Correio do Brasil
“O Movimento Passe Livre (MPL) anuncia uma nova onda de manifestações a
partir do dia 14 de agosto. Nesta data, o grupo irá realizar uma
manifestação em parceria com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo,
por conta do suposto propinoduto esquematizado nos contratos para as
obras do Metrô, que pode ter desviado R$ 400 milhões dos cofres
públicos. O caso, ocorrido em gestões do PSDB, foi denunciado pela
multinacional Siemens.
– Nossa posição é que é um absurdo que o dinheiro público esteja sendo
desviado do transporte. São mais de R$ 400 milhões desviados, isso daria
para reduzir a tarifa a R$ 0,90 – afirma Matheus Preis, militante do
MPL-SP.
A manifestação do dia 14 de agosto ainda não tem um local definido. No
dia 6 de agosto, o MPL vai divulgar, em parceria com os metroviários,
uma carta à população, informando o local do protesto.
Corrupção
A denúncia parte do recente acordo feito pela multinacional alemã
Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no
qual, em troca de imunidade civil e criminal, a companhia revelou como
ela e outras empresas se articularam para formar cartéis que atuavam nas
licitações públicas do setor de transporte sobre trilhos. Mesmo sendo
alvo de investigações desde 2008, as empresas envolvidas continuaram a
disputar e ganhar licitações.
Entre os nomes que apareceram na investigação dos promotores está o de
Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE)
nomeado por Mário Covas, e que, no período em que as propinas teriam
sido negociadas, trabalhava diretamente com o governador. Marinho foi
prefeito de São José dos Campos e participou da coordenação da campanha
eleitoral de Covas em 1994, tendo sido chefe da Casa Civil do governo
paulista de 1995 a abril de 1997. Promotores de São Paulo e da Suíça
identificaram uma conta bancária pertencente a Marinho que teria sido
abastecida pela francesa Alstom e o ministério público conseguiu
bloquear cerca de US$ 1 milhão depositados.
Duas das principais integrantes do cartel apurado pelo Cade, Siemens e
Alstom, faturaram juntas até 2008 R$ 12,6 bilhões em contratos com o
governo de São Paulo. Atualmente, além da investigação do Cade, há 15
processos no Ministério Público a respeito do esquema.”
http://nogueirajr.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário