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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, março 20, 2013
Jean Wyllys promete ir à Justiça contra Feliciano
Por Thais Leitão*
Brasília – O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) informou na tarde desta
quarta-feira 20 que vai entrar com uma representação criminal na Justiça
contra o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SC) por causa da
divulgação, em redes sociais, de um vídeo com ataques a deputados e a
defensores dos direitos dos homossexuais.
Wyllys disse que o vídeo foi divulgado por um assessor de Feliciano e faz parte de uma campanha de difamação contra ele. A representação contra Feliciano também é assinada pelos deputados petistas Domingos Dutra (MA) e Erica Kokay (DF).
Feliciano assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados sob protesto de parlamentares e de integrantes de movimentos sociais, que o acusam de ter dado declarações homofóbicas e racistas.
“A divulgação desse vídeo é resultado de um contínuo processo de difamação por meio de uma campanha nojenta em que frases mentirosas são atribuídas a mim e vem sendo compartilhadas pelas pessoas em redes sociais. Elas me associam à pedofilia e a ataques aos cristãos, que são mentiras absurdas”, disse Wyllys, pouco antes do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, na Câmara.
Leia também: O vídeo de Feliciano e a desonestidade intelectual
De acordo com parlamentares, o objetivo da frente é garantir o debate político de temas pautados por movimentos ligados aos direitos humanos que, para muitos, ficou inviabilizado com Feliciano na presidência da comissão da Câmara voltada ao tema.
Jean Wyllys informou também que pedirá investigação da Polícia Federal sobre a origem das frases falsamente atribuídas a ele. “O vídeo a gente tem como provar que tem relação com ele [Feliciano], porque foi postado num canal do Youtube que pertence a um assessor dele, mas a campanha difamatória, não. Se ficar provado que [o vídeo] partiu do pastor ou de qualquer assessor, vou entrar com outra representação criminal”, acrescentou.
O deputado acrescentou que deixará a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, caso o deputado Pastor Marco Feliciano permaneça na presidência.
Na terça-feira 19, a bancada do PSC pediu explicações sobre a divulgação do vídeo. Segundo o líder do partido, André Moura (SE), Feliciano negou ter qualquer relação com o assunto e disse que tomou conhecimento dos fatos por meio da assessoria.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
*MauroLima
Wyllys disse que o vídeo foi divulgado por um assessor de Feliciano e faz parte de uma campanha de difamação contra ele. A representação contra Feliciano também é assinada pelos deputados petistas Domingos Dutra (MA) e Erica Kokay (DF).
Feliciano assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados sob protesto de parlamentares e de integrantes de movimentos sociais, que o acusam de ter dado declarações homofóbicas e racistas.
“A divulgação desse vídeo é resultado de um contínuo processo de difamação por meio de uma campanha nojenta em que frases mentirosas são atribuídas a mim e vem sendo compartilhadas pelas pessoas em redes sociais. Elas me associam à pedofilia e a ataques aos cristãos, que são mentiras absurdas”, disse Wyllys, pouco antes do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, na Câmara.
Leia também: O vídeo de Feliciano e a desonestidade intelectual
De acordo com parlamentares, o objetivo da frente é garantir o debate político de temas pautados por movimentos ligados aos direitos humanos que, para muitos, ficou inviabilizado com Feliciano na presidência da comissão da Câmara voltada ao tema.
Jean Wyllys informou também que pedirá investigação da Polícia Federal sobre a origem das frases falsamente atribuídas a ele. “O vídeo a gente tem como provar que tem relação com ele [Feliciano], porque foi postado num canal do Youtube que pertence a um assessor dele, mas a campanha difamatória, não. Se ficar provado que [o vídeo] partiu do pastor ou de qualquer assessor, vou entrar com outra representação criminal”, acrescentou.
O deputado acrescentou que deixará a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, caso o deputado Pastor Marco Feliciano permaneça na presidência.
Na terça-feira 19, a bancada do PSC pediu explicações sobre a divulgação do vídeo. Segundo o líder do partido, André Moura (SE), Feliciano negou ter qualquer relação com o assunto e disse que tomou conhecimento dos fatos por meio da assessoria.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
*MauroLima
10 anos A História não os absolverá.
do Olhar o Mundo
Luiz Eça
Um péssimo negócio é aquele em que todos perdem.
É muito raro de acontecer, mas o governo Bush conseguiu.
Alguém poderia argumentar que pelo menos Israel saiu ganhando porque livrou-se de um rival potencialmente perigoso.
De fato, o Iraque estava em fase de crescimento, investindo pesado em armamentos.
Mas
um governo corrupto, onde parentes e puxa-sacos detinham os principais
postos e o ditador carecia de carisma que empolgasse o povo, não tinha
grandes chances de formar um exército eficiente.
A prova foi sua derrota iminente na guerra contra um Irã, que ainda estava desorganizado militarmente após a revolução islâmica.
Saddam Houssein era inimigo de Israel, mas dificilmente deixaria os estrategistas de Telaviv sem sono.
O aparente vencedor da guerra do Iraque, os EUA, foi talvez quem mais perdeu.
Estima-se
que as despesas militares custaram ao povo americano 1,7 trilhão de
dólares, mais 490 bilhões em benefícios aos veteranos (assistência médica, principalmente).
No
entanto, esse valor pode subir para mais de 6 trilhões nas quatro
próximas décadas, quando se computar os juros dos pagamentos, de acordo
com estudo publicado na semana passada, do Watson Institute for International Studies da Brown University.
Com todo esse dinheiro, Obama estaria agora tirando de letra os problemas financeiros da crise, que ameaçam sufocar os EUA.
Há mais custos, porém, a serem levados em conta.
Morreram 4.500 soldados americanos, além de 1.500 seguranças.
32.000 militares voltaram feridos para casa, muitos deles incapacitados mental ou fisicamente.
Claro, nesse quesito o povo iraquiano, inocente das maquinações de Bush, perdeu muito mais.
São controversos os números dos seus mortos.
O Iraq Body Count fala em 122 mil, podendo ser acrescido de mais 12 mil conforme dados do Wikki Leaks.
A tradicional revista inglesa, Lancet, em 2006, assegurava que as baixas iraquianas chegavam a 650 mil.
Já
o Ministério de Direitos Humanos do Iraque garante que o número certo é
1 milhão de iraquianos mortos, deixando cerca de 5 milhões de órfãos.
Sem falar em 4,5 milhões de refugiados.
Foi mal, admite Obama, em discurso recente, mas não podemos negar que a situação do Iraque agora é bem melhor.
Será?
A guerra sectária, que não existia no Iraque antes da invasão, corre solta, com atentados diários matando inclusive civis.
A
Al Qaeda iraquiana, que Saddam Hussein reprimia, está mais poderosa do
que nunca, fortalecida por centenas de jovens que a procuraram,
indignados com a ocupação americana do seu país.
O
governo atual, de origem xiita, persegue os sunitas, que estão à beira
da insurgência. Sua polícia secreta, rotineiramente, pratica violências,
toleradas por uma justiça conivente.
O paradeiro de 16 mil oposicionistas, presos pela polícia ou por milícias ligadas ao governo durante a ocupação, é desconhecido.
Suas esposas temem que tenham sido mortos ou estejam presos em casas secretas, sujeitos a permanecerem ocultos indefinidamente.
“A
infraestrutura de saúde do Iraque e o sistema de educação, devastados
pela guerra (leia-se “pelos bombardeios americanos”) continuam do mesmo
jeito,” diz reportagem da Reuters. “Enquanto isso, os investimentos de
212 bilhões na reconstrução fracassaram, com a maior parte do dinheiro
gasta em segurança ou desperdiçada e mesmo perdida, em fraudes.”
Os principais responsáveis por esse desastre verdadeiramente criminoso, Bush, seu vice Cheney e Tony Blair, continuam livres.
O Tribunal Criminal Internacional tem agido prontamente para julgar e condenar ditadores africanos e racistas servo-croatas.
É fácil.
Esse pessoal não conta nem com poderosas forças políticas, nem com o apoio da mídia internacional.
Bush, Blair e Cheney estariam bem cobertos por toda essa gente, em caso de perigo.
Acredito
que eles, os principais culpados por tantas vidas perdidas, tantos
trilhões desperdiçados, tão gigantescos dados causados ao Iraque, jamais
serão levados às barras do tribunal de Haia.
Só a História terá poder para julgá-los.
Eles sabem disso.
Provavelmente estão pouco se lixando.
*GilsonSampaio
Compra de votos que permitiu reeleição de FHC vira livro
FHC vai virar best seller
Está próxima de se tornar pública a identidade do ‘Senhor X’, codinome de um político que ficou conhecido por revelar, em 1996, a compra de votos que permitiu a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Nitroglicerina
Documentos e depoimentos transformam em pura nitroglicerina um livro que está sendo rodado em uma gráfica de Brasília. “Honorários Bandidos 2”, de Palmério Dória, é uma biografia não autorizada do ex-presidente FHC.
Biografia de FHC
O livro mostra a reação dele ao saber que seria o suposto pai de um filho em um possível relacionamento extraconjugal. Segundo o autor, até mesmo agressões físicas teriam sido cometidas pelo ex-presidente contra mulheres.
Tutu da reeleição
Detalhes do esquema de compra de votos devem esquentar mais as eleições de 2014, que já estão nas ruas. No livro, o parlamentar confessa ter recebido propina da base governista, para votar a favor do projeto que permitiu a reeleição de FHC.
*Saraiva
Dinheiro da Privataria voltando em forma de picolé? Por que Lemann e Verônica pagaram tanto pelo picolé?
Tomando como exemplo a compra da gigante americana Heinz, pelo fundo 3G, de Jorge Paulo Lemann, há pouco mais de um mês, o negócio foi fechado por duas vezes o faturamento e 19 vezes o lucro da companhia.
No caso da minúscula sorveteria Diletto, adquirida por Verônica Serra, filha de José Serra, e o bilionário Lemann, os parâmetros foram totalmente distintos, numa aquisição precificada em 17 vezes o faturamento de uma sorveteria que talvez ainda nem tenha começado a lucrar.
Ou há muita confiança ou algo ainda permanece misterioso na transação.
Brasil 247 – No dia 14 de março deste ano, o fundo 3G, do bilionário Jorge Paulo Lemann, protagonizou a maior aquisição da história da indústria alimentícia. Por US$ 23 bilhões, ele e seus sócios compraram a gigantesca empresa norte-americana Heinz, dona da principal marca de ketchups do mundo.
Negócios desse porte sempre obedecem a critérios claros e objetivos. No caso da Heinz, o 3G pagou o equivalente a duas vezes o faturamento da Heinz, de US$ 11,5 bilhões no ano passado, e 19 vezes o lucro da companhia.
Essa relação preço/lucro, o chamado P/E (price/earnings), é o principal parâmetro utilizado em avaliações de empresas.
Uma relação de dez vezes o lucro, muitas vezes, é adequada numa aquisição, mas há também casos em que se pagam prêmios, como no caso da Heinz.
Nada, no entanto, é comparável ao negócio fechado por Lemann e Verônica Serra, sócios do fundo Innova, na compra de 20% da minúscula sorveteria Diletto, de Cotia (SP), por R$ 100 milhões.
A empresa, que tem dois anos de vida e fatura R$ 30 milhões por ano, foi avaliada em R$ 500 milhões.
Ou seja: 17 vezes o faturamento. Se o critério utilizado na Heinz fosse semelhante, a empresa americana valeria US$ 195,5 bilhões, e não os US$ 23 bilhões pagos pelo 3G.
A relação preço/lucro da Diletto é desconhecida, uma vez que seus números não são públicos e não se sabe sequer se a companhia começou a lucrar.
Procurados pela reportagem do 247, nem o fundo Innova nem o bilionário Lemann informaram quais foram os critérios que embasaram a aquisição.
Por exemplo, quem fez a avaliação e quais foram os parâmetros utilizados?
Verônica, como se sabe, é filha de José Serra e teve seus negócios esquadrinhados no livro “Privataria Tucana”, um best-seller publicado pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior.
Depois de uma bolsa de estudos em Harvard, concedida pelo próprio Jorge Paulo Lemann, ela se tornou gestora de fundos de investimento, ao lado do marido Alexandre Bourgeois.
Lemann, por sua vez, foi diretamente beneficiado no governo FHC, pela decisão mais importante de sua trajetória empresarial: a aprovação, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, da fusão entre Brahma e Antarctica, ocorrida em 1999, que lhe deu 70% do mercado brasileiro e musculatura monopolista para crescer em outros países.
Naquele momento, o Cade era presidido por Gesner Oliveira e José Serra era candidato à sucessão de FHC.
Serrista de carteirinha, Gesner se tornou presidente da Sabesp, estatal de saneamento, no governo tucano.
E, depois da fusão Brahma-Antarctica, o Cade jamais voltou a permitir a realização de outros atos de concentração de mercado tão intensos.
Por exemplo, ao comprar a Sadia, a Perdigão se viu forçada a vender vários ativos. Leis que restringem monopólios existem nos Estados Unidos desde o início do século passado para proteger indivíduos e consumidores do poder das grandes corporações.
Recentemente, ao tentar comprar a cervejaria mexicana Modelo, Lemann teve suas pretensões barradas por autoridades regulatórias dos Estados Unidos, país onde ele também enfrenta a acusação de aguar a cervejaria Budweiser, prejudicando a qualidade de um ícone americano, em favor do lucro.
O caso Diletto é tão fora dos padrões que gerou até uma movimentação atípica, nos meios de comunicação, para preservar as imagens de Lemann e de Verônica.
Nas reportagens, o nome da filha de Serra aparece no fim, quase escondido.
Além disso, embora a transação tivesse sido anunciada na noite de segunda-feira, uma reportagem-exaltação já aparecia impressa, na manhã do dia seguinte, na versão brasileira da revista Forbes, sobre o "estilo Lemann" e o porquê da decisão de entrar no mercado de sorvetes.
Em reportagem anterior do 247 sobre o caso (leia mais aqui), diversos leitores levantaram uma questão intrigante: será que, por meio de uma aquisição totalmente fora dos parâmetros tradicionais, recursos oriundos da chamada "privataria" estariam sendo internalizados no Brasil?
do BLOG DO SARAIVA
Justiça obriga McDonald's regularizar jornada de trabalho no país inteiro
Por Rodrigo Gomes Da Rede Brasil Atual
A juíza Virgínia Lúcia de Sá Bahia, da 11ª Vara do Trabalho do Recife, atendeu a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco e expediu liminar exigindo que a empresa Arcos Dourados, franquia do McDonald's que mantém 640 restaurantes no Brasil, regularize a jornada de trabalho de seus 42 mil funcionários no país.
No despacho realizado ontem (19), a juíza também determina que a empresa deixe de proibir os funcionários de levarem a própria refeição para consumir no trabalho, sob pena de multa mensal de R$ 3 mil por trabalhador.
A nova decisão estende a aplicação da decisão tomada em agosto de 2012, que se direcionava somente ao estado de Pernambuco.
Desse modo, todo trabalhador contratado a partir de agora deve ter uma jornada de trabalho de oito horas, com fixação do horário entre manhã, tarde e noite.
Além disso, a empresa não poderá mais obrigar os funcionários a consumir os lanches do McDonald's nas refeições.
A Arcos Dourados ainda pode recorrer da decisão.
Segundo a nota do MPT, “a modalidade de jornada móvel variável não permite que o trabalhador tenha qualquer outra atividade, até mesmo porque, durante uma mesma semana de trabalho, ocorrem variações no que diz respeito ao horário de início e término do expediente.
A prática faz com que o empregado esteja, efetivamente, muito mais tempo à disposição da empresa do que as oito horas de trabalho diárias previstas nos contratos 'normais' de trabalho, além de não garantir o pagamento sequer de salário-mínimo ao final do mês”.
Na próxima quinta-feira (21), às 10h, haverá uma reunião entre o MPT e a Arcos Dourados, para discutir a possibilidade de um acordo que ponha fim a ação.
Esse encontro se dará antes da audiência judicial, marcada para as 14h, onde se pretende definir o termo para o pagamento de dano moral coletivo pela prática lesiva à sociedade, no valor de R$ 50 milhões, em razão do tempo a que os trabalhadores ficaram submetidos a essas condições de trabalho, além de definir os critérios para contratações futuras.
A ação do MPT foi movida pelo procurador do Trabalho Leonardo Osório Mendonça, em julho do ano passado.
Desde então ocorreram muitas reuniões de negociação com a empresa, para que se corrijam as irregularidades em todo o país.
No entanto, segundo o Ministério Público, a empresa tem relutado em pagar a indenização por dano moral coletivo e tem discordado do valor das multas individuais por descumprimento futuro.
Em nota, o McDonald's nega que tenha se negado ao diálogo e afirma que cumpre rigorosamente o que foi acordado, inclusive com o oferecimento de refeições de qualidade para os funcionários.
Além disso, "cumpre o pagamento de todas as horas em que o funcionário está à disposição no restaurante, desde o momento em que chega até o que sai.
A empresa informa que dispõe de sistema de ponto eletrônico biométrico que registra todo o período trabalhado".
do Blog do MST
*cutucandodeleve
Casaldáliga sobre o novo Papa: “Deve pedir perdão em nome de toda a Igreja”
O QTMD? publica, com
exclusividade, análise de D. Pedro Casaldáliga, bispo emérito da
prelazia de São Félix do Araguaia, sobre a nomeação do cardeal argentino
Jorge Mario Bergoglio como o novo papa:
—– // —–
Pedro CasaldáligaEscolher o nome de Francisco é explicitar uma opção de vida e de pastoral.Francisco é mais que um nome, é todo um programa, que ele, o papa, já vem vivendo em sua vida de religioso jesuíta e de bispo voltada para os pobres, na simplicidade e na pastoral social.Por outra parte paira na memória histórica a atitude da hierarquia argentina nos tempos da ditadura militar.Dessa atitude se reclama a omissão e a colaboração com um regime sangrento. Será bom que o papa Francisco aproveite as ocasiões para condenar profeticamente essa e outras ditaduras; até pedindo perdão em nome de toda a Igreja.
*quemtemmedodademocracia
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