Marcha das vadias causa indignação entre peregrinos no Rio de Janeiro
Manifestantes pediram o fim do preconceito contra homossexuais e o da
violência contra as mulheres, e defenderam a legalização do aborto
do Zero Hora
Centenas de manifestantes participam na tarde deste sábado da Marcha das
Vadias, na orla de Copacabana, na zona sul do Rio, onde também ocorre a
vigília dos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Entre as mensagens da marcha estão o fim do preconceito contra
homossexuais e o da violência contra as mulheres, além da legalização do
aborto. Vários manifestantes aproveitaram também para criticar a Igreja
Católica. Representantes da organização não governamental (ONG)
Católicas pelo Direito de Decidir distribuíram uma carta aberta ao papa
Francisco pedindo mudanças na Igreja, como o fim da condenação ao aborto
e a bênção à união de casais do mesmo sexo.
— Viemos fazer um contra-discurso e mostrar que o discurso do papa e do
Vaticano não é o único. A gente quer passar essa mensagem para que as
pessoas que participam da JMJ reflitam e se somem à gente — disse Kelly
de Oliveira, representante da ONG.
A manifestação foi acompanhada de perto por alguns peregrinos da JMJ,
que se mostraram indignados. É o caso de Conceição Vilar, que veio da
Paraíba para participar do evento católico.
— É uma afronta. Eles estão aqui de penetras. Estão tirando a nossa paz e
a nossa harmonia. Não há espaço para isso aqui — disse.
A marcha começou no Posto 5, em Copacabana, e seguiu em direção a
Ipanema, para evitar confronto com os peregrinos, que estão concentrados
no lado oposto da orla, próximo ao Leme.
*Opensadordaaldeia
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