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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 26, 2013

Fidel apoia Bolívia pelo direito a saída para o mar

Via CubaDebate

Fidel a Evo: Hay mucho que luchar todavía en tu maravilloso país


Chávez, Fidel y Evo, en la Plaza de la Revolución. Foto: Ismael Francisco/Archivo de Cubadebate.
Chávez, Fidel y Evo, en la Plaza de la Revolución. Foto: Ismael Francisco/Archivo de Cubadebate.
El líder histórico de la Revolución cubana, Fidel Castro, envió una carta al presidente boliviano, Evo Morales, con motivo de conmemorarse en Bolivia el Día del Mar.
En la misiva del pasado sábado, Fidel reiteró el respaldo al reclamo boliviano por lograr una salida soberana al océano Pacífico, perdida con Chile en 1879.
La propia guerra entre dos Estados de similar cultura y origen fue de nefastas consecuencias para dos pueblos de nuestro hemisferio, señaló Fidel, según reportó la Agencia Informativa Prensa Latina.
En las tierras arrebatadas a Bolivia, siguiendo la línea trazada por las potencias coloniales, nuestras jóvenes naciones fueron despojadas de inmensos recursos. De las tierras arrebatadas a Bolivia, la burguesía y el imperialismo extraen cada año decenas de miles de millones de dólares.
Que el pueblo de Bolivia, Evo, no se desanime por esto, expresó Fidel, antes de asegurar que hay mucho que luchar todavía en tu maravilloso país; mucha quinua que sembrar, mucho alimento por producir, mucho empleo por crear y reuniones internacionales donde proclamar el derecho de Bolivia de salida al mar, a sus productos y alimentos marinos que le arrebataron a la fuerza cuando la privaron de 400 kilómetros de costa y 120 mil kilómetros cuadrados, manifestó el líder histórico de la Revolución.
Concluyó su misiva: “Simón Bolívar no habría aceptado jamás que se privara a los quechuas, aymaras y demás habitantes de Bolivia, de tales derechos que le asignó El Libertador de América.
“Hugo Chávez, su más brillante seguidor, que amaba profundamente a tu país, jamás se habría resignado a tan ignominioso destino”, subrayó Fidel en su carta, que ha tenido una amplia repercusión internacional.
*GilsonSampaio

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