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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 05, 2013

A melhor educação do mundo é 100% estatal, gratuita e universal


O documentário abaixo deveria ser assistido e discutido por todos os educadores, todas as escolas, todas as pessoas interessadas na educação no Brasil

A Finlândia tem a melhor educação do mundo. Lá todas as crianças tem direito ao mesmo ensino, seja o filho do empresário ou o filho do garçom. Todas as escolas são públicas-estatais, eficientes, profissionalizadas. Todos os professores são servidores públicos, ganham bem e são estimulados e reconhecidos. Nas escolas há serviços de saúde e alimentação, tudo gratuito.
Na Finlândia a internet é um direito de todos.
A Finlândia se destaca em tecnologia mais do que os Estados Unidos da América.
Sim, na Finlândia se paga bastante impostos: 50% do PIB.
O país dá um banho nos Estados Unidos da América em matéria de educação e de não corrupção.
Na Finlândia se incentiva a colaboração, e não a competição.
Mas os neoliberais-gerenciais, privatistas, continuam a citar os EUA como modelo.
Difícil o Brasil chegar perto do modelo finlandês? Quase impossível. Mas qual modelo devemos perseguir? Com certeza não pode ser o da privatização.
Veja o seguinte documentário, imperdível, elaborado por estadunidenses. Em inglês, com legendas em espanhol:


Leia abaixo matéria originalmente publicada no Diário do Centro do Mundo que trata da excelência do sistema de educação da Finlândia, reverenciado em todo o mundo.

Por que o sistema de educação da Finlândia é tão reverenciado

Acaba de sair um levantamento sobre educação no mundo feito pela editora britânica que publica a revista Economist, a Pearson.
É um comparativo no qual foram incluídos países com dados confiáveis suficientes para que se pudesse fazer o estudo.
Você pode adivinhar em que lugar o Brasil ficou. Seria rebaixado, caso fosse um campeonato de futebol. Disputou a última colocação com o México e a Indonésia.
Surpresa? Dificilmente.
Assim como não existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno.
Foi a Finlândia a vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são compreensão e redação, matemática e ciências.
Leia também
A mídia internacional tem coberto o assim chamado “fenômeno finlandês” com encanto e empenho. Educadores de todas as partes têm ido para lá para aprender o segredo.
Se alguém leu alguma reportagem na imprensa brasileira, ou soube de alguma autoridade da educação que tenha ido à Finlândia, favor notificar. Nada vi, e também aí não tenho o direito de me surpreender.
melhor educação do mundo
Finlândia: a melhor educação do mundo é 100% estatal, gratuita e universal (Imagem: Reprodução / Documentário)
Algumas coisas básicas no sistema finlandês:
1) Todas as crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro.
2) Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida.
3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados.
4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço.
5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.
6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. (Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que fala.)
Isto é uma amostra, apenas.
Claro que, para fazer isso, são necessários recursos. A carga tributária na Finlândia é de cerca de 50% do PIB. (No México, é 20%. No Brasil, 35%.)
Já escrevi várias vezes: os escandinavos formaram um consenso segundo o qual pagar impostos é o preço – módico – para ter uma sociedade harmoniosa.
Não é à toa que, também nas listas internacionais de satisfação, os escandinavos apareçam sistematicamente como as pessoas mais felizes do mundo.
Para ver de perto o jeito finlandês de educar crianças, basta ver um fascinante documentário de 2011 feito por americanos (vídeo publicado acima).
Comecei a ver, e não consegui parar, como se estivesse assistindo a um suspense.
Todos os educadores, todas as escolas, todas as pessoas interessadas na educação, no Brasil, deveriam ver e discutir o documentário.
com BlogdoTarso
*pragmatismopolitico
TÁ EXPLICADO?OU precisa de mais?...
PARA A SOCIEDADE AVANÇAR, OS PRIVILÉGIOS DA MÍDIA TÊM QUE ACABAR
Por Paulo Nogueira

O dinheiro do contribuinte tem que ser mais bem empregado.

Li “A Renúncia de Jânio”, do jornalista Carlos Castelo Branco, o último grande colunista político brasileiro.

O que me levou a esse velho livro de foram as recentes evocações do infame golpe militar de 1964 por conta de seus 49 anos.

O golpe, de alguma forma, começa em Jânio, o demagogo que renunciou à presidência em 1961 quando estava fazia apenas sete meses no cargo, por motivos jamais explicados.

Mas o que mais me chamou a atenção no livro é um episódio que mostra bem o regime de privilégios fiscais desfrutados há muito tempo pelas empresas jornalísticas brasileiras.

Castelinho, que foi assessor de imprensa de Jânio, conta que uma vez estava preparando uma sala para um pronunciamento que ele, Jânio, faria naquela noite em rede nacional de televisão.

No lugar escolhido, a biblioteca do Palácio do Alvorada, Castelinho viu sobre a mesma um exemplo do Estadão de domingo. Em cima, estava um bilhete do presidente: “Não toquem neste jornal. Preciso dele”.

“Só soube do que se tratava quando Jânio o ergueu na mão para exibi-lo audaciosamente ao país [na fala em rede] como fruto de privilégios, o esbanjamento de papel comprado com subvenção oficial, pago, portanto, pelo povo”, escreveu Castelinho.

É o chamado “papel imune”. Os contribuintes subvencionam há décadas o papel usado para imprimir jornais e revistas.

Jânio apontou o mal, mas não foi capaz de resolvê-lo. Os mesmos empresários que tanto falam num Estado mínimo não se embaraçam em, nas sombras, mamar nele em coisas como o papel imune, e em muitas outras.

Dinheiro público foi sempre usado também para financiar – em condições de mãe para filho – empreendimentos que deveriam ser bancados por nossos intrépidos, aspas, capitalistas da mídia.

Nos anos 90, Roberto Marinho comemorou ao lado de FHC a inauguração de uma supergráfica projetada para quando o jornal chegasse – hahaha – à marca de 1 milhão de exemplares.

FHC não estava na foto porque Roberto Marinho queria promovê-lo. É que o governo tinha concedido um empréstimo especial às Organizações Globo para fazer a gráfica que hoje parece uma piada.

Por que o empréstimo? Ora, a Globo era então já uma potência. Tinha mais de metade do faturamento da publicidade nacional, graças à tevê e a expedientes amorais como o chamado BV.

A empresa poderia, perfeitamente, bancar o passo (torto) que decidira dar com a nova gráfica. Mas não. O Estado babá estava ali, à disposição, na figura sorridente de FHC.

Essencialmente, o resultado é que a fortuna da família Marinho foi poupada do risco de um investimento que poderia fracassar, como aconteceu.

Coisa parecida aconteceu com as outras grandes empresas em suas incursões para fazer novos parques gráficos: dinheiro farto, quase dado.

Fora o papel imune, naturalmente.

E fora, mais recentemente, artifícios como a criação de PJs para reduzir os impostos pagos.

Note. As companhias jornalísticas não querem pagar impostos, mas depois esperam que o Estado – com dinheiro alheio, do “Zé do Povo”, como dizia o patriarca Irineu Marinho – esteja com os cofres cheios para bancar seus investimentos.

Para completar a tragicomédia, as empresas promovem campanhas sistemáticas de engambelação coletiva destinadas a provar, aspas, que os impostos são elevados no Brasil.

Não são. A carga tributária brasileira, na casa de 35%, é bem menor que a de países modelos, como a Escandinávia.

A diferença é que, neles, as corporações pagam o que devem. Vá, na Dinamarca ou na Noruega, inventar PJs e você é chutado da esfera corporativa e submetido a desprezo nacional.

Para que o Brasil avance socialmente, as mamatas das empresas de mídia – fiscais e não só fiscais — têm que acabar.

Não é fácil, como vemos ao constatar o que deu do brado janista de meio século atrás. Sucessivos governos têm vergado ao poder de intimidação da mídia. (Para a qual vigora ainda uma inacreditável reserva de mercado, aliás.)

Mas nada é fácil.

O poder de manipulação da mídia se reduziu, graças à internet.

Se há uma hora para fazer o que deve ser feito, é esta.

O dinheiro que custam as mordomias bilionárias da mídia devem servir à sociedade: que se construam escolas, hospitais e estradas com ele, em vez de vê-lo dar acesso à lista de superricos da Forbes.

Dilma tem que se mexer, em nome do Brasil.
PARA A SOCIEDADE AVANÇAR, OS PRIVILÉGIOS DA MÍDIA TÊM QUE ACABAR
Por Paulo Nogueira

O dinheiro do contribuinte tem que ser mais bem empregado.

Li “A Renúncia de Jânio”, do jornalista Carlos Castelo Branco, o último grande colunista político brasileiro.

O que me levou a esse velho livro de foram as recentes evocações do infame golpe militar de 1964 por conta de seus 49 anos.

O golpe, de alguma forma, começa em Jânio, o demagogo que renunciou à presidência em 1961 quando estava fazia apenas sete meses no cargo, por motivos jamais explicados.

Mas o que mais me chamou a atenção no livro é um episódio que mostra bem o regime de privilégios fiscais desfrutados há muito tempo pelas empresas jornalísticas brasileiras.

Castelinho, que foi assessor de imprensa de Jânio, conta que uma vez estava preparando uma sala para um pronunciamento que ele, Jânio, faria naquela noite em rede nacional de televisão.

No lugar escolhido, a biblioteca do Palácio do Alvorada, Castelinho viu sobre a mesma um exemplo do Estadão de domingo. Em cima, estava um bilhete do presidente: “Não toquem neste jornal. Preciso dele”.

“Só soube do que se tratava quando Jânio o ergueu na mão para exibi-lo audaciosamente ao país [na fala em rede] como fruto de privilégios, o esbanjamento de papel comprado com subvenção oficial, pago, portanto, pelo povo”, escreveu Castelinho.

É o chamado “papel imune”. Os contribuintes subvencionam há décadas o papel usado para imprimir jornais e revistas.

Jânio apontou o mal, mas não foi capaz de resolvê-lo. Os mesmos empresários que tanto falam num Estado mínimo não se embaraçam em, nas sombras, mamar nele em coisas como o papel imune, e em muitas outras.

Dinheiro público foi sempre usado também para financiar – em condições de mãe para filho – empreendimentos que deveriam ser bancados por nossos intrépidos, aspas, capitalistas da mídia.

Nos anos 90, Roberto Marinho comemorou ao lado de FHC a inauguração de uma supergráfica projetada para quando o jornal chegasse – hahaha – à marca de 1 milhão de exemplares.

FHC não estava na foto porque Roberto Marinho queria promovê-lo. É que o governo tinha concedido um empréstimo especial às Organizações Globo para fazer a gráfica que hoje parece uma piada.

Por que o empréstimo? Ora, a Globo era então já uma potência. Tinha mais de metade do faturamento da publicidade nacional, graças à tevê e a expedientes amorais como o chamado BV.

A empresa poderia, perfeitamente, bancar o passo (torto) que decidira dar com a nova gráfica. Mas não. O Estado babá estava ali, à disposição, na figura sorridente de FHC.

Essencialmente, o resultado é que a fortuna da família Marinho foi poupada do risco de um investimento que poderia fracassar, como aconteceu.

Coisa parecida aconteceu com as outras grandes empresas em suas incursões para fazer novos parques gráficos: dinheiro farto, quase dado.

Fora o papel imune, naturalmente.

E fora, mais recentemente, artifícios como a criação de PJs para reduzir os impostos pagos.

Note. As companhias jornalísticas não querem pagar impostos, mas depois esperam que o Estado – com dinheiro alheio, do “Zé do Povo”, como dizia o patriarca Irineu Marinho – esteja com os cofres cheios para bancar seus investimentos.

Para completar a tragicomédia, as empresas promovem campanhas sistemáticas de engambelação coletiva destinadas a provar, aspas, que os impostos são elevados no Brasil.

Não são. A carga tributária brasileira, na casa de 35%, é bem menor que a de países modelos, como a Escandinávia.

A diferença é que, neles, as corporações pagam o que devem. Vá, na Dinamarca ou na Noruega, inventar PJs e você é chutado da esfera corporativa e submetido a desprezo nacional.

Para que o Brasil avance socialmente, as mamatas das empresas de mídia – fiscais e não só fiscais — têm que acabar.

Não é fácil, como vemos ao constatar o que deu do brado janista de meio século atrás. Sucessivos governos têm vergado ao poder de intimidação da mídia. (Para a qual vigora ainda uma inacreditável reserva de mercado, aliás.)

Mas nada é fácil.

O poder de manipulação da mídia se reduziu, graças à internet.

Se há uma hora para fazer o que deve ser feito, é esta.

O dinheiro que custam as mordomias bilionárias da mídia devem servir à sociedade: que se construam escolas, hospitais e estradas com ele, em vez de vê-lo dar acesso à lista de superricos da Forbes.

Dilma tem que se mexer, em nome do Brasil.

*RafaelPatto

Serra/Kassab: 8 anos de desprezo por São Paulo

Carta Maior/ Saul Leblon
Que nome dar a isso?
Que nome dar a isso?
Oito anos de consórcio Serra/Kassab na cidade de São Paulo e, só agora, com a administração Haddad, vem à luz o resultado dramático de um abandono apenas intuído. 
Ele não explica sozinho a deriva em que se encontram os serviços e espaços públicos da cidade. Obra meticulosa e secular de elites predadoras. 
Mas ajuda a entender por que motivo a Prefeitura se consolidou aos olhos da população como uma ferramenta irrelevante, incapaz de se contrapor à tragédia estrutural e ao desastre cotidiano. 
O artigo do secretário de educação, Cesar Callegari, publicado na Folha, nesta 5ª feira, faz o balanço das causas profundas desse estado de espírito na área da educação. 
É arrasador. 
Acerta a administração Haddad se fizer disso um compromisso: expor em assembleias da cidadania, organizadas pelas administrações regionais, a radiografia objetiva do que significou, em cada serviço, e em cada bairro, a aplicação da ‘excelência administrativa’ daqueles que, de forma recorrente, avocam-se a missão de submeter o país a um ‘choque de gestão’.
Somente a compreensão de suas causas pode desfazer a tragédia que se completa com o descrédito da população em relação ao seu próprio peso na ordenação pública da cidade. 
A missão mais difícil do prefeito Fernando Haddad é sacudir esse olhar entorpecido de uma cidadania há muito alijada das decisões referentes ao seu destino e ao destino do seu lugar.
Expor o custo desse alijamento, meticulosamente construído, é um primeiro passo.
É o que o secretário Callegari faz ao mostrar que:
a)São Paulo ocupa o 35º lugar entre os 39 municípios da região metropolitana em qualidade da educação, medida pelo Ideb; 
b) 28% das crianças paulistanas concluem o 1º ciclo do ensino fundamental, aos 10 ou 11 anos de idade, sem estar alfabetizados; 
c) em 2012, a rede municipal contabilizou 903 mil faltas de professores desmotivados e doentes; 
d) há 97 mil crianças na fila, sem creche ;
e) a construção de 88 escolas foi contratada ‘criativamente’, sem terrenos; 
f) 50 mil alunos ficaram sem livros didáticos este ano, porque não foram solicitados ao MEC, ‘por um lapso’ da administração anterior.
Engana-se, porém, quem atribuir esse saldo à força de uma inépcia especializada na área educacional. 
Troque-se a escola pela a saúde.
Reafirma-se o mesmo padrão. 
A seguir, alguns números pinçados também de uma reportagem da Folha, desta 5ª feira, que, por misterioso critério da Secretaria de Redação, deixou de figurar na manchete da 1ª página:
a) a Prefeitura de SP pagou, em 2012, R$ 2,1 bilhões a entidades privadas de saúde, ‘sem fins lucrativos’ — fórmula de terceirização de serviços públicos elogiadíssima por Serra na disputa eleitoral contra Haddad; 
b) 530.151 consultas deveriam ter sido realizadas por esse valor; mas apenas 347.454 foram de fato executadas;
c) não foi um ponto fora da curva: em 2011, as mesmas entidades deixariam de realizar 41% dos atendimentos previstos. Repita-se 41% do atendimento terceirizado não foi feito;
d) apesar disso, receberam integralmente os repasses estipulados nos dois anos. Sem ônus, sem fiscalização, sem inquérito, sem arguição pelo descalabro.
Qual é o nome disso?
O nome disso é desprezo pela sorte da população. 
O nome disso é uma esférica certeza na impunidade ancorada no torpor das vítimas, desprovidas dos meios democráticos para reagir. 
Mas também é o reflexo de um conluio inoxidável com a mídia de São Paulo, que, agora denuncia, mas nunca lhes sonegou o acobertamento na hora decisiva da urna.
*educaçãopolitica

quinta-feira, abril 04, 2013

Feliciano vs Village People

Lula fala no evento "Novos Desafios da Sociedade"


Charge foto e frase do dia









































Por um prazer sem couraças


130404-Picasso2B
Tensões acumuladas na pelve reduzem ato sexual a algo como um alívio. Há caminhos para superar este empobrecimento de emoções
Kátia Marko, editora da coluna Outro Viver | Imagem: Pablo Picasso, Dora e o Minotauro (1936)
“Seu ato sexual e o sexo tântrico são profundamente diferentes. Seu ato sexual é para se aliviar, é como um bom espirro. A energia é jogada fora e você fica aliviado. Isso é destrutivo, não é criativo. É bom, terapêutico: ajuda você a relaxar, nada mais.” Quando eu li esta afirmação do mestre indiano Osho pela primeira vez, veio aquela resistência inicial. Mas com o passar do tempo, na busca por mais consciência da minha sexualidade, pude comprovar que desfrutamos o mínimo do nosso potencial sexual.
Pesquisas amplamente divulgadas apontam que a média da duração de uma relação sexual é de 23 minutos. No Brasil, a média é de 21 minutos, sendo que 15 minutos são de preliminares. Isto demonstra que a maioria dos homens não consegue manter a penetração sem ejacular por mais de 10 minutos. Podemos dizer então que a ejaculação precoce é mais comum do que pensamos. O tipo mais admitido é quando o homem ejacula antes do ato sexual ou logo no início. Mas será que ejacular em 10, 15 ou 20 minutos também é uma forma de ejaculação precoce? Para compreender isso devemos entender o sistema energético do ser humano.
A excitação sexual ativa uma poderosa energia. Muda a temperatura do corpo, a respiração acelera. Parece que o corpo vai explodir. As preliminares ativam ainda mais esta energia, e quanto mais ela aumenta, mais ela nos leva para espaços de prazer, amor, vida, de uma profunda revitalização. O que acontece é que as tensões corporais, principalmente da região pélvica, bloqueiam o sistema energético e, desta maneira, ficamos com pouca capacidade de suportar o alto nível de energia. Ejaculando, há uma baixa de energia, gerando uma frustração.
Já quando conseguimos passar dos 40, 45 minutos, uma hora, a energia fica mais tempo circulando em nosso sistema, revigorando, relaxando, tornando-o mais vital, propiciando mais prazer. O terapeuta bioenergético Prem Milan, idealizador da Comunidade Osho Rachana, explica que o orgasmo é aquele momento antes da ejaculação. “É o momento em que tua cabeça se perde. São pequenos segundos que podem e devem ser ampliados porque eles vão te levar para um nível de prazer muito maior. Mas a energia é tão forte que simplesmente teu corpo não aguenta mais. Aí vem a ejaculação, como se fosse uma descarga. O teu corpo não consegue mais suportar tanta energia e tanto prazer. Ejacular alivia. Só que é apenas um alívio. É a parte mais pobre do prazer.”
Segundo Milan, algumas pessoas desenvolvem uma ansiedade aguda em situações de prazer e outras chegam a sentir dor quando a excitação do prazer se torna muito intensa. “Medo do prazer é medo da dor, não apenas da dor física que o prazer causa no corpo rígido e contraído, mas também da dor psicológica da perda, da frustração e da humilhação”.
Há um outro tipo de orgasmo. Nele, sem ejacular, você não chega ao pico da excitação, mas no vale mais profundo do relaxamento. “A excitação é apenas o começo. E uma vez que o homem tenha penetrado, ambos, amante e amado, podem relaxar. Nenhum movimento é necessário. Eles podem relaxar num abraço amável. Quando o homem sentir ou a mulher sentir que a ereção vai ser perdida, então é necessário um pequeno movimento para voltar a excitação. E depois, um novo relaxamento. Este abraço intenso pode durar horas, sem ejaculação, e depois ambos podem adormecer juntos. Este é o orgasmo do vale. Ambos se encontram como dois seres relaxados. Após o ato sexual tântrico, e mesmo por dias, você se sentirá relaxado – você se sentirá tranqüilo, à vontade, não violento, sem raiva, não deprimido”, descreve Osho.
É claro que essa experiência não se alcança de uma hora para hora e é preciso ultrapassar vários limites até chegarmos a essa total unidade entre sexo e coração. Mas acredito ser um caminho que valha a pena.
Katia Marko é jornalista, terapeuta bioenergética e uma pessoa em busca de si mesma. Para ler todos os seus textos publicados em Outras Palavras, clique aqui
*GilsonSampaio












Ao receber José Serra (PSDB-SP, ainda) em seu instituto, em Brasília, o ministro Gilmar Mendes respondeu a uma pergunta sobre o julgamento do 'mensalão' (AP-470), dizendo que o STF tem "que virar a página", e mudar a pauta para coisas como a Reforma do Judiciário, um novo "modus vivendi... o tribunal tem que se reinventar...", nas palavras dele, seja lá o que isso significar.
Mas e o mensalão tucano? Que deveria ser o próximo da fila, a bola da vez?

Se depender das palavras do ministro, pelo jeito continuará na gaveta.

Quem pensou que o STF entraria numa era de impunidade, de tolerância zero, pelo jeito pode ir tirando o cavalinho da chuva.

Assim não dá. Será que punição no Brasil volta a ser só para os PPPP, sendo o quarto P de petista.

*ajusticeiradeesquerda

Fonte da imagem: Solidariedade à Coreia Popular
Por Carlos Everardo Silva

Os reacionários, os imperialistas e os neocolonialistas, a grande mídia capitalista do ocidente, os jornalistas vendidos ao capital, os agentes da burguesia mundial e os esquerdistas covardes se uniram nas últimas semanas para atacar o direito de existência do povo norte-coreano. Que outra definição poderíamos dar às atitudes daqueles que, sob máscaras variadas, tentam justificar as ações do imperialismo americano e de seu cão de guarda sul-coreano? Fora a posição dos oportunistas de plantão que tentam se colocar "acima do bem e do mal", sob o argumento de que "não estão nem de um lado, nem do outro", quando se sabe que, em situações assim, aqueles que se dizem neutros sempre acabam fazendo o jogo dos opressores.

Os jornalistas da mídia corporativa, agentes da democracia imperialista, foram encarregados de convencer o público ocidental de que a reação norte-coreana às provocações dos neocolonialistas não passam de delírios de um governo que "investe todos os seus recursos em armas de destruição em massa, enquanto seu povo morre de fome".

Através de métodos nazistas de propaganda e manipulação, semelhantes aos que eram usados contra os judeus, a burguesia midiática e seus capangas tentam ocultar do público que o povo norte-coreano tem sido vítima de ataques constantes nas últimas décadas. Tentam passar a ideia de que o povo norte-coreano e seu governo são uma ameaça à paz e ao mundo. Não foram os norte-coreanos que romperam com o acordo de armistício. Ele nunca foi respeitado. Sabe-se que o parágrafo 60 do acordo colocava como condição a total ausência de tropas estrangeiras na península coreana. Assim como também se sabe que o império americano desrespeita diariamente tal parágrafo, pois mantém bases militares e milhares de soldados em território sul-coreano, além de realizar exercícios militares constantes naquela região.

E o que dizer das sanções e bloqueios econômicos impostos pelas potências ocidentais aos norte-coreanos, na clara intenção de sufocar a economia do país e matar a população de fome? Como o governo da Coreia Popular não poderia reagir a tudo isso? A Coreia do Norte não quer a guerra. É um país pacífico. Mas que tem o total direito de se defender daqueles que querem aniquilar a sua população. A Coreia Popular simplesmente se cansou das perseguições, sabotagens e ameaças que o seu território vem sofrendo nas últimas décadas.

É lamentável ver que, mesmo na esquerda, encontramos pessoas que se deixam levar pela propaganda da mídia burguesa. É claro que a esquerda não é uma corrente política homogênea. Mas há uma profunda contradição em alguém se dizer de esquerda ao mesmo tempo que, sob qualquer desculpa, se coloca ao lado do imperialismo.

A perseguição sofrida pela Coreia Popular nada mais é do que uma versão mais agressiva do bloqueio norte-americano à Cuba. As mesmas campanhas difamatórias e as mesmas táticas desonestas utilizadas contra Cuba podem ser encontradas nos ataques à Coreia.

Não vou entrar na questão que sempre é colocada quando se fala no socialismo norte-coreano. Há aqueles que o defendem radicalmente, assim como existem esquerdistas que se opõe totalmente ao modelo, sob o argumento de que o país estaria dominado por uma "burocracia vermelha", além dos que defendem o sistema econômico do país, mas acham que ele precisa ser, de algumas forma, aperfeiçoado. Não vale apena entrar nesse debate no momento. Porque, independentemente do que possa ou não ser considerado socialismo, o que está em jogo é a soberania norte-coreana e o direito à auto-determinação do seu povo.

Os Estados Unidos tem como único objetivo se apropriar do território norte-coreano. E é dever de toda a esquerda e de todos aqueles que acreditam na justiça defender a Coreia Popular de todas as mentiras que vem sendo levantadas contra ela. Os norte-coreanos nunca mais serão escravos dos colonialistas. Nunca mais se curvarão aos interesses mesquinhos dos exploradores. Qualquer um que tente se opor à luta dos norte-coreanos por sua independência, estará se colocando ao lado do genocídio imperialista.

Podemos estar diante de um novo massacre. Milhões de norte-coreanos podem perecer caso os terroristas de Estado do ocidente decidam destruir o país. O Iraque e as armas de destruição em massa inventadas pelo governo americano como desculpa para invadir o país, são a prova de que os Estados Unidos são capazes de tudo para obter seus fins.

Já ficou claro que Obama, esse fantoche da burguesia americana, em nada se diferencia de Bush. Apenas usa métodos mais sofisticados, como ataques por meio de drones, para fazer suas vítimas. Ele é o chefe da campanha difamatória que se levantou contra os norte-coreanos. Qualquer semelhança com as campanhas anti-semitas de Hitler e Goebbels não é mera coincidência. Hitler, ao desenvolver a poderosa máquina de propaganda nazista, não inventou nada de novo, apenas aperfeiçoou os métodos que já eram utilizados pela burguesia. Formas de manipulação que hoje são usadas contra a Coreia Popular. Os norte-coreanos são os judeus insolentes de Obama.

A única posição descente que se pode tomar diante tudo isso, é a defesa absoluta do povo coreano. 
Fim das sanções e bloqueios econômicos

Direito à independência e auto-determinação do povo norte-coreano

Expulsão das tropas e bases militares americanas da Coreia do Sul!

Pleno direito para os norte-coreanos desenvolverem seu programa nuclear e sua defesa

Essas são as palavras de ordem a serem adotadas pela esquerda autêntica.
*centrodosocialismo