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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 10, 2012

Liderança Guarani-Kaiowá denuncia mais ameaças de morte em MS


O script do golpe


Mostre as algemas, Zé!

Decisão do ministro Joaquim Barbosa viola a Constituição e as leis vigentes

FRASE:
Qual a diferença entre Joaquim Barbosa e Deus?
Deus sabe que não é Joaquim Barbosa
Patrick Mariano Gomes, especial para o Viomundo 

O julgamento da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal estarrece, dia após dia, aqueles que aprenderam ser a Constituição da República o documento legislativo mais importante de uma Democracia.
Leio hoje, nos jornais, que o eminente ministro relator do processo, Joaquim Barbosa, antes mesmo do trânsito em julgado, determinou a apreensão dos passaportes de todos os condenados, bem como a inclusão de seus nomes na lista de controle dos aeroportos, da Polícia Federal.

Segundo o ministro (1), a nova Lei das Cautelares (12.403/2011) possibilitou ao juiz, estabelecer medidas cautelares alternativas à prisão preventiva e teriam como marca característica o fato de implicarem em interferência menos lesivas na esfera de direitos subjetivos dos acusados.

Contrariando o próprio enunciado, segue o raciocínio do eminente ministro:

“Com efeito, a proibição de o acusado já condenado ausentar-se do País, sem a autorização jurisdicional, revela-se, a meu sentir, medida cautelar não apenas razoável como imperativa, tendo em vista o estágio avançado das deliberações condenatórias de mérito já tomadas nesta ação penal pelo órgão máximo do poder Judiciário do País – este Supremo Tribunal Federal.”

Vê-se, portanto, que toma como pressuposto de partida de sua fundamentação, a constatação de que o julgamento do processo estaria em estágio avançado.

Primeiramente, importante se faz relembrar o contexto de elaboração da nova Lei das Cautelares, instrumento normativo no qual se baseou o ilustre ministro para justificar a ação cautelar contra os acusados.
A proposta de alteração legislativa foi elaborada pela Comissão de Juristas constituída pela Portaria/MJ nº 61, de janeiro de 2000 e foi objeto de diversos debates com segmentos da sociedade envolvidos com o tema, culminando no evento III Jornadas Brasileiras de Direito Processual Penal (Brasília, agosto de 2000).
A ideia central da Proposta da Comissão de Juristas, em breve síntese e de acordo com a justificativa apresentada, foi de “proceder ao ajuste do sistema às exigências constitucionais atinentes à prisão e à liberdade provisória e colocá-lo em consonância com modernas legislações estrangeiras, como as da Itália e de Portugal”.

Dados do DEPEN apontam que 39,3 % da população carcerária brasileira são presos provisórios, sendo que em onze (2) estados brasileiros a proporção de custodiados cautelarmente é maior que o de condenados por sentença penal com transito em julgado. O Piauí é o Estado em que esta proporção é maior: 76,1 %.

Portanto, um sistema de justiça criminal abrigado sob a égide do Estado Democrático de Direito que tem entre seus princípios a presunção de inocência, não pode apresentar tais constatações estatísticas.

As reformas nos Códigos Processuais Penais na Itália e Portugal visaram, como aqui, corrigir tal situação, daí a inspiração da Comissão de juristas, origem da presente Lei que serviu de fundamento ao ministro J.Barbosa.

No entanto, com o devido respeito ao ministro Relator da ação penal 470, é nítida a contradição entre a intencionalidade legislativa e o ato decisório em si. A decisão judicial que confiscou os passaportes de 25 acusados representa ofensa ao princípio constitucional da presunção de inocência e ao dever constitucional de se fundamentar todos atos decisórios.

O simples fato do julgamento estar em estágio avançado, não se constitui, por si, argumento suficiente para embasar a ação cautelar contra os acusados. Não é para isso que servem as medidas cautelares da nova Lei. Como o próprio enunciado recomenda, trata-se de medidas alternativas à pena de prisão que deveriam fazer frente e diminuir os índices alarmantes de prisão provisória no Brasil.

Ademais, para determinação de qualquer medida cautelar no Processo Penal é imprescindível demonstrar, com concretude fática, sua imprescindibilidade para o processo.

Este “estágio” seria um primeiro elemento “justificador”. No entanto, existem outros. Vejamos.
Joaquim Barbosa aduz que a medida seria necessária, pois:

“alguns dos acusados vêm adotando comportamento incompatível com a condição de réus condenados e com o respeito que deveriam demonstrar para com o órgão jurisdicional perante o qual respondem por acusações de rara gravidade.”

Mesmo a leitor que não seja da área jurídica, uma primeira indagação possível seria: a quais acusados se refere, dentre todos, o eminente ministro? Qual comportamento seria incompatível?

A decisão é lacunosa quanto a estas perguntas. Por sua vez, o inciso IX, do art. 93 da Constituição da República, expressamente determina:

IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade (…)

Somente para fins de argumentação, aceitando como válida a fundamentação do ministro Joaquim Barbosa, teríamos que a medida seria conveniente para fazer com que os acusados se comportassem como “réus condenados” e para que estes “respeitassem” o órgão jurisdicional.

Ora, mais uma vez aqui se foge dos pressupostos legais para se determinar medida cautelar contra os acusados. Pior que isso, a decisão judicial quer obrigar os acusados a violarem o art. 5º da Constituição da República que estabelece, dentre os Direitos e Garantias Fundamentais que:

LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
É teratológico exigir a qualquer cidadão que responda a processo penal e sobre o qual não se constata o trânsito em julgado, que tenha comportamento diferente ao de um cidadão inocente. Era preciso que o eminente ministro apontasse quais dos acusados e qual o comportamento destes seria incompatível com a condição de réus condenados.

Determinar uma medida cautelar de confisco de documentos para que os acusados “respeitem” o órgão jurisdicional perante o qual respondem as acusações não é fundamentação constitucionalmente válida. Analisemos os outros argumentos.

Aponta, ainda, a necessidade da medida no fato de uns acusados,

“(…) terem realizado viagens ao exterior nesta fase final do julgamento.”

Mais uma vez se indaga: quais dos acusados realizaram viagens ao exterior?

A decisão, mais uma vez é lacunosa. Ao não apresentar resposta, nega vigência ao inciso IX do art. 93 da Constituição da República que exige fundamentação de todos os atos decisórios.

Ainda que se admitisse como válida a argumentação do eminente ministro, não se sustenta, dado que o fato de responder a processo penal ainda não transitado em julgado, como demonstramos, não implica, por si, restrição ao direito de ir e vir.

Por fim, a decisão pune os acusados com a retenção dos documentos pessoais, em razão destes:

“(…) darem a impressão de serem pessoas fora do alcance da lei, a ponto de, em atitude de manifesta afronta a este Supremo Tribunal Federal, qualificar como “política” a árdua, séria, imparcial e transparente atividade jurisdicional a que vem se dedicando esta Corte, neste processo, desde o dia 2 de agosto último. Atividade jurisdicional que, ao longo de todos esses meses, jamais se desviou dos cânones constitucionais e civilizatórios representados pelos princípios da imparcialidade, da ampla defesa, do contraditório, da presunção de inocência, rigorosamente observados até se chegar a édito condenatório densamente fundamentado por todos.”

Talvez, dentre todas, esta argumentação seja a de maior cariz autoritário. Mais uma vez se indaga: quais acusados deram a impressão de serem pessoas fora do alcance da Lei?

Ora, constitui fundamento inerente ao Estado Democrático de Direito, a livre manifestação do pensamento. Liberdade que é direito de todos os cidadãos, respondam eles a processo ou inquérito. Estejam eles livres ou soltos. Independente de raça, cor ou religião, a todos, repita-se por oportuno, a todos é garantido o direito de livremente se expressarem!

A própria Corte Constitucional, pelo fato de ser composta por indicação do Chefe do Poder Executivo, não tem como negar sua vocação política, pois irradia decisões da mais alta relevância para o sistema de justiça nacional.

O argumento é monstruoso, pois, ainda que aceitássemos a hipótese de estarem todos os acusados cumprindo pena em um estabelecimento penal, nada, nem ninguém, lhes retiraria o direito de livremente se manifestarem.

Querer cercear o direito de expressão dos acusados com a medida de confisco de documentos pessoais viola a Constituição da República e as leis vigentes no País.

O que preocupa, para além da violação dos direitos individuais dos acusados é que tal decisão, emanada da mais alta Corte do País, irradie seus efeitos para o sistema de justiça criminal. Será nefasto tamanho desvirtuamento da nova Lei das Cautelares que veio, como afirmado no início, para tentar amenizar a realidade dos presos provisórios no Brasil e fazer uma releitura do Código de Processo Penal à luz da Constituição da República de 1988.

A luta pela afirmação constante e perene dos preceitos Constitucionais e legais é dever de todos aqueles que acreditam na Democracia.

Para concluir, importante registrar que, alguns dos acusados sobre os quais incidiu a decisão aqui contestada – nominaremos por dever histórico – foram presos e torturados para que hoje vivêssemos sob o manto das liberdades Democráticas. Falo aqui de José Dirceu de Oliveira e Silva e José Genoino Guimarães Neto.


Patrick Mariano Gomes é advogado, integrante da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap) e mestrando em Direito, Estado e Constituição na Universidade de Brasília – UnB.


[2] Relatório de 2008/2009, “Sistema Penitenciário no Brasil, Dados Consolidados”, do Departamento Penitenciário Nacional, órgão do Ministério da Justiça. O estados de PE, MA, AM, CE, PI, MT, PA, AL, MG, SE, RR possuem mais presos provisórios que condenados com trânsito em julgado. Com destaque para os estados do Piauí (76,1%), Alagoas (70,9%), Sergipe (68,4%), Amazonas (65,2%) e Pernambuco (64,9%). Com relação a 2008, houve um aumento de 13863 novos presos provisórios. Documento encontrado no link: < http://portal.mj.gov.br/depen/data/Pages/MJC4D50EDBPTBRNN.htm > acesso em 04.02.2011.

Leia mais em: O Esquerdopata
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*esquerdopata

    BATBARBOSA ENCONTRA UM RIVAL À ALTURA NO STF

Marco Aurélio Mello, o Coringa da corte, mostrou mais uma vez que não está disposto a se calar diante da postura autoritária de Joaquim Barbosa, contra a qual já se levantam diversas vozes nos meios de comunicação e no próprio tribunal que deveria zelar pelas garantias constitucionais no País
*LEia mais na Ajusticeiradeesquerda


Enquanto você aplaude o tribunal de exceção, eles riem da justiça

Charge do Dia e foto e frase










“A Privataria Tucana"Estima-se um roubo de 30 bilhões de dólares


PAPO RETO 

“A Privataria Tucana" Estima-se um roubo de 30 bilhões de dólares.Que no valor do dólar na época chegaria a 100 bilhões de reais. 


O livro traz, por exemplo, documentos nunca antes revelados que provam depósitos de uma empresa de Carlos Jereissati, participante do consórcio que arrematou a Tele Norte Leste, antiga Telemar, hoje OI, na conta de uma companhia de Oliveira nas Ilhas Virgens Britânicas.   


Também revela que Preciado movimentou 2,5 bilhões de dólares por meio de outra conta do mesmo Oliveira. 


Segundo o livro, o ex-tesoureiro de Serra tirou ou internou no Brasil, em seu nome, cerca de 20 milhões de dólares em três anos. 


A Decidir.com, sociedade de Verônica Serra e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, também se valeu do esquema. 


Outra revelação: a filha do ex-governador José Serra acabou indiciada pela Polícia Federal por causa da quebra de sigilo de 60 milhões de brasileiros


Por meio de um contrato da Decidir com o Banco do Brasil, cuja existência foi revelada por CartaCapital em 2010, Verônica teve acesso de forma ilegal a cadastros bancários e fiscais em poder da instituição financeira.


do blog OLHOS DO SERTÃO
*cutucandodeleve

As drogas e a direita causam dependência - Por Izaías Almada

Bandeira dos Estados Unidos da América pintada por Jaspen Johns em 1966 

O que poderá revelar uma foto tirada neste exato momento da situação política brasileira? 


Política, sim, porque a econômica não está a perigo e a social, ainda que com inúmeros problemas a resolver, vai sendo enfrentada pelo governo nos últimos dez anos com relativo sucesso. 


Os três poderes da república, interdependentes e autônomos, apresentam uma característica fundamental: dois deles, executivo e legislativo, têm seus representantes eleitos pelo povo. 


O outro, o judiciário, seus representantes são indicados por notório saber, escolhidos pelo poder executivo e aprovados pelo poder legislativo. 


Numa democracia participativa ou mesmo representativa essa característica pode ser relevante na solução ou na criação de problemas concretos e do dia a dia de uma nação. 


Politicamente, tudo indica que o atual poder executivo encontra-se paralisado em relação ao julgamento da AP 470, pelo menos diante da opinião pública, em particular aquela que o elegeu, quando apenas acompanha – em nome da liberdade de opinião e de expressão – os principais órgãos de informação do país estimularem e apoiarem sem qualquer escrúpulo as decisões da mais alta instância do Poder Judiciário, sejam elas baseadas na verdade dos fatos ou não. 


Com provas nos autos ou na falta delas. 


Homens como José Dirceu e José Genoíno são tidos como quadrilheiros e o Partido dos Trabalhadores é comparado ao PCC e ao Comando Vermelho por juízes do Superior Tribunal Federal. 


Opiniões dessa natureza, proferidas com ódio de quem se espera comedimento, configuram partidarismo e politização de um julgamento que entrou em pauta com objetivos até agora não muito bem esclarecidos. 


A não ser que sejamos obrigados a acreditar em duendes e gnomos… 


Muito embora parte da esquerda brasileira, e nela alguns petistas históricos que deixaram o partido e outros de filiação mais recente, venha se comportando nesse episódio como Poncio Pilatos e lavando as mãos quanto às denúncias da imprensa, sobretudo agora com o julgamento do Superior Tribunal Federal, será sempre prudente levar em consideração que uma escalada conservadora e moralista nesse momento poderá, com o desgaste que provoca, levar a pique muitas das conquistas dos governos Lula/Dilma em favor dos mais necessitados. 


Curioso, insisto, observar o comportamento de uma parte da esquerda diante das provocações e arreganhos da direita, qualquer coisa assim como “bem feito, quem mandou o PT fazer alianças espúrias?” 


Contudo, só quem não conhece a estrutura do poder político no Brasil pode imaginar que se governa apenas com boas intenções e pureza ideológica. 


Política é guerra e para enfrentá-la é preciso ter estômago e, por vezes, engolir sapos. 


Historicamente, a esquerda brasileira sempre se dividiu diante dos momentos mais delicados a enfrentar e diante das ciladas e arreganhos do capitalismo. 


Poderia lembrar aqui os exemplos de 1935, 1954, 1964. 


Estamos enveredando pelo mesmo caminho de outras derrotas históricas? 


Quando ouço ou leio determinadas opiniões e penso que um dia homens como José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Roberto Freire, Alberto Goldman, Aloysio Nunes Ferreira, apenas para citar alguns, já se disseram homens de esquerda, temo pelo que possa acontecer nos próximos dois anos. 


Não comungo, ainda, com a paranóia golpista, muito embora em política é quase sempre arriscado não prever os lances do adversário como faz o bom enxadrista. 


E os melhores momentos para se tirar o pulso do inimigo é com avanços e vitórias democráticas como essas das recentes eleições municipais. 


Há doze anos afastada do poder político, a direita brasileira não anda nada satisfeita, ainda mais quando percebe que o governo vai conquistando novos espaços que lhe pertenciam. 


Como na canção de Fagner o “meu olhar está armando um bote sem futuro”, ou – em outras palavras – um eventual “desinteresse” do governo, do PT e dos partidos da base aliada, com o retorno do látego negro da Alemanha e o início da fase de dosimetria das penas da AP 470, será reiniciada através das redações de VEJA, REDE GLOBO, FOLHA, ESTADÃO, o maior “espetáculo da corrupção no Brasil”, desta vez tentando levar o “coadjuvante” Lula para o papel de protagonista. 


Não há indícios, pelo menos aparentes, de que as “forças produtivas” estejam preocupadas com alguma quebra da institucionalidade ou insatisfação entre militares, alguns sintomas clássicos de golpes de estado na América Latina. 


O mundo é outro, a América Latina é outra, o Brasil é outro. 


O que há é uma movimentação exagerada de algumas figurinhas carimbadas no poder legislativo e que, de mãos dadas com outras beladonas alçadas ao estrelato midiático no poder judiciário, dão ao país um deprimente espetáculo antidemocrático. 


Assim como existem diferentes concepções na esquerda, também as há na direita. 


Essa direita que busca os holofotes no atual momento, cuja cabeça pensante (peço desculpas pela força de expressão) tem sua origem em homens outrora de esquerda descobriu finalmente seu lugar na sociedade brasileira. 


As drogas e a direita causam dependência química e de decência. 


*** Izaías Almada, mineiro de Belo Horizonte, escritor, dramaturgo e roteirista, é autor de Teatro de Arena (Coleção Pauliceia da Boitempo) e dos romances A metade arrancada de mim, O medo por trás das janelas e Florão da América. 


Fonte: http://boitempoeditorial.wordpress.com/


do blog Provos Brasil

Direita na prática: PSDB, PV e DEM votaram em peso contra o projeto dos 100% dos royalties do petróleo para a educação proposto pelo PT e pelo governo Dilma. Até Paulo Maluf votou a favor!


O deputado do PSDB Walter Feldman votou contra o projeto do PT de aumento de recursos para a educação. Recordando, nos oito anos em que o PSDB governou o Brasil com Fernando Henrique Cardoso e Serra, os tucanos não construíram nenhuma universidade pública, sucatearam as que existiram e estimularam o crescimento e o enriquecimento das faculdades particulares. Nesse período também não havia o PROUNI. Lamentável, deputado Walter Feldman, lamentável PSDB, PV e DEM.


por Paulo Jonas de Lima Piva

O PSDB, o DEM e o PV se opuseram ao projeto do PT e do governo Dilma de destinar 100% dos royalties do petróleo para a educação brasileira. Com esses recursos, a educação brasileira poderia dar um salto de qualidade histórico. Pensando na repercussão positiva que esses recursos investidos na educação teriam para a imagem do governo Dilma e do PT e, obviamente, nos interesses dos grandes grupos nacionais e internacionais que querem explorar a fortuna do nosso PRÉ-SAL, esses partidos da direita brasileira, de maneira mesquinha, sabotaram o projeto. Até Paulo Maluf em fim de carreira votou pelos 100% para a educação!...

Abaixo a relação da votação nominal dos deputados federais de São Paulo. O SIM é contra o projeto, o NÃO é a favor do projeto:  




Abelardo Camarinha (PSB) – Sim

Alberto Mourão (PSDB) – Não

Alexandre Leite (DEM) – Sim

Antonio Bulhões (PRB) – Não

Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB) – Sim

Arlindo Chinaglia (PT) – Não

Arnaldo Faria de Sá (PTB) – Não

Arnaldo Jardim (PPS) – Sim

Beto Mansur (PP) – Não

Bruna Furlan (PSDB) – Sim

Carlinhos Almeida (PT) – Não

Carlos Zarattini (PT) – Não

Devanir Ribeiro (PT) – Não

Edinho Araújo (PMDB) – Sim

Eleuses Paiva (PSD) – Sim

Eli Correa Filho (DEM) – Não

Emanuel Fernandes (PSDB) – Sim

Gabriel Chalita (PMDB) – Não

Guilherme Campos (PSD) – Não

Guilherme Mussi (PSD) – Sim

Ivan Valente (PSOL) – Não

Janete Rocha Pietá (PT) – Não

Jefferson Campos (PSD) – Sim

Jilmar Tatto (PT) – Não

Jonas Donizette (PSB) – Não

Jorge Tadeu Mudalen (DEM) – Sim

Junji Abe (PSD) – Sim

Keiko Ota (PSB) – Não

Luiz Fernando Machado (PSDB) – Sim

Luiza Erundina (PSB) – Não

Mara Gabrilli (PSDB) – Não

Marcelo Aguiar (PSD) – Sim

Márcio França (PSB) – Não

Milton Monti (PR) – Sim

Missionário José Olimpio (PP) – Sim

Nelson Marquezelli (PTB) – Sim

Newton Lima (PT) – Não

Otoniel Lima (PRB) – Não

Pastor Marco Feliciano (PSC) – Sim

Paulo Maluf (PP) – Não

Paulo Teixeira (PT) – Não

Penna (PV) – Sim

Ricardo Berzoini (PT) – Não

Ricardo Tripoli (PSDB) – Sim

Roberto de Lucena (PV) – Sim

Roberto Santiago (PSD) – Sim

Salvador Zimbaldi (PDT) – Sim

Tiririca (PR) – Sim

Vanderlei Macris (PSDB) – Sim

Vanderlei Siraque (PT) – Não

Vaz de Lima (PSDB) – Sim

Vicentinho (PT) – Não

Walter Feldman (PSDB) – Sim

William Dib (PSDB) – Sim


Total São Paulo: 54

ENFIM UMA BOA UTILIDADE PARA ELAS: OS INSTRUMENTOS MUSICAIS FEITOS COM ARMAS DE FOGO DO ARTISTA MEXICANO PEDRO REYES









Do site do artista
*Educaçãopolitica

São Paulo sem lei.
159 assassinatos em 16 dias

 

 

Em junho, a Polícia Federal avisou aos tucanos que o PCC ia atacar.
Manchete do jornal Agora, o único que presta na Chuíça (*):

“São Paulo sem lei”.

Em 16 dias, a média é de dez mortes por dia.

Um boato de toque de recolher – leia sobre isso no Conversa Afiada – fez uma escola dispensar os alunos e funcionários.

Numa favela de Santo André, quatro moradores foram mortos com tiros de escopeta, numa chacina.

Um ônibus bi-articulado foi destruido depois de incendiado por grupos criminosos em Cidade Dutra, na zona sul da cidade.

120 ônibus das quatro linhas que servem o bairro foram recolhidos.

Em nota, a Secretaria de Segurança (sic) informa que está investigando todos os casos – quá, quá, quá !

Na capa, a Folha (**) informa (?) que “apesar do recrudescimento das mortes, São Paulo não figura entre os Estados mais violentos” – quá, quá, quá !

E, além do mais, como diz o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, “toda a culpa é da Dilma”, em São Paulo e seja lá onde for.


Paulo Henrique Amorim

(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.