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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, junho 07, 2013
A maconha é realmente tão ruim?
Via Contexto Livre
A Marijuana é uma droga polêmica. É demonizada por alguns como porta de
entrada a outras drogas, e, por outro lado, também é celebrizada por sua
promessa em aplicações médicas.
Enquanto o júri não se decide por nenhum dos lados da moeda, uma coisa é
certa: o uso dessa droga está em ascensão. De acordo com o Departamento
de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, o número de pessoas
que, nesse país, admitem ter experimentado maconha no último mês subiu
de 14,4 milhões em 2007 para mais de 18 milhões em 2011.Esse aumento pode ser devido, em parte, à falta de evidências fortes que suportem os riscos que se suspeita serem causados pela Cannabis. De fato, de maneira similar ao fumo do tabaco, embora a fumaça da marijuana contenha substâncias cancerígenas e alcatrão, inexistem dados conclusivos que possam ligar a maconha a danos nos pulmões. Um recente estudo de longo prazo, que, aparentemente, parecia ligar conclusivamente o uso crônico da maconha na adolescência com o baixo Q.I. de consumidores neozelandenses, foi rapidamente contestado por uma contra-análise que apontava razões de status socioeconômicos como um fator de confusão. De acordo com o levantamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o uso da Cannabis entre os adolescentes têm aumentado na proporção em que os baixos riscos da marijuana têm sido percebidos; e os pesquisadores – e sem dúvida os pais também -, estão ansiosos para que se chegue mais ao fundo a questão.
Respire Fundo
Em 2012, um estudo realizado na Universidade da California, San Franciso (UCSF) calculou que fumando apenas um baseado a cada dia por 20 anos a maconha pode ser benigna, embora a maioria dos participantes fumasse dois ou três e baseados por mês. O epidemiologista Mark Pletcher, quem liderou o estudo, alegou: “Eu fiquei surpreso que não vimos efeitos (do uso da maconha)”.
Uma avaliação de vários estudos epidemiológicos aponta para um tamanho de amostra pequeno e estudos pobremente projetados como as razões para os cientistas serem incapazes de se comprometerem com a alegação da ligação entre a Cannabis e o risco de câncer. Por exemplo, um estudo de 2008 sugeriu que fumar marijuana poderia reduzir o risco associado ao câncer de pulmão derivado do tabaco, demonstrando que consumidores tanto da marijuana quanto tabaco têm um risco menor de câncer do que aqueles que fumam somente tabaco (embora o risco seja maior do que para os não fumantes). Entretanto, Pletcher não é otimista sobre os efeitos da maconha sobre os pulmões, e desconfia que ainda possa haver danos ao pulmão por efeitos de longo prazo que podem ser difíceis de detectar. “Nós realmente não podemos tranquilizar-nos acera do uso intenso”, explicou o cientista.
Seu cérebro sob efeito de drogas
Existem algumas evidências sugerindo que pessoas intoxicadas assumem mais rscos e apresentam comprometimento na tomada de decisão, bem como resultados piores em tarefas dependente da memória – e deficiências residuais (após consumo) têm sido detectadas dias ou mesmo após semanas após o uso. Alguns estudos também relacionam o consumo regular da marijuana com déficits de memória, aprendizado e concentração. Um recente estudo amplamente discutido sobre o Q.I. de neozelandenses acompanhou consumidores da Canabbis, desde o nascimento, e mostrou que os usuários consumidores a partir da adolescência tiveram valores mais baixos de Q.I. que os não usuários. Nesse estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Duke, “você pode ver claramente que como consequência do uso da maconha, o Q.I. diminui”, disse Dekir Hermann, um neurologista clínico do Instituto Central de Saúde Mental na Alemanha, e que não esteve envolvido diretamente na pesquisa.
Entretanto, não menos que 4 meses depois, uma re-análise e simulação computacional realizada pelo Centro Ragnar Fisch de Pesquisa Enocômica em Oslo contrariou os dados divulgados pela Universidade de Duke. Ole Rosberg sustentou que fatores socioeconômicos – e não o uso da marijuana -, contribuíram para os baixos Q.I. observados em usuários da maconha.
No entanto, a conclusão de Rogerberg pode ser contrariada por uma literatura considerável que suporta a ligação entre o uso da maconha e o declínio neurofisiológico. Estudos em seres humanos e animais sugerem que indivíduos que adquirem o hábito de consumir marijuana na adolescência enfrentam impactos negativos no funcionamento do cérebro, e alguns usuários encontram dificuldades para se concentrar e aprender novas tarefas.
Embora a maioria dos estudos sobre esse assunto sugere haver consequências negativas do consumo enquanto adolescente, os usuários consumidores a partir da idade adulta geralmente não são afetados. Segundo explica Hermann, isso pode ser devido a uma reorganização dirigida pels endocanabinóides presentes no cérebro durante a puberdade. A ingestão de canabinóides que se adquire com o uso da maconha pode causar um “um deturpamento do crescimento neural irreversível” disse ele.
Além das consequências na inteligência, muitos estudos sugerem que fumar marijuana aumenta o risco de esquizofrenia, e pode ter efeitos similares no encéfalo. O grupo de Hermann usou a técnica de imageamento por ressonância magnética para detectar danos associados ao consumo da cannabis na região pré-frontal do encéfalo e encontraram modificações similares àquelas vistas em pacientes com esquizofrenia. Outros estudos sugerem ainda que os esquizofrênicos consumidores da erva têm maiores mudanças no encéfalo associadas à doenças e um desempenho pior em testes cognitivos do que aqueles não fumantes.
Porém muito dessa pesquisa não é capaz de distinguir entre mudanças no encéfalo causadas pelo uso da marijuana e sintomas associados com a doença. É possível que os esquizofrênicos consumidores da maconha “possam apresentar sintomas desagradáveis (que precedem o quadro clínico da doença) e estejam automedicando-se” ao fazerem uso do efeito psicotrópico da droga, disse Roland Lamarine, professor de saúde comunitária da California State University. Ainda segundo ele, “nós não vimos uma elevação no número de esquizofrênicos, mesmo com o aumento de usuários da maconha”.
Outras pesquisas sugerem que o consumo da Cannabis entre os esquizofrênicos fez com que eles obtivessem melhores pontuações em testes cognitivos do que os esquizofrênicos não consumidores da droga. Esses relatos conflitantes podem ter ocorrido em virtude de diferentes concentrações – e diferentes efeitos -, dos canabinóides presentes na maconha. Além do tetrahidrocanabinol (THC), um canabinóide neurotóxico responsável pelas propriedades de alteração de estados mentais, a maconha também apresenta uma variedade de outros canabinóides não psicoativos, incluindo o canabidiol (CBD), o qual pode proteger contra a lesão neuronal. Hermann descobriu que o volume do hipocampo – a região do encéfalo importante para o processamento de memória – é um pouco menor em usuários de maconha do que em não usuários, porém o consumo da maconha com maior quantia de CBD balanceava esse efeito.
Um coquetel mortal?
Embora os dados que suportem os efeitos nocivos da marijuana sejam fracos, alguns pesquisadores estão mais preocupados com a droga em conjunto com outras substâncias, como o tabaco, o álcool e a cocaína. Alguns estudos sugerem, por exemplo, que a maconha pode aumentar o desejo por outras drogas, levando, dessa forma, a má fama de droga como “porta e entrada”. Um estudo publicado no início do mês de Janeiro apoiou essa hipótese ao mostrar que, pelo menos em ratos, a exposição ao THC aumenta os efeitos viciantes do tabaco. Além disso, a marijuana pode não ser compatível com outras drogas de prescrição médica, pois pode induzir o fígado a metabolizar medicamentos de forma mais lenta; portanto, aumentando o risco de toxicidade.
Apesar dessas preocupações, Lamarine sustenta – em virtude da quantidade de pesquisa focado nesse assunto -, ser pouco provável as consequências do uso maconha serem calamitosas. Arremata dizendo: “Nós não vamos acordar amanhã e nos depararmos com a grande descoberta que a maconha causa grandes danos ao encéfalo. Se assim fosse, já teríamos visto isso a essa altura”.
Sabrina Richards
Do The Scientist
Tradução Cicero Escobar
No Bule Voador
*AmoralNato
O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) Paulo Vannuchi foi eleito nesta quinta-feira para compor a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O
ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) Paulo Vannuchi foi
eleito nesta quinta-feira para compor a Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Também foram eleitos os candidatos dos Estados Unidos, James Cavallaro, e
o do México, José de Jesús Orozco Henríquez.
A Comissão
Interamericana de Direitos Humanos é formada por sete membros e é uma
das entidades do Sistema Interamericano de Proteção e Promoção dos
Direitos Humanos nas Américas. Três vagas foram renovadas no processo
eleitoral, que começou há três dias. Segundo o Ministério das Relações
Exteriores, a eleição de Vannuchi à CIDH fortalece o compromisso do
Brasil com o Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
Paulo Vannuchi comandou a SDH entre 2005 e 2011, durante
o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Formado em
jornalismo e com mestrado em ciência política, Paulo de Tarso Vannuchi,
63 anos, sempre atuou durante na defesa e preservação dos direitos
humanos. Paulista de São Joaquim da Barra, ele foi preso político
durante o governo militar.
O ex-ministro foi o principal
responsável pelo Programa Nacional de Direitos Humanos. Em 2010,
Vannuchi defendeu que a Lei de Anistia não se aplica aos torturadores.
Atualmente é diretor do Instituto Lula e responsável pelo projeto do
Memorial da Democracia. É também analista político da TVT e da Rádio
Brasil Atual.
Vannuchi participou da elaboração do livro Brasil
Nunca Mais, coordenado por dom Paulo Evaristo Arns. Em 1975, foi um dos
responsáveis pelo dossiê entregue à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
sobre a tortura praticada pela ditadura militar e os assassinatos
cometidos, mencionando 233 nomes de torturadores e detalhando os métodos
usados, inclusive citando unidades onde as torturas ocorriam. O
documento é considerado um dos mais completos desde 1964.
De
1977 a 1985, Vannuchi trabalhou com a Comissão Pastoral da Terra, a
Pastoral Operária e as Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica,
promovendo cursos de formação e assessoria política para lideranças,
religiosos e bispos.
Vannuchi foi deputado federal na
Assembleia Nacional Constituinte, em 1986, e secretário executivo da
Coordenação Nacional da campanha de Lula, em 1994.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/
O
ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) Paulo Vannuchi foi
eleito nesta quinta-feira para compor a Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Também foram eleitos os candidatos dos Estados Unidos, James Cavallaro, e
o do México, José de Jesús Orozco Henríquez.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é formada por sete membros e é uma das entidades do Sistema Interamericano de Proteção e Promoção dos Direitos Humanos nas Américas. Três vagas foram renovadas no processo eleitoral, que começou há três dias. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a eleição de Vannuchi à CIDH fortalece o compromisso do Brasil com o Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
Paulo Vannuchi comandou a SDH entre 2005 e 2011, durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Formado em jornalismo e com mestrado em ciência política, Paulo de Tarso Vannuchi, 63 anos, sempre atuou durante na defesa e preservação dos direitos humanos. Paulista de São Joaquim da Barra, ele foi preso político durante o governo militar.
O ex-ministro foi o principal responsável pelo Programa Nacional de Direitos Humanos. Em 2010, Vannuchi defendeu que a Lei de Anistia não se aplica aos torturadores. Atualmente é diretor do Instituto Lula e responsável pelo projeto do Memorial da Democracia. É também analista político da TVT e da Rádio Brasil Atual.
Vannuchi participou da elaboração do livro Brasil Nunca Mais, coordenado por dom Paulo Evaristo Arns. Em 1975, foi um dos responsáveis pelo dossiê entregue à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre a tortura praticada pela ditadura militar e os assassinatos cometidos, mencionando 233 nomes de torturadores e detalhando os métodos usados, inclusive citando unidades onde as torturas ocorriam. O documento é considerado um dos mais completos desde 1964.
De 1977 a 1985, Vannuchi trabalhou com a Comissão Pastoral da Terra, a Pastoral Operária e as Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, promovendo cursos de formação e assessoria política para lideranças, religiosos e bispos.
Vannuchi foi deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte, em 1986, e secretário executivo da Coordenação Nacional da campanha de Lula, em 1994.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é formada por sete membros e é uma das entidades do Sistema Interamericano de Proteção e Promoção dos Direitos Humanos nas Américas. Três vagas foram renovadas no processo eleitoral, que começou há três dias. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a eleição de Vannuchi à CIDH fortalece o compromisso do Brasil com o Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
Paulo Vannuchi comandou a SDH entre 2005 e 2011, durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Formado em jornalismo e com mestrado em ciência política, Paulo de Tarso Vannuchi, 63 anos, sempre atuou durante na defesa e preservação dos direitos humanos. Paulista de São Joaquim da Barra, ele foi preso político durante o governo militar.
O ex-ministro foi o principal responsável pelo Programa Nacional de Direitos Humanos. Em 2010, Vannuchi defendeu que a Lei de Anistia não se aplica aos torturadores. Atualmente é diretor do Instituto Lula e responsável pelo projeto do Memorial da Democracia. É também analista político da TVT e da Rádio Brasil Atual.
Vannuchi participou da elaboração do livro Brasil Nunca Mais, coordenado por dom Paulo Evaristo Arns. Em 1975, foi um dos responsáveis pelo dossiê entregue à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre a tortura praticada pela ditadura militar e os assassinatos cometidos, mencionando 233 nomes de torturadores e detalhando os métodos usados, inclusive citando unidades onde as torturas ocorriam. O documento é considerado um dos mais completos desde 1964.
De 1977 a 1985, Vannuchi trabalhou com a Comissão Pastoral da Terra, a Pastoral Operária e as Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, promovendo cursos de formação e assessoria política para lideranças, religiosos e bispos.
Vannuchi foi deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte, em 1986, e secretário executivo da Coordenação Nacional da campanha de Lula, em 1994.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/
FIM DO COMPLEXO DE VIRA-LATA NO GOVERNO LULA E DILMA TEM DADO RESULTADO NA POLÍTICA INTERNACIONAL
A política de relações internacionais iniciada por Celso Amorim no governo Lula e, de certa forma, mantida durante o governo Dilma Rousseff, tem agora dado resultados. Com Amorim e Lula, o Brasil passou a se colocar como protagonista no cenário mundial, deixando para trás o complexo de vira-latas e de subserviência dos governos anteriores, dos militares a Fernando Henrique Cardoso.
No mês passado, o brasileiro Roberto Azevêdo foi eleito diretor geral da OMC (Organização Munidal do Comércio) e agora Paulo Vannuchi foi eleito integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), na OEA (Organização dos Estados Americanos).
*EducaçãopoliticaEx-ministro Paulo Vannuchi é eleito para comissão de direitos humanos da OEA
Da Rede Brasil Atual
São Paulo – O ex-ministro Paulo Vannuchi foi anunciado ontem (6) à noite como um dos três novos integrantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). A escolha ocorreu durante a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Antigua, na Guatemala.Vannuchi vai cumprir mandato de 2014 a 2017 ao lado de James Cavallaro, dos Estados Unidos, e do reeleito José de Jesús Orozco Henríquez, do México.
“Essa vitória é de muita importância, pois reforça a participação do Brasil nas discussões de Direitos Humanos do nosso continente”, disse a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em nota emitida pelo governo federal. “Paulo Vannuchi tem sua história de vida ligada aos direitos humanos. Vannuchi foi um grande ministro para o Brasil e, com certeza, será muito importante na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.”
Aos 63 anos, o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2005 e 2010, teve a seu favor o histórico de militante e de estudioso do tema. O jornalista foi preso na década de 1970 pela resistência à ditadura (1964-1985). Naquele período, foi um dos 34 signatários do manifesto entregue à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) denunciando os nomes de 233 torturadores. (texto integral)
Veja mais:
quinta-feira, junho 06, 2013
Justiça reconhece fraude na privatização da Vale
via Contexto Livre
Se você tivesse um cacho de
bananas que valesse R$9,00, você o colocaria à venda por R$0,30? Óbvio
que não. Mas foi isso que o governo federal fez na venda de 41% das ações
da Companhia Vale do Rio Doce para investidores do setor privado, em
1997. Eles pagaram 3,3 bilhões de reais por uma empresa que vale quase
100 bilhões de reais. Quase dez anos depois, a privatização da maior
exportadora e produtora de ferro do mundo pode ser revertida.
Em 16 de dezembro do ano passado,
a juíza Selene Maria de Almeida, do Tribunal Regional Federal (TRF) de
Brasília, anulou a decisão judicial anterior e reabriu o caso,
possibilitando a revisão do processo. “A verdade histórica é que as
privatizações ocorreram, em regra, a preços baixos e os compradores
foram financiados com dinheiro público”, afirma Selene. Sua posição foi
referendada pelos juízes Vallisney de Souza Oliveira e Marcelo Albernaz,
que compõem com ela a 5ª turma do TRF.
Entre os réus estão a União, o
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eles são acusados de
sub-valorizar a companhia na época de sua venda. Segundo as denúncias,
em maio de 1995 a Vale informou à Securities and Exchange Comission,
entidade que fiscaliza o mercado acionário dos Estados Unidos, que suas
reversas de minério de ferro em Minas Gerais eram de 7.918 bilhões de
toneladas. No edital de privatização, apenas dois anos depois, a
companhia disse ter somente 1,4 bilhão de toneladas. O mesmo ocorre com
as minas de ferro no Pará, que em 1995 somavam 4,97 bilhões de toneladas
e foram apresentadas no edital como sendo apenas 1,8 bilhão de
toneladas.
Outro ponto polêmico é o
envolvimento da corretora Merril Lynch, contratada para avaliar o
patrimônio da empresa e calcular o preço de venda. Acusada de repassar
informações estratégicas aos compradores meses antes do leilão, ela
também participou indiretamente da concorrência através do grupo Anglo
American. De acordo com o TRF, isso comprometeu a imparcialidade da
venda.
A mesma Merrill Lynch, na
privatização da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF) da Argentina,
reduziu as reservas declaradas de petróleo de 2,2 bilhões de barris para
1,7 bilhão.
Depois da venda da Vale, muitas
ações populares foram abertas para questionar o processo. Reunidas em
Belém do Pará, local onde a empresa está situada, as ações foram
julgadas por Francisco de Assis Castro Júnior em 2002. “O juiz extinguiu
todas as ações sem apreciação do mérito. Sem olhar para tudo aquilo que
nós tínhamos dito e alegado. Disse que o fato já estava consumado e que
agora analisar todos aqueles argumentos poderiam significar um prejuízo
à nação”, afirma a deputada federal Dra. Clair da Flora Martins
(PT-PR).
O Ministério Público entrou com
um recurso junto ao TRF de Brasília, que foi julgado no ano passado. A
sentença determinou a realização de uma perícia para reavaliar a venda
da Vale. No próximo passo do processo, as ações voltam para o Pará e
serão novamente julgadas. Novas provas poderão ser apresentadas e os
réus terão que se defender.
Para dar visibilidade à decisão
judicial, será criada na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar em
Defesa do Patrimônio Público. A primeira ação é mobilizar a sociedade
para discutir a privatização da Vale. “Já temos comitês populares em São
Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Espírito Santo, Minas Gerais e
Mato Grosso”, relata a deputada, uma das articuladoras da frente.
“Precisamos construir um processo
de compreensão em cima da anulação da venda da Vale, conhecer os marcos
gerais dessas idéias a partir do que se tem, que é uma ação judicial, e
compreendê-la dentro de um aspecto mais geral, que é o tema da
soberania nacional”, acredita Charles Trocate, integrante da direção
nacional do MST. Ele participa do Comitê Popular do Pará, região que tem
forte presença da Vale.
Entre os marcos da privatização,
que serão estudados e debatidos nos próximos meses nos comitês, está o
Plano Nacional de Desestatização, de julho de 1995. A venda do
patrimônio da Vale fez parte de uma estratégia econômica para diminuir o
déficit público e ampliar o investimento em saúde, educação e outras
áreas sociais. Cerca de 70% do patrimônio estatal foi comercializado por
60 milhões de reais, segundo o governo. “Vendendo a Vale, nosso povo
vai ser mais feliz, vai haver mais comida no prato do trabalhador”,
disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1996. A dívida
interna, entretanto, não diminuiu: entre 1995 e 2002 ela cresceu de 108
bilhões de reais para 654 bilhões de reais.
Na época, a União declarou que a
companhia não custava um centavo ao Tesouro Nacional, mas também não
rendia nada. “A empresa é medíocre no contexto internacional. É uma
péssima aplicação financeira. Sua privatização é um teste de firmeza e
determinação do governo na modernização do Estado”, afirmou o deputado
Roberto Campos (PPB-SP) em 1997. No entanto, segundo os dados do
processo, o governo investiu 2,71 bilhões de reais durante toda a
história da Vale e retirou 3,8 bilhões de reais, o que comprova o lucro.
“O governo que concordou com essa iniciativa não tinha compromisso com os interesses nacionais”, diz a deputada Dra. Clair.
Poder de Estado
A Vale se tornou uma poderosa
força privada. Hoje ela é a companhia que mais contribui para o
superávit da balança comercial brasileira, com 54 empresas próprias nas
áreas de indústria, transporte e agricultura.
“Aqui na região de Eldorado dos
Carajás (PA), a Vale seqüestra todo mundo: governos municipais e governo
estadual. Como o seu Produto Interno Bruto é quatro vezes o PIB do
estado Pará, ela se tornou o estado econômico que colonizou o estado da
política. Tudo está em função dos seus interesses”, coloca Charles
Trocate.
O integrante do MST vivência
diariamente as atividades da empresa no Pará e a acusa de gerar bolsões
de pobreza, causados pelo desemprego em massa, desrespeitar o
meio-ambiente e expulsar sem-terra e indígenas de suas áreas originais.
“Antes da privatização, a Vale já
construía suas contradições. Nós temos clareza de que a luta agora é
muito mais ampla. Nesse processo de reestatização vamos tentar deixar
mais claro quais são as mudanças que a empresa precisa fazer para ter
uma convivência mais sadia com a sociedade na região”, diz Trocate. De
acordo com um levantamento do Instituto Ipsos Public Affairs, realizado
em junho de 2006, a perspectiva é boa: mais de 60% dos brasileiros
defendem a nacionalização dos recursos naturais e 74% querem o controle
das multinacionais.
Patrimônio da Vale 1996
- maior produtora de alumínio e ouro da América Latina;
- maior frota de navios graneleiros do mundo
- 1.800 quilômetros de ferrovias brasileiras
- 41 bilhões de toneladas de minério de ferro
- 994 milhões de toneladas de minério de cobre
- 678 milhões de toneladas de bauxita
- 67 milhões de toneladas de caulim
- 72 milhões de toneladas de manganês
- 70 milhões de toneladas de níquel
- 122 milhões de toneladas de potássio
- 9 milhões de toneladas de zinco
- 1,8 milhão de toneladas de urânio
- 1 milhão de toneladas de titânio
- 510 mil toneladas de tungstênio
- 60 mil toneladas de nióbio
- 563 toneladas de ouro.
- 580 mil hectares de florestas replantadas, com matéria-prima para a produção de 400 mil toneladas/ano de celulose
Fonte: Revista Dossiê Atenção –
“Porque a venda da Vale é um mau negócio para o país”, fls. 282/292, da
Ação Popular nº 1997.39.00.011542-7/PA).
Quanto vale hoje
- 33 mil empregados próprios
- participação de 11% do mercado transoceânico de manganês e ferro liga
- suas reservas de minério de ferro são suficientes para manter os níveis atuais de produção pelos próximos 30 anos
- possui 11% das reservas mundiais estimadas de bauxita
- é o mais importante investidor
do setor de logística no Brasil, sendo responsável por 16% da
movimentação de cargas do Brasil, 65% da movimentação portuária de
granéis sólidos e cerca de 39% da movimentação do comércio exterior
nacional
- possui a maior malha ferroviária do país
- maior consumidora de energia elétrica do país
- possui atividades na América, Europa, África, Ásia e Oceania
- concessões, por tempo
ilimitado, para realizar pesquisas e explorar o subsolo em 23 milhões de
hectares do território brasileiro (área correspondente aos territórios
dos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do
Norte)
Fonte: 5ª Turma do TRF da 1ª Região
Maíra Kubík Mano
*AmoralNato
Tenho Raiva de Pobre
Roberto Freire diz que não quer nem saber de Pernambuco
iG
PodreOnline
PodreOnline
O deputado Roberto Freire (MD-SP) avisa que não tem a menor intenção de
se lançar candidato a uma vaga na Câmara por Pernambuco. O parlamentar
afirma que vai mesmo é disputar a reeleição por São Paulo, em 2014.
A tese de que Freire gostaria de voltar para seu Estado natal vem sendo
levantada por alguns aliados do senador e presidenciável tucano Aécio
Neves (PSDB-MG). Eles dizem que teria saído daí o interesse do
presidente do recém-criado MD em apoiar uma eventual candidatura
presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
*AmoralNeto
brasil exporta gás lacrimogênio e spray de pimenta que lixo
Não
bastasse a fama internacional de “país mais alienado e despolitizado do
mundo”, o Brasil ganha notoriedade agora por um novo motivo: o destaque
na exportação de gás lacrimogêneo. A expressão “Made in Brazil”
estampada nos projéteis que vêm sendo utilizados na Turquia, no Barein,
Emirados Árabes, entre outros, vem chamando a atenção de movimentos
sociais internacionais em vários países devido aos crescentes problemas
de saúde causados pelos produtos brasileiros. Tudo começou com a morte
de um bebê no Barein após inalar o gás lacrimogêneo brasileiro, que
resultou numa série de denúncias da Anistia Internacional contra a
empresa brasileira Condor AS, líder na produção das chamadas “armas
não-letais” na América Latina. Em abril deste ano, a empresa fechou um
contrato de 12 milhões de dólares com o governo dos Emirados Árabes
(onde é crescente o risco de protestos populares). A empresa, que é
atualmente uma das principais apoiadas pela Agencia Brasileira
de Promoção de Exportações (APEX) em feiras internacionais, vem se
destacando como a única fornecedora de gás lacrimogêneo e pimenta,
bombas de fumaça, balas de borracha e pistolas de choque (tasers), para
diversos países como a Turquia (país que já importou mais de 600
toneladas de gás lacrimogêneo e de pimenta, ao custo de 21 milhões de
dólares). No Brasil, a Condor AS possui contratos milionários tanto com o
governo federal quanto com governos estaduais e prefeituras, os quais
vêm equipando as forças policiais (PF, PM, GM, etc.), militares e outros
órgãos, tanto no combate ao crack como na repressão a protestos
sociais. Tais contratos, no entanto, deverão ser fortemente ampliados
nos próximos meses em razão da preparação do país para eventuais
protestos associados aos “grandes eventos” (Copa e Olimpíada), motivo
pelo qual o governo federal já destinou até o momento 49 milhões de
reais à Condor SA (reportagem especial de Ocupa a Rede Globo).
Não
bastasse a fama internacional de “país mais alienado e despolitizado do
mundo”, o Brasil ganha notoriedade agora por um novo motivo: o destaque
na exportação de gás lacrimogêneo. A expressão “Made in Brazil”
estampada nos projéteis que vêm sendo utilizados na Turquia, no Barein,
Emirados Árabes, entre outros, vem chamando a atenção de movimentos
sociais internacionais em vários países devido aos crescentes problemas
de saúde causados pelos produtos brasileiros. Tudo começou com a morte
de um bebê no Barein após inalar o gás lacrimogêneo brasileiro, que
resultou numa série de denúncias da Anistia Internacional contra a
empresa brasileira Condor AS, líder na produção das chamadas “armas
não-letais” na América Latina. Em abril deste ano, a empresa fechou um
contrato de 12 milhões de dólares com o governo dos Emirados Árabes
(onde é crescente o risco de protestos populares). A empresa, que é
atualmente uma das principais apoiadas pela Agencia Brasileira
de Promoção de Exportações (APEX) em feiras internacionais, vem se
destacando como a única fornecedora de gás lacrimogêneo e pimenta,
bombas de fumaça, balas de borracha e pistolas de choque (tasers), para
diversos países como a Turquia (país que já importou mais de 600
toneladas de gás lacrimogêneo e de pimenta, ao custo de 21 milhões de
dólares). No Brasil, a Condor AS possui contratos milionários tanto com o
governo federal quanto com governos estaduais e prefeituras, os quais
vêm equipando as forças policiais (PF, PM, GM, etc.), militares e outros
órgãos, tanto no combate ao crack como na repressão a protestos
sociais. Tais contratos, no entanto, deverão ser fortemente ampliados
nos próximos meses em razão da preparação do país para eventuais
protestos associados aos “grandes eventos” (Copa e Olimpíada), motivo
pelo qual o governo federal já destinou até o momento 49 milhões de
reais à Condor SA (reportagem especial de Ocupa a Rede Globo).
Lulima: 63 universidades.
FHC 0. Chora, FHC !
A criação das universidades faz parte
do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais Brasileiras (Reuni)
Saiu no Blog do Planalto:
Dilma sanciona lei que cria quatro novas universidades
A presidenta Dilma Rousseff destacou, depois de sancionar as leis que criam as universidades federais do Cariri (UFCA), do Sul Sudeste do Pará (Unifesspa), do Oeste da Bahia (Ufob) e do Sul da Bahia (Ufesba), a importância da interiorização e o acesso social ao ensino universitário. Segundo Dilma, na escolha dos novos campi, foi levado em conta a capacidade de irradiação do ensino nas regiões.
“Criar universidades é um ato importante porque, além de criar oportunidades, tem um efeito transformador nas pessoas, nas regiões e no país. (…) E, principalmente, quando a gente sabe que o Brasil teve um processo longo para que essa questão, que é crucial, a questão do acesso a educação, principalmente da educação universitária, fosse colocada como uma questão fundamental de governo”, destacou.
A criação das universidades faz parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras (Reuni), que, entre 2003 e 2010, o foi responsável pela criação de 14 novas universidades federais e 126 novos campi ou unidades acadêmicas, chegando agora a 63 universidades e 321 campi em todo o país. A expansão aumentou também o número de municípios brasileiros atendidos por universidades federais, passando de 114, em 2003, para 272, em 2010.
Outros anúncios
A presidenta ainda anunciou a entrada de instituições militares no Programa Ciência Sem Fronteiras, que envia estudantes às melhores universidades do mundo, com 500 bolsas dedicadas, principalmente, a pós-graduação. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também revelou uma parceria entre universidades e institutos federais de ensino técnico com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Instituto Militar de Engenharia (IME).
As duas instituições terão serão vagas expandidas, e tanto o IME, quanto o ITA terão parcerias com cursos de engenharia de universidades federais de diferentes partes do país. Elas também ficarão responsáveis por cursos técnicos nos institutos federais.
*PHA
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