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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 27, 2013

Movimento LGBT do Rio entrega prêmio a Genoino


geno_arcoiris

do Genoíno.org

Na última semana, Genoino foi homenageado pelo movimento LGBT do Rio de Janeiro, ao receber o troféu do 9º Prêmio Arco-Íris de Direitos Humanos. A cerimônia é promovida anualmente pelo Grupo Arco-Íris, uma das principais entidades sociais do país à frente da luta pela garantia de direitos da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Genoino foi contemplado com o prêmio em dezembro de 2010 na categoria “Ações Legislativas”, por sua atuação pela aprovação da união civil entre casais homoafetivos, através da coautoria do PL 4914/09. Porém, foi somente no último dia 18 que o deputado recebeu o troféu, durante agenda na capital fluminense.

O ativista Carlos Alves foi quem entregou o prêmio às mãos de Genoino. Membro do Grupo Arco-Íris e coordenador nacional do Setorial LGBT do PT, o militante ressaltou o histórico de Genoino em defesa do respeito à diversidade sexual, relembrando que o parlamentar foi o único a propor a extensão dos direitos na Assembleia Nacional Constituinte, em 1988.

A entrega ocorreu na sede da CUT-RJ, durante debate sobre os erros do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Ação Penal 470.

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