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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 10, 2012

Direita na prática: PSDB, PV e DEM votaram em peso contra o projeto dos 100% dos royalties do petróleo para a educação proposto pelo PT e pelo governo Dilma. Até Paulo Maluf votou a favor!


O deputado do PSDB Walter Feldman votou contra o projeto do PT de aumento de recursos para a educação. Recordando, nos oito anos em que o PSDB governou o Brasil com Fernando Henrique Cardoso e Serra, os tucanos não construíram nenhuma universidade pública, sucatearam as que existiram e estimularam o crescimento e o enriquecimento das faculdades particulares. Nesse período também não havia o PROUNI. Lamentável, deputado Walter Feldman, lamentável PSDB, PV e DEM.


por Paulo Jonas de Lima Piva

O PSDB, o DEM e o PV se opuseram ao projeto do PT e do governo Dilma de destinar 100% dos royalties do petróleo para a educação brasileira. Com esses recursos, a educação brasileira poderia dar um salto de qualidade histórico. Pensando na repercussão positiva que esses recursos investidos na educação teriam para a imagem do governo Dilma e do PT e, obviamente, nos interesses dos grandes grupos nacionais e internacionais que querem explorar a fortuna do nosso PRÉ-SAL, esses partidos da direita brasileira, de maneira mesquinha, sabotaram o projeto. Até Paulo Maluf em fim de carreira votou pelos 100% para a educação!...

Abaixo a relação da votação nominal dos deputados federais de São Paulo. O SIM é contra o projeto, o NÃO é a favor do projeto:  




Abelardo Camarinha (PSB) – Sim

Alberto Mourão (PSDB) – Não

Alexandre Leite (DEM) – Sim

Antonio Bulhões (PRB) – Não

Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB) – Sim

Arlindo Chinaglia (PT) – Não

Arnaldo Faria de Sá (PTB) – Não

Arnaldo Jardim (PPS) – Sim

Beto Mansur (PP) – Não

Bruna Furlan (PSDB) – Sim

Carlinhos Almeida (PT) – Não

Carlos Zarattini (PT) – Não

Devanir Ribeiro (PT) – Não

Edinho Araújo (PMDB) – Sim

Eleuses Paiva (PSD) – Sim

Eli Correa Filho (DEM) – Não

Emanuel Fernandes (PSDB) – Sim

Gabriel Chalita (PMDB) – Não

Guilherme Campos (PSD) – Não

Guilherme Mussi (PSD) – Sim

Ivan Valente (PSOL) – Não

Janete Rocha Pietá (PT) – Não

Jefferson Campos (PSD) – Sim

Jilmar Tatto (PT) – Não

Jonas Donizette (PSB) – Não

Jorge Tadeu Mudalen (DEM) – Sim

Junji Abe (PSD) – Sim

Keiko Ota (PSB) – Não

Luiz Fernando Machado (PSDB) – Sim

Luiza Erundina (PSB) – Não

Mara Gabrilli (PSDB) – Não

Marcelo Aguiar (PSD) – Sim

Márcio França (PSB) – Não

Milton Monti (PR) – Sim

Missionário José Olimpio (PP) – Sim

Nelson Marquezelli (PTB) – Sim

Newton Lima (PT) – Não

Otoniel Lima (PRB) – Não

Pastor Marco Feliciano (PSC) – Sim

Paulo Maluf (PP) – Não

Paulo Teixeira (PT) – Não

Penna (PV) – Sim

Ricardo Berzoini (PT) – Não

Ricardo Tripoli (PSDB) – Sim

Roberto de Lucena (PV) – Sim

Roberto Santiago (PSD) – Sim

Salvador Zimbaldi (PDT) – Sim

Tiririca (PR) – Sim

Vanderlei Macris (PSDB) – Sim

Vanderlei Siraque (PT) – Não

Vaz de Lima (PSDB) – Sim

Vicentinho (PT) – Não

Walter Feldman (PSDB) – Sim

William Dib (PSDB) – Sim


Total São Paulo: 54

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