GUERREIROS FERIDOS
Veteranos de combate americanos procuram ajuda
O governo dos EUA não está honrando seus compromissos com seus ex-soldados
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Diz-se que nenhum soldado sai ileso de uma guerra. As bombas que estilhaçam ossos também comprometem os cérebros. Mesmo na periferia, a guerra aflige os homens com juntas doloridas, zumbidos no ouvido e danos psicológicos. Imagine-se, portanto, o dano humano engendrado por mais de uma década de batalha.
Os EUA não precisam imaginar. Agora, um número recorde de seus guerreiros feridos procuram ajuda. Cerca de um 1,6 milhão de soldados que serviram no Iraque e no Afeganistão requisitaram benefícios por invalidez do governo. (Apenas 21% entraram com pedidos semelhantes após a primeira Guerra do Golfo, de acordo com estimativas.) Com veteranos idosos de conflitos mais antigos também requisitando mais auxílio, a população inválida de servidores americanos subiu em quase 45% desde 2000.
Alguns deles podem estar reagindo a uma economia ruim, ou então estão aprendendo a ter acesso aos benefícios com mais argúcia. Mas os pedidos de invalidez também aumentaram graças a desenvolvimentos positivos. Avanços na medicina do campo de batalha significam que mais soldados feridos sobrevivem. Problemas de saúde mental outrora desconsiderados agora são tratados com seriedade. E o Departamento de Assuntos dos Veteranos (VA, na sigla em inglês) expandiu o acesso a benefícios para soldados mais velhos expostos ao agente laranja no Vietnã ou que sofrem com a síndrome da Guerra do Golfo, ao mesmo tempo em que afrouxou os requerimentos para a classificação da síndrome de estresse pós-traumático.
Mas o sistema responsável por prestar assistência a esses homens e mulheres à medida que se readaptam a vida civil está assoberbado. Quase 1 milhão de veteranos estão na fila. Em média o VA leva cerca de 9 meses para processar um pedido. Em algumas cidades grandes o atraso pode chegar a 600 dias. Até mesmo o SEAL da marinha que disparou o tiro que matou Osama Bin Laden está esperando seu pedido ser processado.
*opiniãi e notícia
*Nina
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