal e com quem mais pudesse, no futuro, despontar como liderança partidária.
* * *
A insistência irracional de Serra em manter-se à tona, em pensar apenas no próprio umbigo, deixa o PSDB em posição difícil. E revela o derradeiro fracasso de FHC frente a Lula.
Até então, a política brasileira pós-redemocratização girava em torno dos políticos que ascenderam com a campanha das diretas. Houve dois partidos com perspectiva de poder – PSDB e PT – ambos dominados por oligarquias políticas da geração das diretas.
No caso do PSDB, houve um sopro de renovação trazido por Franco Montoro (quando governador de São Paulo pelo PMDB), mas com o partido focado em São Paulo. No caso do PT, uma base ampliada de militantes, permitindo revelar lideranças em outros estados, mas ainda assim com o centro do poder concentrado em São Paulo – dos sindicalistas e “igrejeiros” de Lula aos egressos da guerrilha, de José Dirceu.
* * *
Lula percebeu os novos tempos, entendeu que havia se esgotado o ciclo de Aloisio Mercadante, Martha Suplicy e, de cima para baixo, impôs a renovação: pessoas com perfil administrativo, sem a pesada carga ideológica dos velhos militantes. Lançou Dilma Rousseff para a presidência e Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo.
FHC não teve o mesmo descortino. Em 2010 bancou a candidatura pesada de Serra à presidência, abortando o voo de Aécio Neves – no único momento em que o cavalo passou encilhado para o ex-governador mineiro. Permitiu que o partido ficasse nas mãos do inexpressivo Sérgio Guerra, fechou os olhos para o potencial de um Antônio Anastasia, governador de Minas, abriu mão das políticas inovadoras do Espírito Santo, perdeu o discurso socialdemocrata.
* * *
Com Aécio demonstrando total falta de vontade de abrir mão da vida pessoal, sem abrir espaço para outras vocações, o PSDB perde o protagonismo.
Passados os efeitos dessas eleições, haverá um rearranjo da política nacional. Encerra-se a geração das diretas, entram outros protagonistas, como o governador de Pernambuco Eduardo Campos ou o prefeito do Rio, Eduardo Paes. E o próprio Anastasia como vice de Campos, se o PSDB tiver juízo.
Luis Nassif

78% das armas vêm dos EUA

 

Via Adital
Adital

Tradução: ADITAL
O volume das armas vendidas pelos Estados Unidos ao exterior triplicou em 2011, segundo o relatório apresentado pelo Serviço de Investigação do Congresso, uma entidade independente. Esse relatório é considerado o compêndio de informação disponível ao público mais detalhado que existe sobre as vendas de armas não classificadas. Segundo o documento, em 2011, os Estados Unidos venderam mais armas do que nunca, atingindo um saldo de 66.300 milhões de dólares, três vezes mais em comparação com 2010, quando a venda de armas alcançou 21.400 milhões de dólares. As exportações atingiram quase três quartas partes do mercado mundial, avaliado em uns 85 bilhões de dólares, no qual a Rússia se destaca como segundo maior vendedor, com 4.800 milhões de dólares.
As partidas foram destinadas, sobretudo, aos aliados do Golfo Pérsico, preocupados com o Irã. Seus maiores clientes foram a Arábia Saudita, os Emirados Árabes e Omã, que adquiriram sistemas de mísseis avançados e aviões de última geração.
A venda de armas para a Arábia Saudita somou 33.400 milhões de dólares, o que supõe o maior acordo militar jamais assinado pelos Estados Unidos. O contrato estabelece a venda de 84 novos aviões de combate F-15, a modernização de 70 desses caças e o subministro de três tipos de helicópteros: 70 Apaches, 72 Black Hawks e 36 Little Birds.
Os Emirados Árabes Unidos compraram armas no valor de 4.429 milhões de dólares, entre eles um avançado escudo antimísseis e helicópteros Chinook. Omã também comprou 18 aviões de combate F-15 por 1.400 milhões de dólares.
Entre outros acordos, destaca-se um assinado com a Índia, a quem os Estados Unidos venderam 4.100 milhões de dólares em aviões C-17 e outro com Taiwan, a quem venderam baterias antimísseis Patriot por 2 bilhões de dólares. Esse acordo foi duramente criticado por Pequim.
Com essa política, os Estados Unidos pretendem colaborar com seus aliados no Golfo Pérsico para criar um sistema regional antimíssil que proteja as cidades, as destilarias de gasolina, os oleodutos e as bases militares de possíveis ataques por parte do Irã.
O especialista Francisco Vaquero, Secretário de Organização do Partido Humanista, não descarta que os Estados Unidos estejam preparando seus aliados para possíveis ações militares na zona. Também comenta que os EUA estão interessados em que "sejam criados pontos de tensão” que, garante, vêm a ser "seus pontos de venda de armas”
*GilsonSampaio

sábado, setembro 01, 2012

Chevolución (Chevolution).2008


*NINA

Serra por êle


*Limpinhoecheiroso

PENSAMENTO DO CHE

Sete mitos ridículos sobre o corpo feminino

vaginadentata



Ultimamente temos ouvido algumas doideiras a respeito desta criação maravilhosa que é o corpo feminino. Os republicanos sempre torceram seus narizes para a educação sexual, e por um bom motivo. Uma compreensão mínima de biologia tornaria absurda muitas de suas vangloriadas ideias sobre as funções anatômicas das mulheres. O deputado do Missouri Todd Akin, aquele do “estuprolegítimo”, é mais um na horda de homens da história cujo medo de mulheres os fez acreditar e espalhar mitos absurdos que seriam até divertidos se, no fim, não acabassem sendo mortais.
O fato dos republicanos conseguirem se ater a fantasias biológicas numa era de métodos e instrumentos científicos modernos mostra o triunfo da ignorância sobre a verdade.
Aqui vai uma lista das coisas mais absurdas que essas mentes doentes já evocaram sobre o corpo feminino por séculos e séculos.
1. O Útero Fujão
E se um dia seu útero decidisse picar a mula de onde estava e passear pelo seu corpo afora, livremente?
Foi o que Platão teorizou em seu famoso e sem crédito diagnóstico para “histeria”, uma praga vastamente disseminada entre as mulheres até o século 20. Em seu diálogo Timaeus, Platão, seguindo a ideia de outros autores gregos, descreve o útero como um pequeno animal de mente própria que vaga pelo corpo humano, “bloqueando passagens, obstruindo a respiração, e causando doenças”.
O mito do útero fujão viveu por séculos.
2. A Vagina Dentada
Você está fazendo amor com a sua gata e, de repente, nhac! A vagina dela comeu seu pênis.
Várias lendas folclóricas pelo mundo sustentavam a ideia da vagina com dentes (do latin vagina dentata). O buraco com dentes afiados escondidos nas partes baixas da mulher surpreende os visitantes com mordidas que podem casar danos ou até castração. Essa fantasia parece vir do temor da mulher enquanto monstro sedutor, particularmente por sua natureza animalesca. Uma banda de punk metal da Bélgica tem como nome o termo em latim.
Em 2007 o filme Teeth inverteu o mito transformando-o na lenda de uma garota colegial que descobre uma arma secreta contra o abuso dos homens.
3. O Clitóris Perigoso
O clitóris, símbolo do prazer feminino, foi motivo de alarme em várias culturas. No século 16, Sinistrari, um juiz romano e autor de um texto clássico sobre demônios, alertou que mulheres com clitóris alongados poderiam estuprar homens, e recomendou tortura para tais profanas criaturas. No século 19, remoção ou cauterização eram comumente indicados por médicos ocidentais como uma “cura” para tudo, de masturbação à “imoralidade”.
A antiga prática da mutilação genital feminina , remoção parcial ou total da genitália, ainda afeta centenas de milhões de mulheres no mundo todo. A prática é justificada em algumas regiões por vários mitos, incluindo a noção de que o clitórios pode crescer e se tornar um pênis se não for cortado fora, ou de que um bebê irá morrer se tocar o clitóris.
4. Menstruação Contaminada
O sangramento mensal de uma mulher está entre as coisas mais assustadoras no campo da imaginação biológica. A menstruação tem sido chamada de punição divina, um sinal de corrupção e de veneno mortal. Plínio, o Velho, afirmou que uma simples visão de uma mulher menstruada poderia “tornar um espelho opaco, tirar o fio de uma aresta de aço e tirar o brilho do marfim”.
Na Idade Média, crenças muito difundidas iam desde a noção de que fazer sexo com uma mulher durante a menstruação poderia matar o homem ou mutilar o sêmem e produzir crianças horrivelmente deformadas, até que lavouras inteiras seriam perdidas na presença de uma mulher menstruada.
5. Ela não pode estudar
Vários motivos bastante criativos foram tramados por homens para negar à mulher o acesso à educação. Nos anos 1800, o educador Edward H. Clarke opinou que a energia gasta no estudo poderia privar os órgãos reprodutivos de uma adolescente de “fluir à potência”.  Mais tarde ele alertou que educação superior poderia produzir mulheres com “cérebros monstruosos e corpos franzinos… [e] digestão fraca”.
Em 2005, o então presidente de Harvard Larry Summers veio com sua própria interpretação fantasiosa entre educação e biologia, dizendo existir diferenças inatas entre homens e mulheres e suas habilidades para matemática e ciências.
6. Colocar a mulher em seu devido lugar na evolução
Quando os conservadores não estão tentando negar a teoria da evolução, eles gostam de usá-la para justificar seus preconceitos contra as mulheres. Estudiosos feministas notaram que o foto de Charles Darwin em machos agressivos competindo para engravidar mulheres “exigentes” lembrava noções de comportamento Vitoriano. Esse viés sutil na obra de Darwin foi descoberto e aumentado por misóginos desde então para justificar a promiscuidade e agressividade masculina, fidelidade feminina e desigualdade entre sexos em geral.
O prêmio do mais recente e mais nocivo exemplo de preconceito evolucionário para para Kevin D. Williamson, editor-chefe adjunto do National Review, que escreveu um mingau de cérebro podre promovendo uma infinidade de idiotices, desde a ideia que homens de verdade fazem filhos ao invés de filhas até a noção risível de que Mitt Romney deveria ter 100% dos votos das mulheres devido à sua superioridade evolucionária.
7.  O Estupro Imaculado
Como notou Robert Mackey, do New York Times, o mito de que estupro não engravida vem circulando por aí há séculos. Ele cita Vanessa Heggie, que afirma no Guardian que a posição legal de que gravidez anula a alegação de estupro vem desde o século 13, na Grã-Bretanha. Esse absurdo para estar ligado a uma crença antiga de que uma mulher teria que ter tido um orgasmo para poder conceber. Portanto, segue o raciocínio, se uma mulher engravidou, ela deve ter tido um parceiro disposto.
Vários malucos do século 20 tentaram tornar ilegal o aborto se virando a esses mitos e os baseando em uma pseudociência. O partido republicano assumiu a causa com uma vingaça e vez ou outra algum legislador expressa sua noção maluca em alto e bom som. NO meu Estado natal, tínhamos um membro do legislativo – um periodontista que presumo ter tido alguma educação médica – anunciou sua crença de que estupro não engravidava porque “os fluidos não fluíam”.
Todd Akin afirmou em uma entrevista na televisão que realmente acreditava que as gestações advindas do estupro eram “muito raras”, porque “se o estupro é legítimo, o corpo feminino tem formas de interromper a coisa toda”. Muitos de nós adoraríamos interromper sua campanha ao Senado.

Jezebel
*Mariadapenhaneles