O enfraquecimento do ato de libertação feminista pela moda e tendências opressoras
Por: Victor Bellizia
A burguesia tem suas
fontes de alienação com todos os grupos sociais e não é diferente com as
mulheres. Como maneira de manter o consumo, alienação e desvio do
propósito de luta pelo socialismo, igualdade e soberania sexual (feminismo), a burguesia
usa de métodos e artimanhas como à moda, à vaidade e a dependência da mulher por algumas das sub ordens capitalistas.
Há um propósito para a constante atualização
da moda feminina, com novas roupas: consumo e estimulação da vaidade. O consumo
é o que sustenta a burguesia em tempos de crise mundial capitalista,
caracterizando crescimento industrial – já que os meios de produção são
dominados por estes – e afastando a mulher da luta revolucionária, uma vez que
é extremamente necessária a participação feminista. E quem estimula a própria
moda é a burguesia, uma vez que, a vestimenta, historicamente, foi modo de
diferenciação ou forma de dividir as classes sociais visualmente; logo, as
mulheres, por mais subdesenvolvidas financeiramente que possam ser, quando
alienadas pela tendência do enriquecimento ou "status quo", compram roupas que são utilizadas pela burguesia para
passar uma mensagem, criada historicamente, de abundância financeira; riqueza;
etc. mesmo quando há falta deste, pois elas mesmas, quando alienadas, sabem que
“a burguesia manda, logo, se parecer-me com as burguesas, vou ser reconhecida
como uma”.
As sub
ordens têm como objetivo a dependência da mulher pelas tendências
burguesas,
mantendo a mulher presa a elas: financeiramente, portanto, sem soberania
para seguir
seu caminho de libertação como ser social, considerando a quantidade da
importância que é dada para as tendências de enriquecimento que estão
sobrepostas na moda e na alienação da tecnologia; intelectualmente, pois
a mulher estará presa ao trabalho para conseguir atualizar-se, tanto na
moda, como tecnologicamente, e não tendo soberania ou liberdade de
buscar uma
conscientização crítica revolucionária, estando demais presa nas
tendências de
enriquecimento e na histórica vontade de parecer um ser mais influente,
dominante.
Hoje, na socialização
primária, são repassadas essas tendências pela força dos meios de comunicação
em sua programação, pelas mães que seguem à moda de uma forma rigorosa, por
acreditarem, simultaneamente, na ideia de inferioridade daqueles que não seguem
a tendência burguesa.
Isso tudo enfraquece
o movimento revolucionário de libertação para a mulher e libertação do capitalismo,
já que, uma vez preocupadas demais com o visual, são afastadas da guerrilha e
métodos de libertação dos povos que foram historicamente confirmados como
eficazes dentro das circunstâncias sociais e históricas de cada país. A
burguesia tem suas armas contra as mulheres e somente a emancipação desta ideia
pelas mulheres as trarão liberdade e consciência.
Posted 2 days ago by Victor Bellizia
*vermelhoaesquerda
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