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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, março 29, 2013

Fugidos de FHC retornam ao Brasil de Lula e Dilma

BRASILEIROS DEIXAM O EXTERIOR E VOLTAM PARA CASA - É A CRISE - CONHEÇA O PORTAL DO RETORNO

 

Em cinco anos, quase 400 mil voltaram a viver no Brasil


Japão, Europa e Estados Unidos já não conseguem mais ser atrativos e propiciar à cerca de 400 mil brasileiros, condições para trabalhar e viver. Eles estão voltando, e o Brasil precisa receber essa massa,oferecendo condições de readaptação e emprego. A situação delicada, demonstra o tamanho da CRISE pela qual passam países tidos, em passado recente, como prósperos e celeiros de oportunidades.

Em cinco anos, pelo menos 300 mil brasileiros que viviam no exterior retornaram ao Brasil

Brasília – A crise econômica internacional associada a problemas específicos em alguns países, como o terremoto seguido por tsunami no Japão (em 2011), provocou o retorno de 300 mil a 400 mil brasileiros que estavam no exterior para o Brasil. Os números são do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, e referem-se ao período de 2007 a 2012. A estimativa é que cerca de 2,5 milhões de brasileiros vivam atualmente no exterior.

Os brasileiros, que viviam no exterior, voltaram, principalmente, do Japão, da Espanha, de Portugal, da França e dos Estados Unidos, além do Paraguai. Porém, o Itamaraty informou que os dados são baseados em estimativas, pois vários brasileiros que vivem no exterior estão em situação ilegal, o que dificulta a precisão das informações.

O único país, segundo o Itamaraty, que é exceção é o Japão, pois todos os brasileiros são cadastrados pelo governo japonês. De 2007 a 2012, o número de brasileiros no país caiu de 313 mil para 193 mil. A avaliação é que o terremoto seguido por tsunami no Nordeste do Japão agravado por explosões e vazamentos nucleares, em março de 2011, tenha provocado o retorno dos brasileiros.

De acordo com o Itamaraty, foram eliminadas ações consideradas discriminatórias em relação a brasileiros no exterior, como era o caso da Espanha até o ano passado. Negociações entre autoridades brasileiras e espanholas, segundo o ministério, acabaram com essas barreiras.

A diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Luiza Lopes da Silva, disse hoje (27) que os problemas de impedimento a brasileiros no exterior, quando ocorrem, são pontuais. Em geral, segundo ela, são questões relativas à adequação de documentos. A diplomata acrescentou que a preocupação do governo é dar condições para que todos os brasileiros que retornam do exterior tenham condições de se reinserir na sociedade e no mercado de trabalho.

“No momento que o imigrante volta não acaba o problema. O retorno do imigrante não é fácil porque os caminhos que ele pode percorrer [para se readaptar à vida no Brasil] não são divulgados. De uns anos para cá, estamos fazendo esforços para levar essas informações ao exterior. Estamos fazendo a divulgação desses dados”, disse Luiza Lopes.
*Ajusticeiradeesquerda

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