Os Estados Unidos não fazem nada para castigar os culpados dos crimes
de guerra e a fraude de Wall Street, mas dedicam-se a demonizar quem os
denuncia.
Durante o último ano e meio, todo o tempo em que Bradley Manning
passou numa prisão militar, muitas coisas foram ditas sobre ele, mas não
o ouvimos dizer nada. Isso mudou apenas no final de dezembro, quando o
soldado do exército norte-americano de 23 anos de idade, acusado de
divulgar documentos secretos à Wikileaks, testemunhou sobre as condições
da sua prisão no tribunal marcial, que abriu um processo contra ele.
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, fevereiro 04, 2013
domingo, fevereiro 03, 2013
Esquerda e direita no Brasil de hoje
Eduardo Guimarães, no Facebook
Recentemente, fui jantar com um jornalista amigo cujo coração se divide entre o PT e o PSOL. Ele me criticou por estar "muito governista".
Não sou governista, sou brasileiro. O jornalista que criticou meu "governismo" e se acha "de esquerda", na verdade faz o jogo da direita
Quem é de esquerda no Brasil? Em minha opinião é de esquerda quem apoia governo que conseguiu a façanha de fazer o índice de Gini melhorar
Tenho 53 anos. Acompanho o índice de Gini há décadas. A desigualdade no Brasil só melhorou a partir da metade do primeiro governo Lula.
Que fique clara uma coisa: de esquerda é quem apoia que a renda se desconcentre no país virtualmente mais desigual do mundo, o Brasil.
Quem não apoia governos como os de Dilma e Lula, que fizeram o índice de Gini melhorar pela primeira vez em meio século, não é de esquerda
Não há discussão: Lula e Dilma fizeram a desigualdade cair pela primeira vez desde a redemocratização. Apoiar este governo é ser de esquerda
PSDB, DEM, PPS e PSOL, que se opõem ao governo que está reduzindo tanto a desigualdade após 50 anos sem cair, são partidos de direita.
*Saraiva
Domingo de contrates: Lula luta pelos trabalhadores frente aos banqueiros da crise. FHC prega submissão.
Presidente Lula em encontro com trabalhadores da Nissan USA durante conferencia da União Sindical. Lula fará sua palestra as 19:30hs. |
Fico sabendo pelos blogs sujos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu mais um modorrento artigo no Estadão (aqui para quem tiver paciência de ler).
Estarrecido vi FHC defender que a "nova" política se resume ao comportamental, como ser a favor ou contra o casamento gay, ser "verde" ou "jurássico", ser ou não ser evangélico (só faltava essa: FHC equipara escolha religiosa com escolha política, em tom de deboche generalizado contra evangélicos, porque alguns pastores e um certo José Serra procuraram usar religião na eleição de forma oportunista).
FHC tem forte recaída neoliberal ao defender que a luta política deve ignorar toda aquela coisa de discutir a apropriação das riquezas nacionais pela sociedade, o papel do Estado na economia e nas relações de trabalho, produção e uso das riquezas nacionais, concentração e distribuição de renda, de conhecimento, de informação e de poder.
Pré-sal, taxas de juros, jazidas de minérios, tarifas públicas, salários, aposentadorias, SUS, educação pública, jornada de trabalho, justiça tributária, garantia de empregos, participação nos lucros, segurança alimentar e hídrica, acesso à moradia digna para todos, igualdade de direitos de fato para todos, tudo isso, para FHC, tornou-se supérfluo ou secundário na luta política. É a essência do pensamento neoliberal: o livre mercado se auto-regularia para prover tudo sem a intervenção do estado.
Por coincidência, neste mesmo domingo, outro ex-presidente brasileiro, o presidente Lula, está fazendo justamente o contrário em Washington. Participa da Conferência de um dos maiores sindicatos de trabalhadores dos EUA. O encontro discute a agenda de prioridades políticas dos trabalhadores de lá para 2013, que serão reivindicadas junto ao legislativo estadunidense.
Quanta diferença!
FHC pregando aos cidadãos trabalhadores abdicar da luta política como forma de melhorar suas vidas, e se conformarem com a submissão aos banqueiros do "livre mercado", que de livre não tem nada, pois hoje é controlado por espertalhões transnacionais que decidem onde colocar e tirar dinheiro, de forma a obter mais lucros, mesmo que signifique provocar crises para os outros, lucrativas para eles.
Lula continua o mesmo ativista incansável por um mundo mais justo, mais equilibrado, sem exploradores e explorados, sem os lucros exorbitantes de poucos serem conquistados às custas da ruína de milhões de trabalhadores, crianças e aposentados.
Hoje, nem nos EUA esse discurso mequetrefe de FHC em defesa da submissão ao banqueiros é aceito (a não ser pelos banqueiros). Quase todos cidadãos estadunidenses são capitalistas, mas acham que o capitalismo de lá deve ser como um navio que tenha emprego e aposentaria decente para todos nascidos lá, mesmo que a maioria viaje na segunda ou terceira classe. O que é contestado lá, desde a crise de 2008, é 1% dos banqueiros da primeira classe lucrarem às custas da ruína dos 99% da segunda e terceira classe, que estão sendo jogados ao mar.
Lula fez um governo onde os mais pobres saíram da pobreza, milhões entraram na classe média, o emprego cresceu, os salários cresceram, a começar pelo mínimo, tudo dentro das regras democráticas, e a maioria dos mais ricos nem tem o que reclamar, muito pelo contrário. A maioria dos empresários que trabalham e produzem de verdade nunca venderam tanto seus produtos e serviços, devido ao crescimento da renda do brasileiro e do mercado interno. É por isso que Lula é chamado para falar aos 99% de estadunidenses. Eles sonham com um governo Lula para chamar de seu. E FHC só é chamado para escrever artigos a favor dos banqueiros que representam os 1% e querem a submissão dos outros 99%.
*osamigosdopresidentelula
Presidente do PT diz que ação da imprensa pode levar ao nazismo
DE BRASÍLIA
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse ontem que a imprensa e setores do Ministério Público tentam "interditar" a política e por isso devem ser combatidos pelo partido.
Em reunião da bancada do PT na Câmara, associou essa suposta prática ao nazismo e ao fascismo.
Ao defender que os deputados petistas trabalhem pela regulamentação dos meios de comunicação, Falcão disse que a mídia "abre campo para as aventuras golpistas".
Silva Junior - 14.nov.2012/Folhapress
Rui Falcão, presidente nacional do PT
"São esses a quem nominei que tentam interditar a política no Brasil e fazem com que ao mesmo tempo desqualifiquem a política.
Quando desqualificamos a política, a gente abre campo para as aventuras golpistas, para experiências que no passado levaram ao nazismo e ao fascismo, que devemos definitivamente afastar do nosso país."
Falcão disse que a imprensa e setores do Ministério Público integram o que ele chama de "oposição extrapartidária" e que há um "conluio" de quem não se conforma com a perda de privilégios.
Ele mencionou a ação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que disse anteontem que deve enviar para a primeira instância um pedido de investigação do ex-presidente Lula por suposta participação no mensalão.
Ele citou ainda Judith Brito, superintendente da Folha e vice-presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"Sejamos francos: quem é a oposição no Brasil?
Há oposição dos partidos políticos, mas há oposição mais forte, mas que não mostra a cara, quando poderia fazê-lo. É o que chamo de oposição extrapartidária, que se materializa numa declaração que a imprensa veiculou de Judith Brito, que disse com todas as letras: 'como a oposição não cumpre seu papel, nós temos que fazer'. E vem fazendo."
Sobre crítica semelhante, Brito disse em 2010:
"O que a ANJ tem feito em suas manifestações, como sempre, é defender a liberdade de expressão, frente às seguidas tentativas do governo de criar regras para controlar os veículos de imprensa e os jornalistas".
"O jornalismo sério num país democrático precisa ser livre e pluralista. No entanto, há grupos dentro deste governo que querem ouvir apenas um tipo de notícia e opinião: as favoráveis ao próprio governo. Esse papel da imprensa é exercido igualmente em relação ao governo e à oposição, e isso pode ser constatado todos os dias", completou.
Para o presidente do PT, a proposta de regulamentação da mídia é "legítima" porque regulamentaria a Constituição.
No governo Lula, a ideia ganhou contornos com um anteprojeto do ex-ministro Franklin Martins (Comunicação).
Ontem, Franklin reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff, mas não quis dizer sobre o que trataram.
Postado por Helio Borba
*Cutucandodeleve
Dois pesos e nenhuma medida para Bradley Manning, nos EUA
Por Rodolfo Machado
Bradley Manning e a Wikileaks abriram uma janela na alma política dos EUA
Estados Unidos - Esquerda -
[Glenn Greenwald] O tratamento repressivo aplicado a Bradley Manning,
preso em condições desumanas, é uma das desgraças do primeiro mandato de
Obama. Comparem com os vigorosos esforços da administração para
proteger os crimes de guerra da era Bush e a fraude de Wall Street de
qualquer forma de responsabilidade jurídica.
*Nassif
Lula se encuentra con familiares de Chávez en La Habana
El Instituto Lula difundió una foto del encuentro entre el expresidente brasileño Luis Inácio Lula Da Silva, el canciller Elías Jaua, el ministro Jorge Arreaza y Rosa Virginia Chávez, una de las hijas de Hugo Chávez.
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