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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 20, 2013

Registro Memoria del Mundo de la UNESCO: Che é imortalizado


Videos Cuba Hoy.- La colección Vida y Obra de Ernesto Che Guevara queda oficialmente aprobada en el Registro Internacional de la Memoria del Mundo de la UNESCO.
Colección de documentos sobre la vida y obra de Ernesto Che Guevara se inscribe en el Registro Memoria del Mundo de la UNESCO
UNESCO / Servicio de Prensa.- Entre las 54 nuevas inscripciones en el Registro Memoria del Mundo de la UNESCO aprobadas este martes 18 de junio por la Directora General de la UNESCO, Irina Bokova, se encuentra la colección documental “Vida y obra de Ernesto Che Guevara: de los manuscritos originales de su adolescencia y juventud al Diario de Campaña en Bolivia”, propuesta presentada conjuntamente por Cuba y Bolivia ante el Comité Consultativo Internacional del Programa Memoria del Mundo, que se reúne hasta el próximo viernes en Gwangju, República de Corea.
Según se refiere en el expediente de candidatura, el inventario de la colección alcanza un volumen de 1007 documentos, correspondientes al período de 1928 a 1967, sobre su obra revolucionaria, ensayística, periodista, biográfica y personal, así como su correspondencia con diversas personas, incluida su familia. De ese volumen, 431 son manuscritos del Che y 567 son documentos sobre el Che o relacionados con él. La colección comprende igualmente un valioso material iconográfico y filmográfico de y sobre el Che.
El reconocido escritor y periodista uruguayo Eduardo Galeano escribiría en el aval entregado para acompañar la candidatura: “El archivo documental que guarda la vida y obra del Che Guevara será, sin duda, un muy valioso aporte al Registro de la Memoria del Mundo. Los documentos encontrarán allí una casa merecida. (…) Nadie ignora que el Che es un símbolo universal, celebrado en los más diversos lugares y cantado en las más diversas lenguas. Su memoria se enciende y crece, porque ella encarna la energía de la dignidad humana (…) El Che, vencido, derrota al olvido cada día”.
El Registro Memoria del Mundo de la UNESCO posee en la actualidad 299 documentos y colecciones documentales considerados de relevancia universal, procedentes de los cinco continentes y conservados en todo tipo de soportes.
Hasta el momento Cuba contaba con otras dos obras inscritas en este importante Registro, el fondo documental de José Martí y la colección de negativos del Noticiero ICAIC Latinoamericano; al tiempo que Bolivia, por su parte, alistaba a su favor los fondos documentales de la Real Audiencia de la Plata y las colecciones documentales de música americana de los siglos XVI-XVIII.
*GilsonSampaio

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