Rota declara combate aos “seguidores” de Lamarca e Marighella
Calos Marighella e Carlos Lamarca
sacrificaram suas vidas em nome do povo e de seu país, sempre estiveram
do lado da classe trabalhadora. Já a Rota, sempre defendeu os interesses
da elite branca paulista, embora seus ordenados sejam pagos por toda a
sociedade. Não sou contra que se homenageie a Rota, mas que fique bem
claro de quem parte essa homenagem, que fique claro quais setores da
sociedade se sentem gratificados e protegidos pela ações desse grupo.
Uma dica, o shopping Pátio Higienópolis é uma boa pedida, aqui, com
certeza os matadores da Rota serão aplaudidos de pé.
No site oficial da Polícia Militar (PM), num texto intitulado “A história dos Boinas Negras”,
a Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota), considerada o batalhão
especial da corporação, declara combate aos “remanescentes e seguidores
de Lamarca e Marighella”. O texto associa a luta dos guerrilheiros
contra o regime civil-militar (1964-85) com as facções criminosas de
hoje.
“Mais uma vez dentro da história, o Primeiro Batalhão
Policial Militar ‘TOBIAS DE AGUIAR’, sob o comando do Ten Cel SALVADOR
D’AQUINO [fundador da Rota], é chamado a dar sequência no seu passado
heróico, desta vez no combate à Guerrilha Urbana que atormentava o povo
paulista (sic)”, diz trecho do texto.
Trecho do texto no site da PM que associa a luta dos guerrilheiros contra a ditadura com as facções criminosas de hoje |
O vereador Paulo Telhada
Foto: Reprodução
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Para
enaltecer as “campanhas de guerra” da Rota, a Câmara Municipal de São
Paulo aprovou, nesta quinta-feira (21), um projeto de decreto
legislativo que permite a realização de uma homenagem aos feitos do
batalhão, entre eles a companhia chamada “Boinas Negras”, que atuou
durante a ditadura militar. De autoria do ex-coronel do batalhão e
vereador pelo PSDB Paulo Telhada, o objetivo do projeto é “homenagear o
Batalhão pelos relevantes serviços prestados a sociedade brasileira e,
em especial, ao povo do Estado de São Paulo.".
No texto do
projeto, Telhada destaca ainda a atuação da Rota durante o regime, que
perseguiu guerrilheiros como Carlos Lamarca e Carlos Marighella. A
sessão em que será feita a homenagem ainda não tem data marcada.
*Cappacete
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