*O Pensador da Aldeia :
Escândalos envolvendo Joaquim Barbosa colocam em xeque a moralidade e até a legitimidade do julgamento do "Mensalão"
por Paulo Jonas de Lima Piva
Não param de pipocar denúncias contra o juiz do STF Joaquim Barbosa, o
principal personagem do julgamento da Ação Penal 470, vulgo "Mensalão",
que condenou à prisão, entre outros, os líderes petistas José Dirceu e
José Genoíno. Com tantas notícias negativas nas redes sociais e na
blogosfera, a imagem de herói de Joaquim Barbosa, alimentada
indisfarçavelmente pela revista Veja, agoniza.
Em contrapartida, o questionamento da lisura do resultado implacável do
julgamento do "Mensalão" ganha força. Tal avalanche de denúncias contra
Barbosa somada às circunstâncias em que o julgamento se deu - isto é, em
plena campanha eleitoral de 2012 e com uma cobertura sensacionalista e
inquisitorial da grande mídia ptofóbica - atingem em cheio a moralidade
e, em última instância, até a legitimidade, das sentenças dadas contra
Dirceu e Genoíno, fazendo valer a tese de que o julgamento do "Mensalão"
foi sim um julgamento político, com o objetivo maior de destruir o PT, o
principal partido da esquerda brasileira, por meio da desmoralização e
do aniquilamento político de duas das suas lideranças mais emblemáticas.
À luz de tantas denúncias contra Joaquim Barbosa, com todo o apoio
midiático que ele teve durante o julgamento, o "Mensalão" como uma farsa
jurídica e midiática, como um golpe político da pior direita, é uma
tese que precisa voltar aos debates para se evitar uma grande injustiça.
Afinal, com tantas denúncias, a isenção, o desinteresse e a
imparcialidade de Joaquim Barbosa no julgamento da Ação Penal 470
ficaram seriamente comprometidos.
Sócio de offshore, Barbosa viola Estatuto do Servidor
Ao constituir uma empresa com fins lucrativos nos Estados Unidos, em
maio do ano passado, para obter benefícios fiscais na compra de um
apartamento avaliado em R$ 1 milhão em Miami, o presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, assumiu o risco de viver
perigosamente; o Estatuto dos Servidores Públicos da União, em seu
artigo 117, inciso X, veda a todos aqueles que exerçam carreiras de
estado "participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada"; de acordo com os registros da Assas
JB Corp, Barbosa é o presidente da sua offshore
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