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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, abril 02, 2013
No JN, processar jornalistas é um "revés catastrófico" para a liberdade de expressão. Só o Kamel pode?
Ano passado, o Jornal Nacional, da Rede Globo, principal peça do
jornalismo da Rede, cujo diretor geral chama-se Ali Kamel, exibiu
reportagem em que criticava duramente o presidente do Equador, Rafael
Correa, que havia processado um jornalista e os donos do jornal que
publicou a coluna, onde o jornalista afirmava o seguinte contra Correa:
Rafael Correa entrou com a ação por causa de uma coluna publicada em fevereiro do ano passado. Nela, Emílio Palácio criticava a atuação de Correa durante uma revolta de policiais em setembro de 2010. E dizia que o presidente, a quem chamava de ditador, "tinha dado ordem de abrir fogo, sem aviso prévio, contra um hospital cheio de civis e gente inocente".
O presidente Correa os processou e a Justiça condenou jornalistas e
donos do El Universo (uma Rede Globo do Equador) a três anos de prisão e
ao pagamento de uma indenização de US$ 40 milhões ao presidente.
Edições do Jornal Nacional (repito, sob Ali Kamel) criticaram a atitude do presidente Correa:
A OEA poderá pedir oficialmente ao governo equatoriano que respeite os direitos humanos dos jornalistas e que faça uma revisão de todo o processo.
A organização Repórteres Sem Fronteiras declarou que a decisão da Suprema Corte é um "revés catastrófico" para a liberdade de expressão.
A Sociedade Interamericana de Imprensa considerou a sentença desproporcional e teme que outros veículos adotem a autocensura. [Fonte]
O Instituto Internacional de Imprensa disse que ficou escandalizado com a sentença, desproporcional ao possível delito. A organização Repórteres Sem Fronteiras considerou a decisão uma intimidação judicial.
O Instituto de Imprensa e Sociedade afirmou que Rafael Correa é um exemplo deplorável de abuso e falta de tolerância de um mandatário. Para a Sociedade Interamericana de Imprensa a sentença é um golpe aos princípios da liberdade de informação. [Fonte]
O curioso é que o presidente do Equador, Rafael Correa, não é exatamente um defensor da liberdade de imprensa, ao contrario de Assange. O presidente equatoriano vive dizendo que a imprensa está a serviço de grandes grupos empresariais, que só querem desestabilizar as instituições. [Fonte]
Agora, o mesmo Ali Kamel do Jornal Nacional, que criticou processos
contra jornalistas como atentados à liberdade de expressão, processa
jornalistas, conseguindo algumas vitórias na Justiça, ainda que em
primeira instância. O último condenado foi o Azenha, do Viomundo.
Será que o JN de hoje vai denunciar o Diretor de Jornalismo e Esportes
da Rede Globo, Ali Kamel, por perseguição a jornalistas e atentado à
liberdade de imprensa?
No Blog do Mello
Israel e as crianças dos outros
Declarou em Janeiro de 2012 Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelita Benyamin Netanyahu.
O teste de uma democracia reside no tratamento dos prisioneiros, das pessoas na prisão e, especialmente, das crianças
Obviamente
tudo isso não conta quando o assunto for israel: o País está além de
qualquer lei ou juízo moral. Por isso não espanta o relatório da Unicef,
que analisa mais de 400 casos documentados de detenção e maus-tratos de
jovens prisioneiros nas prisões de Rei David.
Afirma o mesmo relatório:
Afirma o mesmo relatório:
As
crianças palestinianas que entram em contacto com o sistema de detenção
militar de israel são submetidas a maus-tratos generalizados,
sistemáticos e institucionalizados. Isto baseia-se nas repetidas queixas
que ocorreram durante os últimos dez anos, na entidades das mesmas,
fundamentação e persistência.
Esta conclusão é apoiada também pelo exame dos casos através de um sistema de monitorização das
graves violações dos direitos das crianças, bem como das entrevistas com advogados israelitas e palestinianos. E também com as crianças alvos de mau-tratos.
Durante a última década, cerca de 7.000 crianças palestinianas com idades entre os 12 e os 17 anos foram presas, interrogadas, processadas pelo sistema de justiça militar israelita, uma média de 700 crianças por ano, duas por dia. A análise dos casos monitorizados pela Unicef identificou exemplos de práticas que equivalem a tratamento cruel, desumano ou degradante no âmbito da Convenção sobre os Direitos da Criança e a Convenção contra a Tortura. O relatório da Unicef conclui recomendando uma série de medidas concretas para melhorar a protecção das crianças no interior do sistema judiciário israelita, em linha com os padrões internacionais.
O relatório, depois de uma breve introdução acerca do quadro jurídico e da estrutura do sistema penitenciário israelita, descreve com um arrepiante realismo a experiência de um adolescente palestiniano qualquer, acusado de atirar pedras contra um veículo militar israelita.
graves violações dos direitos das crianças, bem como das entrevistas com advogados israelitas e palestinianos. E também com as crianças alvos de mau-tratos.
Durante a última década, cerca de 7.000 crianças palestinianas com idades entre os 12 e os 17 anos foram presas, interrogadas, processadas pelo sistema de justiça militar israelita, uma média de 700 crianças por ano, duas por dia. A análise dos casos monitorizados pela Unicef identificou exemplos de práticas que equivalem a tratamento cruel, desumano ou degradante no âmbito da Convenção sobre os Direitos da Criança e a Convenção contra a Tortura. O relatório da Unicef conclui recomendando uma série de medidas concretas para melhorar a protecção das crianças no interior do sistema judiciário israelita, em linha com os padrões internacionais.
O relatório, depois de uma breve introdução acerca do quadro jurídico e da estrutura do sistema penitenciário israelita, descreve com um arrepiante realismo a experiência de um adolescente palestiniano qualquer, acusado de atirar pedras contra um veículo militar israelita.
A detenção
Um
esquadrão de soldados armados até os dentes invadem a casa no meio da
noite e acorda os moradores: é o começo. Depois de uma rápida busca,
muitas vezes acompanhada pela destruição de móveis e outros objectos, o
jovem suspeito é amarrado pelos pulsos e os olhos são vendados. É muito
jovem, entre os 14 e os 16 anos de idade. Às vezes, alguém é preso nas
ruas perto de casa, não longe das casas dos colonos israelitas ou dos
postos de controle do Exército na Cisjordânia.
Para algumas crianças, a cena é devastadora, entre gritos e ameaças verbais e familiares forçados a ficar de fora da casa em pijama, enquanto o jovem é levado com explicações vagas, tais como: "ele vem connosco, mais tarde é devolvido", ou, simplesmente, "é procurado".
Os presentes raramente são informados acerca da razão pela qual a pessoa é detida. Sem poder cumprimentar os pais, a criança é carregada num jipe, com os olhos vendados, forçadas a sentar-se no chão do veículo e muitas vezes atingida por socos e pontapés enquanto fica amarrada.
A viagem para o local do interrogatório pode durar uma hora ou até um dia inteiro e, geralmente, inclui paradas em bases militares onde o jovem prisioneiro pode ficar ao longo de horas, às vezes um dia inteiro, sem comer ou beber e sem acesso ao banheiro. Durante estas paragens, muitas crianças são levadas perante o pessoal médico que aborda algumas questões sobre a saúde do preso. No entanto, mesmo no caso em que sejam óbvios os sinais de abuso, é muito raro que possam receber atenção médica adequada. Por fim, as crianças são levadas para o local do interrogatório.
Para algumas crianças, a cena é devastadora, entre gritos e ameaças verbais e familiares forçados a ficar de fora da casa em pijama, enquanto o jovem é levado com explicações vagas, tais como: "ele vem connosco, mais tarde é devolvido", ou, simplesmente, "é procurado".
Os presentes raramente são informados acerca da razão pela qual a pessoa é detida. Sem poder cumprimentar os pais, a criança é carregada num jipe, com os olhos vendados, forçadas a sentar-se no chão do veículo e muitas vezes atingida por socos e pontapés enquanto fica amarrada.
A viagem para o local do interrogatório pode durar uma hora ou até um dia inteiro e, geralmente, inclui paradas em bases militares onde o jovem prisioneiro pode ficar ao longo de horas, às vezes um dia inteiro, sem comer ou beber e sem acesso ao banheiro. Durante estas paragens, muitas crianças são levadas perante o pessoal médico que aborda algumas questões sobre a saúde do preso. No entanto, mesmo no caso em que sejam óbvios os sinais de abuso, é muito raro que possam receber atenção médica adequada. Por fim, as crianças são levadas para o local do interrogatório.
O interrogatório
Os
lugares mais comuns para o interrogatório das crianças são as
delegações da polícia da Cisjordânia, Gush Etzion, Ari'el, a prisão de
Ofer e o Centro de Huwwara.
Nenhuma criança é acompanhada por um advogado ou um membro da família durante o interrogatório, não obstante o artigo 37 (d) da Convenção sobre os Direitos da Criança estabeleça que:
Nenhuma criança é acompanhada por um advogado ou um membro da família durante o interrogatório, não obstante o artigo 37 (d) da Convenção sobre os Direitos da Criança estabeleça que:
Qualquer
criança privada da sua liberdade tem direito a um pronto acesso à
assistência jurídica ou a qualquer assistência apropriada.
As
crianças presas raramente são informadas dos direitos, incluindo o
direito de não auto-incriminar-se. Não há nenhuma supervisão
independente do interrogatório, que muitas vezes atinge a intimidação,
as ameaças e a violência física, com a clara intenção de forçar o menino
a confessar.
Os detidos durante o interrogatório muitas vezes são ligados a cadeira em que estão sentados. Esta posição pode ser mantida por longos períodos de tempo, o que resulta em dor nas mãos, nas costas e nas pernas. Algumas crianças são ameaçadas de morte, violência física, isolamento e abuso sexual: contra ele ou contra membros da sua família. No final do interrogatório, a maioria dos presos admite as culpas das quais é acusado (geralmente "ter atirado pedras") e assina a confissão em hebraico, na maioria dos casos sem a menor ideia do que estiver escrito no papel.
O relatório da Unicef afirma que algumas crianças foram colocadas numa cela solitária por um período entre dois dias e um mês antes do julgamento e da condenação. Nessas celas, de acordo com o documento, são tratados de forma "cruel" e "desumana". O impacto negativo da prática do isolamento no estado de saúde psicológico de uma criança convenceu o Comitê sobre os Direitos da Criança a impor a rigorosa proibição de tal prática.
Os detidos durante o interrogatório muitas vezes são ligados a cadeira em que estão sentados. Esta posição pode ser mantida por longos períodos de tempo, o que resulta em dor nas mãos, nas costas e nas pernas. Algumas crianças são ameaçadas de morte, violência física, isolamento e abuso sexual: contra ele ou contra membros da sua família. No final do interrogatório, a maioria dos presos admite as culpas das quais é acusado (geralmente "ter atirado pedras") e assina a confissão em hebraico, na maioria dos casos sem a menor ideia do que estiver escrito no papel.
O relatório da Unicef afirma que algumas crianças foram colocadas numa cela solitária por um período entre dois dias e um mês antes do julgamento e da condenação. Nessas celas, de acordo com o documento, são tratados de forma "cruel" e "desumana". O impacto negativo da prática do isolamento no estado de saúde psicológico de uma criança convenceu o Comitê sobre os Direitos da Criança a impor a rigorosa proibição de tal prática.
A audiência e o julgamento
Depois
do interrogatório, o pequeno preso é geralmente levado perante um
tribunal militar. Entra no tribunal com algemas, correntes e veste a
uniforme da prisão. O jovem encontra pela primeira vez o seu advogado no
tribunal e a detenção provisória pode ser prolongada, ao contrário do
que é prescrito pelas normas internacionais, até um período de 188 dias.
Também em violação da Convenção sobre os Direitos da Criança, não há
nenhuma possibilidade de libertação sob fiança.
Nem todos os advogados têm fácil acesso à documentação militar necessária e a legislação penal de israel nem sempre está disponível em árabe, como seria exigido pelo direito internacional. Por esta razão, os advogados da defesa palestinianos estão em clara desvantagem em comparação com o advogado da acusação (que é de israel), com o risco de comprometer a capacidade da criança acusada de receber um julgamento justo.
Finalmente, é altura da punição, geralmente muito grave. Duas das prisões onde a maioria das crianças palestinianas são fechadas, em violação da Convenção de Genebra, situa-me em israel, o País ocupante. Em termos práticos, isto torna muito difícil, e em alguns casos impossível, que a família possa visitar a criança devido às regulamentações que proíbem aos Palestinianos da Cisjordânia de viajar no interior de israel, isto sem contar o tempo necessário para obter a eventual permissão. De acordo com o artigo 37 (c) da Convenção sobre os Direitos da Criança, a criança "tem o direito de manter contactos com a sua família através de correspondência e visitas, salvo que em circunstâncias excepcionais".
A prisão das crianças tem óbvios efeitos deletérios no longo prazo. Afastada da família às vezes ao longo de meses, a detenção provoca um stress emocional profundo, além de violar o direito à educação dos jovens.
As crianças palestinianas acusadas de crimes seguem um percurso processual muito diferente das crianças israelitas: enquanto os primeiros são julgados em tribunais militares, ao abrigo da lei de ocupação militar, as crianças israelitas estão protegidas pelo direito penal e civil israelitas que, naturalmente, concede maiores garantias.
Nem todos os advogados têm fácil acesso à documentação militar necessária e a legislação penal de israel nem sempre está disponível em árabe, como seria exigido pelo direito internacional. Por esta razão, os advogados da defesa palestinianos estão em clara desvantagem em comparação com o advogado da acusação (que é de israel), com o risco de comprometer a capacidade da criança acusada de receber um julgamento justo.
Finalmente, é altura da punição, geralmente muito grave. Duas das prisões onde a maioria das crianças palestinianas são fechadas, em violação da Convenção de Genebra, situa-me em israel, o País ocupante. Em termos práticos, isto torna muito difícil, e em alguns casos impossível, que a família possa visitar a criança devido às regulamentações que proíbem aos Palestinianos da Cisjordânia de viajar no interior de israel, isto sem contar o tempo necessário para obter a eventual permissão. De acordo com o artigo 37 (c) da Convenção sobre os Direitos da Criança, a criança "tem o direito de manter contactos com a sua família através de correspondência e visitas, salvo que em circunstâncias excepcionais".
A prisão das crianças tem óbvios efeitos deletérios no longo prazo. Afastada da família às vezes ao longo de meses, a detenção provoca um stress emocional profundo, além de violar o direito à educação dos jovens.
As crianças palestinianas acusadas de crimes seguem um percurso processual muito diferente das crianças israelitas: enquanto os primeiros são julgados em tribunais militares, ao abrigo da lei de ocupação militar, as crianças israelitas estão protegidas pelo direito penal e civil israelitas que, naturalmente, concede maiores garantias.
Conclusão
Esta
não é a primeira vez que as organizações internacionais denunciam
maus-tratos de crianças palestinianas detidas pelo exército israelita.
Preocupações foram levantadas em Julho de 2012 pela Comissão Especial
das Nações Unidas sobre as práticas israelitas nos territórios ocupados.
Pode-se ler num comunicado de imprensa do Presidente da Comissão, o
embaixador Palitha Kohona:
De acordo com as provas reunidas, israel pratica o isolamento em 12% das crianças palestinianas detidas.
A Comissão Especial também alertou para um modelo de detenção e de maus-tratos de maior alcance:
Testemunhas
relataram à Comissão de que os maus-tratos das crianças palestinianas
começam a partir do momento da detenção. Um grande número são
normalmente presos. As casas das crianças são cercadas por soldados
israelitas durante a noite, "bombas de som" são detonadas nas
habitações, as portas são arrombadas, tiros são disparados, nenhuma
ordem judicial é mostrada aos moradores. As crianças são presas, de
olhos vendados, e forçadas a entrar nos veículos militares.
É quanto descrito pelo documento da Unicef.
Um relatório de Defence for Children International (DCI) de Abril de 2012, com o título "Amarrado, vendado e preso", analisou 311 depoimentos recolhidos entre 2008 e 2012: 75% dos prisioneiros palestinianos entre os 12 e os 17 anos foram espancados durante os interrogatórios, a detenção ou a prisão preventiva.
As provas apresentadas pela DCI mostram que as crianças chegam aos centros de interrogatórios israelitas vendadas, amarradas e privadas do sono. Ao contrário dos seus homólogos israelitas, as crianças palestinianas não têm o direito de ser acompanhadas pelos pais durante o interrogatório e raramente são informadas dos seus direitos, especialmente o direito de não auto-acusar-se.
As técnicas de interrogatório são muitas vezes mentalmente e fisicamente coercitivas, incluindo uma mistura de intimidação, ameaças e violência física, com o claro intuito de obter uma confissão.
Como recomendado por um editorial do Lancet:
Um relatório de Defence for Children International (DCI) de Abril de 2012, com o título "Amarrado, vendado e preso", analisou 311 depoimentos recolhidos entre 2008 e 2012: 75% dos prisioneiros palestinianos entre os 12 e os 17 anos foram espancados durante os interrogatórios, a detenção ou a prisão preventiva.
As provas apresentadas pela DCI mostram que as crianças chegam aos centros de interrogatórios israelitas vendadas, amarradas e privadas do sono. Ao contrário dos seus homólogos israelitas, as crianças palestinianas não têm o direito de ser acompanhadas pelos pais durante o interrogatório e raramente são informadas dos seus direitos, especialmente o direito de não auto-acusar-se.
As técnicas de interrogatório são muitas vezes mentalmente e fisicamente coercitivas, incluindo uma mistura de intimidação, ameaças e violência física, com o claro intuito de obter uma confissão.
Como recomendado por um editorial do Lancet:
As
autoridades militares israelitas devem imediatamente adoptar e aplicar
as recomendações da Unicef [...]. As crianças palestinianas prisioneiras
devem ser tratadas de acordo com a lei e as normas internacionais, com
proibição absoluta de tortura e de todas as formas de maus-tratos, sem
excepção.
Afirma o jornalista israelita Gydeon Levy:
Tudo
isto acontece num País onde as crianças são consideradas uma fonte de
alegria, em que a preocupação com o bem-estar delas é uma prioridade.
Tudo isto acontece no nosso País, a menos de uma hora de distância dos
quartos dos nosso filhos.
Verdade: mas as crianças palestinianas não fazem parte do "povo escolhido".
Azar delas.
Azar delas.
Ipse dixit.
Fontes: The Guardiam: The Palestinian children - alone and bewildered - in Israel's Al Jalame jail. Special report: Israel's military justice system is accused of mistreating Palestinian children arrested for throwing stones, UNICEF: Children in Israeli Military Detention: Observations and Recommendations (ficheiro Pdf, inglês), DCI-Palestine: Report. Defence for Children International, Bound, Blindfolded and Convicted: Children held in military detention (ficheiro Pdf, inglês), The Lancet: Protecting the rights of Palestinian children detained in Israel, United Nation News Center: Israel urged to treat Palestinian child detainees in accordance with rights law, Haaretz: Gideon Levy - UNICEF isn't anti-Semitic
, Universitá do Bologna: Salute Internazionale.Info
*GilsonSampaio
A moral comunista, uma moral nova e superior
Por Álvaro Cunhal
Ser
comunista não consiste apenas em ter um objetivo político e lutar
pela sua realização. Ser comunista não é apenas uma forma de agir
politicamente. É uma forma de pensar, de sentir e de viver. E isto
significa que os comunistas, não só têm objetivos políticos e
sociais, não só têm uma ideologia e um ideal de transformação da
sociedade, como têm também uma moral própria, diferente da moral
da burguesia e superior a ela.
A
moral comunista assenta numa base objetiva que determina a sua
natureza de classe.
De
fato, a base material da moral comunista são as condições de
trabalho e de vida do proletariado, a sua luta contra o capital, e,
depois da revolução socialista vitoriosa, a sociedade libertada da
exploração do homem pelo homem. A moral comunista integra
princípios herdados do patrimônio ético do passado. Mas o que a
caracteriza e diferencia são os princípios que resultam da
natureza, dos objetivos e da missão histórica do proletariado. A
coesão, a solidariedade, a ajuda recíproca, a abnegação, a
generosidade, a combatividade, a determinação, a capacidade de
sacrifício, a disciplina, a confiança em si próprio e no futuro,
são elementos éticos que resultam das próprias condições de
trabalho e de vida da classe operária, dos seus objetivos e da sua
luta.
A moral proletária e comunista desenvolveu-se e continua a
desenvolver-se com o avanço da luta de classes e a evolução
social. Espontânea e instintiva — antes da criação do socialismo
científico. Formulada, sistematizada, expurgada de elementos
estranhos e contrários — pelo marxismo. Encarnada,
institucionalizada em princípios de conduta e transformada num
instrumento de influência na classe e nas massas — pelos partidos
comunistas. Enriquecida com a nova realidade e como uma das bases da
criação do homem novo — pela construção do socialismo. Ao longo
de todas estas fases, a moral comunista conservou sempre a sua raiz e
a sua natureza de classe — classe à qual cabe o papel determinante
da transformação social na época histórica em que vivemos.
A
moral comunista sofre o influxo criativo e formativo do ideal
político e da prática revolucionária.
A
missão histórica do proletariado, a luta contra a exploração e a
opressão, contra o parasitismo e as injustiças sociais, pela
igualdade dos seres humanos independentemente do sexo, da
nacionalidade e da raça, as vitórias e realizações na construção
do socialismo, as exigências e sacrifícios que aos militantes
coloca a prática revolucionária, exercem poderosa influência na
formação dos conceitos morais, acentuando os traços de
generosidade, de dedicação, de isenção, de respeito pelos outros,
de respeito pela verdade, de coragem, de sacrifício, de heroísmo.
Enquanto o capitalismo, o imperialismo, o chauvinismo, o
colonialismo, o neocolonialismo, o racismo, se traduzem no plano
moral por conceitos e sentimentos de egoísmo, rapacidade, domínio
ilegítimo, desprezo pelos outros seres — a causa operária inspira
conceitos e sentimentos de generosidade, de fraternidade, de
solidariedade, de amor pelo ser humano. O ideal político comunista é
inspirador de uma moral superior. A prática revolucionária dos
comunistas é uma escola de elevada educação moral e de formação
do carácter.
* Álvaro Cunhal foi um político, escritor e teórico socialista de Portugal, que dedicou sua vida ao ideal comunista
Texto extraído da obra O Partido com paredes de vidro
*centro do socialismo
União Socialista: China aumenta presença militar na fronteira com a Coreia do Norte
China aumenta presença militar na fronteira com a Coreia do Norte
Informes revelam que o Exército Popular da Libertação enviou tropas, blindados e aviões de combate para a região
Do site Terra - PIG
A China reforçou a presença de militares na província de Jilin, que faz
fronteira com a Coreia do Norte, com o envio de soldados, veículos
blindados e aviões de combate, segundo divulgou nesta segunda-feira a
agência de notícias russa RT. A Marinha chinesa também realizou um treinamento no mar Amarelo, que banha o leste da China e o oeste das Coreias.
De acordo com a agência, a mobilização militar começou ainda no dia 19
de março e só foi revelada nesta segunda-feira por informes da
inteligência. Essas informações também dão conta que o exército chinês
está em nível 1 de alerta, o grau mais alto de preparação para combate.
Fontes da RT revelam
um grande número de soldados nas ruas da cidade de Ji’na, assim como
movimento de veículos blindados na zona do rio Yalu, que separa a China
da Coreia do Norte. Soldados e veículos blindados também estão perto de
Baishan. Aviões chineses, supostamente caças, foram vistos em vários
locais da zona de fronteira com a Coreia do Norte, nas províncias de
Jilin, Hebei e Liaoning.
Pequim e Pyongyang têm um pacto militar que a China apoiaria Coreia em caso de agressão. As fontes da RT dizem
que a movimentação militar detectada nas últimas semanas seriam
precauções de Pequim para um eventual conflito armado entre as duas
Coreias e os Estados Unidos.
ARNALDO JABOR - UM PERFEITO VIRA-LATAS
Fazia tempo que não lia nada escrito por Arnaldo Jabor.
Hoje, o título de seu texto me fez vencer a resistência que desenvolvi pelo doentio e hipócrita, saudosismo e pessimismo do ícone do pensamento reacionário e elitizado no Brasil.
"Por que nada acontece no país ?" - Eis o título.
Nada acontece (de bom no Brasil) ? - Então, o pleno emprego e crescimento do valor médio pago ao trabalhador não é uma coisa boa ?
A tão sonhada...deixa pra lá, deixa pra lá. O pior cego é o que não quer ver, e esse é o caso do Jabor.
Ele sofre do doentio COMPLEXO DE VIRA-LATA, aquele em que só se valoriza o "estrangeiro" e se está tomado por uma necessidade compulsiva de diminuir e desmerecer tudo o que o Brasil e os brasileiros fazem de bom e conquistam.
COITADO LEIA + AQUI SOBRE O VIRA-LATAS JABOR
PREGANDO GOLPE DE ESTADO
UMA BANANA PARA JABOR
COITADO DO JABOR
Postado por 007BONDeblog
*cutucandodeleve
FORA MARIN ! FILHO DE HERZOG VAI À SEDE DA CBF E GRITA - FORA MARIN !
Jose Maria Marin presidindo a CBF só pode ser coisa de 1o. de ABRIL |
O documento, assinado por 54 mil pessoas, pede a saída do presidente da entidade, José Maria Marin, acusado de envolvimento na morte de Herzog durante a ditadura.
O documento foi entregue no dia que o Golpe de 1964 completa 49 anos.
A ditadura militar no Brasil se prolongou até 1985, e Marin era deputado estadual por São Paulo na época em que Herzog foi preso.
O presidente da CBF chegou a ocupar o cargo de governador de São Paulo entre 1982 e 1983. Mas não estava na sede da entidade, na Barra da Tijuca, para receber a petição.
Romário gostaria que o presidente da CBF se manifestasse e Ivo mostrou intenção até de conversar com Marin.
"Gostaria de estar aqui me candidatando a voluntário da Copa das Confederações ou da Copa do Mundo e não vir aqui para ser recebido por ninguém. Estou disposto a conversar com ele.
Tenho cinco perguntas que vão ajudar a saber qual o papel de Marin naquele tempo.
Pelas informações que a gente tem, foi o pior dos papéis", disse Herzog, que não quis dizer quais são as perguntas porque Marin poderia respondê-las pela imprensa.
"A gente espera, no mínimo, uma manifestação do Marin. Esta petição, assim como dois discursos proferidos pelo Marin elogiando os métodos da ditadura, foram enviados para os presidentes dos principais clubes de futebol do país, assim como para as federações estaduais. É importante que haja uma decisão de quem tem poder de voto para definir o presidente da CBF. Se eles forem contra isso, estão demonstrando que são contra o futebol que o Brasil merece", afirmou Romário.
JB / PORTAL TERRA - LEIA +
Postado por 007BONDeblog
*cutucandodeleve
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