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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 20, 2013

Compra de votos que permitiu reeleição de FHC vira livro

FHC vai virar best seller


Compra de votos que permitiu reeleição de FHC vira livro Amaury Ribeiro Jr. e Rodrigo Lopes - Hoje em Dia
Está próxima de se tornar pública a identidade do ‘Senhor X’, codinome de um político que ficou conhecido por revelar, em 1996, a compra de votos que permitiu a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Nitroglicerina
Documentos e depoimentos transformam em pura nitroglicerina um livro que está sendo rodado em uma gráfica de Brasília. “Honorários Bandidos 2”, de Palmério Dória, é uma biografia não autorizada do ex-presidente FHC.

Biografia de FHC
O livro mostra a reação dele ao saber que seria o suposto pai de um filho em um possível relacionamento extraconjugal. Segundo o autor, até mesmo agressões físicas teriam sido cometidas pelo ex-presidente contra mulheres.

Tutu da reeleição
Detalhes do esquema de compra de votos devem esquentar mais as eleições de 2014, que já estão nas ruas. No livro, o parlamentar confessa ter recebido propina da base governista, para votar a favor do projeto que permitiu a reeleição de FHC. 

*Saraiva

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