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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Pregadores da moral e dos bons costumes: Fortuna de pastores brasileiros chama a atenção da Forbes


 Fortuna de pastores brasileiros chama a atenção da Forbes

Revista de negócios norteamericana, famosa pelas listas dos homens mais ricos do mundo, aborda a "mulitmilionária" riqueza dos pastores brasileiros. Edir Macedo aparece em 1º



São Paulo – A revista norteamericana Forbes - sinônimo de listas das pessoas mais ricas do mundo - debruçou-se sobre a fortuna dos “multimilionários” líderes evangélicos brasileiros. Para a Forbes, a indústria da fé é um “negócio altamente lucrativo” no Brasil, liderada pelo chefe da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo (veja lista abaixo).

“A religião sempre foi um negócio rentável. E se acontecer de você ser um pregador evangélico brasileiro, as chances de ganhar na loteria celestial são realmente muito altas hoje em dia”, diz a matéria.
O bispo Edir Macedo lidera a lista da publicação com uma fortuna estimada em 950 milhões de dólares, com um grupo que conta ainda com a Rede Record, a Folha Universal, uma gravadora, entre outros. 
O segundo lugar na lista é o ex-Universal Valdemiro Santiago, que dirige a Igreja Mundial do Poder de Deus, com fortuna estimada em 220 milhões de dólares.
O levantamento da Forbes não adota a mesma metodologia usada para chegar à fortuna dos nomes mais ricos do mundo. A reportagem se amparou em dados de revistas brasileiras, principalmente, assim como do Ministério Público e da Polícia Federal, também publicados pela mídia. Não revela, assim, nada que já não tivesse saído no país.
A Forbes afirma que o aumento da fortuna dos pastores ocorreu junto com o crescimento da religião evangélica no país. Ascensão esta possível, segundo a publicação, com o fenômeno da classe C, de pessoas que “encontraram na religião uma forma de serem gratas por sua sorte, assim como uma desculpa para desfrutar do novo status na sociedade, sem culpas”.
PastorIgrejaFortuna, segundo pesquisa da Forbes (em milhões de dólares)
Edir MacedoIgreja Universal do Reino de Deus950
Valdemiro SantiagoIgreja Mundial do Poder de Deus220
Silas MalafaiaIgreja Assembleia de Deus150
R. R. SoaresIgreja Internacional da Graça de Deus125
Estevam e Sonia HernandesIgreja Renascer em Cristo65

O homem falou e disse


*Alice

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Deleite - Gabriel O Pensador - Sêcos e molhados


Deleite - Façam a revolução RPM + D2


Charge foto e frase do dia

















Salvador Allende fala sobre Che Guevara


Por que a China está se armando para uma guerra contra os Estados Unidos

Mísseis exibidos em parada militar em Pequim
Os chineses bem sabem que os americanos são capazes de usar a força militar “sem cerimônia”


16 de janeiro de 2013

Na foto acima, mísseis guiados de longo alcance exibidos em parada militar em Pequim
No início dos anos 1920, o escritor britânico Bertrand Russell passou alguns meses na China, num ciclo de palestras. Ao voltar ao Reino Unido, Russell escreveu um livro sobre o que viu, chamado “O Problema da China”.
Russell afirmou que a China poderia se tornar o maior país do mundo – desde que se tornasse militarmente mais forte. Naqueles dias, a China era virtualmente ocupada pelas potências ocidentais, depois de ter sofrido sucessivos reveses em guerras no século 19 exatamente por falta de cultura bélica. (No pior deles, nas chamadas Guerras do Ópio, a Inglaterra impôs que os chineses deixassem a droga ser vendida livremente no país. O ópio, produzido na Índia, era a espúria contrapartida que a Inglaterra encontrara para equilibrar seu comércio com a China, de quem consumia chá, seda e porcelana.)
As reflexões de Russell, quase cem anos depois, podem ajudar a entender a barulhenta controvérsia destes dias em torno do orçamento militar chinês. Como a economia do país, os gastos com a defesa têm crescido a uma taxa anual na casa dos dois dígitos.
Os Estados Unidos protestam, talvez por imaginarem que a China seja como eles mesmos. Mas não poderia haver duas culturas mais diferentes: a americana é a do consumo, da ganância, da ostentação e da dominação exploradora. A chinesa, derivada de Confúcio, é pacífica, centrada na educação dos jovens, respeito aos velhos e lealdade com os amigos.
Os chineses não são beligerantes, historicamente.Mas tolos também não são. Aprenderam com o passado em que sofreram sucessivas agressões.
Desfile militar na China
Desfile militar na China
Veja o que diz num editorial o jornal chinês Global Times, que reflete o pensamento do governo: “Sem uma defesa formidável, os sentimentos irracionais contra a China podem piorar, e se converter em ação. Na condição de maior potência militar, os Estados Unidos colocaram a China no centro de sua estratégia de defesa. A história prova que os Estados Unidos são ávidos por ações militares. Quando os americanos estão confiantes em sua superioridade, eles costumam usar a pressão militar sem nenhuma cerimônia.”
Clap, clap, clap.
Aplausos para a sabedoria chinesa. Quem acredita que o interesse dos Estados Unidos na questão do orçamento militar chinês é a paz acredita em tudo, como disse Wellington.


Paulo Nogueira no DCM
*MilitânciaViva

Marta rechaça elitismo 

 

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (10), a Folha publicou um editorial raivoso contra o chamado “Vale-Cultura”, rotulado de “vale-populismo” já no título, e abusou dos adjetivos para desqualificar a ministra Marta Suplicy. Na visão elitista do jornal, a nova lei “é mais um exemplo do uso equivocado de dinheiro público na área cultural do país”. A Folha prefere que a grana dos impostos seja usada somente para bancar os juros dos rentistas. Ela também adora os milhões de reais que recebe de publicidade do governo – que só serve para alimentar cobras!

Pela nova lei, trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos poderão receber o “Vale-Cultura” de R$ 50 mensais. Desse valor, R$ 45 serão subsidiados pelo governo por meio de renúncia fiscal. “Estima-se que serão beneficiados 10 milhões de assalariados”, diz a Folha, para torpedear: “O argumento fácil da ‘democratização da cultura’ sempre pode ser esgrimido para justificar o espetáculo populista. Mas parece óbvio que essa não é a melhor estratégia para empregar tais verbas públicas”.

O editorial elitista da Folha, que inclusive afirmou preconceituosamente que o dinheiro seria usado para “livros de autoajuda”, deve ter gerado chiadeira dos seus leitores – pelo menos da parcela que ainda tem senso crítico. Tanto que hoje o jornal abriu espaço para a ministra da Cultura, Marta Suplicy, defender o projeto. Reproduzo a resposta na íntegra:

*****

"A gente não quer só comida"

A Folha publicou editorial ("Vale-populismo", 10/1) crítico do Vale-Cultura (VC). Chama de "populismo" e promoção pessoal e eleitoreira projeto de lei que buscava aprovação desde 2009. Com a regulamentação do VC, empresas poderão passar R$ 50 a seus funcionários que recebam prioritariamente até cinco salários mínimos (R$ 3.390) para gastarem em cultura.

O Brasil nos últimos anos, com Lula e agora Dilma, tem dado passos gigantescos para acabar com a miséria. Não preciso citar os números dos que hoje comem nem dos que hoje entraram na classe média. O Bolsa Família, trucidado pela oposição, hoje é comprovadamente um instrumento de erradicação da pobreza.

O Vale-Cultura pode, sim, ser o "alimento da alma". Por que não? Pela primeira vez o trabalhador terá um dinheiro que poderá gastar no consumo cultural: sejam livros, cinema, DVDs, teatro, museus, shows, revistas...

Lembro que, quando fizemos os CEUs (Centro Educacional Unificado), na pesquisa (2004) realizada no primeiro deles, na zona leste, 100% dos entrevistados nunca tinham entrado num teatro e 86%, num cinema. Quando Denise Stoklos fez seu espetáculo de mímica, a plateia se remexia inquieta até entender a linguagem e não se ouvir uma mosca no teatro, fascinado.
*Ajusticeiradeesquerda
Fomento ao teatro, aquisição de conhecimento e bagagem cultural! Não foi à toa que Fernanda Montenegro ficou pasma com a plateia dos CEUs. Essas pessoas, se tiverem criado gosto, finalmente poderão usufruir e escolher mais do que hoje podem.
E os que não têm CEU têm televisão e conhecem o que é oferecido para determinado público. Sabem também o que aparece no bairro. E sabem que não podem ir.
Existe toda uma multidão de brasileiros (17 milhões) que hoje ganha até cinco salários mínimos (R$ 3.390) que potencialmente poderão, além de comer, alimentar o espírito. Este é um projeto de lei que toca duas pontas: o cidadão que vai consumir e o produtor cultural que terá mais público para sua oferta.
Quando chegarmos nesse potencial, serão R$ 7 bilhões injetados na cultura. Nossa previsão é atingir R$ 500 milhões neste ano.
Em 2008, o Ibope realizou pesquisa sobre indicadores de cultura no Brasil e mostrou que a grande maioria da população está alijada do consumo dos produtos culturais: 87% não frequentavam cinemas, 92% nunca foram a um museu; 90% dos municípios do país não tinham sala de cinema e 78% nunca assistiram a um espetáculo de dança.
Segundo a Folha, estaremos incentivando blockbusters e livros de autoajuda. Visão elitista. Cada um tem direito de consumir o que lhe agrada. Não esqueço quando, visitando um telecentro, fiquei indignada que a maioria dos jovens estava nos chats de um reality show. Fui advertida pela gestora: "Esse é um instrumento que eles estão aprendendo a usar. Depois, poderão voar para outros interesses. Ou não".
Não custa lembrar que a fome pelo acesso à cultura é enorme, o que ficou evidente nas filas quilométricas na mostra sobre impressionistas quando apresentada gratuitamente pelo Banco do Brasil.
O que a Folha também menosprezou é a enorme alavanca que o VC pode representar e desencadear na economia. A cadeia produtiva da cultura é o investimento de maior rentabilidade a curto prazo. Para uma peça de teatro, você vai desde os artistas, ao carpinteiro, cenógrafo, vestuário, iluminador...
Quanto ao recurso ir para formação e atividades de menor sustentação comercial, citadas como prioritários pela Folha, os editais do ministério, os Pontos de Cultura, têm exatamente essa preocupação, assim como os CEUs das Artes e Esporte que são, no momento, 124 em construção no país.
"A gente quer comida, diversão e arte." (Titãs)

Prefeito Haddad vai fazer o que os tucanos não fizeram em 30 anos


Com apenas 17 dias no cargo, o  prefeito de São Paulo Fernando Haddad, arregaçou as mangas, para finalmente fazer  o que os prefeitos tucanos, ha quase três décadas 'governando' São Paulo, não fizeram
Haddad vai tirar do papel parte das obras de um novo plano viário para a zona sul, orçado em R$ 1,8 bilhão. Dividido em duas fases, o pacote inicial, que inclui a duplicação de algumas das mais congestionadas vias da capital, como M'Boi Mirim e Carlos Caldeira Filho, deve custar R$ 1 bilhão.
O edital da licitação será publicado em fevereiro e representará a primeira ação do prefeito Fernando Haddad (PT)  o Arco do Futuro, uma lista de obras que promete redesenhar o desenvolvimento da cidade.

 Prometido  na campanha eleitoral o plano virou prioridade para Haddad, que ordenou rapidez na contratação das obras durante a transição dos governos.O resultado dessa primeira triagem sai no dia 5 de fevereiro. Em seguida, será publicado o edital. A expectativa é de que os contratos sejam assinados no primeiro semestre

Além da duplicação de vias, o pacote contempla serviços de canalização de córregos com histórico de enchentes -- Coisa que tanto José Serra e Geraldo Alckmin (PSDB), não fizeram, e construção de marginais, além de um anel viário no entorno da Represa do Guarapiranga.
Na segunda fase, o prolongamento da Marginal do Pinheiros, sentido Santo Amaro, poderá ser incluído no pacote, assim como ampliações das Estradas de Itapecerica e do Alvarenga. A Prefeitura não informou a data da segunda licitação.

Espera

Com histórico diário de lentidão, a Estrada do M’Boi Mirim é um dos maiores gargalos de trânsito da cidade. De carro ou ônibus, cruzar a via é um transtorno para moradores, que não raramente preferem fazer o trajeto a pé nos horários de pico. A situação é a mesma ao longo da Avenida Dona Belmira Marin, no Grajaú, onde passageiros esperam até 2 horas por vaga em lotação. A avenida corta 12 bairros, onde moram cerca de 723 mil pessoas. As vias ganharão juntas 6,3 quilômetros extras.Quem mora no Morumbi também será beneficiado pela extensão da Avenida Carlos Caldeira Filho, que termina na Giovanni Gronchi. 


Em visita a Haddad, Lula elogia parceria entre os três níveis de governo e cita Rio de Janeiro





O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma visita de cortesia nesta quarta-feira (16) à prefeitura de São Paulo. Ele foi acompanhado pelos diretores do Instituto Lula. A reunião começou por volta de 11h e contou com a presença do prefeito Fernando Haddad, da vice-prefeita Nádia Campeão, do chefe de gabinete do prefeito e de dez de seus secretários. Durante a conversa, Lula ressaltou que "um dos grandes sucessos que conseguimos foram as parcerias entre os três níveis de governo", citando o exemplo do Rio de Janeiro.

O encontro com o prefeito durou cerca de 20 minutos e a reunião com o secretariado, mais uma hora. Participaram os diretores do Instituto Lula Clara Ant, Paulo Vannuchi e Luiz Dulci, além de Gustavo Vidigal, chefe de gabinete do prefeito, e dos secretários Antonio Donato (Governo), Chico Macena (Subprefeituras), Denise Dau (Políticas para as Mulheres), Jilmar Tatto (Transportes), João Antonio (Relações Governamentais), José de Fillippi Jr (Saúde), Leda Paulani (Planejamento), Luís Fernando Massonetto (Negócios Jurídicos), Marco de Barros Cruz (Finanças) e Simão Pedro (Serviços). (Informações do Instituto Lula)