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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, julho 28, 2013
BARBOSA SUGERE QUE PAÍS NÃO ESTÁ PRONTO PARA ELE
Presidente do STF aponta suposto racismo nas críticas que recebe, mas se
nega a dar explicações sobre seus atos. O apartamento de R$ 1 milhão em
Miami, comprado por uma offshore? Invasão de privacidade. "O jornal se
achou no direito de expor a compra de um imóvel modesto nos Estados
Unidos". O ataque ao jornalista Felipe Recondo, do Estado de S. Paulo, a
quem acusou de chafurdar no lixo? Ele seria um "personagem menor". As
críticas que recebe na internet? "Eu me permito o direito de aguardar o
momento oportuno para desmascarar esses bandidos", ameaça. É o Brasil
que não está pronto para BatBarbosa ou "o menino pobre que mudou o
Brasil" que não está pronto para ser presidente da República?
247 - O
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, tentou sair da
defensiva. Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, disse que não será
candidato à presidência da República em 2014, em razão do suposto
racismo de que seria vítima. Embora não tenha sido questionado sobre o
apartamento de R$ 1 milhão em Miami, comprado por meio de uma offshore,
ele falou sobre o tema e disse que teve sua privacidade invadida.
Na
mesma entrevista, ele ainda desferiu vários outros ataques e também
ameaçou iniciar processos judiciais contra seus detratores. Confira,
abaixo, os pontos principais:
Candidatura presidencial
Não.
Sou muito realista. Nunca pensei em me envolver em política. Não tenho
laços com qualquer partido político. São manifestações espontâneas da
população onde quer que eu vá. Pessoas que pedem para que eu me
candidate e isso tem se traduzido em percentual de alguma relevância em
pesquisas.
Descortesia com Dilma
Eu não só cumprimentei como conversei longamente com a presidente. Eu estava o tempo todo com ela.
Brasil estaria pronto para um presidente negro?
Não.
Porque acho que ainda há bolsões de intolerância muito fortes e não
declarados no Brasil. No momento em que um candidato negro se apresente,
esses bolsões se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato.
Já há sinais disso na mídia. As investidas da “Folha de S.Paulo” contra
mim já são um sinal. A “Folha de S.Paulo” expôs meu filho, numa
entrevista de emprego. No domingo passado, houve uma violação brutal da
minha privacidade. O jornal se achou no direito de expor a compra de um
imóvel modesto nos Estados Unidos. Tirei dinheiro da minha conta
bancária, enviei o dinheiro por meios legais, previstos na legislação,
declarei a compra no Imposto de Renda. Não vejo a mesma exposição da
vida privada de pessoas altamente suspeitas da prática de crime.
Invasão de privacidade
Há
milhares de pessoas públicas no Brasil. No entanto os jornais não saem
por aí expondo a vida privada dessas pessoas públicas. Pegue os últimos
dez presidentes do Supremo Tribunal Federal e compare. É um erro achar
que um jornal pode tudo. Os jornais e jornalistas têm limites. São esses
limites que vêm sendo ultrapassados por força desse temor de que eu
eventualmente me torne candidato.
Gastos públicos
O
primeiro passo é gastar bem. Saber gastar bem. O Brasil gasta muito
mal. Quem conhece a máquina pública brasileira, sabe que há inúmeros
setores que podem ser racionalizados, podem ser diminuídos.
Recursos da Ação Penal 470
Dia primeiro de agosto eu vou anunciar a data precisa.
Eventuais prisões dos réus e críticas que recebe na internet
Estou
impedido de falar. Nos últimos meses, venho sendo objeto de ataques
também por parte de uma mídia subterrânea, inclusive blogs anônimos. Só
faço um alerta: a Constituição brasileira proíbe o anonimato, eu teria
meios de, no momento devido, através do Judiciário, identificar quem são
essas pessoas e quem as financia. Eu me permito o direito de aguardar o
momento oportuno para desmascarar esses bandidos.
O caso do jornalista Felipe Recondo, do Estado de S. Paulo, a quem acusou de chafurdar no lixo
É
um personagem menor, não vale a pena, mas quando disse isso eu tinha em
mente várias coisas que acho inaceitáveis. Por que eu vou levar a sério
o trabalho de um jornalista que se encontra num conflito de interesses
lá no Tribunal. Todos nós somos titulares de direitos, nenhum é de
direitos absolutos, inclusive os jornalistas. Afora isso tenho relações
fraternas, inúmeras com jornalistas.
Discriminação sofrida no Itamaraty
Passei
nas provas escritas, fui eliminado numa entrevista, algo que existia
para eliminar indesejados. Sim, fui discriminado, mas me prestaram um
favor. Todos os diplomatas gostariam de estar na posição que eu estou.
Todos.
O papa e a corrupção... no Vaticano!
Num primeiro momento, a mídia
oposicionista estanhou a ausência de críticas políticas nos sermões do
papa Francisco no Brasil. Já nesta sexta-feira (26), ela soltou rojões
com as suas genéricas referências à corrupção durante a visita à favela
Varginha (RJ). O alvo, segundo alguns “calunistas”, foi a presidenta
Dilma. O repórter Fabiano Maisonnave, conhecido por suas coberturas
antichavistas quando era correspondente da Folha na Venezuela,
enfatizou: “Num discurso de forte conteúdo social e recheado de
mensagens políticas, o papa Francisco encorajou ontem os jovens a lutar
contra a corrupção”. Os telejornais, principalmente os da TV Globo,
também elogiaram o “recado papal”.
O discurso do papa Francisco nem foi tão “forte” assim! “Vocês, queridos
jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas
muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com
pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio
benefício... Nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se
apague a esperança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar.
Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem”, afirmou. Para o
jornalão da famiglia Frias, porém, “o discurso do papa foi interpretado
como uma alusão à onda de protestos iniciada no país em junho”. Haja
imaginação e vontade!
A postura mais cautelosa do papa nem podia ser diferente, apesar dos
apelos midiáticos. Afinal, ele assumiu o Vaticano num período de grave
crise da Igreja Católica, inclusive com inúmeras denúncias de corrupção.
No início de julho, por exemplo, dois diretores do Banco do Vaticano,
Paolo Cipriani e Massimo Tulli, pediram demissão após a prisão do
monsenhor Nunzio Scarano, acusado pelo desvio de milhões de euros da
instituição. O escândalo financeiro da Santa Sé continua sob a
investigação da polícia italiana por lavagem de dinheiro e remessa
ilegal de 20 milhões de euros (cerca de R$ 57 milhões) em dinheiro da
Suíça para a Itália.
Monsenhor Nunzio Scarano já foi apelidado pela imprensa italiana de “Dom
500”, numa referência à nota de € 500 que seria a sua preferida. Antes
de viajar ao Brasil, o papa Francisco anunciou a decisão de auditar as
contas do Banco do Vaticano, cujo nome oficial é IOR (Instituto para
Obras da Religião). Em 2012, a poderosa instituição financeira declarou
possuir € 7,1 bilhões (R$ 20,18 bilhões) em ativos e ter obtido um
lucro de € 86,6 milhões (R$ 246,16 milhões). Antes da prisão, Scarano
chefiava o departamento conhecido pelo curioso nome de Administração do
Patrimônio da Sé Católica. Antes deles, outros religiosos também foram
denunciados por atos ilícitos no Vaticano.
Como se observa, a corrupção não é uma chaga que corrói o Brasil –
apesar da abordagem seletiva e manipuladora da mídia oposicionista. Ela
atinge a própria Santa Sé, o que recomenda cautela ao papa nos seus
sermões!
No Justiceira de Esquerda
Vadias, eu te amo! Marcha faz protesto contra os preconceitos e os dogmas obscurantistas do Vaticano e convida peregrinos da Jornada Mundial para reflexão no Rio
Marcha das vadias causa indignação entre peregrinos no Rio de Janeiro
Manifestantes pediram o fim do preconceito contra homossexuais e o da
violência contra as mulheres, e defenderam a legalização do aborto
do Zero Hora
Centenas de manifestantes participam na tarde deste sábado da Marcha das
Vadias, na orla de Copacabana, na zona sul do Rio, onde também ocorre a
vigília dos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Entre as mensagens da marcha estão o fim do preconceito contra
homossexuais e o da violência contra as mulheres, além da legalização do
aborto. Vários manifestantes aproveitaram também para criticar a Igreja
Católica. Representantes da organização não governamental (ONG)
Católicas pelo Direito de Decidir distribuíram uma carta aberta ao papa
Francisco pedindo mudanças na Igreja, como o fim da condenação ao aborto
e a bênção à união de casais do mesmo sexo.
— Viemos fazer um contra-discurso e mostrar que o discurso do papa e do
Vaticano não é o único. A gente quer passar essa mensagem para que as
pessoas que participam da JMJ reflitam e se somem à gente — disse Kelly
de Oliveira, representante da ONG.
A manifestação foi acompanhada de perto por alguns peregrinos da JMJ,
que se mostraram indignados. É o caso de Conceição Vilar, que veio da
Paraíba para participar do evento católico.
— É uma afronta. Eles estão aqui de penetras. Estão tirando a nossa paz e
a nossa harmonia. Não há espaço para isso aqui — disse.
A marcha começou no Posto 5, em Copacabana, e seguiu em direção a
Ipanema, para evitar confronto com os peregrinos, que estão concentrados
no lado oposto da orla, próximo ao Leme.
*Opensadordaaldeia
Segundo a CGU, Barbosa poderia ser destituído
A resposta foi taxativa. De acordo com o Decreto no. 980/1993 (que regula a cessão de uso dos imóveis residenciais de propriedade da União), o permissionário (morador) tem o dever de destinar o imóvel para fins exclusivamente residenciais. Fosse um funcionário público comum, a atitude de Barbosa estaria sujeita a apuração e a penas que poderiam ir de advertência a demissão.
Como pertence a um outro Poder, o STF, obviamente o tratamento não será similar ao de um funcionário público convencional. A análise de sua atitude teria que passar pela Procuradoria Geral da Repú;blica (PGR), que aceitaria ou não denunciá-lo e, depois, pelo julgamento de seus pares.
O episódio é relevante para expor a hipocrisia institucional do país. Assim como no caso do Ministro do STJ - que agrediu moralmente um funcionário - a decisão final é do PGR Roberto Gurgel. É evidente que, no mínimo, deveria ser aberto um procedimento já que um decreto legal foi atropelado pelo presidente do órgão máximo de Justiça do país. Mas depende exclusivamente de seu arbítrio. É uma decisão monocrática.
Ou seja, o presidente da instância jurídica máxima, o STF, cometeu uma falta funcional. Pelo fato de ser guardião máximo das leis, a circunstância de ser Ministro do STF seria uma agravante. Mas de nada vale o primado de que todos são iguais perante a lei, ou os sistemas jurídicos como um todo, de nada vale a jurisprudência, nem a política de "tolerância zero" praticada pelo STF, porque o poder de tratar um deus como cidadão normal esbarra em uma blindagem de país atrasado: Barbosa é aliado de Gurgel e ambos são aliados da velha mídia. E o MPF não atua de ofício, se não for provocado pela mídia. Assim, atribuam-se todos os deslizes à visão conspiratória, ao macartismo que permite a quem quiser prevaricar e não responder por isso.
Clique aqui para ler a matéria do GGN >>>
*Nassif
Ato durante "Arirang", na Coreia do Norte
Estudantes norte-coreanos usam diferentes cartolinas coloridas para formar a imagem de uma criança em uniforme, como pano de fundo, durante a performance de ginástica artística em massa "Arirang", em Pyongyang, 26 de julho de 2013, como parte das comemorações à frente do 60º aniversário da assinatura de uma trégua na Guerra da Coréia (1950-1953). (Jason Lee / Reuters)
http://www.theglobeandmail.com/multimedia/camera-club/in-photos/best-picutres-from-the-past-24-hours/article13470164/
*Nassif
sábado, julho 27, 2013
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